A estratégia do Marechal de Campo Coehoorn falhou quando sua manobra flanqueante foi interrompida pela infantaria heroica de Vízima, conduzida pelo Governador Bronibor, embora os homens de Bronibor pagassem caro por seu heroísmo, com sangue. Enquanto os temerianos resistiram, o flanco esquerdo de Nilfgaard desmoronou - alguns começaram a fugir. Pequenos grupos se defenderem à medida que foram cercados, o mesmo aconteceu logo à direita, onde a tenacidade dos anões e mercenários finalmente quebrou o ímpeto de Nilfgaard. Um grande grito de triunfo surgiu no campo de batalha, com o coração dos cavaleiros do Norte inflando-se de coragem. O espírito dos Nilfgaardianos caiu, as mãos dos Cavaleiros Negros amoleceram, e nossos guerreiros começaram a despedaça-los até o fim.

E o Marechal de Campo Menno Coehoorn percebeu que a batalha estava perdida quando viu seus homens sendo mortos e dispersos por toda parte. Seus oficiais e cavaleiros vieram a ele levando um cavalo descansado, incitando-o a fugir, para salvar sua vida. Mas o coração do marechal de Nilfgaard era destemido. "Não seria correto", disse ele, recusando as rédeas. “Não seria correto correr como um covarde quando, sob minhas ordens, tantos homens bons morreram pelo Imperador.”



(Trecho do livro “A Batalha de Brenna: A Vitória do Norte sobre Nilfgaard”)

O outrora verdejante Monte Carboun, nas terras quase selvagens de Mahakam, era agora uma vastidão enegrecida e esfumaçada. O vento da região servia apenas para alimentar os poucos focos de incêndio que insistiam em cortar a paisagem de morte. Abutres sobrevoavam a terra, infestada de corpos que mais pareciam um banquete.

A maioria esmagadora dos mortos consistia em temerianos, derrotados pelos Cavaleiros Negros após um cerco de três dias. Os Nilfgaardianos, vencedores da batalha, fizeram uma rápida varredura, levando espadas, escudos e tudo o mais que fosse reaproveitável, mas o tempo não os permitiu verificar devidamente os cadáveres dos derrotados, de modo que ainda havia esperanças de encontrar coisas valiosas ali. Logo, alguns anões de Mahakam decidiram se aproveitar da tragédia alheia para obter algum lucro.

Um grupo de anões de uma aldeia próxima dali foi um dos primeiros a chegar. Eles decidiram encarar os carniçais, armando-se até os dentes com machados e enxadas e ir até o que sobrou da batalha campal travada entre a Teméria e Nilfgaard. Um dos anões, chamado Barcher, mexia nos cadáveres, à procura de bens e objetos pessoais. Anéis, cordões, moedas. Qualquer coisa de valor estava valendo.

-Achei três Orens no bolso desse defunto aqui. Já dá para comprar umas cervejas.

Os anões riam, enquanto mexiam nos cadáveres. Iam reunindo, pouco a pouco, tudo de valioso que encontravam em pequenas bolsas amarradas à cintura. Todos tinham seus rostos cobertos com bandanas e máscaras, para aguentar o cheiro da putrefação do ar.

-Olha, parece que os Nilfgaardianos se esqueceram de roubar a espada desse aqui... Ah, caralho!

O anão Gertrold se assustou, caindo sentado no chão. Barcher se aproximou de seu primo.

-O que diabos aconteceu, Gertrold? Cê tá branco igual a bunda de um elfo...

-O cara tá vivo! Ele abriu os olhos e tá respirando!

-Sério? Porra, mas não se fazem mais guerras como antigamente. Esses nilfgaardianos estão com preguiça até para dar um golpe de misericórdia nos derrotados? Querem o quê, que eles sejam devorados vivos por carniçais? Honestamente, depois dessa até eu quero que aquele Imperador deles lá vá se foder...

