Sonhadora

Capítulo 9-Ódio? vinganças sempre são dolorosas!


Sentei em uma cadeira da cozinha e o fiquei observando, ele era muito bonito, até então eu não tinha reparado direito. Ele estava em cima da pia cortando alguma coisa.

–O que você vai fazer?

–A minha especialidade... macarrão- ele diz abrindo um grande sorriso. Começo a rir da sua felicidade.

–Fique sabendo... que eu não sou uma pessoa muito boa de se impressionar...

–Mas eu aposto que você vai amar meu macarrão- ele diz dando uma piscadinha para mim.

–E o que teremos de sobremesa?

–Hum... é surpresa.

–Ah... eu quero saber- digo fazendo biquinho.

–Não vale fazer carinha triste, eu não vou falar.

–Por favor diz...

–Não.

–Nossa então tá.

Passou- se 20 minutos e tudo estava pronto, arrumo uma das mesas, elas estavam um pouco cheias de pó, estendo uma toalha que estava guardada e pego duas cadeiras.

–Hum... o cheiro está bom - digo enquanto ele trás a travessa com o tão esperado macarrão. Nos sentamos e começamos a comer.

–Nossa está bom mesmo...

–Fico feliz que tenha gostado- ele diz rindo- Mas não tinha como não gostar, todas gostam.

–Todas quem?

–Ah... por que quer saber?

–Nada ué... Quem mais você trouxe aqui?

–Não vai dizer que está...

–Eu não estou com nada - digo ficando brava.

–Você vai realmente querer fugir? - ele pergunta mudando totalmente de assusnto.

–Eu não sei- começo a pensar que poderia ser legal ficar lá, eu começaria a fazer aulas de ballet, tinha duas amigas, e agora tinha um amigo. Nessa hora percebo que em anos essa era a primeira vez que eu estava tendo uma Vida. E Eu estava feliz, mas na mesma hora penso que aquilo demoraria pouco tempo. É, minha felicidade tinha prazo de validade e ele estava chegando cada vez mais perto do fim.

–Acho que não- digo depois de um tempo. -Seu rosto se ilumina e pude ver um leve sorriso no canto de sua boca.

–Posso saber porque mudou de ideia?

–Acho que... não sei, mas acho que é melhor continuar aqui.

–Vejo um pouco de decepção em seu rosto.

Ficamos em silêncio um pouco até que ele vai buscar a sobremesa.

–Adivinha o que é?

–Hum ... não sei.

–Cup cake de chocolate- ele diz colocando um prato cheio de cup cakes em cima da mesa, estavam tão bonitinhos.

–Nossa, tenho que dizer uma coisa... esse é o melhor cup cake que já comi na vida- digo com a boca cheia de chocolate.

Ele começa a rir da minha cara.

–O que foi?

–Você está toda suja.

–Jura? - digo rindo

–Vou correndo ao banheiro e me limpo, assim que volto o ajudo a arrumar tudo e fomos embora.

–Agora eu tenho aula- ele diz desanimado- você sabe de que sala é?

–403 e você?

–Ah... a minha é a 239.

–Puxa... vamos ficar longe o dia inteiro.

Ele diz que sim com a cabeça.

–Até o jantar então Alice.

–Tchau-

–Nessa hora ele grita o meu nome e eu me viro.

–O que foi?

–Nada

– Pode falar! Ele fica pensando um pouco como se decidisse se devia falar ou não. Mas ele não diz fico um tempo o encarando, ele apenas desvia o olhar e vai embora.

Vou direto ao meu quarto, pego minha mochila e vou procurar minha sala. Encontro Débora no corredor e fico feliz ao saber que ela era da mesma sala que eu. Ela me leva até lá e fico surpresa com o número de pessoas.

–As salas são todas cheias assim?

Ela diz que sim, em alguns minutos o professor chega, a aula era de Geometria e eu não tinha a mínima vontade de prestar atenção. Começo a conversar com Débora e sua amiga Helena que eu tinha acabo de conhecer. Elas eram muito engraçadas. O prineiro tempo de aula passa tão rápido que nem percebo, o sinal toca e os atrasados entram na sala, mas nem presto atenção neles.

–Para tudo - diz Helena.

–O que foi ? -pergunto curiosa.

–Olha para trás.

Na mesma hora sinto alguém me cutucar, ainda rindo me viro e tenho uma surpresa. Imediatamente minha expressão fica séria.

–O que está fazendo aqui?

–Oi Alice- ele diz dando um sorriso que me deu medo.

–Está vendo isso? - ele diz apontando para seu olho que estava bem roxo.

–Sim- digo quase que eu sussurro.

–Eu vou me vingar por causa disso. - Nessa hora sinto um frio percorrer pela minha espinha. Peço ao professor para ir ao banheiro e saio correndo, na verdade era apenas um desculpa, não queria continuar aquela conversa. Vou ao bebedouro e bebo um pouco de água. Não havia ninguém no corredor por isso fico andando por aí , só pelo menos até o choque passar. Eu estava andando rápido até que eu esbarro em alguém e caio.