Annabeth nunca havia beijado alguém, a sensação dos lábios de Percy era estranha, mas estranhamente bom. Ela ousou colocar as mãos em seu pescoço e puxa-los para mais perto e Percy segurou sua cintura com força.

—Princesa… - ele murmurou entre um beijo e outro

Annabeth não queria parar, a sensação era muito boa.

Percy segurou sua mão, que estava no pescoço dele, ele a tirou, deu um beijo e a colocou na perna dela.

_Você vai se casar princesa. - disse, sua voz em um murmúrio

Annabeth se afastou.

—Peço que perdoe minha indiscrição. Isso não devia ter ocorrido. Scheiße. Eu acho melhor irmos para cama, amanhã será um dia longo de jornada até a França. - ela se levantou - Boa noite.

Percy nada disse, apenas observou-a partir. Seu coração estava batendo rápido, sentimento estranho para ele. Não era como beijar ela, não era como beijar Rachel Elizabeth Dare, ele ainda não podia dizer se era melhor ou parecido, mas sabia que teria de provar mais para descobrir.

Percy dormiu pensativo naquela noite, os pensamentos voltados para uma certa princesa loira.

**********************************

Quando o dia amanheceu Percy e Alex encontraram os soldados já a postos para viajar. Nada de Annabeth.

—Càit a bheil i? -Cam perguntou para AJ

—Bidh e gu leòr. - Alex respondeu

—Ele perguntou quando ela vai. chegar? - Percy murmurou para AJ

—Mais ou menos. Está aprendendo. - ele sorriu para o amigo - Olhe, lá vem ela.

Acompanhada de Cristina, Rodolfo e Matias, Annabeth vinha a sorrisos felizes.

—Mädchen, du weißt nicht, wie glücklich ich war, dich zu sehen. Komm öfter zurück, bevor dieser alte Mann geht. ( Menina, não sabe a felicidade que senti ao te ver. Volte mais vezes, antes que esse velho aqui parta. ) - Rodolfo piscou para ela

—Ich werde es versuchen, aber ich denke, es wird unmöglich sein. Schicksal verwirrt. ( Tentarei, mas acho que será impossível. O Destino é confuso. ) - ela respondeu

Rudolf abriu os braços pra ela, esperando um abraço. Ela o abraçou, Percy viu que ele sussurrou algo a mais para ela. Ela sorriu e abraçou Matias, que também lhe disse algo no ouvido, por fim, Annabeth encarou Cristina. Elas trocaram olhares significativos, e Cristina sorriu. Annabeth se virou e andou os cinco metros que separavam ela e seus homens.

—Dè an t-slighe a bu chòir dhuinn a ghabhail, Ur Mòrachd? - Duncan questionou

—Mhol Cristina dòigh eadar-dhealaichte, rachamaid. - ela respondeu, aproximando-se do cavalo e montando-o - Rachamaid! - ordenou, cavalo já andando

Percy olhou para Alex, que montou o cavalo sem olhar para ele. Percy olhou para trás, seus olhos encontraram os de Cristina enquanto sua mão acariciava o cavalo ao seu lado, Cristina encarou ele também, sem desviar o olhar, ela juntou as mãos na frente do corpo, arqueou uma sobrancelha para ele. Percy montou no cavalo, sem olhar para trás, seus companheiros estavam muito à frente dele e Percy demorou cerca de vinte minutos para alcança-los. Quando os viu, ultrapassou os homens dando -lhes um aceno e cavalgou até o lado de Annabeth, que nem sequer o olhou.

—Eu… - tentou formular uma frase - Eu só queria dizer que…

—Não diga nada. - ela o cortou, ainda sem olha-lo - Apenas siga calado.

Percy segurou o cavalo, puxando-o para que ficasse para trás.

—Problemas com a princesa? - Alex perguntou, seu cavalo ao lado do dele

—Ela sempre foi assim? Ríspida?

—O que posso dizer? Só a conheço a pouco.

