Nur e Lydia se encontravam agora na costa da montanha das Cataratas Lucubres, seguindo um caminho semelhante ao da rota que dava em Riverwood, do outro lado do rio.

— Meu Thane, porque não seguimos pela rota normalmente? ela estava logo ao lado.

— Lydia, primeiro de tudo, pessço que me chame pelo meu nome: Nur. Não sssou um general sssuper importante para não assceitar ssser chamado pelo meu nome. Sssegundo, não é chegar até o final que importa, masss a jornada até lá.

Nur dizia isso, mas seu objetivo real era evitar se encontrar com Faendal e Sven. Ele pode ter enfrentado um dragão na noite anterior, mas uma coisa é lidar com uma besta, cujo único objetivo é te matar. a única coisa que se faz com essas coisas é reagir e tentar matar também. Porém lidar com pessoas não-criminosas é algo complicado. Você não pode mata-las, a menos que deseja ser preso. E não espere que isso resolva seu problema. É capaz que essa ação apenas gere mais problemas com as pessoas próximas. Até que isso se torne uma bola de neve que resulte em você se tornar um campeão de Mephala. Não, definitivamente o melhor a se fazer era sumir da vista dos dois ex-rivais até que se acalmassem.

Porém Nur não pretendia contar isso. Apesar de querer que Lydia o tratasse como um igual, ele não esperava que ela entendesse, ou que não pensasse que ele fosse uma pessoa problemática que procura por briga. Ele precisava de uma desculpa. Ele então tira o mapa do bolso, o abre e aponta para uma cidade representada com uma cabeça de cervo, localizada no canto inferior esquerdo.

— Ta vendo aqui? Sssegundo o mapa é Falkreath. Pelo que ouvi de um guarda, Helgen era de domínio desssse feudo. Eu julguei que sseria melhor ir até lá avisar ao Jarl ssobre o ataque também.

— Falkreath? Mas meu Thane, os Greybearbs te convocaram. Não podemos deixar eles esperando. Nos temos...

— Lydia, Lydia. vosscê ssse preocupa demaisss. Não tem porque ssse preocupar. A gente vai lá, avisa ao Jarl, e pronto. Ssse ele inventar de me dar uma missssão como o Jarl Balgroof, a gente executa rápido e sssem problema.

A nórdica hesitou por um momento, mas vendo que não conseguiria contrariar seu superior, ela cedeu e ambos seguiram.

***

Depois de uma longa caminhada, que envolveu até mesmo atravessar o rio, eles finalmente chegaram em Falkreath. Apesar de ser uma das grandes metrópoles centrais de um feudo, a cidade parecia menor que Whiterun, e com muros menores também. parecia até mesmo uma "Riverwood maior". As construções que mais chamavam a atenção no lugar era uma enorme casa com a aparência de uma oca e o cemitério.

Paresssce que não essstão ssse preocupando com a ssseguranssça da messsma forma que Whiterun. - Observou Nur, reparando os portões abertos.

— Parece mesmo.

Eles então se aproximaram de um guarda e Nur questiona.

— Er, com lisscensssa. Um de vosscêsss sssaberia me dizer onde eu encontro o Jarl?

— Oh, claro. - Respondeu um dos guardas - Você poderá encontra-lo no Mansão do Jarl, bem ali - Ele disse isso apontando para a construção grande que chamava a atenção.

— Entendi. Obrigado.

Os dois então atravessaram o portão e seguiram até a Mansão. Ao abrirem a porta, viram que o lugar era até mais simples que o Dragonsreach também. Um enorme salão no centro dividia os quatro comodos menores, dois na esquerda, tendo um em cima do outro, e dois na direita, na mesma posição. No centro do salão, uma fogueira grande queimava, mas não possuia mesas em volta como na do castelo de Whiterun. E a frente dela, se encontrava o Jarl, recostado em seu trono. O Jarl de Falkreath parecia bem mais jovem em relação a Balgroof, e seu cabelo era moreno ao invés de loiro também.

— Er... Com lisscensssa, vossssa majessstade - Começou Nur, que logo após se virou para Lydia e cochichou - Ssserá que tá tudo bem chamar um Jarl de "majessstade" ou "alteza"?

Lydia deu de ombros. Ela sabia tanto quanto Nur sobre o assunto. Sem uma resposta definitiva.

— Er... Sssenhor, me chamo Nur Dragirisss. Eu tenho notissciasss de Helgen.

O rapaz nórdico pensa e então responde.

— Muito bem, diga se for importante.

— Helgen foi atacada, e foi completamente dessstruida.

— Só isso? Eu já fui informado por viajantes que passaram por lá e a viram destruída. O pior é que Ulfric escapou e voltou com a Guerra Civil contra o Império. Temos que mandar mais homens e recursos. Agora, argoniano, se puder se dirigir para a saída eu agradeceria.

Masss, masss...

— Escuta aqui! - Interviu Lydia - trate-o com mais respeito. Ele é o Thane de Whiterun.

— E isso importa? - perguntou o soberano - Não estamos em Whiterun. Agora saiam daqui! Agora!

Nur então suspira e diz.

— tudo bem, vamosss nessssa, Lydia.

— Mas meu Thane...

Ela não pode terminar sua fala, pois o Dragonborn já estava atravessando a porta e saindo do local.

Do lado de fora, Lydia o interceptou.

— Porque não insistiu. A gente desviou nosso caminho e veio até aqui para isso.

— É, masss não importa. Eu vou resolver essssa droga de invasão dosss dragõesss messsmo.

— Então a gente veio até aqui por nada? Afinal você tem algum motivo pra...

