P.O.V Akemí...

Depois de eu tentar fugir pela segunda vez naquela casa Ruki me pegou pelo braço e me levou até o quarto dele e me pegou de surpresa quando me soltou de uma vez e minhas pernas vacilaram fazendo assim eu cair.

—Eu não vou te impedir de fugir, mas se você for pega será castigada.-ele afirmou se sentando na poltrona de frente pra mim.

—Preciso voltar pra mansão.-eu disse segurando o choro.

—Por que você quer voltar? lá eles te tratam apenas como um mero brinquedo vampírico.

—Mas... vocês também são vampiros certo? não seria a mesma coisa aqui?

—Não ouse nos comparar com eles.-ele disse bravo.-Nós temos auto-controle pelo menos.-encarei seus olhos.

—Olhando pra mim assim, é como se você estivesse tentando ganhar simpatia.

—E-eu nã...

—Infelizmente, esse truque não funciona em vampiros...

UM TEMPO DEPOIS...

Desci as escadas e olhei pela porta da sala de jantar e Yuma e Kou brigavam pelo camarão frito enquanto Azusa apenas os olhava.

—Você já comeu o seu.

—Quem chegou primeiro tem direito de comer o quanto quiser.-Kou disse tentando alcançar o camarão no garfo de Yuma.

—E você, Azusa, quase não comeu. quer o camarão?.-Yuma perguntou.

—Eu... não me importo.

—Perguntei se quer ou não?.-Yuma mais uma vez sendo grosso.

—Quero.-ele disse e yuma colocou o camarão no prato dele.

—Não precisam brigar.-Ruki colocou uma travessa com mais camarões na mesa.-Venha comer também.-Ruki olhou pra mim e fez sinal com a mão se sentando na mesa. me sentei com eles e vi que eles eram uma familia bem divertida.

—Vocês... são bem unidos. isso é reconfortante.- sorri.

—Não vou tentar te impedir de fugir. No entanto, se você for pega será punida.-Ruki disse se sentando na poltrona e eu estava no chão.-Limpe um pouco sua mente aqui, depois podera sair...
—Eu... An... Porque eu estou aqui? Digo, na casa de vocês?
—Por que você tem o sangue de Eva... Você parece querer ganhar simpatia.-ele disse enquanto fitava meus olhos.-Pena que isso não funciona com vampiros...
—Mas eu não... Ah, esquece.-eu suspirei.

DIA SEGUINTE...

Eu estava tomando um banho enquanto me ensaboava quando a porta foi aberta bruscamente.
—Ei, piranha!.-yuma apareceu escancarando a porta e me levantando pelo braço. Eu gritei enquanto tentava me esconder com os braços e mergulhar.-Cala a boca! Não grite no banheiro. O eco é muito alto.-ele disse me soltando e tapando os ouvidos e eu rapidamente me deitei na banheira.
—Mas é que você entrou aqui do nada e...
—Cale e a boca e vamos logo. Preciso de ajuda.-ele tentou me puxar de novo.
—Espere. Eu estou nua.
—E você acha que tem alguma coisa ai que me interessa?.-ele disse bravo me puxando pelo braço.
—Por favor! Eu só vou me trocar.
—Não demore.-ele disse revirando os olhos e saindo do banheiro. Suspirei e sai da banheira. Me sequei, me troquei e escovei meu cabelo.
Yuma me arrastou até um pomar de frutas e vegetais.
—Uau! Que bonito.-Sorri
—Claro que é, fui eu mesmo que plantei...
—Você é jardineiro?
—É mais um hobby do que uma profissão... Venha logo, elas não vão se colher sozinhas.-ele me puxou pelo braço até uns tomates. Ele se agachou e eu apenas fiquei o encarando em pé segurando um "sei lá o que" que ele mandou eu segurar.
—Estão otimos para colher...-ele sorriu e mordeu um dos tomates.
—Yuma-kun, se vocês são vampiros não precisam de comida pra sobreviver, certo?
—Certo, e dai?
—Então porque vocês tem um pomar de frutas e verduras?
—Nós gostamos de comer, e se faltar comida, seja lá qual for o motivo, vamos ter uma plantação...
—Quando eu vivia com os garotos, nós só jantavamos uma vez por mês.
—E VOCÊ ACHA QUE POR ACASO SOMOS GAROTAS?.-ele gritou furioso olhando pra mim.-OU OS SAKAMAKI?
—D-desculpe, não foi isso que eu quis dizer, Y-Yuma-kun...
—Uhum.-ele murmurou voltando a atenção para a plantação. Eu em... Bipolar.
—É... E porque vocês gostam de comer?.-eu sei, sou horrivel em puxar assunto. Me agachei ao lado dele.
—Sabe, nossa infancia foi horrivel. Não tinhamos comida, boas roupas... Nos conhecemos no orfanato. Nós nunca tivemos uma boa vida até ele aparecer...
—Ele?.-eu perguntei e ele enfiou um tomate pequenininho na minha boca.
—Chega de conversa.-Ele empurrou o tomate pra dentro selando meus lábios com o polegar. Ele afastou o dedo da minha boca e eu mastiguei o tomate o engolindo logo em seguida. Levei as mãos aos lábios e os toquei.
—Que gostoso...
—Claro, eu que plantei e cuido delas, lembra?!.-ele disse sorrindo de lado e se levantando me puxando pra eu me levantar e foi me empurrando até me colocar contra uma estufa.
—Y-yuma-kun?
—Calada, piranha!.-ele disse olhando meu pescoço fascinado e o lambendo o que me fez arrepiar. Eu sabia bem o que viria em seguida.-Seu cheiro me deixa com a garganta seca...-Ele me mordeu como se fosse um cachorro mordendo uma bolinha de borracha e aquilo doia pra cara***...
—Y-yuma-kun, esta me machucando...-eu senti meus olhos arderem e logo depois veio a escuridão seguida da incosciencia...