—Mas ela confia em você. - ele ponderou

—Sim, por que somos primos em certo grau.

Percy o olhou espantado.

—O que?

—É, pois é. Eu sou filho da filha do irmão do avô de Annabeth. Digamos que o irmão do pai de Atena, o tio de Atena, deixou minha mãe grávida, única Castellan viva, na época, uma meretriz de luxo, comprada por ele para satisfazer seus prazeres em sua estadia na Escócia. Os Castellan já foram um grande clã, mas perderam-se.

—Eu não entendi essa cronologia, explique melhor.

— A mãe de Annabeth, Rainha Atena era uma mulher esplêndida, de coração nobre.

—Era uma princesa?

—Entre aspas. Era filha bastarda da rainha consorte da Dinamarca, Ana Catarina de Brandemburgo, que era casada com o Rei Cristiano IV da Dinamarca. Eles tiveram três filhos, em alguns dos diários dela, no caso Ana, conta que Cristiano não… - ele lhe deu um olhada -... A tocava mais sabe? Então ela conheceu um homem que fez seu coração bater, um homem casado, mas ainda sim um homem que fez seu coração bater. O Duque de Castro, Eduardo I Farnésio, meu tio - avô, sabe a fama dos italianos né? - ele abriu um sorriso malicioso para Percy

—Sei..

—Então, Ana Catarina se envolveu com ele e engravidou. Atena nasceu, depois de quatro anos de relacionamento escondido. Apesar de tudo, Cristiano não mandou mata-la. Ele só, mandou que a deixassem ali. Atena foi criada como princesa, mas nunca posta nos registros como filha da Dinamarca. Quando Atena completou 14 anos, Frederick a conheceu em um baile, um Príncipe jovem e imaturo de 15 anos. O casamento foi arranjado e incentivado pelo avô paterno de Annabeth, o Rei Jaime, que conversou com o Rei Cristiano, que pouco se importou e permitiu o casamento. Bem, Frederick era apaixonado por ela, eles se amavam e não podiam estar mais felizes. Então 9 meses depois, veio o primeiro filho, Dédalo. Um rapaz sadio e forte, depois veio Malcolm Pace, e por fim Annabeth. Dédalo, com apenas 12 anos, foi dado em casamento para uma princesa seis anos mais velha que ele, eles tiveram um filho, Ícaro. Nisso Malcolm já tinha dez anos e Annabeth estava na barriga.

—Como sabe tanto?

—Treinamento Luchd, é necessário saber do passado para não cometer erros.

—E do futuro?

—Pouco, muito pouco.

—Continue.

—Bem, foi aí que tudo começou a desmoronar. Dédalo morreu com 15 anos, dizem os médicos que seu ouvido começou a sangrar e não parou mais. Ícaro, com três anos, foi considerado herdeiro legítimo, e mesmo que seu avô Frederick ainda tivesse seus 30 anos, Malcolm era o regente legítimo caso ele morresse, mesmo ele sendo novo teria o auxílio da mãe. Dois anos depois, Malcolm com 14 anos, morreu, de pneumonia. Annabeth tinha 5 anos. O rei e a rainha ficaram arrasados, sua esperança agora estava em Ícaro, já que Annabeth era dedicada a deusa. Bom, Ícaro morreu naquele mesmo ano. Atena entrou em tristeza profunda, morreu de tristeza. - ele deu de ombros - Frederick ficou muito mal, ele perdeu tudo, só lhe restava Annabeth. Ele estava triste e sem um herdeiro, lutou e lutou para que Annabeth o sucedesse, assim não teria que casar novamente, mas as coisas não são assim, tradições são tradições. Quando ela tinha oito anos, o pai se casou com a Rainha atual, aí veio Matthew, a alegria dele e de todos os súditos. Foi só nesse período que o Rei voltou a sorrir, apesar disso Annabeth é a preferida.

—Eu notei, quando estávamos lá, ele tratava ela com um carinho muito grande e especial.

