The Real Stalker

Sussurros violentos.


— Alice Silverstone. – JJ começou o briefing. – 25 Anos. Desapareceu durante uma caminhada. Estava com celular e fones de ouvido. Os dois desligados.

— A mãe dela fez o Boletim de desaparecimento há dois dias. – Simmons respondeu. – Ela nunca fugiu de casa, estava à procura de emprego e era responsável apesar de tudo. Segundo a mãe, a filha tem uma gatinha que nunca deixaria para trás se resolvesse ir embora.

— Acho que ela foi raptada ou pior? – Emily perguntou preocupada. – Eu não vejo nada de errado nas redes sociais. Gosta de escrever, ouvir música.... Ela literalmente não apresenta risco de fuga.

— Talvez eu possa ajudar. – Penelope fez todos pularem das cadeiras. – Não culpe Luke. Eu o obriguei a me trazer. O médico disse que eu poderia.

— Deixe-me ajudar você, filha. – Rossi a ajudou se sentar na cadeira. – Longa história para uma outra hora.

Luke se sentou ao lado de Penelope, evitando olhar para a sala onde estava sendo uma reforma. Eles não iriam mais deixar Penelope sozinha por lá e dariam a ela um novo carro também, apenas para garantir.

Rossi se sentou, absorvendo cada sorriso da filha. Seu coração vibrava com a lembrança de como ela lidou com a revelação que ele era o pai biológico dela.

— De algum modo, eu sempre soube. – Pen respondeu quando soube que Rossi era seu pai. – Isso só torna tudo oficial.

— Talvez você possa verificar os históricos do computador e do celular. – Emily viu Pen digitar tudo. – Teria como ver onde ela esteve por último?

— Isso é estranho. – Pen suspirou. – Um galpão abandonado há anos. Não há nada.

— Matt e JJ, vão chegar esse lugar. – Emily olhou para Pen. – Sabe se ela tinha alguma entrevista de emprego ou algo assim?

— Bem, tinha duas. – Pen girou para o outro notebook. – Ela nunca apareceu e tem muitas ligações. Da mãe, dos amigos.... Mas tem um número novo que ligou para ela e esse número recebeu uma chamada do celular dela.

Enquanto isso, Kevin e Everret limparam todo o espaço. Eles sorriram, sabendo que com Kevin ainda monitorando a BAU, eles tinham informações em primeira mão.

— Você se livrou da garota? – Everret ligou o caminhão de mudança e colou um bigode mais falso que nota de 3 reais. – Kevin?

— Ah, sim. – Ele mentiu. – Deixei ela na porta do hospital e dei no pé. Ela deve estar com a família.

— Espero que sim. – O homem mais velho apenas olhou para Kevin, sabendo que provavelmente a garota estaria amarrada em algum canto.

Alice abriu os olhos, sentindo uma dor de cabeça gigante. Olhando para onde ela estava naquele momento, ela gemeu.

Suas mãos amarradas a cima da cabeça, suas pernas também amarradas e o pano em sua boca. Nem que ela tentasse ela se livraria desse pesadelo cedo. Seu corpo ainda parecia meio desconectado dela, mas ela pensava que ficar em um galpão por três dias e depois em um quarto mal arrumado por talvez mais um dia era uma merda.

Kevin entrou pela porta da frente de seu apartamento. Ele trancou a porta do apartamento e escondeu a chave. Indo até seu quarto, ele olhou para Alice totalmente acordada e com o rosto manchado de lágrimas.

— Não se preocupe, querida. – Ele tocou o rosto dela, a fazendo se contorcer. – Eu vou ter que fazer algumas coisas e eu vou te deixar ir. Eu prometo.

Ele deixou o quarto, indo até o armário de remédios e pegando um dos comprimidos de Rohypnol que ele tomava e misturou a água em um copo e se sentou com ela.

— Beba tudo, ok? – Kevin a ajudou, tirando a mordaça e a levantando um pouco.

Alice sentiu sua sede passar, mas logo se sentiu completamente mole e fechou os olhos, sem saber o que havia acontecido.

