Tentando Amar

No caminho para casa


Era um lugar lindo, cheio de felicidade e de aventuras. Num lindo gramado verde, com passaros e cachorros. Lá estava eu e ele, o homem que eu sempre quis, estavamos felizes, comendo sanduíches de geleia de framboesa e rindo um para o outro, eu olhava para ele e sabia que o que era ele que eu queria ao meu lado para passar o resto da minha vida.

Acordei com um solavanco muito forte que me fez pular no banco da carruagem, me assustei e senti que haviamos parado. A chuva caía e avistei Rodolph do lado de fora com as mãos sobre o cabelo, com uma expressao assustada.

_O que foi? _ disse, colocando a cabeça para fora da janelinha da carruagem.

Ele me olhou com os olhos esbugalhados

_Estamos com problemas.

Eu me pus para sair da carruagem e ele disse para que eu ficasse nela, para que não me molhasse, mas é claro, que eu não o ouvi e saí.

_O meu Deus... _ Marriah se pos assustada quando viu o que havia acontecido. _ O que vamos fazer agora?

A roda traseira da carruagem havia se quebrado, provavelmente ao bater contra alguma pedra, mas a questão é que Marriah e Rodolph estavam com problemas.

_Não sei, senhorita. Mas creio que não poderemos voltar para casa hoje. _ disse Rodolph, preocupado.

Estavam no meio do nada, sem nenhuma pequena vila por perto e sem nenhuma moradia para se instalarem para fugir da chuva. Decidiram entrar na carruagem, e esperar que a chuva passasse.

_ Desculpe por isso Senhorita

_Não se preocupe, acontece. Acho que é até bom. Ficar longe de casa por uma noite. _ Disse Marriah olhando para a pequena janelinha embaçada.

_Ouvi que vai se casar com um conde. _ disse Rodolph, tentando entrete-la, mas provavelmente esse era o assunto errado.

_Ah _ lamentou para si_ vou e na verdade é um Duque, velho e arrogante. Não quero isso, acredito no amor Rodolph, e sempre sonhei em me casar com quem estivesse apaixonada.

Ele olhou para ela, não cansava de admirá-la.

_Não pode fugir disso? _ perguntou ele.

_Não. Meu pai vai me forçar a isso, e mesmo que eu fugisse de casa, aonde eu viveria. Não é muito concreto ter tais atitudes. Creio que a unica maneira de me livrar totalmente disso é a morte.

_NÃO... _ esbravejou Rodolph, assustando Marriah. _ Nunca faça isso, não perca sua essencia, sua vida, por um homem que você nem conheçe, tenha fé e lute até o final.

Uma lagrima caiu dos olhos de Marriah.

_Não consigo, as vezes parece que o meu destino é servir aos outros e nunca lembrar de minhas proprias necessidades. Acho que principes so existem em livros, na vida real todos são egoistas.

O cocheiro pegou a mão da jovem e disse com convicção.

_Não fale por todos os homens, eu tenho a sensibilidade suficiente e amor no coração para fazer alguem feliz. Quando eu vi o brilho no seu olhar na cidade, olhando para a praça de Notre Win, eu vi que você é uma pessoa que está sofrendo e só quer ser feliz. _ as mão dele foram para o rosto dela, acariciando levemente _ Não pense que sua vida será infeliz, pois se depender de mim, você será a mulher mais feliz do mundo. Eu quero amar você. Tente me amar tambem.

E com essas palavras aconteceu uma explosão de sentimentos naquela carruagem e os labios de Marriah e Rodolph se entrelaçaram num beijo apaixonado e ao mesmo tempo regado com fragilidade.

Havia sido um momento estonteante... E apos trocarem beijos que ambos aceitaram, o sono chegou e eles dormiram abraçados, com Marriah encostrada no ombro do homem que talvez poderia faze-la feliz. Ali ela encontrou seu porto seguro.