Topo do mundo

"Estamos onde?!"




Ola meus povos e povas! A narradora nunca morre do mesmo modo como as personagens (bom à maioria eu conheço.); então infelizmente o pov não é meu (eu sei, muito triste), pois é, que triste. Então vamos logo ao ponto. Treta...*pegar pipoca, refri e ver treta*.

***

POV Rose

Eu estava deitada no meio das sombras, minha visão estava bem embaçada e as lágrimas corriam soltas. Quando me deu conta ela tinha sumido por causa de uma luz forte que a dissipou. Eu levantei minha cabeça devagar quando eu vi uma porta oval e branca com fios prateados, eles vieram na minha direção, me abrangendo, eu senti meu corpo esfriar aos poucos, ele estava muito ardente. Minha cabeça começou a parar de doer assim como meu ser inteiro, com a minha temperatura corpórea normalizada, pude pensar e ver como antes. E existia algo após daquela porta. Em outra sala? Eu vi algo familiar...

–Eu não acredito nisso. -eu falei murmurando estreitando os olhos, mas era algo feliz.

Eu não acreditava no que estava vendo! Era ela, a Honey! Estava viva! Todos estavam vivos! Eu sabia! Do mesmo jeito, os mesmo óculos, os mesmos saltos plataforma, a mesma roupa. Igualzinha! Minha intuição nunca mentiu. A nuvem negra tinha sumido de volta de mim, assim como aquela voz irritante (se eu pego essa pessoa... Eu não respondo pelos meus atos!). Meus amigos não estavam mortos, tudo era mentira! Eu tinha uma chance de reencontro com eles, minha outra família!Minhas forças haviam sido restauradas como minha esperança, tudo tinha voltado ao “normal”, um sentimento de alegria me dominou. Não pensei duas vezes fui até ela correndo atravessando a porta que sumiu atrás de min em seguida. Levantei-me e sai daquele lugar sombrio. Entrei em um lugar iluminado, branco e espaçoso, tudo branco mesmo até o céu. Era tudo mais convidativo e calmo. Ela estava sentada no chão como que olhando uma foto.

–Honey!- eu exclamei, corri mais rápido para chegar até ela, que olhava para outro lugar, porém levantou a cabeça na minha direção. Eu a abracei bem forte. Segurei a cintura dela com força e apertei o mais forte que eu pude. Ela retribui o abraço. E a mesma ficou acariciando meus cabelos. Eu que estava com os olhos marejados, comecei a chorar de alegria. Eu senti que ela chorava também. Sim, eu sentia aquela alegria de reencontrar a pessoa que você procurava, eu a achei, não tinha palavras pra descrever. Por ser mais alta, ela conseguia pegar no topo da minha cabeça com facilidade. Eu não tava nem ligada nesse detalhe. Somente que a encontrei.

–Até que fim; te achei. – continuei a falar, mas parei de chorar. Se continuasse ia ficar desidratada. Estava feliz. Muito feliz. Eu a olhei bem, como se fosse à última vez que a veria. Mas não era literalmente.

–Rose, como você está? Se machucou?Arranhou-se? Precisa de cuidados médicos?-ela me perguntou preocupada se pondo de joelhos já se erguendo e ficou segurando nos meus ombros.

–Não eu to ótima, nunca estive melhor. Porque eu consegui encontrar você afinal, assim como vou encontrar todo mundo. -ela me abraçou e ficamos assim por um tempo, contudo ela se levantou. E eu me recompus. Tínhamos que dar um jeito de sair daquele lugar, encontrar todo mundo e achar o que o Callaghan ficava procurando urgentemente. Muita coisa eu sei, mas íamos conseguir. Afinal são heróis, e moleza. Bom eu acho que é. Enfim ia ser maneiro.

–Honey você que é a heroína, o que a gente faz?- eu indaguei receosa. A situação era delicada de se tratar. Era a cidade e milhões de vidas inocentes em jogo.

–Quem disse que sou só eu? Você virou parte da equipe também. - ela disse me fitando alegremente. Não sei o porquê.

–Honey eu não sou heroína. Sei lutar, mas não vem ao caso. -eu falei histericamente. Eu não levo jeito para isso. Sabe salvar vidas, eu fico tremendo quando tenho que salvar só minha, valí, a de outra pessoa. Resumindo: não tinha habilidade pra isso. É lógica! Bem minha lógica. Ah não interessa! Só não dá! Não me julguem!

