- Pai, mas os cinco grandes... eles não tinham um deus para cada dia? Por isso os 365 dias do ano.

-Ah! Sim, claro! Esqueci-me de lhe contar essa parte. O seguinte, ela era a deusa da perfeição não era? Então. Lembre que um ano não é feito de somente 365 dias, e sim 365 e um quarto de dia.

- O ano bissexto.

- Exatamente.

- Então, já que ela tinha somente um quarto de dia por ano eles resolveram só cultua-la em 29 de fevereiro? No meio do ano?

- Não querida. Para eles era 32 de dezembro (N/A: inventei essa agora =P). E antigamente ela era cultuada em outros dias também como os deuses normais. Antes de ela ser banida.

- Mas por que ela foi banida?

- Vou resumir a história. Aconteceu um roubo muito grande, mas agora não me recordo de o que. Acho que o cajado e o mangual de Rá. Então algum deus culpou-a. E todos acreditaram. Então ela ficou meio depressiva por ser culpada por algo de que não tinha feito. Então conheceu seu avô Adalberon. E eles tiveram sua mãe. Naquela época eram todos muito rígidos com as regras de que eram proibidos relacionamentos entre deuses de diferentes mitologias. Existem mais coisas, mas não tão importantes. Depois disso, apagaram-na de todas as escrituras e imagens. E ela foi banida para o Tártaro, sim o Tártaro, junto com Adalberon.

-Pai, mas por que não prenderam mamãe?

- Ela fugiu. Ficou desaparecida por tanto tempo que nem se lembraram mais dela. E já que ela era uma deusa nova, não haviam escritos sobra ela. Então apagá-la foi fácil. Ela reapareceu quando me viu.

- E você?

- Agora os deuses são mais liberais.

- Ah. E quanto a termos corpos mortais?

- Outra longa história. Os deuses não queriam nos deixar juntos por algum motivo que desconhecíamos. Descobrimos quando Patrick nasceu. Era uma profecia. Voltando a história, nós pedimos permissão para Zeus e Osíris para que nascêssemos como mortais, mas sem ter nossas memórias apagadas. Então nascemos com corpos mortais. E já que temos DNA mortal tivemos vocês. Então vocês são uma espécie de meio-sangue só que gregos e egípcios e não tem só um pai que é deus. Os dois pais são deuses, só que tem corpo mortal. Um nome mais correto seria deus com corpo mortal. Mesmo não sendo muito prático de falar.

- Mas pai, quando nossos corpos mortais morrerem. Iremos morrer?

- Não, viraremos deuses sem corpo mortal novamente. Voltaremos à forma divina.

- Pai, mamãe é tipo, uns 3 mil anos mais velha que você?

- Por ai.

Ri. Ele também.

- E Haley e Pat? – Perguntei

- Também são deuses.

- Devo contar a Haley?

- Você escolhe. Mas acho melhor ele descobrir sozinho.

- E Pat?

- Patrick é um menino muito inteligente. Tinha descoberto três dias antes de vocês chegarem aí.

- Nossa, pai! Obrigado pela parte que me toca!

Ele fez uma cara estranha, como quando não entende algo. Comecei a rir. Ele continuou com a cara de bobo, que agora estava acentuada por causa de minha risada.

- Que foi?

- Nada – respondi parando de rir – estou com saudade.

- Eu também minha pequena comedora de Cookies. – ele me chama assim por que quando eu era menor assaltava a geladeira toda a noite e comia todos os cookies. Depois colocava a culpa em Haly. – Acho que já esgotamos o tempo máximo de uma MI. Tchau.

-Tchau. – respondi passando a mão pela imagem fazendo-a desaparecer.

Era muita coisa. Muita mesmo. Acho que eu hoje eu não ia conseguir dormir.