Times Of War

O começo de uma nova jornada


Não pude disfarçar minha expressão, o que havia de errado em ficar por um dia lá? "Já lhe contaram que fazer o bem faz bem?" Não pude acreditar quando ela abriu seus lábios num pequeno, porém muito bem vindo sorriso; Sempre tive a língua afiada, não admito injustiças! Titia Josephine dizia que eu me sairia bem na política... Ela era uma mulher muito além de seu tempo.

Num piscar de olhos, seu sorriso desfez-se e sua carranca voltara. "Escute, menina, há perigo nesse lugar. Se não prestar atenção, se tornará mais uma das muitas histórias que o povo conta."

Pensei por um momento nas palavras que acabara de escutar; Mulher enigmática, por Deus! "Que tipo de perigo há num teatro? Madame, por favor..."

"Sem mais perguntas." E assim, foi-se! Sem nem se despedir ou dizer uma palavra que me ajudasse de alguma forma. Merde, pensei; ainda bem que ninguém aqui pode ouvir pensamentos.

Me sento no chão bem encerado e reluzente e mergulho meu rosto nas mãos; tenho vontade de chorar mas me recuso! Retiro meu chapéu surrado e esfrego os olhos. O que há com a humanidade hoje?

"Meninas, vamos nos atrasar!" Vem correndo esbaforido um grupo de garotas, provavelmente do coro. À frente, uma graciosa e pequena loira com tez branca; Seus traços são familiares...

Parece que a dita petite me notou, pois vem exatamente na minha direção, com os olhinhos mais curiosos que assustados. "Quem é a senhorita?" Hum, será que devo ser educada ou usufruir da boa e velha linguagem da rua? Honestamente, a linguagem da rua é tão mais atraente... "Vá perguntar para aquela senhora ali..." Apontava com o queixo a Madame de preto que passava por ali, a menina seguia com o olhar e viu que se tratava de... "Mamãe?"

"Meg... Não era para vocês estarem ensaiando?!" Fiz o possível para segurar o riso, e falhei miseravelmente, oh céus... "E a senhorita não foi embora ainda?"

"Mamãe, s'il vous plaît que ce soit! Ela pode passar a noite em meu dormitório, há espaço..."

Olho para a mulher peculiar com toda esperança que havia em meu coração e reparei que as feições dela se suavizaram. "D'accord. Mais rappelez-vous: Ne jamais désobéir à moi."