—Sim, ela é filha do grande amor da vida dele. Eles passaram o que… uns 20 anos juntos, hoje ele deve ter não mais que 55 anos, não sei dizer ao certo.

—Quem dera eu pudesse ter um casamento e um amor tão belo. -Percy involuntariamente olhou para Annabeth, que cavalgava a poucos metros de distância deles

—Você é Príncipe do país mais poderoso que existe, um nobre, como ainda não está casado?

—Ninguém quer um bastardo. - ele deu de ombros

—Alguém, em algum momento, deve ter pensando na possibilidade.

Percy não respondeu, seus pensamentos partiram para os seus 17 anos, quando uma ruiva fazia seu coração bater forte.

Flashback on

Percy sentiu o sol da manhã queimar seus olhos, ele os esfregou, procurando algum consolo. Ele olhou para o lado, a perfeita figura ruiva deitada, respirando calmamente. Ele sentou na cama, o cobertor cobrindo até sua cintura.

—Bom dia. - disse, dando beijinhos em suas costas nuas

Ela se mexeu, uma não direcionada ao cabelo dele, fazendo-lhe um carinho.

—Bom dia Pe. - ela murmurou, o apelido que apenas ela o chamava causando um efeito apaixonante

—É hora de levantar, ou os servos vão começar a falar.

—Minha cama já está desarrumada mesmo. - ela se sentou, lhe deu um selinho

—Por mim, saiba que ficaria o dia inteiro, apenas nós dois… - ele entrelaçou sua mão direita na dela - Fazendo amor.

Ela sorriu ao sentir a outra mão dele subir pela sua coxa.

—Eu adoraria. - ela lhe deu outro selinho - Mas você sabe como é meu pai, é melhor que eu esteja lá quando ele acordar.

Percy suspirou derrotado e caiu na cama.

—Pare de ser dramático Pe. Estou aqui quase todas as noites!

—Não é suficiente. - ele levantou novamente - Quero você todos os dias, todas as horas.

—Sabe que meu pai jamais permitiria.

—Ele é um tolo de querer casa-la fora daqui!

—Ele quer fazer negócios, e ficar aqui incluiu ou me casar com um primo , ou um os poucos de famílias diferentes.

—Somos primos distantes, que mal há?

Ela riu.

—Não tão distantes.

—Você é descendente de Caos, mas não do primogênito e eu sou do primogênito, são algumas gerações, não acha?

—Acho, mas meu pai não acha. Por que não aproveitamos esse tempo e paramos de falar em?

Percy abriu um sorriso fraco. Ela segurou seu rosto com as mãos e depositou um beijo caloroso em sua boca.

—Aproveitar… - ele repetiu entre beijos, antes de deita-la na cama

Flashback off

—Percy? - Alex chamou

—Desculpe, o que?

—Você parecia bem entretido em uma lembrança… - ele riu

—Sim, estava.

—Quer me contar?

—Uma mulher, alguém que eu amei.

—Uma nobre?

—Sim, minha prima em quarto ou quinto grau. Uma mulher linda, ruiva, com sardas lindas…

—Uma grande paixão em? - ele sorriu

Percy abriu um sorriso fraco.

—De fato.

Eles passaram o resto da viagem conversando, trocando ideias. A pausa para almoçar não foi longa, a cidadezinha em que eles pararam era comercial, o que acabou tornando mais fácil. Annabeth não olhava para Percy, nem para ninguém, sentou no canto, comeu quieta e não fez questão de nada. Percy até tentou se aproximar, mais ela saiu rapidinho quando o viu.

—Trioblaid leis a princesa? - Keith perguntou, pondo-se ao lado dele no banco

—Só entendi o princesa.

—Problemas. - Keith pronunciou em inglês, o sotaque tão puxado que Percy quase não reconheceu

—Tha. Chan eil fhios agam carson.

Keith riu pela pronúncia de Percy, ainda arrastada.

