A noite foi maravilhosa para os dois. Eles passaram alguns minutos olhando para o teto, sorrindo, apenas relembrando o momento. Em seguida, dormiram com facilidade, fechando os olhos com um sorriso no rosto.

Na manhã seguinte, todos os guerreiros acordaram juntos, tomaram café e foram direto para o treino.

O dia passou, eles treinaram o dia inteiro, parando apenas para comer. Quando era de noite, todos foram compressa para seus quartos, pois estavam muito cansados.

Ao entrar em seu quarto, Tigresa foi surpreendida por Víbora, que estava sentada na sua cama.

— O que você está fazendo aqui Víbora? (Tigresa)

— Nós temos que conversar uma coisa mocinha. (Víbora)

— O que foi agora? (Tigresa)

— Eu vi os arranhões nas costas do Po, e gostaria de saber como eles foram parar lá. (Víbora)

— Está bem... (Tigresa)

Tigresa contou para Víbora tudo, dês do momento em que Po matou o tigre, até o momento que eles decidiram voltar para o palácio.

— Eu não acredito que você e o Po fizeram isso! E depois? (Disse Víbora com os olhos arregalados, surpresa)

— Como assim depois? (Tigresa)

— Como você se sentiu depois disso tudo? Melhor, como você se sentiu durante isso tudo? (Víbora)

— Ah, eu não sei explicar, mas eu me sentia bem, mas era algo diferente, eu nunca havia sentido isso... (Tigresa)

— Imagino... E você gostou? (Disse Víbora, dando uma risadinha)

— Muito! Agora me deixe dormir, eu estou cansada. (Disse Tigresa, com uma risadinha também)

— Está bem, boa noite! (Disse Víbora, com um sorriso no rosto)

— Boa noite. (Disse Tigresa, também sorrindo)

O dia seguinte foi igual, muito treino, paradas apenas para comer, e um dia muito cansativo.

Após dois dias intensos de treino, chegara o "dia da guerra". O vale havia sido evacuado, apenas estavam nele, Shifu, Sábio, Po e os cinco furiosos, que estavam preparados para defender o palácio e o vale.

O dia se passou e ninguém apareceu, até o início da noite. 19:00 da noite, um exército apareceu no vale, e foi em direção ao palácio. Ao chegarem, eles se alinharam em frente a escada. Seu comandante, o tigre branco, estava na frente, liderando o exército.

Po, Sábio e Shifu foram falar com o tigre. Eles carregavam algo grande enrolado em um pano.

— Então você é o famoso dragão guerreiro? Sábio, quanto tempo, já estava com saudades. (Disse o tigre, ironicamente)

— Você tem certeza de que quer fazer isso? Você sabe que nós os derrotaremos. (Sábio)

— Ha ha! E como você pretende fazer isso? Vocês são oito, e nós somos oito mil. (Tigre)

Nessa hora, Po jogou o pano enrolado no chão, próximo ao tigre. O tigre o desenrolou, e viu seu irmão morto, o que o enfureceu.

— O que vocês fizeram com ele? (Perguntou o tigre, com raiva na voz)

— O mesmo que vai acontecer com você se continuar com isso. (Disse Sábio, com um último aviso)

— Vocês estão mortos! (Disse o tigre, perdendo a cabeça e indo embora)

O tigre voltou para seu exército. Po, Shifu e Sábio se juntaram aos cinco furiosos, e se alinharam em frente ao primeiro degrau da escada.

— Atacar! (Gritou o tigre)

— Lembrem-se do que eu os ensinei. Mantenham as bases firmas, sejam ágeis e certeiros. Eles tem uma vantagem de 1000 para 1, provem o contrário, provem que vocês tem a vantagem de 1 pra 1000! (Disse Sábio, como um último encorajamento antes do combate)

Os 8000 assassinos correram na direção dos oito heróis, que ficaram firmes. O impacto ocorreu. Eles jogaram alguns assassinos para trás, porém logo foram cercados. Eles se colocaram em círculo, juntos, um protegia cada canto. Eles desviavam das espadas e das lanças, contra atacando com golpes certeiros, direcionados principalmente para os pescoços.

Após um tempo, eles tiveram sua formação quebrada.

— Formem duplas e continuem! (Sábio)

Víbora ficou com Garça, Macaco com Louva Deus, Po com Tigresa e Shifu com Sábio.

Víbora e Garça combinavam bem os golpes. Víbora atacava de baixo, e Garça do alto. Ele voava e descia em rasantes, acertando chutes, jogando alguns assassinos contra outros e os acertando com suas asas. Víbora ia por baixo, rastejando com velocidade, ela acertava golpes potentes com sua calda, acertando e enrolando pescoços, pegando armas e jogando-as em assassinos, e também atacando com suas presas, ferindo as pernas e as cinturas dos assassinos.

Macaco e Louva Deus também combinavam bem. Macaco, com suas pernas ágeis e seu rabo longo derrubava os assassinos, e Louva Deus os finalizava pelo chão. Acertando golpes fatais em nervos no pescoço. Macaco tinha o seu bastão, que ele utilizava para defender Louva Deus de golpes de armas, segurando-os e contra atacando com as mesmas armas.

Shifu e Sábio tinham uma sincronia perfeita. Um atacava e o outro defendia suas costas, depois o contrário. Shifu atacava com seus chutes e socos rápidos, acertando sempre pontos vitais. Sábio já era um pouco mais bruto, girava os inimigos no ar apenas torcendo seus braços, dava-lhes cotoveladas, joelhadas, cabeçadas e atacava com mordidas poderosas, ele acabava finalizando os assassinos com suas unhas, rasgando seus pescoços, ou enfiando-as em suas barrigas, mas sempre sendo fatal.

