Abri a porta e dei de cara com a Anna Júlia, bem na hora que eu ia sair para encontrar com os meus amigos em um bar aqui perto de casa. Mas com a chegada dela seria um pouco complicado. Dei passagem para que ela e a Grazi entrassem. Elas entram e eu fecho a porta por trás de mim. Anna Júlia se aproxima de mim e me abraça. Lhe dou um beijo carinhoso nos lábios e digo:

– Vou avisar a Bia que vocês estão aqui!

Não sei onde a minha irmã estava com a cabeça de chamar a Anna Júlia para uma noite do pijama aqui em casa, justamente no último sábado das férias. Subo as escadas para o andar de cima e em seguida vou para o quarto da Bia.

– Bernardo bate na porta antes de entrar! - Bia me adverte.

– Foi mal! Suas amigas. - Digo. - E eu tenho q sair!

– E o que eu tenho a ver com isso? - Bia pergunta ironicamente.

– Tudo! Porque você chamou a Anna Júlia, nessa sua tal noite do pijama.

– Não é noite do pijama e festa do pijama. E eu chamei ela sim, porque ela é minha amiga!

A olho com raiva e saio do quarto dela. Desço novamente as escadas para o andar de baixo com certa rapidez. Chego a sala de estar onde Anna Júlia e Grazi estavam. Ao me ver Anna Júlia e vem em minha direção.

– Eu vou ter que dar uma saidinha. Mais é coisa rápida, volto logo. - Mito, não tinha hora certa pra voltar pra casa.

– Tudo bem! - Ela diz com um leve sorriso.

Acaricio o rosto dela, e a dou um beijo na bochecha. Saindo em seguida de casa.

***

Chego no bar e Marcy, Théo e Edu, já haviam chegado e estavam assentados em uma mesa em frete ao bar. Após cumprimenta - los, me assento ao lado de Marcy e começamos a conversar.

– Daqui a pouco as gatas chegam. - Diz Edu.

– Que gatas? - Pergunta Marcy.

– Algumas gatas que eu convidei para vir nos fazer companhia. - Diz Edu sorrido.

– Assim que eu gosto! - Digo.

– Pra mim não precisa. Convidei a Maria Fernanda para me fazer companhia. - Diz Marcy.

– É bom que sobra mais pra gente! - Diz Théo e em seguida começamos a rir.

Ficamos ali conversando e bebendo. Meus pensamentos iam e vinham, todos voltados para Anna Júlia, não sei o que estava acontecendo comigo. Ela era a mais gata do colégio, todos caras queriam ela, mais nenhum a tinha. Ela era difícil, e eu gostava disso. Adoro perigo. Mas ao mesmo tempo pensava na sorte que eu tinha de ser um dos únicos caras do colégio a ficar com ela. E eu estava totalmente a desperdiçando naquele bar bebendo com meus amigos e esperando outras garotas que nem nunca tinha visto na vida chegar. Enquanto ela uma loira maravilhosa estava na minha casa, a minha espera. Como eu era burro as vezes, mas fazer o que eu era o cara mais popular da escola todas me queriam e eu não posso dispensa - las.

Théo e Edu se levantam e eu faço o mesmo. Edu coloca uma das mãos em um dos meus ombros e me conduz a um grupinho com algumas gatas, e Théo nos acompanha deixando Marcy sozinho. Depois de comprimenta - las começamos a conversar.

– Como você é lindo! - Diz uma das garotas com a boca colada em um dos meus ouvidos.

A olho com o canto dos olhos, e depois a beijo. Um beijo longo e intenso. Em seguida voltamos para mesa onde Marcy estava. Nos assentamos cada um com uma gata ao lado, e começamos a conversar desta vez com a presença de Marcy. Não percebo quando Maria Fernanda chega e continua a beijar e acariciar a gata, que nem o nome eu me lembrava mais. De repente escuto uma conversa entre Maria Fernanda e Marcy:

– O que foi Maria Fernanda? Está tudo bem com você?

– Sim, está. Não é nada de mais! - Ela diz desviando os olhos dele e se levantando.

– Onde você vai?

– Vou para casa da Bia. Ela me chamou para uma festinha, aí eu já vou indo. Aproveito e conto para Anna Júlia quem eu encontrei aqui. - Ela diz olhando diretamente para mim.

Já era! Estava fudido, como eu não pensei nisso antes com certeza que a idiota da minha irmã não ia deixa a chata da Maria Fernanda de fora da tal noite do pijama. E eu também tinha me esquecido completamente que ela ficava com o Marcy. Ela da um beijo no Marcy e se despede de nos. Assim que a vejo virar a esquina de onde ficava o bar, sinto meu coração soltar. Ela ia contar para Anna Júlia que estava pegando todas no barzinho e ela não ia me querer mais.

Por um impulso levanto - me, precisava impedi - lá de contar para Anna Júlia o que tinha rolado. Que eu estava em um bar com meus amigo e ainda por cima acompanhado por uma gata daquela. Ela ficaria com muita raiva de mim. Me despeço dos demais e saio rapidamente

do bar, e viro a mesma esquina que ela tinha virando minutos antes. Vejo ela se afastando as presas, corro atrás dela e consigo a alcança - lá.

– Por favor não conta nada para Anna Júlia. Eu te imploro e...

– Olha. - Ela diz me cortando. - Você vai me desculpar, mas eu não acho certo você deixar minha amiga na sua casa te esperando e fazendo papel de boba. Enquanto você está em um bar com seus amigos e uma vadinha qualquer!

Ela começa a correr e eu faço o mesmo ainda tentado fazer com ela não contasse para Anna Júlia. Isso só porque estava conversando com aquela gata, na verdade eu estava ficando com ela. Mas eu fazer o que eu não resistia, aquilo era meu por mais que tentasse parar não conseguia, já estava em mim.

Quando percebi Maria Fernanda já estava entrando na minha casa. Sem tocar a companhia ou ao menos bater na porta, mais isso não vinha ao caso no momento. O importante era conseguir fazer com que ela não contasse nada para Anna Júlia, mas como eu faria isso.

Entrei em casa rapidamente, e Maria Júlia já estava no meio da escada que tava pro andar de cima. Subi rápido as escada, e consigo alcança - lá. Puxoa por um de seus braços, e ela roda caindo cima de mim. E quando me dou conta do que estava acontecendo, nos já estamos nos beijando.