-Er...- vi o garçom se aproximando e virei para ele- uma tequila por favor.

Mark gargalhou e eu revirei os olhos.

Segundos depois o garçom chegou com o meu “copinho” de tequila e eu virei sem hesitar ignorando a queimação na minha garganta pedindo outra.

- A mocinha está animada hoje!- ouvi alguém falar no meu lado esquerdo e apenas sorri sem virar meu rosto em sua direção.

- Eu pago outra tequila se a linda...- eu virei meu rosto em sua direção deixando minha queimadura a amostra para o homem que se calou por um instante. E sua expressão ficou de sedutora para aterrorizado. Mas logo voltar a falar desconcertado- er... eu... eu preciso ir ao banheiro.- e foi quase correndo em direção ao banheiro.

Me virei para Mark que estava com um olhar furioso. Eu o olhei curiosa.

-Stara, vou ao banheiro. - e saiu sem me deixar dizer nada.

Ignorei Mark e me virei pedindo outra tequila ao garçom que hesitou, mas me entregou dizendo que era a ultima.

Virei a tequila sem fazer careta e pedi uma cerveja.

Fiquei ali bebendo e comecei a ficar incomodada com a demora de Mark.

Acendi um cigarro para passar o tempo e já estava no final do segundo quando Mark sai do banheiro carregado por dois homens que o tentavam segurar. E logo após aquele homem que havia falado comigo saiu com o olho roxo e nariz sangrando também sendo carregado por dois homens. Só que ele estava mais sendo carregado do que controlado como Mark.

Eu fiquei confusa e tentei levantar, mas quando fiquei de pé tudo rodou e sentei de novo.

O dono do bar apareceu gritando coisas com Mark que eu não conseguia acompanhar. Eu percebi ele se acalmando e vindo em minha direção.

- Mas que merda esta acontecendo?- perguntei sentindo dificuldade em falar.

Mark não respondeu apenas me puxou indo em direção à porta de saída enquanto o dono do bar gritava para ele sair dali e não voltar mais.

Do lado de fora eu encostei-me à parede sentindo dificuldade de ficar em pé ou andar sem que tropeçasse nos meus próprios pés.

Comecei a rir sem saber a razão e me Mark me olhou curioso.

-Esta rindo de que Stara?

- Não sei.- e comecei a rir mais ainda.

Mark apenas balançou a cabeça e veio se encostar-se à parede ao me lado.

- Você já esta bêbada. – disse me avaliando.

Eu gargalhei e tentei dizer

- Eu... eu... eu to bem! – joguei minhas mãos para cima e Mark sorriu divertido.

Não pude deixar de notar que seu sorriso era lindo e que sua boca era muito convidativa. Imaginei seu corpo imprensando o meu na parede enquanto sua língua tratava uma batalha deliciosa com a minha. Passei a língua pela boca e fiquei vermelha ao perceber no estava pensando e ver que Mark havia notado meu olhar de luxuria sobre ele não ajudou.

Virei meu rosto para frente e Mark perguntou

- No que esta pensando Stara?- eu fiquei mais vermelha e virei meu rosto para o outro lado.

Mark se mexeu no meu lado, mas não ousei virar para ver aonde ele iria. Mas fiquei surpresa quando senti que ele estava na minha frente a centímetros de mim.

- Ein...- ele insistiu- no que estava pensando Stara?- percebendo que eu não ia responder ele continuou- sabe no que eu estava pensando? Que você esta muito linda com essa saia colada mostrando o lindo corpo que você tem.

- Você não esta ajudando!!

Mark me olhou curioso

-Não estou ajudando...

-Assim na minha frente...você quer mesmo saber no que eu estava pensando?- comecei a sair da parede e fiquei de frente para – eu estava imaginando que agente estava se agarrando na parede. Bem ali.- apontei para a parede.

Mark riu malicioso

-Stara...- ele falou desafiador e eu percebi então o que havia dito.

”merda de bebida, e claro, eu tinha que ser tão fraca pra tão pouco me deixar assim bêbada”

Mark esticou o seu braço e com a sua mão pegou a minha me jogando na parede sem me machucar.

-Assim?