—Thathas ag ràdh gu bheil gnè làidir aig a ’bhana-phrionnsa, tha mi gu sònraichte eòlach oirre bho aois òg, chaidh ar togail còmhla gu fìrinneach.

Percy fez careta. Não estava entendo quase nada, algumas palavras apenas.

—Alex! -Keith chamou

Alex bebeu sua cerveja e juntou-se a eles.

—Dè a th ’ann? ( O que foi?)

—Eadar-theangachadh dha. ( Traduza pra ele.) - ele apontou com a cabeça para Percy

Alex soltou um suspiro.

—Ok.

—_Thathas ag ràdh gu bheil gnè làidir aig a ’bhana-phrionnsa, tha mi gu sònraichte eòlach oirre bho aois òg, chaidh ar togail còmhla gu fìrinneach.

—A princesa e ele cresceram juntos.

—Chaidh mo thoirt dhan arm gus fiachan m ’athar a phàigheadh ​​don Rìgh.

—Ele foi dado ao exército para quitar uma dívida do pai com o Rei.

—Isso é triste. - Percy disse

—Dh'fhàs sinn suas còmhla, ach cha do bhruidhinn mi mòran rithe a-riamh. Ach, rinn mi a h-uile càil gus mo dhìlseachd a dhearbhadh.

—Cresceram juntos, mas nunca se falaram muito. Ele fez de tudo para provar sua habilidade.

—Aig 16, chaidh i a-mach a shealg leis fhèin, chunnaic mi agus lean mi i, an latha sin thuit i far an eich, chuidich mi i, dhearbh mi mo dhìlseachd. Sin as coireach gu robh mi airidh air a bhith mar phàirt den gheàrd pearsanta aice.

—Aos 16 anos, ela saiu para caçar sozinha, ele viu e a seguiu, naquele dia ela caiu do cavalo, ele a ajudou, provou sua lealdade. Por isso mereceu fazer parte da guarda pessoal dela.

—Como são as regras da guarda pessoal dela?

—Ciamar a tha riaghailtean an geàrd pearsanta? - AJ traduziu para Keith

—An-còmhnaidh deònach a bhith ag obair, fir dìleas, fir as fheàrr.

—Sempre dispostos a trabalhar, homens leais, solteiros de preferência.

—Não podem ser casados?

—Nach urrainn a bhith pòsta?

Keith riu.

—Tha e nas fheàrr nach eil, ach ma phòsas iad, chan urrainn don teaghlach dragh a chuir air an dleastanas.

—De preferência não, mas se casarem, a família não pode atrapalhar o dever.

—Keith, Alex, Percy! - Ronald chamou - Chuir Annabeth air do shon, rachamaid.

—Tha sinn a ’dol. - Alex respondeu para ele - Annabeth está chamando, vamos partir.

Os três saíram do estabelecimento, encontrando Annabeth e os outros já montados e prontos para partir.

Percy passou a tarde com Keith e Alex, ao final, conseguia entender palavras mais complexas e formular frases normais.

—Vamos seguir até Munique, dormir lá. - Annabeth avisou

—Na cidade? - questionou

—Sim, mas acampamos no Flaucher.

—O que é Flaucher? - Percy sussurrou para Keith

—Parque. - respondeu no mesmo tom

—Vamos.

Em outras ocasiões, evitar cidades grandes como Munique era essencial, como Rodolfo II era o imperador, esse não era o caso.

A seguida até Munique e até o Flaucher duraram cerca de 3 horas, já que no caminho, os homens tiveram de parar e comprar alguns peixes, pães e um pequeno porco para se alimentarem.

No local,Duncan e Cam fizeram a fogueira e cuidaram da comida. Ronald e Keith montaram a tenda de Annabeth e depois ajudaram a montar as dos outros. Percy e Alex banhavam-se no rio.

—Nos beijamos. - Percy declarou de repente, ele mergulhou no rio

O Flaucher não tinha sido uma má ideia, o Rio era bom para tomar banho e potável nas correntezas. Eles estavam se lavando, água até o peito.

