Localizando Finn o humano…

Finn o humano encontrado.

– Vamos ver o garoto está fazendo…

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Meia-hora se passou depois que o grupo chegou a praia. Seria mais rápido se Jake estivesse junto, mas ele foi para a sua reunião. Finn contou para os aprendizes como ele ganhou a espada de grama, como ele perdeu o braço, como ele recuperou o seu braço e como a espada de grama se uniu ao braço dele minutos atrás. Marceline já sabia da história, pois ela estava tentando ajudar o garoto nos momentos de depressão depois que ele perdeu o braço.

Usagi ficou horrorizada na parte em que Finn contou como ele perdeu o braço. Sunny também ficou perturbada, mas ficou aliviada quando Finn contou como recuperou o braço. Moonman, no entanto, perguntou algo bem idiota para o garoto.

— Sabem o que dizem sobre poderes, Finn? – perguntou Moonman.

— Não.

Moonman parou e disse uma coisa para ele.

— Um grande homem disse isso uma vez: com grandes poderes vem grandes responsabilidades.

— Vida longa a Ben Parker. – disse Usagi.

Sunny ficou confusa.

—…o quê?!? – disse Sunny

— Quem é Ben Parker? – perguntou Finn.

— Um homem que ensinou uma lição valiosa. – disse Usagi.

— ...vocês andaram lendo quadrinhos demais. – disse Sunny

Moonman se aproximou de Sunny, parecendo ameaçador, mas agindo como um idiota.

— Não se atreva a falar mal de quadrinhos, minha cara.

Marceline interrompeu o momento.

— Olha, não quero atrapalhar… seja lá do que vocês estão falando, mas aonde está esse painel que vocês falaram?

Moonman dirigiu a sua atenção para a vampira.

— Bem, ele está bem ali.

O grupo viu que o painel estava bem na frente de uma palmeira caída. Ela deve ter caído por causa de uma tempestade ou algo do tipo. Finn andou até a palmeira e ativou o painel. Assim como no painel da floresta, um raio de luz saiu do painel. Segundos depois, o raio desapareceu e uma voz computadorizada saiu do painel.

Painéis ativados. O santuário será revelado em breve.

E é isso. O mundo foi salvo. Não há mais risco dele deixar de existir, mas ainda tem o santuário.

Moonman pegou o seu comunicador e ligou para o seu mestre. Cornelius atendeu o chamado.

— Aqui é Cornelius. Qual a situação? – o mestre respondeu.

— O segundo painel foi ativado. – disse Moonman.

— Excelente. O santuário deve se revelar daqui a alguns dias. Bom trabalho! – disse o mestre, orgulhoso.

— Ok então, vejo você daqui a pouco no castelo.

— Espere um pouco…

O mestre interrompeu o seu aprendiz.

— Eu quero falar com você e a Usagi em particular. – disse o mestre

— Mas e eu? – perguntou Sunny

— Fique com Finn e a vampira. Descanse, nade um pouco.

Os três aprendizes estranharam o comportamento do mestre, especialmente por causa do aviso que ele deu para eles no dia anterior. Usagi e Moonman decidiram seguir a ordem do seu mestre e andaram alguns metros bem longe dos três.

Enquanto isso, Finn, Sunny e Marceline sentaram em um tronco e decidiram esperar pelos três. Finn pegou um sanduíche da sua mochila.

— Quer um? – perguntou Finn

— Oh, não obrigada. – Sunny respondeu.

— Marceline?

— Você sabe que eu não como comida, né? – respondeu a vampira.

— Oh, eu me esqueci disso.

— Não tem problema. Tem algo vermelho aí? – perguntou a vampira.

Sunny se afastou da vampira.

— V-v-vermelho? Você quer dizer… sangue? – disse a garota com máscara de Sol.

— Não, não, não! Eu não sugo sangue, eu juro! Eu só sugo o vermelho das coisas. – Marceline esclareceu para a garota.

Sunny ainda estava apavorada. Finn tentou acalmar a garota.

— Sunny, ela não é como os outros vampiros, e eu posso provar.

Finn pegou um pequeno dado vermelho da sua mochila e deu para a vampira. Ela sugou todo o vermelho do dado. A garota ficou impressionada.

