#Harry

Eu tentava dizer a mim mesmo que o fato de eu verificar meu celular de 5 em 5 minutos sem nenhuma vibração não era por causa da mensagem que eu NÃO estava esperando da Gina.

— Você tá bem? Aconteceu alguma coisa? – perguntou Sirius na mesa na hora do almoço.

— Eu to ótimo – falei colocando novamente o celular na mesa.

— Você não larga esse celular! Não vai voltar com a Cho, né? – perguntou James.

— Que? Não! Eu to normal – falei evitando pegar o celular novamente.

Terminamos de almoçar, arrumamos as coisas e ficamos na sala vendo Friends a tarde toda, quando eram quatro horas meu celular vibrou novamente, mas diferente das vezes anteriores que eu apenas olhava o que era e logo bloqueava, eu abri.

Gin: “Oi Harry, td bom? Ainda tá afim de correr hoje ou vc topou na emoção?”

“Oi, td bem e vc? To sim, vou virar fitness agr”

Gin: “Uhum, sei.”

Gin: “Passa aqui em uma hr?”

“Siim”

Gin: “Ok ent, tchau Harry”

“Tchau Gin, beijo”

Desliguei o celular e vi que James me olhava com uma sobrancelha levantada, eu apenas dei os ombros sorrindo, decidi tomar um banho para ir lá, mesmo sabendo que teria que tomar outro quando voltar.

Nossa conversa pelo celular tinha sido meio injeçada, espero que a corrida não seja assim. Terminei o banho e coloquei um shorts mais curtinho de corrida, uma camiseta preta e um tênis, sai pegando apenas a carteira e celular.

— Vou sair, volto mais tarde – falei chegando na sala e pegando a chave do carro pendurada.

— Ih, onde pensa que vai todo cheiroso? – perguntou Sirius cruzando os braços e fazendo uma falsa cara de bravo.

— Vou correr de novo, mamãe – falei rindo.

— Você tomou banho pra ir correr? – perguntou Ron.

— Sim – falei dando os ombros – até mais – disse já fechando a porta.

Estacionei um tempo depois na frente da Toca, quanto tempo eu não ia lá, fazia uns bons meses. Bati na porta da frente que foi logo aperta por uma sorridente Sra. Weasley.

— Harry, querido! – falou me abraçando apertado – Quanto tempo! Como está magro... Ron está bem? – perguntou ficando preocupada.

— Oi Senhora Weasley, senti sua falta. Ele está bem sim – falei retribuindo o abraço – na verdade eu to procurando a Gina, ela tá aí?

— A Gina? – perguntou confusa e eu assenti – Está sim querido, lá no fundo com aquela bola, nem aqui ela larga aquilo – falou me dando passagem e sorrindo.

— Obrigada, Senhora Weasley – falei entrando e indo em direção ao fundo.

Gina realmente estava lá, vestia um top de ginástica e uma calça legging cinza combinando, o longo cabelo ruivo estava preso em um rabo de cavalo e nos seus pés tinha uma chuteira azul escura. Ela jogava a bola da parede as vezes, fazia umas brincadeiras com ela tipo embaixadinhas e alguns dribles. Gina Weasley estava linda, mesmo toda suada.

Deixei minhas coisas silenciosamente no banco ali do quintal aproveitando que ela estava de costas pra mim e fui até ela devagarinho e roubei a bola de seus pés quando ela começou novamente uns dribles.

— AHH! – gritou assustada colocando a mão no coração – Harry! Quer me matar – falou cruzando os braços.

— Nunca te falaram pra ficar sempre atenta, Weasley? – perguntei brincando um pouco com a bola.

Fazia muito tempo que eu não brincava com bola ou jogava, a última vez havia sido em algum feriado com os marotos, mas ela semicerrou os olhos pra mim desafiadora e eu sabia que não teria a menor chance contra ela, mesmo se ela não fosse profissional naquilo.

Ela veio pra cima de mim mas ao tempo que eu tentei dribla-la ela parou na minha frente atenta aos meus movimentos, quando chutei a bola e tentei passar por ela, ela acabou virando mais rápido e pegando a bola antes de mim, ficando com a bola segura em um pé e de cortas pra mim forçando para que eu não conseguisse me aproximar da bola.

Tentei por um tempo, mas ela apenas ria da minha derrota, quando ela foi fazer o movimento para fugir com a bola para longe de mim de vez eu passei os braços pela sua cintura e a girei, me deixando entre mim e a bola, de forma que eu finalmente consegui recupera-la.