–Claro que é. Passou por tudo isso sem sucumbir a seu medo, veio com a gente. Vou falar com o Hiro depois pra fazer sua armadura e sua arma. Até pelo fato que você vai precisar se defender também sem nossa ajuda, infelizmente. -ela disse. Minha vida virou de cabeça pra baixo. Eu durmo uma civil e acordo uma heroína, pode! Mas ia ser irado defender a cidade, bom eu iria tentar, mas isso não é pra falar agora. Formos decidir o que fazer. Só lembrando: vida quando eu acho ou penso que não dá pra ficar pior, é um comentário não um desafio certo!

–Nós temos que sair daqui agora, depois a gente fala dessa possibilidade minusculamente astronômica de rolar ok. -eu falei. Começamos a correr pelo local em busca de alguma saída. Era só o branco e estava ficando muito chato, éramos baratas atordoadas praticamente. Corremos, corremos, corremos... Ufa! E não achamos coisa nenhuma, nada mesmo. Só adivinha: branco. Voltamos ao ponto de partida. Não tinha fim! Isso já tava mexendo com o meu psicológico. E sério!

–Chega Rose! Estamos andando em círculos, nunca dar em lugar algum. -Honey esbravejou.

Assentamos naquele branco e ficamos a fitar o nada. Não tínhamos ideia pra onde ir, qual direção seguir ou uma saída. Nada. Nada mesmo. Contemplar aquele branco era a única opção além de conversar. Como estava sem paciência de ficar fitando o nada, indaguei a ela:

–Qual dos super-heróis você é?- eu perguntei curiosa com um olhar de cachorro pidão. Eu estava um pouco curiosa. Tá, muito curiosa.

–Eu sou aquela com a bolsa laboratório e armadura rosa. -ela me respondeu com um sorriso.

–Muito legal. Você é uma das minhas preferidas. -eu disse entusiasmada. Eu gostava de todos, mas gostava mais dela. A arma dela é muito irada.

–Obrigada. -ela falou dando pequenas risadas.

–Eu até sei como sua bolsa funciona. Ela é um micro laboratório com uma pequena esteira rolante. Com os materiais químicos junto a elas na parte fixada na lateral. Na alça existem cápsulas vazias que quando saem da bolsa estão carregadas e prontas pra luta. Na frente há a tabela periódica como botões que você aperta pra programa para encher as cápsulas com produtos químicos. Cria bombas. - eu falei fazendo um movimento de mãos.

–Puxa você sabe muito sobre a gente em? E está certa. É assim mesmo. -ela falou e observando. Eu a tenho como uma irmã já que sou filha única. Era uma pessoa muito legal e ótima para ter companhia.

–E como você acha do Hiro como líder em? Ele faz um bom trabalho como o “grande” líder dos protetores da cidade? -ela me perguntou com um olhar curioso e fazendo aspas com as mãos em grande. Até pelo fato que de nós sete, ele é o mais baixo. Nós dois ficamos empatados, talvez eu seja um palmo mais alta.

Eu hesitei um pouco pra responder. Não tinha uma opinião 100% formada sobre ele. Eu não supero saber de segredos rápidos sabe. Pois é! Louca!

–Sem, ele faz um bom trabalho. Bem... Por um lado eu fico meio confusa porque eu sinto que ele esconde alguma coisa de mim. Mas, por outro lado eu acho muito legal ele querer nos proteger a qualquer custo, parece sim um bom líder. Mas todos vão se arriscar uma hora ou outra. Se machucar uma hora ou outra. Ele querendo ou não. É um fato que ele infelizmente tem que aceitar. - eu fui sincera e tinha uma seriedade na minha voz. Todavia eu não quis ser fria, mas queria ser franca.

–Eu entendo você, tem coisas que realmente só se sente, simplesmente sabemos. -ela falou pensativa encarando o nada. Eu fiz a mesma coisa.

–Honey... Vocês escondem alguma coisa de min? Algo que fizeram que eu devesse saber?-eu perguntei meio séria com um olhar de desconfiança.

–Rose olha... -ela não conseguiu terminar a frase. Pois o chão do nada começou a tremer do nada. Levantamos-nos e nos entreolhamos. O chão estava se partindo rapidamente. Uma das rachaduras vinha na nossa direção.

–Honey vai, vai!-eu gritei e começamos a correr para longe da fenda, porém era muito rápida e estava chegando muito perto. Eu pedi o equilíbrio e acabei caindo, consegui segurar na borda. Minhas mãos estavam doendo e eu estava escorregando. Quando eu achei que iria ser meu fim eu senti alguém segurar meus braços. Eu levantei minha cabeça, era a Honey fazendo um esforço espantoso para me segurar. Ela segurava no meu antebraço.

–Você não me vai deixar cair?- eu perguntei com uma voz chorosa. Olhando pra baixo com medo. Meu olhar era de súplica extrema.

