— Alô
— Oi querido presidente, se esqueceu de mim?
— Aaa Mário, claro que não. Olha para Betty e ela abaixa a cabeça.
— Como estão as coisas, tigre? Deu tudo certo?
— Estou ótimas.
— Huum, com e a nossa monstrete?
— Já disse para parar de falar assim, Calderón. Não gosto.
— Ui nossa, está estressado? Eu imagino o difícil que deve ser beijar a Betty, mas não desconte em mim.
— CALA A BOCA, MARIO! NÃO FALE ASSIM DELA EU NÃO ADMITO. Betty da um pulo de sua cadeira e todos no restaurante olham assustado para Armando. Ele percebe o que fez e pede desculpas. – Eu já cansei do seu jogo, Mário. Estou cansado, eu amo a Betty. Estou apaixonado por ela, não admito que você fale assim dela.
Do outro lado do telefone só se ouvem as gargalhadas de Mário e em Bogotá, Betty olha pra Armando incrédula, não acredita que ele disse ao seu melhor amigo que está apaixonado por ela e lhe lança um olhar terno.
— Irmão, pare de fazer piadas, por favor. Isso não é hora de brincadeiras.
— Mário, nunca falei tão sério em toda a minha vida. Amo a Beatriz Pinzón Solano, com todas as forças da minha alma. Nunca estive tão certo de alguma coisa na minha vida.
— Tá bem, Armando. Tá bem. Olha depois nos falamos, a eu já ia esquecendo sua noiva está uma fera com você, descobriu que você saiu da empresa e ainda não voltou e está desesperada.
— Que cruz! Até mais, Mário.
— Tchau tigre.
Armando desliga o telefone e fica olhando para baixo, pensativo e com raiva. “ Por que o Mário sempre fica com essas brincadeiras bestas? Com essas palhaçadas? Nunca respeitou a minha Betty. Escreveu aquela carta nojenta e mentirosa e ainda fica debochando quando digo que estou apaixonado por ela? Por outro lado, ainda tem a Marcela me perturbando. Não sei quem é pior.”
Betty percebe que Armando ficou estranho após a ligação
— Doutor, está tudo bem?
— Sim, está Betty. São só perturbações na minha cabeça, não se importe.
— Está assim por causa da ligação com o seu Mário, não é?
— Sim, estou. Não vou mentir, ele me disse que a Marcela está furiosa porque descobriu que eu sai da empresa cedo e ainda não voltei. Diz isso e revira os olhos. – Estou cansado, mas isso vai acabar.
— Como assim, doutor?
— Betty, eu vou terminar tudo com a Marcela. Não quero que você seja minha amante, mesmo não vendo você assim. Pra mim você é meu amor e sempre foi, mas não quero que você fique escondida. Você vai ser minha pra sempre e todos vão saber.
— Doutor, as coisas não são assim. Como você vai fazer?
— Beatriz, eu já me decidi. Eu vou terminar com a Marcela.
— Doutor, mas e a empresa?
— Eu não me importo com a empresa, Betty. O mais importante para mim é você e sempre será.
— Mas isso é loucura, doutor.
— É porque eu sou louco por você. Se inclina e da um selinho. Betty fica envergonhada, mas gosta da atitude de Armando. – Gostou da comida?
— Sim, Doutor estava deliciosa.
— Quer sobremesa?
— Eu vi no cardápio que tem mousse de chocolate, podemos pedir? É meu do d favorito
— Claro, meu amor. Tudo pra você.
Armando chama o garçom e pede dois mousses de chocolate. Esperam um tempo e o garçom traz a sobremesa. Betty come com vontade, pois estava muito bom e além disso era seu doce favorito com sua companhia favorita. Ele a observava e ficou encantado ao vê-la comendo dessa forma. A olhou e mentalmente agradeceu a Deus por mais essa oportunidade, e disse para si mesmo que iria se esforçar para fazer ela feliz, que ninguém mais iria magoa-la.
Betty, não entendia o porquê ele a olhava tanto. Achou que seu rosto estivesse sujo, ou que ela estava sendo mal educada em comer tão rápido, mas depois que olhou direito percebeu que ela a admirava. Ficou com vergonha, nunca algum homem a olhou desse jeito. Ficou feliz, sentiu seu coração bater mais rápido e também o encarou. Armando pegou em sua mão e ficou fazendo carinho, entrelaçou seus dedos nos dela.
— Te amo, Beatriz. Te amo muito.
— Eu também te amo, doutor. Muito.
Essas palavras entram como música nos ouvidos de Armando, isso era um passo para ele conseguir a confiança de Betty de volta, mas ele precisa ir devagar, queria muito fazer amor com ela, para selar esse momento mas fica receoso dela não aceitar mas decide tentar.
— Betty, já acabou? Podemos ir?
— Sim, doutor. Meus pais devem estar me esperando.
— Betty, eu pensei que poderíamos ir ao..ao meu apartamento. Betty se arrepia, sabe porque dele querer ir lá, nesse momento corre um desejo sobe no corpo dela e sua respiração muda. Armando percebe e sabe que ela também o deseja. – Se não quiser, te levo para sua casa, Beatriz.
— Não, doutor. Quero ir com o senhor, mas preciso avisar meus pais que não irei para casa agora.
— Você pode ligar do meu celular, quando estivermos a caminho, Betty.
— Está bem, doutor.
Armando paga a conta e eles saem em direção ao carro, ele sai do restaurante de mãos dadas com a Betty. Os que estavam no restaurante observavam aquele casal tão diferente ele um executivo tão bonito e ela uma mulher sem classe e feia. Os dois saíram e entraram no carro e seguiram em sentido ao apartamento de Armando, então Betty pega o celular de Armando para ligar para sua casa.
— Alô
— Oi, mamãe, sou eu Betty
— Oi Filhinha. Como estão as coisas com seu chefe?
— Estão bem, mamãe. Eu estou lutando para dizer que devo chegar mais tarde, tivemos problemas com a reunião.
— Mas, você está bem Betty? Já comeu?
— Já, mamãe. Vamos resolver o problema e o seu Armando disse que me leva para casa. Depois precisamos conversar, mamãe.
— Aconteceu algo?
— Não, é que eu recebi uma proposta de emprego durante essa semana e eu aceitei.
— Mas e a ecomoda?
— Não mamãe é só essa semana. Depois nos falamos estamos chegando. Tchau mamãe.
— Tchau minha filha, se cuida.
Assim que dona Júlia desliga, seu Hermes grita
— ERA A MENINA, JULIA?
— Sim, Hermes. Ligou para dizer que deve chegar mais tarde, parece que teve algum problema na reunião.
— Problema, mas ela está bem?
— Sim, Hermes. Disse que assim que eles resolverem, o doutor Mendoza ira traze-la para casa.
— Gosto muito do doutor Mendoza, só não gosto quando ele grita com a menina e a faz chegar tarde em casa.
— A Hermes, não seja tão enjoado. E o trabalho da menina, ele confia nela.
— Graças ao estudos que eu paguei para ela, a menina é um gênio, é uma Pinzón.
Dona Júlia revira os olhos e sai de seu quarto em direção a sala.
Um pouco longe dali, Armando acaba de estacionar seu carro na garagem do prédio, e ele e Betty descem e vão em direção ao elevador.

Continua...