-Não Jason, por favor!!- eu gritava tentando me libertar de suas mãos que me segurava e me impediam de ir ate os corpos em chamas dos meus pais.

-Por favor, fique quieta maninha. - Jason disse com certa tristeza na voz que me deu mais ódio.

- eu não sou sua irmã Jason e nunca serei. EU TE ODEIO. -eu vi o os olhos de Jason, mas não entendi o que ele expressava e resolvi ignorar.

-Por favor, Stara... - ele fechava os olhos se controlando.

- você é um monstro e eu te odeio. - eu disse e focalizei em sua outra mão que estava o isqueiro que havia acendido o fogo da morte. Dos meus pais.

Jason percebeu pra onde eu olhava e jogou o isqueiro fora balançando a cabeça. Eu o ignorei e fui em direção aos meus pais mais foi jogada longe por ele.

Eu tremi de medo, mas aproveitei a distancia entre nos e fui em direção aos meus pais passando ao seu lado habilmente e chegando aos corpos em chamas no chão.

-Stara...-grunhiu Jason

-Pai...- eu tentei achar suas mãos em meio ao fogo mas o que vi me assustou e eu me afastei.

Aquele não era meu pai não podia ser seu corpo estava em carne viva e seus olhos só transmitiam dor enquanto seu corpo se mexia tentando afagar o fogo que agora fazia parte dele.

Fui até minha mãe que estava parada quieta. Seu corpo também em chamas estava em carne viva e algumas partes...

-O MEU DEUS...

Eu não queria mais ver aquilo eu me virei e vi meu pai em pé. Seu corpo ainda pegava fogo e ele vinha com dificuldade em minha direção eu tentei sair de sua frente, mas esbarrei em algo e cai com as mãos em cima do corpo da minha mãe.

Minhas mãos arderam em chamas e eu tentei afanar o fogo enquanto sentia meu pai vindo à minha direção.

-NÃO.- eu gritei desesperada enquanto lagrimas de dor desciam pelos meus olhos.

Eu botei minha mão direita em meu rosto esquecendo o fogo e meu rosto se queimou. Tudo a minha volta rodou e eu esbarrei em meu pai ajoelhado caindo com a bochecha direita em seu peito. Tudo em meu rosto doeu e meu coração estava em pedaços, mas eu não conseguia deixar de me sentir segura nos braças do meu pai que logo cai no chão rendido à dor e as chamas. Mas seu ultimo sussurro foi:

-Stara...

E então mãos me tomaram para longe dali e eu deixei que a inconsciência me tomasse, também.