The Dawn is Your Enemy

The flower has blossomed


Já era de manhã. A luz do sol iluminava o interior da casa na árvore. BMO já estava com as suas baterias recarregadas e pronto para começar o dia. No entanto, o garoto acordou como se tivesse sido atropelado por um caminhão. Ele não conseguia parar de pensar no pesadelo que teve horas atrás. O rasgo que ele causou no seu saco de dormir também não ajudou muito.

Ele olhou para o lado e viu que Jake não estava na sua cama. Ele já deve ter ido para a sua reunião de família. Ele queria pedir para o Jake cancelar a reunião por causa da situação que o mundo se encontra, mas não queria interferir na vida e na família do cachorro.

Finn se levantou e guardou a foto da Princesa de Fogo debaixo de sua cama. No entanto, antes de guardar a foto, ele olhou atentamente para a garota no retrato. Aquele sonho horrível que ele teve fez com que ele temesse qualquer coisa que acontecesse a ela. Ele não queria que nada acontecesse com a sua amada.

Pelo menos você está segura em seu reino…

O garoto guardou a foto, mas notou uma coisa estranha. Ele olhou para a palma de sua mão e viu que a pequena folha que surgiu dias atrás não estava mais lá. No entanto, ele notou algo familiar enrolado ao redor de seu braço, como um bracelete.

— A espada de grama!

Surpreso, ele transformou aquele bracelete em uma espada. Parece que ele não vai ter que se preocupar em arranjar uma nova espada de novo, pensou o garoto. Ele já perdeu tantas espadas ao longo dos anos que até os ferreiros da Terra de Ooo estão recusando a venda de espadas para o garoto.

Feliz com a sua espada de volta, ele pegou alguns travesseiros velhos e os jogou para o alto. Em seguida, ele usou a sua espada para cortar os travesseiros ao meio. O resultado foi o mesmo quando ele usou a espada pela primeira vez: um corte perfeito.

Satisfeito, ele transformou a sua espada em um bracelete de novo, mas notou alguma coisa puxando a pele de seu braço. Ele nunca sentiu isso quando ele usava a espada de grama antes de perder o seu braço. Ele virou o braço e viu algo que horrorizou o garoto.

Ele viu que o bracelete da espada estava formando raízes na pele de seu braço. Perturbado, ele tentou arrancar a espada de seu braço, mas não conseguiu. A espada estava colada em seu braço por causa daquelas raízes.

O garoto parou para pensar. Como foi que isso aconteceu? Seu braço estava normal ontem. Talvez o painel tenha feito isso com ele? Ou será que foi alguma coisa que o afetou quando ele estava na floresta?

Finn transformou o bracelete na espada de novo, mas ocorreu uma coisa diferente: seu braço foi envolvido pelo bracelete de grama.

— Mas o quê?

— Eu digo o mesmo.

O garoto pulou de susto ao ouvir a voz de uma certa vampira. Ele se virou.

— Marceline? O que está fazendo aqui?

— Eu resolvi passar a noite aqui. Bonnie me disse para ficar de olho em você por causa de uma feiticeira.

— Onde? Eu não te vi ontem a noite.

— Eu fique invisível o tempo todo. Queria surpreender a feiticeira, caso ela aparecesse.

O garoto ficou meio aliviado. Ainda bem que a princesa resolveu chamar a vampira para vigiá-lo, mesmo sendo um pouco perturbador para ele.

— Também resolvi dar um susto no Jake.

…existem certas prioridades para tudo.

— Oh, e tem uma coisa que eu quero perguntar para você: Jujuba disse que alguns humanos vieram para este continente. Isso é verdade?

— Bem…

O garoto explicou tudo para ela: Roxanne, os painéis, Cornelius, seus aprendizes e tudo o que ocorreu no dia anterior.

— Então o mundo vai acabar se você não ativar o segundo painel? – perguntou a vampira.

— Isso.

— E essa Roxanne não só quer que você ative os painéis, mas também quer que você pare de ser um herói?

— Não só isso. Ela quer que eu aceite o meu potencial.

— Potencial? Mas que potencial? – perguntou a vampira, confusa com o plano da feiticeira.

— É o que eu queria saber. Tipo, eu não tenho nenhum poder especial. Só apenas um humano que anda por aí salvando as pessoas e…

— Finn, o seu braço!

Finn olhou para o seu braço e viu várias flores nascendo ao redor dele.

— Mas o quê?!? – o garoto ficou surpreso.

Marcy se aproximou do garoto e examinou o braço dele.

