Maria Fernanda continuava em pé e olhando para um ponto fixo, ela pensava em algo e não demorou muito para começar a dizer:
– Bem, se o Be disse que quer uma outra chance e que te ama é porque talvez possa ser verdade. Por isso deveríamos fazer o seguinte. Uma de nos irá mandar um bilhete para ele dizendo que está super afim dele, se ele pedir para ficar com essa pessoa é porque ele não merece outra chance, agora se não pedir é porque ele realmente merece uma outra chance e que te ama!
Até que não era uma má idéia. Pelo menos uma vez na vida ela teve uma idéia construtiva.
– Como estava dizendo... - Ela continua. - A Jú não pode ser, a Bia também não, nem eu porque eu tenho namorado, a Grazi é muito bobinha, então a única que resta é a Duda!
Duda a olha pelo jeito ela não tinha gostado muito da idéia da Maria Júlia, ela não queria ser mais uma na lista do Bernardo.
– Vocês topam? - Ela pergunta.
– Eu topo. - Digo.
– Nos também! - Dizem Bia e Grazi em uníssono.
Duda fica nos olhando por alguns segundos ela parecia não querer ter que fazer aquilo.
– Tá bom. Eu topo! - Diz ela por fim.
E naquela exato momento o sinal toca, fazendo o intervalo chegar ao fim. Nos levantamos para voltar para sala de aula. Entramos na sala de aula e eu sento - me em meu lugar junto de Bia. E as demais se sentaram do outro lado da sala, mas meus olhos não desgrudaram delas, nem quando o professor de química entrou na sala. Maria Fernanda falava algo com a Duda e ela escrevia no caderno.
A aula chega ao fim e vejo Maria Fernanda e Grazi se levantarem assim que o professor sai de sala. Grazi sai da sala de aula e Maria Fernanda vai até mim.
– A Grazi foi entregar o bilhete para o Be. - Diz Maria Fernanda.
Ai meu Deus! Era agora ou nunca!
***
POV Bernardo
Meus pensamentos estavam totalmente presos na Anna Júlia, ainda não sabia o porque de não consegui tira - lá dela. Théo tinha perdido a aposta, eu não podia acreditar que durante toda festa que dei em casa com todas aquelas gatas, ele fico o tempo todo só a minha irmã, que é calmo que se eu soubesse que eles estava ficando com minha irmã, na verdade ele não teria ficando com ninguém. E quem tinha ganhado? Eu, claro!
– Senhor Lopes estão te chamando ali fora. - Diz o professor de Biologia entrando na sala.
Levanto - me e ando de vagar até a porta. A abro e vejo Grazi parada me olhando com aquela cara de sonsa dela. Será que tinha acontecido alguma coisa com a minha irmã?
– O que você quer? Aconteceu alguma coisa com minha irmã? - Pergunto preocupado.
– Não, a Bia está bem! - Ela diz sorridente.
– O que você quer então? - Digo.
– É... Hã... É que... É que mandaram te entregar esse bilhete. - Ela diz me estendendo um papel.
– Quem? - Digo pegando o papel da mão dela.
Ela não responde eu mais que depressa abro o bilhete, estava curioso demais para esperar por uma resposta dela. Começo a ler:
" Meu Querido Bernardo.
A cada dia meu amor por você cresce mais e mais. Meus pensamentos são todos para ti. Meu coração acelera todas as vezes que alguém fala seu nome perto de mim. Quero - te muito. Muito mais mais que qualquer um. Preciso ter você pra mim!
Eduarda Mascarenhas. "
Aquele bilhete era brincadeira, aquela garota estava brincando com minha cara só pode. Aquela gata riquíssima da Duda estava afim de mim aquilo só podia ser mentira. Olho para Grazi que me olhava com aquela cara de sonsa dela e digo:
– Pede ela pra me encontrar no fim das aulas no portão de trás do colégio. Agora tenho que ir a aula já começou. Tchau!
– Tchau! - Ela diz e sai correndo feito uma maluca.
Abri a porta sala de aula e entrei, olhei para o professor e pedi licença. Andei de vagar até o meu lugar e me assentei. Não conseguia tirar a Duda dos meus pensamentos, na verdade só havia um momento que ela sai deles quando Anna Júlia os roubava. Eu ainda não sabia o porque dela mexer tanto assim comigo, aquilo era diferente chegava até à ser estranho.
Eu não via a hora das aulas terminarem para que eu pudesse ver a Duda e saber se ela realmente queria ficar comigo. As aulas custaram a passar, parace que quando mais queremos uma coisa é quando mais demoramos para te - lá.
Quando finalmente as aulas acabaram eu comecei a guardar minhas coisas na mochila. Com tudo arrumado me despeço dos meninos e sai da sala de aula andando apressado, cheguei ao portão de trás do colégio. Parei em frente ao portão e fiquei olhando ao redor não parecia ninguém, nem a Duda. Os minutos foram passando e minha paciência ia ficando para trás odiava ter que ficar esperando. Abaixo os olhos e fico destruído lembrando do sorriso da Anna Júlia, até escutar um gritinho:
– Aí!
Olho em direção ao barulho e vejo a Duda toda desconcertada me olhando com um sorriso amarelo. Ela se aproxima de mim e me dá um beijo em minha bochecha esquerda, se encostando no portão. Coloco minha mão direita no portão e fico de frente para ela que sorri.
– Então você está afim de mim? - Digo.
– Sim! - Ela diz tímida.
– Bom saber! Topa ir na festa do Marcy comigo então? - A convido.
– Claro! - Ela diz com um sorriso.
Aproximo - me dela e a dou um beijo leve nos lábios.
– Te pego as 20:00hrs! - Digo e pisco o olho esquerdo saio de lá, a deixando sozinha.