As palavras de Barcher fizeram os demais anões rirem. O anão se aproximou do corpo agonizante avistado por seu primo. Sacando sua adaga, o anão tentou mexer no moribundo para aplicar o golpe final, mas de imediato sentiu que o homem nem estava lá tão moribundo assim, pois inexplicavelmente ele sentiu uma adaga pressionada em sua cintura.

-Afaste-se de mim, ou você terá de me pedir o golpe de misericórdia. E acredite, não vai querer fazer isso porque eu não vou dar. – cochichou o temeriano, de modo ameaçador que fez o sangue do anão congelar.

-Puta que pariu, o cara tá vivo mesmo! – exclamou um, tentando pegar seu machado. Barcher ergueu as mãos em rendição e se afastou do temeriano sobrevivente, que com bastante esforço conseguiu tirar um corpo que estava sobre si. Com muito custo, o soldado temeriano se colocou de pé. Não parecia ter nenhum ferimento grave, apesar da tontura aparente.

-Que dor de cabeça da porra... O que aconteceu? – ele perguntou, com a voz abafada pelo metal do elmo amassado, que lhe cobria completamente a cabeça.

-Bom, diria que você perdeu um bocado. Para começar, Nilfgaard venceu.

-Isso eu já havia percebido antes de apagar, não precisava me lembrar desse caralho.

—Olha só, se continuar falando assim com o meu primo, eu vou fazer você voltar ao Mundo dos Mortos, ouviu?

—Perdoe minha falta de modos. – disse o temeriano, num tom educado repleto de deboche. – Afinal, não tenho razões para estar puto da vida, pois simplesmente fui derrotado, desmaiei e acordei com um cadáver podre em cima de mim e um anão apalpando minhas bolas.

Todos os olhos dos anões voltaram-se para Gertrold com asco.

—Tem muito humano que guarda dinheiro na ceroula. Não sabiam?

—Enfim... – Barcher interpelou. – Você tá bastante fodido, temeriano. Nilfgaard já avançou por Mahakam há pelo menos um dia. Da última vez que soube, estavam alcançando Vízima e... Puta merda! Pra onde você vai, seu maluco, com esse campo cheio de carniçal?

—Caralho, que doido da porra!

O temeriano não deu ouvidos, correndo como um louco. Apesar da tontura e do sol forte, aos poucos ele recuperava sua consciência. E também aos poucos, lampejos da batalha voltavam à sua cabeça. Lampejos de uma batalha que ele queria esquecer.

Estava tentando proteger a única catapulta restante da Teméria quando foi encurralado por Nilfgaardianos. Os homens que o acompanhavam foram massacrados. Um a um. Por sorte, Roche vestia um elmo, que conseguiu deter milagrosamente uma flechada recebida por mais um daqueles arqueiros fodas do caralho do lado de Nilfgaard. O impacto da flecha destruiu seu elmo e também o fez desmaiar. Não havia mais lembranças desde então. Roche só sabia que foi uma flecha, pois ouviu o zunir dela, antes de apagar. E agora, o diabo do elmo não queria sair de sua cabeça, de tão amassado que ficou.

Roche fez o que pôde para ficar o mais longe possível dos carniçais, que se fartavam com a carne dos mortos. Com a carne de sua gente, a julgar pela predominância da cor azul entre os cadáveres. Os Nilfgaardianos sequer tiveram a decência de atear fogo aos mortos e impedir uma epidemia de carniçais, tamanha era sua pressa em tomar Vízima e dar o golpe final na Teméria.

Vízima... Se eles chegaram à capital, também chegaram aos arredores.

Dorka. Sua mãe. Brigida. Anais...

—Como pude, ter apagado completamente por um dia inteiro? – resmungava o temeriano, correndo apesar de exausto. Ao ver uma tenda temeriana com alguns soldados feridos, Roche acelerou o passo. Avançando pelos soldados feridos, Roche acabou se deparando com Ves, ajudando um soldado a enfaixar o braço.

—Ves! – ele exclamou, aliviado por ver que ela estava viva.

Ves arregalou seus olhos azuis, diante de Roche.

—Roche! Pelos deuses, eu já havia perdido as esperanças!

Ao tentar abraça-la, Roche sentiu Ves recolher-se ao seu toque.