JÁ NO FINAL DA TARDE...

Abri os meus olhos e vi Yuma sentado em um divã. Eu não estou lá aquelas coisas e estou com um baita tontura e um sono que nem se fala.
Fechei os olhos e me virei de barriga pra cima, puxei, tambem, o edredom que me cobria.
—Tsc!... Você é o gado dormindo. Eu vou compartilhar algo com você. -yuma disse mas eu continuei com os olhos fechados até que senti ele se sentar na cama onde eu estava. Abri os olhos assustada e o encarei.
—Y-yuma-kun...?-murmurei corando quando vi ele com um cubo de açucar entre os dentes e se aproximando do meu rosto. Corei mais que os tomates dele.
Ele passou o polegar entre meus lábios os abrindo e então se apoiou nos cotovelos que ficaram do lado da minha cabeça. Ele foi se aproximando e então depositou o cubo de açucar entre meus dentes. Eu virei estatua.
—Espero que goste.-ele disse se afastando do meu rosto e empurrou o cubo com o polegar selando meus lábios com o polegar.-estou sendo muito bondoso pra te dar algo tão precioso pra mim...
Olhei pra o seu rosto e ele estava com a cara mais lavada possivel.
Comi o cubo e o olhei corada.
—O-obrigada.
—Por que esta gaguejando? Esta com frio?.-ele perguntou erguendo uma das sobrancelhas. Que sexy...
—An... N-não.-como os homens são bobos. Não percebem o que esta bem na frente deles...
—Então porque esta gaguejando?.-Tonto... Do nada ele começou a rir que nem um maluco.-Você deve achar que eu sou um idiota... Eu sei muito bem porque você esta gaguejando. Esta com vergonha, não é?.-ele perguntou sorrindo malicioso.
—E-eu... É...
—Você esta rubra da cor dos meus tomates. Esta muito fofa!.-ele apertou minhas bochechas ainda com aquele sorriso. Debochado! Esta me provocando...-Seu coração esta pulsando muito rapido... Esta me deixando... Exitado...-ele se aproximou do meu rosto serio e por um instante pensei que ele fosse me beijar. Mas estava estranho demais pra ser verdade.
Yuma começou a rir baixinho e se afastou bruscamente me deixando com cara de tonta.
—Haha, não creio. Pensou que eu fosse te beijar, docinho?.-Admito, eu preferia que ele me chamasse de piranha ou até de porca maldita...
—Você... Você é bipolar?.-perguntei perplexa.
—Pode se dizer que sim, vadia... To brincando. Você tinha que ver sua cara... Qual é?! Você pensa que eu sou tão mau assim?
—An... O que se esperar de um vampiro?.-eu disse seria.
—Eu só estava brincando, okay?! Não leve tão a serio esse meu lado...-Ele se levantou e pegou meu queixo e me deu um beijo simples e eu não movi um músculo sequer.
Fiquei pasma. Só tem uma semana que estou aqui... Os Sakamaki esperaram pelo menos um mês, exeto o pervertido que tentou me estuprar no primeiro dia. E Reiji que não tentou nada por que diz que eu só sirvo para alimenta-los...
Yuma deu as costas saindo do proprio quarto e eu fiquei encarando a parede que nem uma idiota...

NO JANTAR...

—Você esta muito calada... Aconteceu alguma coisa?.-Ruki perguntou enquanto comia.
—An?.-Eu disse suspirando e arrastando o garfo pelo prato.
—Você não tocou na comida...-Ele disse largando o garfo ao lado do prato e colocando o,rosto entre as mãos.-Você esta com algum problema?
—N-não.-Gaguejei nervosa tentando fixar meus olhos nos seus.
—Porque está tão vermelha, gatinha masoquista?.-Kou fez bico.
A verdade é que eu estou voando desde que Yuma me beijou. Que tapado! Por causa dele não consigo parar de pensar naquela droga de beijo.
—Foi o beijo...-Yuma disse desinteressado e todos encararam ele.
—Como?.-Todos disseram juntos e eu me levantei da cadeira e tentei sair de fininho mas ai o desgraçado disse na maior cara de pau e com um dos maiores sorrisos de malicia que eu já havia visto perdendo, somente, pro Laito...
—Ela foi uma boa garota, então ela ganhou uma recompensa... Eu dei o primeiro beijo dela.
Minha primeira reação foi corar como um tomate e depois de alguns minutos estatica e corada comecei a rir como uma maluca.
Apoiei as mãos nos joelhos enquanto ria compulsivamente e tentava puxar ar para os pulmões.
—Do que esta rindo, maldita?.-Yuma disse irritado.
—Dá sua inocencia, queridinho!.-falei tentando regularizar minha respiração.
Todos me olharam confusos e eu coloquei a mão na cintura com um sorriso de puro escárnio no rosto.
—Como assim, Eva?
—Akemí! Meu nome é Akemí! E Yuma...-Olhei pra o rosto dele.- Eu já beijei, muitas vezes até. Tenho mais experiência que você...-Debochei e todos começaram a rir da cara de idiota dele.