Balancei a cabeça negativamente e sussurrei envergonhada

-Você imprensava o meu corpo com o seu...- Mark sorriu e imprensou seu corpo com o meu e sussurrou no meu ouvido.

- Assim?

Balancei negativamente de novo a cabeça e joguei meus braços ao redor do seu pescoço e aproximei devagar meu rosto do seu.

Mas Mark impaciente cortou o espaço entre nós e me beijou.

Eu não conseguia e nem queria pensar direito. Eu só queria sentir.

Eu segurava e puxava o cabelo de Mark para mim, querendo mais daquele beijo maravilhoso.

Ele correspondia juntando mais seu corpo ao meu, como se aquilo fosse capaz, pois do jeito que estávamos grudados naquela parede quem olhasse rápido nem ia me perceber ali.

Mordi seu lábio inferior e puxei levemente e ele me imprensou mais com seu corpo na parede.

Interrompi o beijo pois precisava respirar- infelizmente- mas a boca de Mark continuava beijando minha bochecha esquerda depois a direita e depois descendo para meu pescoço aonde ele mordeu e meu corpo arrepiou. Mordi os lábios para reprimir um gemido mas logo levantei o rosto de Mark e o beijei. De novo.

Algum tempo depois lembrei que se não voltasse logo minha avó clara ia ter um troço.

-Droga- sussurrei. E Mark me olhou preocupado- minha avó.- eu apenas disse isso e ele logo entendeu.

Ele desprendeu seu corpo do meu e foi virando e me puxando para sair da parede, mas soltei sua mão dizendo.

-Já volto.

Entrei dentro do Rub’s e percebi os olhares em mim, alguns pelo meu rosto e outros pelo escândalo que Mark havia feito.

Não vi nenhum sinal do homem que havia apanhado de Mark, e nem procurei saber mais.

-Bem feito.- disse alto mas sem me importar com os outros.- cara idiota.- disse agora mais baixo, mas mesmo assim atraindo olhares.

Fui ao balcão e chamei o garçom, que veio meio desconfiado em minha direção.

-O que posso ajudar?- perguntou o garçom indiferente.

-Eu quero uma garrafa de vinho.- disse sentindo que o efeito do álcool já estava acabando.

-hum...-ele olhou para os lados, e depois olhou para mim novamente.- eu... eu não posso vender para menor...

- ah por favor estava aqui a alguns minutos atrás! E eu. Não. Sou. De. Menor.- disse furiosa “eu tinha cara de criança por acaso? Não com essa maquiagem!” pensei.

- Tudo bem... – o garçom olhou para os lados novamente. - aqui esta. É o único que temos para vender de garrafa esta noite.

-Obrigada.- agradeci sem olhar qual era a marca do vinho, ou se era seco, ou tinto... “saco isso!”

Sai do Rub’s e vi Mark impaciente do lado de fora.

-Você demorou de mais Stara.

- Ah..- disse abrindo o vinho e tomando um longo gole.- estava comprando isso.- levantei o vinho em minhas mãos.

-Ah... você não devia ter comprado outro...

-Xiiuu.- eu disse o interrompendo.- eu gosto de vinho! Eu ate te dou um golinho, bem pequeninho se você ficar quieto agora e me deixar apreciar o vinho.- ri achando graça de mim mesma.

-Stara...

Joguei minha mão esquerda que estava vazia para cima, dando dedo para Mark o que fez calar a boca.

-obri... obri... ah valeu gostosão!- ri divertida e fui andando em direção até seu carro, acendendo um cigarro.

Me virei para Mark, com dificuldade pois não tinha equilíbrio e o cigarro em uma mão e o vinho em outra, parecia que atrapalhava mais.

- Você não vem?- perguntei piscando para ele.

Ele passou por mim, tirou o cigarro e o vinho das minhas mãos e disse furioso.

-Se você vomitar no meu carro, ira limpar com a língua!

Eu o ignorei fui ate ele e o abracei jogando o cigarro no chão bebendo mais um gole do vinho e o jogando fora também. O abracei e fui ate seu ouvido.

- Tem certeza que vai ser com a língua? Porque sei usar ela em coisas muito melhores. - senti o arrepio de seu corpo e sorri maliciosa.

“ Merda de bebida!!”

Mark me beijou de novo e mais desinibido.

“ou não.”