—Estou com um corte no ombro. Ainda está dolorido. – explicou-se Ves.

—Perdoe-me.

Ves piscou os olhos, em descrença. Ela ouviu bem? “Perdoe-me”?! Desde quando Roche pedia perdão ou desculpa por qualquer coisa?

A não ser que...

—Roche, há sangue escorrendo por baixo do seu elmo.

—Eu tomei uma flechada na cabeça. Foi o que me fez desmaiar, mas o elmo aguentou.

—Precisa tirá-lo para dar uma olhada na sua ferida. Você pode ter tido uma concussão.

—Eu não consigo. Ele amassou... – disse Roche, tentando retira-lo de sua cabeça. Ves rolou os olhos, suspirando fortemente.

—Roche, se você está preocupado em não querer exibir as suas malditas orelhas...

—Caguei para minhas orelhas. Estou usando uma crespina por baixo do elmo, Ves. Realmente não consigo tirá-lo. Vamos, me ajude com isso. – pediu Roche, abaixando sua cabeça para que a temeriana pudesse ajuda-lo.

Após várias tentativas de puxá-lo, Ves arfou de cansaço.

—Porra, Ves! Você tá tentando arrancar o elmo ou a minha cabeça?!

—Eu não consigo! Tá mesmo presa! Terá de chamar alguém para fazer isso.

—Caralho!

Infelizmente, não havia nenhum ferreiro para cortar com ferramentas necessárias o capacete de Roche. Precisaram buscar um anão ferreiro de Mahakam para fazê-lo, algo que custou uma pequena fortuna, mas ao menos trouxe alívio ao temeriano, já sem o aparato pesado de metal na sua cabeça.

Com a cabeça sendo enfaixada por Ves, Roche pensava em seu plano de ação. Seus olhos voltavam-se para o acampamento improvisado montado pelos temerianos remanescentes. Boa parte deles eram homens feridos, que sobreviveram o bastante para ouvir a corneta de retirada, ordem dada por John Natalis a um de seus auxiliares, caso seu pelotão fosse destruído. Esta foi a última ordem do famoso Comandante, agora desaparecido.

—Buscamos o corpo dele, mas não o encontramos. Ou ele sobreviveu e fugiu, com vergonha...

—Isso não é do feitio de alguém como John Natalis. – observou Roche.

—Ou os nilfgaardianos o levaram, vivo ou morto. Um prisioneiro para uma futura barganha, ou sua cabeça para adornar a comemoração deles. O fato é que não o encontramos, nem mesmo para darmos um desfecho digno a ele.

Roche se levantou, vestindo sobre a cabeça enfaixada um chaperon novo, que ele havia guardado para usar durante a vitória da Teméria. Agora, ele o usava para uma situação completamente diferente.

—Precisamos ir embora daqui, Ves. A essa altura, Nilfgaard já deve estar com os pés na porta de Vizima. Minha mãe, Anais e Brigida estão correndo perigo se aqueles filhos da puta chegarem à Dorka.

—Roche, você precisa descansar... – pediu Ves.

—Terei tempo o bastante para isso, Ves. Mas não agora. Eu não cumpri minha parte. Prometi que não ia deixar aqueles cães miseráveis chegarem perto delas, e o que aconteceu? Eles me atropelaram, Ves, como se eu fosse um monte de merda. Brigida estava certa. Deixei Anais vulnerável porque pensei como um soldado. Não quis aceitar que estava sob minha guarda uma responsabilidade muito maior que qualquer coisa que já tive. Não vou cometer o mesmo erro novamente.

Ves assentiu.

—Há dois cavalos descansados. Se galoparmos, chegaremos em Dorka em algumas horas.

II

—Não... Não... Não...