Kevin a desamarrou e a carregou nos braços. Ele desceu o prédio dele, com a garota enrolada em um dos cobertores que roubou em uma casa antes de vir para o ape dele e a levou para debaixo de uma arvore em parque.

Ele discou o número para que o FBI viesse e saiu correndo quando a linha foi atendida.

— Emily! – Penelope gritou. – O celular de Alice está ativo.

— Onde? – Prentiss olhou para Luke. – Vamos.

Rossi deu um beijo na bochecha de Penelope antes de correr direto para salvar a garota que tinha um futuro pela frente.

As armas em punho dos agentes tinham suas miras e lanternas ativas. Lewis estava andando devagar por um caminho quando sua lanterna iluminou o corpo da garota inconsciente.

— Emily! Rossi! – Ela correu para a menina, checando o pulso dela e suspirando quando achou um. – Eu a encontrei. Ela precisa de uma ambulância.

— Acho que ela foi drogada. – Emily constatou. – Diga para o pessoal do hospital fazer um kit estupro e teste de drogas completo. Se soubemos o que aconteceu com ela, conseguimos pegar o bandido que fez isso.

JJ olhou para a ambulância e viu Reid entrar para acompanhar a garota.

— Então, você é o pai da Penelope. – JJ falou assim que Rossi chegou ao lado dela. – Tudo bem, eu sempre suspeitei que você era. Sei que quem morreu no acidente era o padrasto.

— Eu ainda não perguntei se ela quer que todos saibam. – Rossi apenas sorriu. – O que acha que aconteceu com a garota? Sequestro ou tentativa de assassinato?

— Eu tenho medo de descobrir. – JJ respondeu. – Só sei que fico aliviada que a encontramos com vida, embora drogada.

— Ainda acho que estamos lidando com alguém que está perto. – Rossi pegou o arquivo. – Estamos deixando passar algo. E não apenas nesse caso. No caso Everret esse puto sempre estava um passo na frente da gente, como se alguém o informasse.

— Deixe-me ver. – JJ pegou o arquivo. – Merda, eu sei porque esse caso pode estar sendo mimado.

— JJ? – Rossi olhou para a loira a sua frente.

— Kevin Lynch. – Ela viu o queixo de Rossi cair no chão. – Faz anos que ninguém ouve falar dele, desde o caso dos círculos do inferno de Dante.

— Ele foi transferido depois daquele caso. – Rossi tinha se esquecido. – Depois que ele....

Rossi olhou para as arvores e viu uma mira.

— JJ! – Rossi a puxou para baixo na hora certa. – ATIRADOR!

Luke e Matt pegaram suas armas e começaram a atirar de volta. Eles saíram correndo enquanto os tiros iam correndo. Eles conseguiram seguir o atirador até um dos rios ali perto, mas estava escuro e sem nenhuma lua.

— Filho da puta. – Rossi levantou a amiga. – Está bem?

— Graças a você. – Ela sorriu para Dave. – Mas o que foi aquilo?

— Sei lá. – Rossi sorriu ao ver o nome de Pen brilhando no seu telefone. – Minha filha?

— Oi, estão todos bem? – Ela perguntou.

— Sim, agradeço essa ligação. – Rossi se movimentou. – Escute, eu quero falar com você assim que chegar em casa.

— Claro. – Ela olhou para a mesa e para o telefone. – Eu te amo.

— Também te amo. – Rossi olhou para o celular. – Tem alguma coisa estranha.

— Ela não disse nenhuma brincadeira. – JJ olhou para Rossi e para Luke.

Ambos saíram correndo, direto para o carro, deixando o restante sem entender e correndo para o outro carro.

— Eu fiz o que você queria. – Pen deixou uma lágrima de medo rolar. – Por favor, apenas deixe essa arma longe.

— Claro, querida. – Everret deu um sorriso zombeteiro para ela e ao invés de guardar a arma, ele bateu na cabeça de Penelope com a arma, a fazendo cair no chão desacordada.

Pegando a técnica nos ombros, ele a colocou no carona de seu carro, encontrada no vidro do passageiro e com um par de óculos escuros e saiu do estacionamento com a garota, sem esconder o riso pelo sequestro.