— Você é insuportável, Potter – falou me empurrando fraquinho – Isso não vale!

— Claro que vale, assim eu ganho, da outra forma não! – falei enquanto fazia uma embaixadinha e pegava a bola na mão.

— Você sabe que se essa bola ainda estivesse no chão ela seria minha em pouco tempo, não sabe? – falou indo em direção a casa e eu a acompanhei.

— Talvez – falei dando os ombros a fazendo rir – porém dessa vez eu fui mais inteligente.

— Vamos ver se sua inteligência me acompanha na corrida, Potter! – falou entrando na casa – vou trocar de tênis, já volto, quer que eu guarde isso? – perguntou apontando p minha mão que segurava a carteira, chave e celular enquanto pegava a bola da minha outra mão.

— Por favor – falei e ela pegou tudo e subiu as escadas, não nego que eu olhei para suas costas e para um pouco mais do que isso nesse tempo.

Fiquei na cozinha olhando em volta e lembrando das coisas até que ela descesse.

— Vamos? – perguntou abrindo a porta da casa e eu assenti – Mãe, tamo indo correr!

— Tá bom queria, cuidado! – Gritou a Sra. Weasley da cozinha.

— Seu pai está bem, não vi ele – perguntei depois que chegamos na calçada.

— Teve um problema no trabalho e correu pra lá, vai estar aí quando voltarmos – falou e começou a puxar as pernas para de aquecer – E então, Harry, quer ir quanto?

— Não quero atrapalhar seu ritmo, mas não sei se consigo acompanhar – falei passando as mãos pelo cabelo.

— Sem problemas, vamos com calma e no seu tempo, se estiver cansando muito a gente volta, vamos começar caminhando por 5 minutos e depois começamos a trotar, tudo bem pra você? – perguntou enquanto reforçava o rabo de cavalo.

— É, acho que sim – falei e ela riu.

— Vamos Potter, para de ser preguiçoso – falou e nós começamos a andar.

Alguns momentos nos ficávamos em silêncio, mas eu não senti que eles eram constrangedores, eram apenas silêncios, algumas vezes nós comentávamos algo, lembrávamos de algo antigo ou falávamos de nossa vida atual, teve também uma crise de riso da Gina que nós tivemos que parar, tudo isso pelo simples fato de que eu quase cai quando enfiei meu pé em um buraco.

Depois de verificar se estava tudo bem comigo nós voltamos a correr, chegamos naquele parque que havíamos nos encontrado no dia anterior, resolvemos sentar um pouco. Eram quase seis horas da tarde então estava começando a escurecer, mas ainda dava para ver um pedaço do por do sol.

— Será que você pode pegar meu carro lá e vir me buscar aqui? – perguntei colocando a mão no coração que estava acelerado da corrida.

— Você tá mesmo bem? – perguntou rindo um pouco.

— Vou ficar – falei -, eu acho.

—Será que... nada, deixa – falou voltando a olhar para o céu.

— Fala, Gin – falei e ela me olhou meio sem graça.

— Será que a Cho não vai ficar brava de você correr comigo? Eu sei que ela não é uma grande fã minha – falou dando os ombros.

Eu não sabia se as meninas tinham ou não contado do meu término para ela, talvez não, já que ela estava preocupada com aquilo.

— Bem, – comecei a falar enquanto passava a mão pelo cabelo – nós terminamos.

— Terminaram? Eu... eu sinto muito, Harry – falou me dando um abraço.

Acho que eu poderia terminar com pessoa mais vezes para receber vários abraços.

— Tá tudo bem Gin, as coisas não estavam indo nada bem mesmo – falei dando os ombros tentando parecer normal.

— Eu sei que a gente se afastou, Harry, mas se precisar conversar com alguém, eu vou sempre poder te ouvir, viu? – falou enquanto segurava minha mão.

— Obrigado – falei sorrindo e apertando um pouco a mão dela antes que ela se soltasse da minha.

Antes de gostar de Gina eu era amigo dela, queria ser assim sempre, preferia ter ela apenas como amiga do que não tê-la. Aquele pouco tempo que passamos juntos me fez lembrar dos nossos anos de ensino médio, como eu queria aquele tempo de volta.

— Vamos indo, Harry? – perguntou se levantando depois de um tempinho que passamos em silêncio, cada um em seu próprio pensamento.

— Claro – falei me levantando também.

Fizemos como na ida, andamos um pouco e depois corremos, por incrível que pareça eu cheguei vivo na Toca, apenas quase tinha que arrancar meus pulmões mas estava vivo.