–Se você cair, eu caio junto. -ela disse. Eu deixei uma lágrima escapar. Ela me puxou eu voltei pra cima, eu a fitei com alegria, a rachadura voltou a quebrar. Continuamos a correr, e paramos em outra ala do branco, achamos outra parta oval que sumiu em seguida igualmente a última. Estávamos ofegando e paramos em uma parte mais confusa, não compreendia este tipo de transporte.

–Olha... Eu não to entendendo mais nada. -eu falei confusa.

–Quem sabe eu possa ajudar. -nos viramos bruscamente e vimos uma moça.

Era alta do tamanho da Honey menor um pouco talvez, usava um vestido com vários tons de branco e muitos cristais. Ela tinha um aspecto de pessoa boa. Parecia não ser má. A tiara de cristais em sua cabeça deixava seus cabelos loiros platinados sobressaídos. Assim como seus sapatos que pareciam acrílico.

–Quem é você?-Honey perguntou desconfiada se colocando na minha frente de forma protetora. É uma das razões que gosto dela.

–Se acalmem, não farei mal a vocês. Só quero ajudar. –falou de um jeito tranquilo.

–Moça quem é você?-eu perguntei chegando mais perto dela. Ficando frente a frente com ela.

–Eu sou uma amiga. -A mesma respondeu olhando pra min como pudesse ler minha alma. Era estranho ter ela me encarando. Era como se ela soubesse de toda minha vida de toda forma possível do começo ao fim.

–Onde estamos?-Honey perguntou desconfiada novamente para moça.

– Na cabeça de vocês. –respondeu calma.

–O quê!-exclamamos ao mesmo tempo.

–Meninas, vocês compartilharam o mesmo teste, assim como todos; cada ala desse lugar é o mesmo teste, Gogo, Fred, Wasabi, todos passaram pelas mesmas coisas, sentiram na pele como é estar sozinho, sem amigos. O que cada voz era o teste, dizendo que a culpa de cada um é deles. Mas todos tiveram fé em seus amigos, na capacidade de cada um deles e na coragem de acreditar em que sabia o que era certo mesmo que mostrassem estarem errados, vocês são muito ligados, compartilharam o mesmo teste. E todos passaram, aquele era um gás sonífero Rô, não venenosa, era mentira. Honey, todos estão vivos, era conversa. Tudo era. Suas mentes estão interligadas, mas os corpos em locais diferentes e distantes. Vocês estão desacordadas. Todos vocês estão. -ela falou séria no final.

–Teste? Isso tudo foi alucinação. Poxa!-eu disse impressionada e revoltada. Eu fui muito idiota. Mas estou feliz por ter passado com os atributos necessários.

–Se é um teste, quem garante que você também não é?-Honey indagou me puxando pra perto dela pelo braço.

–Eu estaria falando calmamente se fosse?-retrucou irônica com um olhar brincalhão.

–Não, não estaria. -ela admitiu. Parecia mais calma.

–Estamos no mesmo local mentalmente. E na vida real?-inquiri confusa.

–Na biblioteca ainda. Estão dormindo e precisam sair. O Hiro já fez isso e estar procurando vocês lá. -Ela falou nos fitado com seus olhos verdes.

–Ele está bem?-perguntei aflita. Eu estava aflita com todos, muito aflita. É meus amigos, minha família.

–Muito bem. Porém preocupado com vocês, que não vão reagir até sair daqui. -disse.

–Mesmo que eles as encontrem não vão sair daqui de jeito nenhum. -ela continuou.

–Onde saímos?-inquiri angustiada. Detesto ficar presa, eu não me sinto bem. E como eu fosse limitada. Meu potencial máximo não fosse explorada por mim mesma. Fiquei tempo demais assim para saber do que estou falando.

–Primeiro precisam vir comigo, temos que achar o resto dos seus amigos. -ela falou, começamos a andar e ouvimos o bater dos seus sapatos de cristal no chão. Ela fez um aceno com a mão e apareceu um portal branco. Paramos. Ficamos com medo. Não queríamos entrar. Não tínhamos segurança o suficiente.

–É seguro?-Honey perguntou. Ela pareceu confiar na moça.

–Segurem minha mão e umas da outras, não larguem de jeito nenhum. Temos que ficar juntas. As transições de ir a outros sonhos são complicadas. -a mesma estendeu a mão. Eu a segurei e a Honey pegou a minha. Atravessamos. Eu não tinha medo, precisava sair dali. Custe o que custasse iria sair.

“Iria encontrar a todos, iria cumprir meu papel como heroína, iria lutar pelo certo... E como eu iria...”.

***