II. The King's Bastard

“Eu sempre irei de encontrar.” – David Nolan.

P.D.V: Narrador

Já faziam dois dias desde que David e Robin saíram do Palácio para ir atrás de seus filhos. David estava maravilhado com a organização do Reino, o jeito como a Corte se portava, a maneira com a qual ele havia deixado tudo preparado para quando desertasse. O príncipe ficava parado e imaginando qual era o seu tom de voz, como se portava diante de todos. Já Robin a única coisa com o que ele conseguia se preocupar era com o fato de ser avô, sem nem antes ter sido ao menos pai de Rachel, ou Lola. David tentou o convencer de que não era tão ruim, Henry para ele foi uma segunda chance para reatar as coisas com Emma.
Ambos finalmente chegaram ao que parecia ser um grande moinho, a casa ainda estava ali. David e Robin precisavam ser rápidos, as casas eram queimadas a cada rua da Aldeia. Era difícil decidir qual som ouvir: os gritos agonizantes das pessoas a serem queimadas vivas ou as explosões de pólvora. O loiro sinalizou aos guardas para que esperassem, e então bateu na porta levemente. Uma mulher loira e alta abriu a porta assim que viu os homens atrás de David com a armadura da coroa.
– Rei Francis, seus guardas estão aqui. – Disse a loira e assim que saiu da porta deu lugar a Francis, sem coroa, uma roupa de qualidade e sua espada na bainha. Seus cabelos loiros e mal cortados, com uma barba rala o faziam parecer com seu pai logo a sua frente. Mas David se lembrou só principal.
– Vossa Majestade. – Disse Charming se curvando prontamente ao próprio filho, e Robin também o acompanhou.
– Preciso de ajuda, Lady Lola está fraca demais para cavalgar, e ainda com a criança de colo. – Disse Francis rapidamente. – Iremos precisar de uma carruagem.
– Francis eu estou bem. – Disse Lola se levantando, e indo em direção aos guardas com o bebê em seus braços. – Eu consigo cavalgar, só preciso que pegue a criança. – Francis negou com a cabeça, ele não queria pegar, por que sabia que se pegasse iria ficar com o bebê, coisa que Mary talvez nunca perdoaria. Seu plano assim como o de Lola era, manda-los para viver numa propriedade da coroa, longe da corte. Ele precisava zelar pela última fagulha de amor que Mary ainda sentia, podia ser muito, mas ainda assim era pouco.
– Eu posso segurá-lo Majestade. – Robin se ofereceu. – Eu já cavalguei com meu filho Rolland durante muitas viagens.
– Perdão?
– Eu sou Robin Hood, sou o novo guarda da Rainha. – Disse o arqueiro ladrão mentido. Apontou para Charming e o apresentou. – E esse é meu amigo e também guarda da Rainha, David Nolan.
– Por favor cuidem do bem mais precioso que eu tenho nesse mundo. – Disse Lola entregando o bebê a Robin. Ambos estavam tão próximos, pai e filha, mas sem saber dessa tão importante ligação. Ela tinha o jeito de Regina, de andar, falar, mas ao mesmo tempo tinha os pés no chão como seu pai. Francis ajudou Lola a subir no cavalo, e logo após tomou o seu. David ficou perto o suficiente de Francis para que pudesse falar.
– Se me permite Vossa Majestade, por que não quis pegar o garoto? – Questionou educadamente, ele precisava saber como pai, e até mesmo como avó, ele se importava tanto com Francis, quanto com Mary.
- Eu amo a minha Rainha, e eu sei que ela também me ama. E esse amor a torna cega demais pra me odiar pelo fato de eu ter dormido com a sua Lady. Mas eu sei que ela jamais me perdoaria, se eu, ficasse com o bebê. – Disse ele seriamente, aquele homem para ele era desconhecido mas, ele precisava de alguma maneira se expressar sobre estar levando seu filho bastardo para o Palácio.

2 DIAS DEPOIS...

As trombetas soavam enquanto Mary, e suas novas Lady’s desciam as escadas, todas com seus vestidos pomposos e com um brilho natural da Realeza. O pátio principal já estava totalmente lotado por nobres da corte. Francis desceu de seu cavalo, Mary o podia ver abriu caminho por entre os nobres deixando sua mãe e parentes para trás. Ele a viu e andou em sua direção, ambos se envolveram num beijo salgado de lágrimas, de saudade, de culpa, de amor. Ambos se separaram de um beijo tênue e carinhoso, a mão de Mary foi até a face de Francis, o acariciando.
– Eu sabia que estava vivo. - Disse a Rainha convicta, e cheia e com os olhos cheios de amor.
– Eu estou vivo por você. Sempre por você Mary. - Disse ele sorrindo, segurou a mão da morena e de mãos dadas caminharam até o interior do Palácio, onde descansaram plenamente. Pois sabiam que o dia seguinte seria cheio de comitivas. Não houve tempo para falar sobre parentes ressurgidos. Pois no dia seguinte lá estavam eles na Sala do Trono diante dos problemas da corte: A falta do vinho, a falta da variedade de frutas, a falta de pães mais cheios.
Isso tudo era assistido por todos de Storybrooke, os homens estavam vestidos como guardas, o papel de diplomatas havia caído, assim como a qualidade de vida. E as novas e experientes Lady's de Mary também estavam lá, Regina estava com vontade de se tornar a Evil Queen ali mesmo.
– Rei Francis eu sou Daniel, filho de Lorde Narcisse, e entro em sua presença com uma oferta. - Disse um antigo conhecido da corte por sempre fornecer grãos de seu pai, ao Palácio.
– A Rainha também está aqui e ela aguarda sua reverência. - Disse Francis sério, ele havia se dirigido ao Rei como se ele não tivesse esposa.
– É claro jamais ia me esquecer da mais majestosa das Rainhas. - Disse Daniel.
– Tive uma leve impressão de que se esqueceu de quem eu sou, mas bem, diga o que propõe. - Perguntou Mary.
– Talvez seja melhor que suas Lady's e os guardas se retirassem. - Sugeriu Daniel.
– Eu acho que não. - Disse a morena antes de seu marido. - São todos confiáveis.
– Eu soube que aqueles que estão infectados com a Praga, são colocados nas masmorras como quarentena. Eu proponho que coloquem meu inimigo lá e em troca receberão um leva de suprimentos para até o inverno. Seu nome é Lorde Castle. - Disse ele, todos na Sala arregalaram os olhos.
– Você propõem que assassinemos um de nossos súditos. - Questionou Francis em voz alta se levantando, totalmente irado. - Está fora de questão.
– Mas meu Rei...
– Seu Rei disse não! - Disse Mary se levantando. - E se eu tiver que dizer, será um sim para ter sua cabeça numa estaca.
- Isso é uma ameaça? - Perguntou Daniel petulante.
– Guardas tirem esse homem daqui! - Ordenou Francis, David e Killian o retiraram a força dali.

CONTINUA...