— Vamos beber água – falou entrando na casa – Cheguei, família.

— Oi, filha – falou o Sr, Weasley – Harry? – indagou já indo me abraçar – Quanto tempo, meu filho.

— Nem me fale, senhor Weasley, como está? – perguntei.

— Ótimo, ótimo! Estão todos bem naquele apartamento? E seus pais?

— Estão todos bem – falei indo até a cozinha com ele, atrás de Gina que me estendia um copo de água que eu rapidamente tomei.

— Harry? – perguntou Jorge, eu acho.

— Oi! – falei lhe dando um abraço.

— Ron não está aqui – falou.

— Eu sei, vim caminhar com Gina – falei apontando para a garota que estava apoiada no balcão olhando para o nada e bebendo água.

— Vai ficar para a janta, querido? – perguntou a sra. Weasley.

— Eu adoraria Senhora Weasley, mas hoje temos que decidir umas coisas da banda e vamos fazer hoje durante o jantar – falei indo lavar a louça mas logo Gina tirou o copo da minha mão e começou a lavar com o dela – Mas...

— Não reclama, Potter! – falou e eu ri – Bom, acho que vou indo, obrigado.

— Venha mais vezes querido – falou a senhora ruiva e eu concordei dando um abraço em todos e indo em direção a porta.

— Pera aí! – falou Gina subindo as escadas correndo, depois indo atrás de mim e abrindo a porta – agora sim, tchau – falou me dando um abraço e me entregando minhas coisas.

— Eu to todo melado, Gin – falei depois que ela me soltou, porque é claro que eu não perderia oportunidade de abraça-la.

— Como se eu não estivesse, né? – falou olhando para o próprio corpo suado, por alguns segundos minha boca ficou extremamente seca – Harry?

— Ah, oi? – perguntei balançando a cabeça e olhando para ela novamente, pensar em vê-la suada por outro motivo, que não uma corrida, tomou meus pensamentos por uns instantes.

— Obrigada por ter vindo e por me chamar de Gin, eu senti falta de alguém me chamando assim – falou mexendo nas próprias mãos.

— Sempre que quiser companhia é só me chamar, ruiva. E eu acho muitíssimo bom ninguém ter te chamado assim, é uma propriedade minha esse apelido – falei sério e ela riu – acho melhor eu ir.

— Vai lá, tchau Harry – me deu um beijo na bochecha e abriu a porta para entrar.

Fui em direção ao carro, entrei e buzinei para ela que ainda estava na porta olhando. Decididamente ela fazia falta na minha vida, e eu iria virar amigo dela novamente, mesmo que para isso eu precisasse frequentemente sentir dores musculares.

#Marlene

Eu estava terminando de colocar as coisas certas para criar um fundo para as fotos, Derek ainda não havia chego e eu precisava começar ali logo, ou perderia a luz natural. Parei e olhei para o cenário montado na parte de trás da minha casa, tinha algumas partes mais do tipo estúdio, com panos e luzes artificiais, e outras mais naturais em partes da casa mesmo, com algumas plantas.

Estava tendo uma promoção em uma das marcas que eu amava vestir, não era nenhuma grife mas não chegava a ser uma fast-fashion, de que eles escolheriam algumas peças de estilistas desconhecidos para incluir em sua coleção, e aquilo era uma grande oportunidade para mim, logo separei algumas roupas que eu já tinha montado para a faculdade e gostava e outras que eu mesma tinha feito para mim. Porém me surgiu a ideia de fazer roupas masculinas também, pois acredito que poucas pessoas vão mandar desse tipo, então peguei algumas poucas que havia criado e montei algumas também.

Havia pedido para um colega da faculdade que curtia muito fotografia tirasse as fotos para mim, e ele já estava ali avaliando os melhores locais para as fotos, mas Derek, meu outro amigo, que serviria como modelo masculino não havia chego.

Sinto meu celular vibrar no meu bolso e atendo logo depois de ver o nome de Derek na tela.

— Oi Migo, você não vai vir? – perguntei ficando desesperada.

“Oi Linda, não me mata, minha mãe teve um imprevisto e teve que ir para o trabalho, mas meu avó tá aqui em casa e eu não posso deixa-lo sozinho.”

Respirei fundo para me acalmar, não era culpa dele afinal.

— Tudo bem, não tem problemas, eu vou tentar encontrar alguém aqui tão bonito quanto você para me ajudar – falei e ele riu.