— …o quê?!? Como?!?

— Eu me recuso a sugar o sangue dos outros. Por isso que eu sugo o vermelho das coisas. Falando nisso, você só tem isso de vermelho na sua mochila, Finn?

— Só tenho isso. A não ser que você queira o vermelho da minha nova espada.

— Nah, não quero arruinar a sua nova espada. Além disso, não gosto de sugar o vermelho das flores. Elas me fazem espirrar. Eu vou procurar uma macieira.

A vampira saiu voando por aí, procurando por uma macieira numa floresta que fica perto da praia. Calma por saber que a vampira não suga sangue, Sunny decidiu se sentar perto do garoto.

Ela olhou para o braço do garoto, completamente enfaixado pela espada de grama. Só de olhar para ele fez ela lembrar do que o garoto contou para ela e os dois aprendizes.

— Ei Finn…

— Hmm?

— Eu não sei se isso vai te incomodar se eu te perguntar isso, mas… doeu?

— Doeu? – o garoto perguntou.

— Seu braço. Você sentiu alguma dor quando você o perdeu?

Finn não sabia como responder essa questão. Talvez a adrenalina tenha feito com que ele não tenha sentido dor alguma quando o seu braço foi levado junto de alguns destroços da cidadela, aonde o seu pai e outros prisioneiros usaram para escapar.

— …não. Eu não senti. – disse o garoto, com um tom triste em sua voz.

— Não sentiu nada? – perguntou a garota.

— Nada. Talvez eu estava distraído demais pelo fato de que meu pai me abandonou.

O garoto ficou cabisbaixo. Sunny achou que deveria ter evitado ter perguntado isso ao garoto.

— Eu não deveria ter ido resgatá-lo. Por causa disso, Prismo está morto e descobri que ele nem sequer se importa comigo…

— Mas porque você foi para lá? – perguntou a garota.

Finn suspirou.

— Porque… sei lá, eu não sei porque Billy não me contou nada sobre o meu pai. Se ele tivesse me contado mais sobre ele, eu nem teria ido até a cidadela de cristal. Eu acho que eu estava precisando de alguém na época. Alguém que me poderia me dar bons conselhos e me ajudar em certas situações.

Sunny ficou curiosa.

— Espera, como assim? – Sunny perguntou.

— Eu estava em um momento difícil, e eu precisava de alguém para me ajudar. Eu queria que alguém me ouvisse e me ajudasse com os meus problemas, mas ninguém que eu conheço foi de grande ajuda. Jujuba não deve entender muito do assunto, Marceline só quer saber de zoar e da última vez que eu ouvi um conselho do Jake, eu acabei cometendo o pior erro da minha vida!

— Que erro?

Finn suspirou novamente. Ele tinha que contar. Foi então que…

— Finn, seu braço!

Ele olhou para o seu braço e viu outra rosa nascendo na palma de sua mão. Assim como a rosa anterior, suas pétalas voaram ao redor da mão do garoto. No entanto, em vez de formar uma nova arma, as pétalas formaram algo… familiar: uma Princesa de Fogo em miniatura.

Finn olhou atentamente para a mini-princesa. Cada detalhe dela era idêntico ao da original, dos pés a cabeça. Ela até tinha um sorriso em seu rosto. Um sorriso que fez com que o garoto se lembrasse dos bons momentos que eles tiveram juntos.

Uma lágrima escorreu do rosto do garoto.

— Finn, você está bem? – perguntou a garota.

O garoto olhou para a garota mascarada.

—…eu a traí. Menti para ela. Eu quase a matei.

A garota mascarada quase pulou do tronco quando ela ouviu isso do garoto. O que ele fez?!?

— E tudo por causa de um sonho de morte e um conselho horrível. – disse o garoto, com um tom triste em sua vez.

A garota sentou ainda mais perto do garoto e enxugou a lágrima do rosto dele.

— Pode me contar o que aconteceu?

O garoto ficou quieto por alguns segundos. Ele olhou novamente para a princesa na palma de sua mão. Ele suspirou novamente e começou a contar a história.

— Tudo começou em um dia ensolarado…