Os dois caíram no chão, a imensa árvore passou por cima deles atravessando as paredes e destruindo o telhado. Os dois correram para fora antes da casa desabar.

— Vocês estão bem? (Perguntou Víbora preocupada)

— Sim, estamos. (Tigresa)

— O que nós faremos agora? (Macaco)

Shifu apareceu atrás deles, chamando-os.

— Venham para minha casa, agora. (Shifu)

Todos foram para a casa de Shifu. A casa era menor, tinha três quartos, uma cozinha, dois banheiros e uma sala.

—Estão todos bem? (Shifu)

— Sim mestre. (Todos)

— Ótimo! Aqui só tem dois quarto, um será o das mulheres e o outro dos homens, se sequem, vão para seus quartos e descansem, amanhã nós iremos ver o que faremos. (Shifu)

— Obrigado mestre. (Todos)

— Boa noite. (Shifu)

—Boa noite mestre. (Todos)

Os guerreiros foram para seus quartos para dormir. Po ouviu um barulho que vinha do lado de fora do quarto e foi checar o que era. Ele saiu do quarto e viu Tigresa sentada na sala.

— Tigresa, o que você faz aqui? (Po)

— Eu não estou conseguindo dormir. E você? (Tigresa)

— Eu ouvi um barulho e vim ver o que era. Você quer conversar sobre aquele negócio de hoje cedo? Talvez isso te ajude a dormir. (Po)

Tigresa ficou em silencio, olhando para o chão. Po viu que sua amiga não estava bem e decidiu sentar ao seu lado.

— Quer conversar? (Po)

Tigresa contou para Po sobre seu sonho, omitindo a parte em que ele estava morto na sua frente e ela estava com as mãos manchadas de sangue. Po não entendeu praticamente nada, mas ficou muito curioso com o tigre branco do sonho.

— Mas esse tigre, você conhece ele, ou já viu ele? (Po)

— Não,nunca! (Tigresa)

— Que estranho. Vai ver foi só um sonho. (Po)

— Sim. Mas eu não quero mais conversar sobre isso, quero tentar esquecer. (Tigresa)

— Concordo. (Po)

— Eu vou para o meu quarto, boa noite Po. (Tigresa)

— Ok, se você não conseguir dormir sinta-se a vontade para me acordar pra conversar. (Po)

Tigresa apenas deu um sorriso de canto. Os dois se levantaram e foram para seus quartos. Quando Tigresa entrava no seu quarto ela virou e disse:

— Obrigada Po. (Sorrindo em seguida)

— Boa noite Tigresa. (Disse Po sorrindo)

Os gurreiros então foram dormir.

Na manhã do outro dia...

O temporal havia parado e o dia amanhecerá ensolarado. Os guerreiros acordaram famintos e foram direto a cozinha, lá eles encontraram Shifu sentado, comendo bolinhos de feijão.

— Bom dia mestre. Que horas são? (Víbora)

— 11:00. (Shifu)

— Nossa, nós dormimos tanto assim? (Garça)

— Sim. Eu tenho boas notícias, eu já falei com construtores do vale e eles irão reconstruir a casa de vocês, porém não existe previsão de quando ela ficara pronta. (Shifu)

— Muito obrigado mestre. (Todos)

— Tigresa, Po, no meu quarto agora. (Shifu)

Os dois foram para o quarto de Shifu. Shifu fechou a porta e entregou para eles um pergaminho.

— Isso chegou hoje cedo. (Shifu)

— O que é isso mestre? (Tigresa)

— Ordens diretas do Imperador, ele requisita vocês dois para uma missão. (Shifu)

— Qual missão? (Tigresa)

— Haverá uma conferência de líderes da China em Meijang e o Imperador ultimamente tem sofrido ameaças de bandidos, então vocês o escoltarão até Meijang. (Shifu)

— O QUE? (Po era brincalhão mas não era burro, ele sabia o quanto uma missão dessas seria perigosa) Com todo respeito mestre, mas isso não é trabalho da guarda do Imperador?

— Sim, mas eles não conseguem faze-lo. (Shifu)

— Então deixe eu ir sozinho, eu dou conta. (Po)

— Não, ele requisitou os dois melhores guerreiros da China. (Shifu/ Nesse momento Po e Tigresa se olharam, se sentindo bem com o que acabaram de ouvir)

— Shifu... (Po)

— Está decidido panda. O cavalo de vocês está do lado de fora, preparem suas mochilas com água e comida e vão. Vocês deverão chegar lá amanhã de manhã.

— Sim mestre. (Os dois)

Os dois saíram e foram se preparar, pegaram comida para um dia de viagem, água, se despediram de seus amigos e foram para seus cavalos.

— Até mestre. (Os dois)

— Boa sorte senhores. (Shifu)

Os dois saíram, a viagem seria longa, eles teriam que cavalgar sem parar para chegar lá na manhã do outro dia, então não haveriam paradas.

Por volta das 18:00...

Tigresa decidiu falar com Po para tornar a viagem menos cansativa.