“Sinto que isso será impossível, linda, mas sério, eu sinto muito.”

— Não tem problema, De, tá tudo certo, juro.

Nos despedimos e eu me sentei em um banco, precisava pensar, poderia mandar só as fotos da coleção feminina mas eu havia gasto tanto tempo na produção de roupas masculinas que seria uma pena.

Precisava de alguém que coubesse nas roupas que eu havia planejado para Derek, e que realmente fosse fotogênico e bonito, como se uma luz ascendesse em minha cabeça eu lembrei de Sirius, claro, porque não.

Digitei o nome dele na minha lista de contatos e torci para que ele atendesse e me ajudasse. Um tempo depois ele atendeu.

“Oi Lene, tudo bem? Aconteceu alguma coisa?”

— Oi Sirius, não tá tudo bem e você? – perguntei ansiosa.

“To bem também.... xiu” - escutei ele falando para as pessoas perto dele – “Desculpa Lene, eles não calam a boca.”

— Não tem problema, você tá muito ocupado agora? – perguntei de olhos fechados quase rezando para que a resposta fosse negativa.

“Eu to no estúdio com os marotos passando umas músicas, porque?”

— Bem, eu preciso tirar fotos de umas roupas e preciso de um modelo masculino, meu amigo que ia me ajudar não vai mais conseguir vir e as roupas certamente vão ficar ótimas em você. Por um acaso você não conseguiria me ajudar não né?

“Pera aí” – ele falou e eu escutei umas conversas no fundo sem realmente conseguir entender nada – “Eu vou! 30 minutos tá bom? Só pra eu tomar um banho e ir”

— Nossa, perfeito! Muito obrigada! Você não sabe o quando você me salvou – falei me levando e sorrindo.

“Mas eu tenho uma condição” – falou ele e eu já imaginava o sorriso que ele estava dando.

— Qual? – perguntei.

“Depois que acabar aí a gente vai sair para jantar”

Eu ri e suspirei, era o jeito não era? E não é como se jantar com ele fosse uma péssima ideia.

— Certo, eu concordo com seus termos.

“Isso!” – comemorou, o que me fez rir.

— Traga alguns sapatos também, por favor, eu só tenho roupa aqui – falei e ele concordou, pediu para que eu mandasse minha localização e desligou.

Um pouco mais de 30 minutos depois eu escuto um carro parando na frente de casa.

— Acho que é ele, Dan, já volto – falei para meu amigo e sai correndo em direção a entrada de casa, chegando lá a campainha tocou.

— Oi Six – falei abrindo a porta e lhe dando um abraço.

— Oi, Lene – falou retribundo – você está linda!

— Obrigada, vem vamos! – falei puxando ele pela mão até a parte de trás da casa – Six esse é o Daniel, Dan esse é o Sirius. Vamos começar logo! Coloca essa roupa aqui – falei pra pegando umas das roupas da arara – e depois vem aqui pra gente arrumar certinho uns acessórios, você trouxe algum tipo de bota?

— Só essa aqui? – falou tirando um coturno preto de dentro da bolsa.

— Perfeito, tem um banheiro ali – falei apontando para uma parte ali de fora e ele foi para lá.

Quando eu fui para dentro pra poder trocar de roupa também eu senti uma mão me puxando.

— Lene do céu, esse é o tipo de amigo que você precisa me apresentar bem – falou Dan e eu ri.

— Ele é lindo né, tá solteiro – falei e ele sorriu.

— Nunca tirou nem uma palinha? – perguntou.

— Não, mas não foi por falta de vontade dele – falei e ele abriu a boca chocado.

— Como assim? Tá perdendo seu tempo! Esse homem é um pedaço de mal caminho.

— E eu não sei? – falei e fui pra dentro finalmente me trocar.

Quando eu voltei os dois estavam conversando animadamente.

— Bora trabalhar – falei e eles me olharam – coloca isso e isso – falei entregando um relógio e um chapéu para o Sirius – onde vamos, Dan?

— Pensei em uma pegada mais Street nessa, que tal lá na rua a primeira foto?

— Vamos – falei indo para lá e Sirius foi do meu lado – ficou linda em você.

— Tudo fica lindo em mim, querida – disse convencido o que me fez rir e lhe dar um leve empurrão.

Daniel fez com que eu sentasse em uma calçada com os pés na rua, segurasse uma florzinha na mão e tivesse Sirius sentado na rua olhando para mim. Ainda bem que eu morava em um bairro calma. Fizemos mais algumas com a gente apoiado em uns carros mais chiques do meu vizinho, sem a autorização dele mas ele não precisava saber disso.