—Quem? - Alex perguntou quando Percy voltou

—Eu e Annabeth.

Alex abriu a boca, surpreso e espantado.

—Como? Onde?

—Na Áustria, foi… não sei. Eu só queria perguntar por que ela não tinha me mandado de volta.

—Acho que você descobriu o porquê.— ele zombou

Percy riu.

—Não acho que seja por isso, ela me ignorou e mandou esquecer.

—Você esperava o que?

Percy suspirou.

—Eu não sei… talvez um "legal te beijar?"

Alex passou a mão nos cabelos, enxugando-os.

—Percy, Annabeth nunca beijou um homem. Sinta-se privilegiado.

—Ela poderia estar me usando para obter experiência antes de casar. - ele observou

—Eu imagino que pelo jeito como ela te observa atrás de nós que não.

Percy olhou para trás. Seus olhos bateram com os da loira, ela aproximou -se mais na beirada, uns 15 metros longe deles ainda, sem deixar os pés calçados tocarem a água, uma tocha na mão.

—Cam está chamando, o jantar está pronto. - disse, sem parar de olhar nos olhos de Percy

—Nós já vamos. - Percy respondeu, andou um pouco até a água estar em seu umbigo

Annabeth sentiu seu coração acelerar, isso não era prudente. Um homem não podia ficar nu na frente de uma mulher que não fosse sua esposa. Ainda sim, acompanhou seus passos. Quando ele parou, ela desviou o olhar para seu corpo. Percy não era do tipo musculoso, mas não ficava pra trás, os anos de luta com certeza fizeram bem a ele. O pensamento fez Annabeth corar.

—Princesa? - Percy chamou

Annabeth engoliu em seco e balançou a cabeça, recordando-se do que precisava ser dito.

—O jantar está pronto.

Percy sorriu.

—Você já disse isso.

Ela pensou.

—De fato, aprume-se então.

Ela virou -se e saiu andando sem dizer mais nada.

—Eu não disse. - Alex apareceu ao lado dele

—Acredita ser possível que ela sinta algo por mim?

—Por suas atitudes, ela deve estar começando a sentir algo.

Percy abriu um sorriso bobo.

—Acho que também estou começando a sentir algo.

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Era tarde da noite, esse era o momento de Annabeth banhar-se no rio. Ela se levantou da tenda, claramente desconfortável, pegou um vestido na mochila e andou a passos largos, mas silenciosos, sem querer acordar os outros em suas tendas. O rio estava gelado, até demais para o verão alemão. Ela tinha deixado a roupa seca perto da beirada no rio, em cima de uma pedra, para não molhar. Entrará com a roupa que estava, disposta a lava-la. Retirou com cuidado o vestido em que estava,antes retirou do bolso desse uma pequena barra de sabão, na qual havia trazido de York. Lavou o vestido, enxaguou e jogou na margem. Estava de costas para margem, esfregou-se e mergulhou para retirar a espuma. Observou a lua a sua frente.

—Bonita não?

Annabeth cobriu os seios com o braço, assustada com a voz.

—Você não devia estar aqui! - repreendeu

—Calma, calma! - ele soltou uma risada - Vim apenas dar uma volta. Não estava nos meus planos te encontrar… aqui.

Percy coçou a cabeça, encabulado.

—Então pode fazer o favor de sair?

—Eu tenho uma toalha, se quiser, trouxe de York… acho que eles não se importam deu roubar uma. - ele riu - Já deve estar seca essas horas.

Annabeth o olhou, soltou um suspiro com um murmúrio que apenas ela entendeu

—Traga.

Percy se virou, saiu a passos apressados.

Annabeth suspirou. Só podia ser brincadeira, nem no meio da noite ela poderia ter paz para tomar um banho. Ainda por cima tinha que ser Percy a ve-la.

Tinha ignorado ele o dia todo. De propósito. Beija-lo foi extremamente errado, tanto por suas convicções tanto por estar de casamento "marcado".