— Você fez alguma coisa em seu braço, Finn? – perguntou a vampira, preocupada.

— Não, eu não fiz nada. Além disso, eu não sei como isso aconteceu. Meu braço nunca agiu desse jeito depois que ele cresceu de novo.

A vampira chegou a tocar nas flores, mas sentiu algo cortando o seu dedo. Ela tocou novamente em uma das flores e notou que as pétalas estavam afiadas. Ela arrancou uma flor do braço do garoto e jogou ela na parede. A flor ficou presa na parede. O garoto e a vampira ficaram surpreso.

— Isso são flores ou estrelas ninjas?!? – disse a vampira, surpresa.

—…eu não faço ideia, mas eu quero o meu braço de volta!

Finn tentou se concentrar para transformar o seu braço de volta ao normal. O garoto tentou usar a sua mente para se comunicar com seu braço, mentalizando o seu braço de volta ao normal.

Foi então que aconteceu mais alguma coisa em seu braço: uma rosa apareceu na palma de sua mão. Segundos depois, as pétalas da rosa começaram a voar ao redor da mão do garoto. Depois disso, elas se uniram e formaram uma nova espada para o garoto. A sua lâmina era vermelha, enquanto o seu cabo era decorado com pequenas rosas.

— Demais! – disse o garoto, surpreso com a nova espada.

— Incrível! – disse a vampira, também surpresa.

Surpreso com a nova espada, Finn queria saber se o seu braço tem mais poderes ou algo do tipo. Ele ficou imaginando coisas como plantas carnívoras que saem da palma de sua mão, um chicote de grama para lutar contra bandidos, atirar sementes pelos dedos como se fossem uma metralhadora, etc. Eram tantas coisas para imaginar que o garoto nem sequer ouviu o BMO chamar ele.

— Finn, cadê você?!? – chamou o robozinho.

— O que foi, BMO? – chamou a vampira.

— Tem três esquisitões usando máscaras na porta. – respondeu BMO.

Eles chegaram. Chegou a hora de ativar o segundo painel.

— Finn, você ouviu? – perguntou a vampira.

O garoto saiu da sua zona de imaginação quando.

— O-oi?

— Os humanos chegaram.

O garoto pegou a sua nova espada e desceu com a vampira. Depois ele foi na cozinha, pegou alguns sanduíches na geladeira e colocou na mochila. E por último, ele desceu até a porta para receber os aprendizes.

— Então esse são os humanos que você me falou. – disse a vampira.

— E aí Finn, como va…

Moonman foi cumprimentar o garoto, mas parou quando notou a vampira flutuando ao lado dele.

— …tá de brincadeira comigo. O QUE ELA ESTÁ FAZENDO AQUI?!? – gritou o humano com máscara de lua.

Marceline ficou confusa.

— Como é que é?

— O QUE ELA ESTÁ FAZENDO AQUI, FINN?!? COMO ELA CHEGOU AQUI?!?

O garoto também ficou confuso.

— …eu não estou entendendo nada.

Usagi deu um tapão na cabeça de Moonman.

— Foi mal, é que ele te confundiu com outra pessoa. – disse a garota com máscara de coelho.

— Mas é parecida com ela, Usagi! – disse Moonman.

Usagi deu outro tapão na cabeça dele. Sunny decidiu cumprimentar o garoto.

— E aí, como vai? – perguntou a garota.

— Bem, mas… não vão usar armadura hoje?

O garoto notou que nenhum deles estavam usando armaduras. Os três estavam usando camisetas brancas e bermudas.

— Você esqueceu que o próximo painel fica na praia, né? – perguntou a garota com máscara de sol.

— Oh é, a praia… – a vampira reclamou.

A garota com máscara de sol esqueceu que Marceline é uma vampira.

— Oh, foi mal. Como você vai acompanhar a gente? – perguntou a garota.

— Bem, eu tenho bloqueador solar comigo. Deve durar pelo resto dia, e eu espero que dure.

Depois de ter resolvido esse assunto com a vampira, Sunny notou algo diferente no garoto. Isso acabou chamando a atenção de Moonman e Usagi, que também notaram algo no garoto.

— Finn, o que é isso enrolado ao redor do seu braço? – perguntou Sunny.

— Isso? É a minha espada de grama… ou era. Agora eu nem sei o que é isso.

— Isso não é coisa da Roxanne, né? – Usagi perguntou, preocupada.

— Não. É uma longa história. Querem mesmo saber como isso foi parar no meu braço? – perguntou o garoto.

Os três acenaram com a cabeça.

— Muito bem então. Eu conto no caminho.