Temporada de Caça

A morte não tem nada de surpreendente


O pânico instala-se no âmago, conforme manquejando aproximo da toca, não encontrando nada dentro. Apenas a enchente.

Não posso uivar e atrair caçadores, o rastro está fraco, a água lavou e levou-os.

Enfiando o nariz na neve, procuro. Um efêmero odor a oeste junto de madeira virgem.

Suspiro desperto pela manhã.

Ouço um galho quebrado virando-me a tempo, interceptando a mordida lupina, que destrói o cabo do machado.

A mandíbula do animal era lhaneza!

Com uma tora, acerto-lhe a cabeça. A fera se esquiva mordendo minha perna arrastando-me, tento chutá-lo.

Desvia-se e recebo outra mordida na cintura.

Uivos infantis param-na.