Prólogo

Canhões por todos os lados, meu Deus, como ainda estou viva?
Não sou ninguém muito rica, mas não mereço ter um fim desses, não há uma boa alma para me ajudar... Ninguém quer abrigar uma lunática - como eles dizem. Desde quando querer viajar é coisa de lunático? Tudo bem... estamos em guerra.

Eu só quero recomeçar.

Estou agora no centro de Paris, o barulho é enlouquecedor e está começando a esfriar. Deus, se pode me ouvir... Sem pensar duas vezes entrei no Teatro, estava aberto, talvez eles possam me ajudar; afinal, em nome da arte, devem fazer qualquer coisa.
Parece que Deus me ouviu. O lugar está completamente deserto, me pergunto se todos os seres viventes estão em suas casas, ou nos dormitórios. Não é possível que ninguém tenha ouvido essa confusão que está lá fora.

Ah, apareceu alguém! "Quem é a senhorita?"
"Oh, meu nome é __________, e a senhora?"
"Giry. Espero que não esteja pensando em ficar aqui..."