Po e Tigresa pareciam mais estar dançando do que lutando. Um segurava o outro e o arremessava, o outro o pegava e dava um embalo para que seu golpe fosse mais potente, sempre defendendo seu parceiro e atacando ao mesmo tempo. Tigresa era mais bruta que Po, ela dava socos potentes no peito dos assassinos, os jogando para trás, os derrubava com chutes, quebrava colunas com joelhadas e rasgava parte de seus corpos com suas unhas. Po utilizava muito sua barriga, jogando-a contra os assassinos, arremessando-os para trás.

Isso continuou por um tempo. Eles já haviam matado uns 2000 assassinos, porém ainda sobravam muitos. Os guerreiros tiveram que começar a recuar. A luta começou a ocorrer nos degraus da escada. Os assassinos tentavam subi-los, e os guerreiros tentavam impedir.

Eles conseguiram segurar um pouco, mataram mais uns 2000 assassinos antes de precisarem recuar. Ao recuar, eles foram para o palácio, agora a luta ocorreria no pátio. Essa era a última posição deles, se eles a perdessem, os assassinos tomariam o palácio, não havia mais a opção de recuar.

Os oito heróis já estavam se cansando, alguns já estavam feridos em algumas partes do corpo, com cortes, arranhados, alguns até um pouco esfolados, mas eles não desistiam, continuavam em pé, firmes, defendendo sua posição.

Uma hora de combate intenso passou e eles já haviam matado quase todos os assassinos, restavam apenas 300, porém, as coisas começaram a desandar. Uma flecha cruzou o céu e acertou a coxa de Tigresa, que soltou um gemido baixo de dor e caiu no chão. Po correu para ela e a ajudou a se levantar. Quando eles olharam, na escada, haviam mais 1000 homens, metade deles eram arqueiros, que estavam prontos para atirar suas flechas.

— Para dentro! (Gritou Sábio, mandando todos irem para algum lugar coberto)

Todos correram para o salão, menos Tigresa, que estava coma flecha na coxa e não conseguia correr. O único que havia visto que Tigresa havia sido ferida, era Po, então ele tentava ajudá-la a correr, porém não estava adiantando. De repente, Po viu no céu 500 flechas, que iam na direção do pátio. Ele e Tigresa ainda estavam longe do salão. Não vendo mais opção, Po virou Tigresa e a beijou.

— Eu te amo Tigresa. (Disse Po, sorrindo)

Em seguida ele jogou Tigresa no chão e se jogou em cima dela, sendo acertando pelas flechas logo em seguida.

10 flechas acertaram as costas do panda, que apertou Tigresa com força e desmaiou em seguida.

Tigresa ao entender o que aconteceu entrou em choque. Ela tirou Po de cima dela e viu se ele estava vivo, ao sentir seu pulso, porém ver seu estado, Tigresa se sentiu enfurecida. Ela correu na direção dos 300 assassinos que restavam e os matou com extrema facilidade.

Os outros guerreiros saíram so salão e viram tudo aquilo. Como eles estavam correndo das flechas antes, não viram Tigresa ser acertada, muito menos Po se sacrificar. Na hora, os seis correram para se juntar a Tigresa, que corria na direção dos 1000 assassinos restantes.

Eles foram pra cima dos assassinos com tudo, todos estavam lutando com mais força, mais agilidade, como se sua adrenalina estivesse no máximo. Em alguns minutos, os 1000 assassinos estavam mortos sobre a escada.

Os sete voltaram correndo para Po. Tigresa se jogou ao lado dele, ela mexia seu corpo enquanto repetia "Vamos Po, acorda Po, PO!" várias vezes. Ao ver que não estava adiantando, Tigresa e Sábio pegaram Po e o levaram correndo para a sala de primeiros socorros do palácio.

Eles o deitaram em uma cama, com as costas viradas para cima. Sábio tirou as flechas com cuidado, para não quebrar suas pontas. Em seguida ele passou um líquido para limpá-las e fez curativos em cima delas. Eles o viraram na cama, deixando-o de barriga pra cima. Agora eles não tinham muito o que fazer, teriam que esperar e ficar vendo como Po estava a cada minuto, vendo se sua pulsação continuava. Todos se ofereceram para ficar com Po, porém Tigresa pediu que eles a deixassem sozinha com Po.

Os sete saíram respeitando o pedido da felina.

— Po... Por que? Você não cansa de se sacrificar por mim? Por que você tem que pagar de herói sempre? (Tigresa elevou o tom) POR QUE? (Disse Tigresa, como se brigasse por ele)... Por que... Por que você tem que se preocupar tanto com os outros? Por que você foi se sacrificar de novo por mim..? Eu sei porque... Mas por que? Eu te amo Po, EU TE AMO! (Tigresa apoiou a cabeça no peito de Po, e começou a chorar)... Po... Por favor... Fica comigo... Não me deixe... Eu preciso de você... Quem que vai emprestar suas costas para eu dormir nas missões? Quem que vai me fazer rir até nos meus dias mais tristes? Quem que vai me esquentar e me fazer sentir segura com um abraço forte? Quem que vai me beijar como você faz? Quem que vai me consolar quando eu me sentir mal..? Eu preciso de você Po... Por favor... Não me deixe... Eu te amo...