Eras as única palavras que saíam de Roche, quando uma cortina de fumaça se levantava do horizonte. O vilarejo medíocre de Dorka, onde vivia sua mãe, havia se reduzido a esqueletos de casebres enegrecidos, que ainda queimavam. Alguns poucos sobreviventes na estrada contemplavam o fruto de seu trabalho sendo destruído no calor das chamas. Havia também, na entrada da cidade, corpos empalados. Roche reconheceu boa parte daqueles corpos, graças a convivência por ali nos últimos meses. Boa parte eram de homens e idosos. Mas para seu profundo desgosto, seus olhos acabaram se deparando com a cabeça de sua própria mãe, cravada em uma estaca.

“Eu estou com um mau pressentimento”, ele se lembrava da mãe a lhe dizer. Os olhos arregalados e cadavéricos, a boca entortada em uma agonia de dor, não deixavam dúvidas de que ela teve uma morte dolorosa. Uma morte que não merecia. Não depois de todo o sacrifício que foi sua vida, apenas para mantê-lo vivo, tentando educa-lo em meio a tanta dificuldade.

Mãe... A culpa é toda minha... Eu não deveria ter dado as costas para você e partido.

Ao ver que Roche desabara de joelhos sobre o chão, emocionado, Ves tentou acalma-lo. Ela percebeu suas unhas cravadas sobre a terra, num misto de dor e raiva. Seus olhos encontraram a mesma coisa, fazendo-a compreender o rompante raro de emoção de seu comandante. A temeriana não pôde deixar de se sentir culpada, por ter ido buscar Roche em Dorka. Talvez, a pobre mulher ainda estaria viva, ao invés de ter sofrido uma morte tão terrível.

—Roche... – ela disse, apertando o ombro do temeriano. Ele nada fez para detê-la. Seu chaperon não permitia ver seu rosto, mas Ves sabia que ele estava chorando, pois sua respiração era irregular, quase soluçante.

Isso durou poucos segundos, pois logo Ves ouviu o temeriano engolir o próprio choro. Já de pé, Roche se recompôs, retirando as mãos de Ves de seu ombro.

—Anais e Brigida... – foi tudo que disse, com seus olhos ainda marejados evitando encontrar os de Ves, indo de encontro a um dos sobreviventes. O vigia que ele reconheceu como sendo Ross, o barrigudo.

—Roche! – exclamou o soldado, abalado.

—Anais e Brigida. – exigiu Roche. – Pelos deuses, os corpos delas não estão entre os empalados e degolados. O que aconteceu com elas?

O soldado engoliu em seco.

—Elas... Elas...

—Não teste minha paciência, seu bundão! O seu dever era proteger essa cidade! Cidadãos de bem estão mortos e você não. Sinal de que cumpriu seu dever porra nenhuma!

—Eles eram muitos! Eu morreria se lutasse! – choramingava o soldado.

—Pois que morresse levando um, dois, ou quem sabe três Cavaleiros Negros para a cova junto consigo, seu rato! Seriam pessoas a menos para fazer maldade por aqui! Quantas mulheres não seriam violadas, quantos...

—Não, não! – disse o soldado. – Não violaram as mulheres! O comandante deles ordenou. Queriam preservar nossa integridade para nos escravizar. Além disso, estavam com pressa para alcançar logo a capital.

—Caralho! – exclamou Roche. – E Anais e Brigida?

—A sua filha, eu... Oh, eu sinto muito. Eles a tiraram de sua casa e a colocaram em um grupo com todas as meninas e jovens da Aldeia. Pelo que entendi, separaram aquelas que seriam virgens das mulheres adultas. A sua esposa foi separada em um grupo oposto, creio que pela idade dela...

— Para onde foi esse comboio?

—O comboio levando sua filha partiu tem duas horas para o Leste. Ouvi um deles mencionando Dol Blathanna. Já o comboio levando sua esposa, foi para o Sul, há umas cinco horas, pelo menos.

—Puta merda! – esfregava os olhos Roche. – Elas estão separadas, então?

—Sim.

Tomando Roche pelo braço, Ves se aproximou dele.

—E agora, Roche? Iremos nos separar?

—Sem condições, Ves. Será suicídio se um de nós tentar atacar sozinho um comboio nilfgaardiano. Teremos de tentar resgatar apenas uma delas.

—Quem, Roche? – desesperou-se Ves, com a conclusão do militar.