Ela nem tinha pensado muito nisso. Votar a França era quase suicídio, não seria bem recebida e tinha que inventar um desculpa. E escolher. Se pensasse bem, era privilegiada, quem em sua época, que mulher da sua época, poderia escolher entre dois homens? Entre dois nobres, sendo um eles o próximo rei de um dos países mais poderosos do mundo?

—Ei. - Percy chamou

Ela o olhou, a toalha da mão direita, a esquerda tampando os olhos.

—Não vou olhar, mais você vai ter que se aproximar pra pegar.

—Por que você não vem até aqui? - ela perguntou, corou imediatamente, não entendo por que disse o que disse

Percy tirou a mão esquerda da olhos.

—Por que vou me molhar. - Respondeu, não entendo a sugestão dela

—Você é meio lerdo.

—As vezes. - concordou - Vai pegar ou não?

—Tampe os olhos. - ordenou

Andou calmamente até ele, o braço ainda tampando os seios.

—Estende a mão. - pediu

Percy estendeu para frente, quase dando um soco nela.

—Obrigado pela toalha, pode ir.

Percy deu um pequeno sorriso, abriu os olhos.

—Eu disse que era pra abrir?

Ele sorriu, vendo Ela rapidamente se cobrir com a toalha

—Não disse, mas eu abri mesmo assim e tenho que admitir… valeu a pena.

Annabeth corou, queria bater nele pela imprudência e ao mesmo tempo beija-lo.

—Saia. - ordenou, a voz quase falha

—Como quiser. - Percy virou as costas e saiu a passos lentos, virou para trás e lhe deu uma piscadela - Você é muito bonita! - berrou

—Babaca!

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1700, Escócia.

—Atlee. - chamou Agenor

—Agenor. - Atlee lhe estendeu a mão

—Eu venho avisar que os preparativos estão prontos para minha coração formal. E quero que o rei da Escócia, meu aliado, esteja presente.

—Ora Agenor. É claro que vou.

—Que bom meu amigo. - Agenor se sentou ao lado de Atlee, na grande mesa preparada para eles jantarem - Europa está quase pronta para vir, logo ela se tornará sua mulher.

—Meu amigo , desista dessa ideia de casar sua filha comigo!

Agenor ficou sério.

—É a garantia de nossa união.

—Agenor, a menina tem 14 anos!

—Teléfassa já a ensinou tudo que é necessário para um casamento. Ela está pronta, é nobre, uma linda moça e virgem. - Agenor enfatizou a última palavra

Atlee bufou.

—Ela ainda tem 14 anos.

—Se deixar, prometo que ela te surpreenderá na cama, se é isso que o preocupa.

—Isso não me preocupada Agenor, preocupa o fato de eu ser mais velho que ela.

—Ora, são apenas 16 anos! Deixa de ser tolo homem.

_Enquanto eu tinha minha primeira transa ela estava nascendo Agenor! - Atlee estava irritado, achava loucura a ideia de Agenor

—Nao importa, assim será. É o combinado.

—Como quiser. - concordou ele - e o enterro de Tritan?

—Foi feito com muitas honras, ninguém desconfiou.

—Edmund?

—Morto, eu o matei com minhas próprias mãos.

Atlee engoliu em seco, maldita hora em que se metera nisso, agora não havia mais volta.

—Você é o único para ser rei agora.

—Com Poseidon ,Tritan e Edmund mortos, Perceu acusado de matar todos eles e Tyson fugitivo, eu sou o único.

—Se Belo estivesse vivo, seria um problema, já que vocês eram gêmeos não? - Richard riu

—Seria, teria de mata-lo também e toda sua descendência.

—Justo. E Percy onde está?

—Um Luchd me garantiu que ele vai ficar por lá.

—Por que ele tem tanta certeza?

—Ele me garantiu que tudo ocorrerá do jeito que eu quiser.

—Seu plano saiu como esperado então...

—Nosso plano, Richard. - corrigiu Agenor

—Nosso. - confirmou, antes de beber um gole de vinho

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