Quase sempre tirávamos fotos juntos, vez ou outro era algo individual, só para mostrar melhor a roupa, e nessas vezes juntos, sempre tínhamos que nos olhar “INFINITAMENTE” como Dan dizia. Voltamos para dentro e colocamos roupas mais românticas agora, de forma que Dan aproveitou o jardim de meu pai, novamente quase sempre juntos.

Trocamos novamente um tempo depois, dessa vez algo mais casual e retro, dessa vez decidimos tirar na parte “estúdio” incorporando alguns elementos como minha bicicleta, um milk shake que pedimos pelo delivery e colocamos em um copo bonitinho.

Por fim deixamos as minhas peças preferidas, eram mais modernas e um tinha uma parte um pouco mais sexy, mais voltada para noite. Como as roupas eram mais chamativas pegamos uma simples parede de tijolos do meu vizinho e fizemos fotos ali.

— Agora pula no colo dele – falou Dan segurando a câmera na frente dos olhos.

— Pera, que? – perguntei confusa.

— Vai! – falou sério – Essa luz tá perfeita, não quero perder.

Eu passei meus braços pelo seu pescoço e as pernas pela sua cintura enquanto ele segurava firmemente minhas pernas.

— Joga o corpo pra trás – falou Dan.

— Tá louco, eu vou cair – falei me segurando cada vez mais em Sirius.

— Segura ela firme Six – falou Dan e Sirius concordou – vai Lene.

Eu fui me inclinar mas percebi que não ia conseguir soltar minhas mãos, não tinha apoio.

— Segura minha bunda, Sirius.

— Não precisa falar duas vezes – falou ele segurando o que me fez rir.

Me inclinei e soltei os braços, Dan começou a tirar fotos enquanto fala “Isso, balança o cabelo, sorri...”

— A última, pra pegar a lateral da roupa e esse decote lateral da sua blusa – falou Dan – apoia na parede Lene, e Sirius coloca as mãos na parede do lado dela, como naqueles filmes.

Nós fizemos o que ele mandou, coloquei também minhas mãos no pescoço de Sirius para evidenciar ainda mais o profundo decote lateral da blusa. Escutava os “cliques” enquanto mexia bem me leve meus dedos em sua nuca, apenas sorriamos um para o outro, como Dan pedia.

— Se você não para com esse dedos eu vou fazer uma coisa que essa pose tá me pedindo – falou me fazendo rir um pouco.

— E o que é? – perguntei levantando uma sobrancelha.

Ele se aproximou mais da minha boca, o que me deixou sem ar, ele não faria aquilo com Dan olhando né. Mas ao invés de encontrar minha boca, sua boca encontrou minha orelha e a mordeu bem levinho, o que me fez fechar os olhos.

Aquele homem podia me fazer entrar em combustão com uma simples mordida, imagina com todo o resto.

— Pronto, acho que já deu – falou Dan – vou passar essas fotos para o meu computador e te mando as melhores depois.

— T...tá bom, Dan – gaguejei e me recompus quando Sirius se afastava de mim me olhando maroto.

Ele disse que tinha um compromisso aquela noite e que tinha que ir, fiquei arrumando as bagunças que tínhamos feito.

— Pode ir embora já Six, e muito muito obrigada – falei me abaixando para pegar um brinco caído.

— Vou te ajudar aqui, depois vou embora, para voltar depois – falou e eu o olhei confusa – tínhamos um trato lembra?

— Nossa, claro! Eu esqueci – falei brincando com as pontas de meu cabelo – vai querer sair hoje? – perguntei – É uma terça feira.

— Eu sairia qualquer dia com você – falou piscando – vamos arrumar aqui logo, estou faminto.

— Vamos sair para jantar então? – perguntei e ele assentiu.

— Hamburguer ou massa? – perguntou voltando um caso para o local que eu havia indicado.

— Hum, hamburguer! – falei salivando quase.

Terminamos ali rápido e fomos para a porta de entrada.

— Tchau então – falei lhe dando um abraço.

— Esteja pronta as oito – disse me dando um beijo na bochecha e saiu.

Subi para tomar um banho e me arrumar, acabei contando para as meninas no meio do processo, que surtaram e me ligaram por vídeo, eles me recomendaram várias coisas, para ter cuidado e coisas do tipo. Mas eu ia sair com ele, e não me apaixonar.