—Anais. – decidiu Roche. – E não me olhe assim, Ves. Se Brigida pudesse opinar neste exato momento, ela também a escolheria. Será mais complicado alcançar Brigida a essa hora e ao menos sabemos para onde Anais está indo. Ela não pode estar longe daqui, se partiu há duas horas. Vamos!

III

Anais chorava, em meio ao sacolejar da carroça repleta de grades e que mais lembrava uma gaiola. Outra vez, estava nas mãos daqueles homens de negro perversos e sanguinários. Sua roupa estava imunda com o sangue de Anya Roche. A pobre mulher tentou protegê-la e acabou tendo seu corpo partido ao meio pelo montante pesado de um nilfgaardianos grandalhão. Anais esperneou e gritou, mas de nada adiantou. Um homem grande de armadura conseguiu dominá-la sem dificuldade. Ela não seria tão fraca assim se ela tivesse uma espada de verdade.

—[Sem choramingar, pirralha!] – esbravejou o cocheiro, naquele idioma estranho deles.

—Para onde eles estão nos levando? – ela perguntou a uma das meninas.

—Para o Sul, provavelmente. A terra deles. – respondeu uma adolescente.

—Porque eu fui separada de Brigida? Por que só reuniram as meninas aqui? O que farão conosco? – questionava Anais, com desespero.

A jovem adolescente abraçou Anais, com ternura.

—Não pense nisso agora. Será melhor pra você.

Envolta em seu abraço, Anais sentiu-se quase cochilar, apesar do medo tomar conta de si. O sacolejar da carroça e o abraço aconchegante daquela menina pareciam entorpece-la de sono. Talvez, fosse melhor dormir e...

Um dos soldados nilfgaardianos, de repente, caiu do cavalo.

—[Caralho, Vrenz, o que foi que...?]

O homem que estava ao lado dele também recebeu uma flechada, certeira na cabeça que atravessou seu capacete e fez o cavalo se descontrolar e galopar assustado.

—[Temerianos!] – exclamou um deles, fazendo os demais nilfgaardianos desembainharem sua espada. A adolescente e Anais apertaram ainda mais o abraço, assustadas. As demais meninas, boa parte deles dormindo, acordaram e começaram a gritar de pavor enquanto flechas zuniam pelo ar e acertavam os nilfgaardianos.

No topo de uma colina, Ves atirava flechas e mais flechas, tentando ignorar a dor em seu ombro ferido na última batalha. Roche avançava pelos soldados nilfgaardianos trazendo em sua mão uma espada leve e uma maçã, recebendo a cobertura de Ves e suas flechas certeiras e fatais. Os dois estavam há uma hora acompanhando escondidos na mata o comboio passar pela estrada, como nos velhos tempos dos Listras Azuis. Agora, percebiam que a tática de guerrilha que a unidade de elite usava contra os Scoia’tael era extremamente mortífera para os nilfgaardianos, tão acostumados a batalhas campais e tão poucos discretos dentro de uma floresta.

Faltavam alguns poucos soldados quando as flechas de Ves terminaram. A temeriana pôs o arco nas costas e de espada desembainhada, lutou ferozmente, ajudando Roche a terminar com o grupo de Cavaleiros Negros. Não foi uma luta fácil, mas por fim, a vitória foi sentida quando só havia um único nilfgaardiano.

O homem largou sua espada ao chão, em rendição.

—Eu me render, temeriano, eu me...

—Enfia essa sua rendição no cu. – disse Roche, cravando sua espada na barriga do homem e por fim, fazendo o cadáver soltar-se dela com um chute. Suspirando de cansaço, Roche voltou sua atenção ao comboio de jovens meninas. Percebeu que Anais estava entre elas. Assim que Ves forçou o cadeado e conseguiu abrir, as meninas correram pela floresta. Só Anais ficou, correndo em direção a Roche.

—Eu sabia que você viria me salvar! – disse a menina, abraçando-o.

—Minha Rainha... Eu falhei com você... Vai ficar tudo bem agora. Eu te dou minha palavra.