— Po, posso te perguntar uma coisa? (Tigresa)

— Claro. (Po)

— Por que hoje cedo você não queria que eu viesse nessa missão? (Tigresa)

— Ah... Você sabe... (Po)

— Juro que não sei. (Tigresa)

— Eh... (Po)

— Po... (Tigresa)

— Ok, eu estava preocupado com você, essa missão será extremamente perigosa, uma das mais de nossas vidas, e eu não quero que você corra esse perigo, a última coisa que eu quero é que algo de ruim aconteça com você Tigresa. (Po)

Tigresa segurou as rédeas do cavalo de Po, o parando. Ela desceu do seu cavalo e tirou Po do seu.

—O que você está fazen... (Po foi interrompido por Tigresa, que o abraçou calorosamente)

— Obrigada Po. (Sussurrou Tigresa no ouvido do panda)

A felina encostou sua cabeça nos ombros de Po e fechou os olhos para aproveitar o momento. Po estava travado, sem entender o que estava acontecendo, mas ele a abraçava também.

Eles se soltaram do abraço, se olharam, sorriram e subiram em seus cavalos para continuar a viagem.

Por volta das 7:00 da manhã do outro dia...

Os dois finalmente avistaram as torres da Capital, ainda teria mais uma hora de viagem, mas eles foram o mais rápido que podiam, pois queriam chegar logo lá.

Depois de uma hora eles chegaram no portão da Capital.

— O que vocês querem forasteiros? (Guarda do portão)

— Eu sou o dragão guerreiro e essa é a mestra Tigresa. (Po)

— Minhas desculpas. O Imperador espera por vocês. (Guarda do portão)

O portão se abriu e os dois entraram. Dois guardas os receberam e o levaram até o Imperador. Eles foram até uma sala no alto da maior torre da Capital.

— O Imperador os espera. (Guarda)

Os dois entraram e viram o Imperador, um leopardo alto, forte, que vestia uma roupa dourada de seda, com uma flor de lótus desenhada de um lado e um dragão do outro.

— Dragão Guerreiro e mestra Tigresa, que honra! (Disse o Imperador com sua voz forte)

— A honra é toda nossa senhor. (Os dois)

— Parem com isso, não precisamos de formalidades aqui. Esse é Hun Shan (apontou para um lobo ao seu lado), meu braço direito. Ele irá explicar a missão para vocês. Enquanto isso eu estarei na minha sala de banho. (Imperador)

O Imperador saiu, deixando Shan sozinho com os dois guerreiros. Ele se aproximou dos dois para falar sobre a missão.

— É uma honra conhece-los mestres. Vocês já sabem o motivo de terem sido chamados certo? Bom, a missão será a seguinte: O Imperador terá uma conferência com líderes da China em Meijang, e nós precisamos que vocês o escoltem até lá. Vocês sairão hoje a noite e irão pelas rotas comerciais até Meijang. O Imperador irá em uma carruajem puxada por seis cavalos e vocês irão com ele. Na frente de vocês irão duas carruagens, cada uma com 6 guardas, e atrás também. Acho importante informar que, eu sei que vai contra o princípio de vocês mas, o Imperador deve chegar vivo em Meijang. Eu torço para que não aconteça, mas se houver algum ataque muitos guardas irão morrer e vocês não poderão se preocupar com eles, apenas com o Imperador. (Hun Shan)

— Deixa eu ver se eu entendi, você quer que a gente escolte um animal de noite, a melhor hora para ser emboscado, pela rota comercial que você sabe muito bem que é muito mais difícil trafegar nela do que nas estradas reais e, além de tudo isso, escoltando a pessoa mais importante da China? (Perguntou Po ironicamente. O panda era brincalhão, porém quando era preciso ficar sério ele sabia muito bem como fazer isso)

— Po! (Tigresa)

— Acredite mestre, nós analisamos tudo, de noite é melhor por vocês tem menos chance de serem vistos e vocês irão pela rota comercial porque como ela é muito difícil de trafegar os animais preferem não ir nela. Nós temos um arsenal imenso aqui, vocês podem pegar o que quiserem dele. Eu vou leva-los até lá. (Hun Shan)

Os três foram para o arsenal. Ele era imenso, tinha armas de diversos tipos diferentes, armaduras e tudo da melhor qualidade.

— Hun Shan, você pode pegar três bolsas de linho para mim por favor? (Tigresa)

— Claro! (Hun Shan foi pegar as bolsas e voltou rapidamente) Aqui estão.

— Obrigada. Po, me ajude a guardar algumas coisas nelas. (Tigresa)

Eles pegaram espadas, lanças, arcos e flechas, escudos, bombas de fumaça, dentre outras coisas.

Após separarem seus armamentos os dois foram levados por Hun Shan para seus aposentos, onde descansariam até o horário da partida.

Por volta das 20:00...

Todos se encontraram em frente ao portão da Capital. O Imperador subiu em sua carruajem, Tigresa e Po sentaram ao lado do motorista dela, para ficarem de olho no caminho, os outros soldados subiram em suas carruagens e o Imperador, ao ver que estavam todos prontos, deu o comando para que eles saíssem.

— Boa sorte senhores. (Disse Hun Chan já com as carruagens se distanciando)

— Você sabe que agora não tem mais volta né? (Perguntou Po para Tigresa)

— Sim, eu sei. (Disse Tigresa séria)