A housecarl então parou. Parecia que ela sentiu um cheiro estranho.

— O que foi? - Perguntou Nur.

— Sentiu isso? Esse cheiro?

— Na verdade sssim, masss não esssperava que vosscê sssentissse. Nem é um cheiro tão forte para ssser detectado por humanosss. Porque?

— Eu reconheço esse cheiro.

Sssério?

A mulher humana dá meia volta e começa a seguir em direção ao cemitério, com o argoniano a seguindo. Lá, eles se deparam com um enterro. Haviam uma mulher e um homem chorando em frente a uma lapide, enquanto o sacerdote demonstrava pena e remorso pelos dois.

— Acho que não deveriamosss ter vindo - cochichou Nur - Vamosss vazar logo.

Lydia se negou. Apesar de Nur não saber o que se passava na cabeça dela para saber do que se tratava, parecia que era algo importante para ela. E fosse o que fosse que tivesse esse cheiro especifico, devia estar enterrado naquela lapide.

O Sacerdote então, vendo os dois parados lhes encarando, se aproximou para tentar saber o que queriam.

— Dia difícil hoje, meus jovens.

— O que aconteceu com eles? - Perguntou a nórdica.

— Um infanticidio. foi o que aconteceu. A pequena garota foi brutalmente morta por Sinding, um morador da cidade que até poucos dias ninguém esperaria que fizesse mal a uma mosca.

— Onde posso encontrar esse tal Sinding?

— Oh, bem. Ele agora se encontra preso na prisão da cidade. fica à esquerda da Mansão do jarl. No andar da baixo do quartel general.

— Tudo bem então. Obrigada.

A housecarl então se move novamente. Ignorando seu Thane e qualquer coisa a sua frente. Se movendo quase que por instinto. O Dragonborn então tentou chamar a atenção da mulher.

— Ly-Lydia! Pera ai, Lydia! Eu essstou te chamando, pô! Lydia, volta aqui agora, droga!

mas ela não respondia, apenas caminhava, indo em direção ao local de cárcere.

***

Ambos estavam agora dentro da prisão, que não era tão grande na verdade. haviam apenas umas 3 celas, e uma quarta nos fundos, na direção esquerda da porta. Essa quarta era maior, arredondada e alta, como o interior de uma torre, e parecia ser iluminada por uma saída no lado de fora, provavelmente com grades de ferro bloqueando que qualquer coisa caísse ou subisse.

— Okay! Chegamosss aqui! Até me sssurpreendo que osss guardasss não tenham nosss reprimido em transitarmosss por aqui dessssa forma. O tal cheiro essstranho essstá até um pouco maisss forte. Masss não o sssufisciente para um humano normal conssseguir sssentir. Ainda quero sssaber como vosscê consssegue...

Quando Nur percebeu, Lydia estava parada em frente a cela dos fundos. Quando ele se aproximou viu que a única pessoa presente na cela era um nórdico meio magrelo.

— Ei, você. Vem aqui! - Chamou a nórdica pelo rapaz subnutrido.

Ele então caminhou até as barras para se aproximar.

— Você veio aqui para encarar o monstro? - Questionou Sinding.

— Fiquei sabendo que você matou uma menina pequena. Verdade?

O homem então suspirou melosamente e respondeu.

— Sim, eu fiz isso. Mas entenda não foi minha intenção .É dificil de explicar...

— Você é um lobisomem, né?

— É o que? Então é disssso que é esssse cheiro?!

— Moça, como você sabe?

— Simples: apenas um lobisomem consegue reconhecer outro.

— Pera, como é que é o negosscio messsmo? - Nur ficava cada vez mais confuso conforme a conversa dos dois avançava.

Quando lydia disse aquilo, Sinding se animou e a suplicou.

— Por favor, peço que me ajude. Eu não tenho um ótimo controle de minha transformação. Então eu roubei o anel de Hircine na esperança de me controlar melhor. Porém o efeito foi oposto. O anel foi amaldiçoado por eu ter o roubado, e agora ele tira qualquer controle sobre licantropia do usuário. Vá atrás do veado branco e o mate. Ele é a própria encarnação de Hircine e se encontra agora nas florestas ao Leste. Mata-lo irá libertar o daedra e você poderá pedir a ele que desfaça a maldição.

— Porque não pediu a ele antes?

— Eu até queria, mas infelizmente o incidente com a pobre menina ocorreu. Aqui, pegue o anel.

— Er... Eu acho que eu não deveria. Basta eu ir até lá e...

— Não, não dá! Você precisará levar o anel consigo para que Hircine tire a maldição.

Sinding então tira o anel de seu dedo e estende a mão através das barras para Lydia. A mulher hesita por um momento. Porém ela lentamente aproxima a mão para pegar o objeto.

Quando a mão da housecarl estava a 10 centímetros das do lobisomem, o anel correu no ar na velocidade de uma flecha, em direção ao dedo dela e se encaixando perfeitamente. ele ficou preso na mão dela.

— Por favor, leve isso a Hircine. Você precisa... - Sinding foi interrompido por uma dor aguda, como se algo estivesse saindo do interior do seu corpo e se espalhando rapidamente.

Ele olhou para o céu que iluminava sua cela e viu que as duas luas estavam cheias.

Ele estava se transformando.

Seus braços então se alongam, seus músculos crescem, seu tronco também se expande, seus pelos do corpo ficam mais espessos e crescem até mais. Suas unhas recobrem todo a ponta de seus dedos e se afiam, formando garras. O mesmo acontece com seus dentes, que aumentam drasticamente de tamanho e ficam mais afiados. Uma cauda cresce de seu traseiro, suas orelhas se alongam e seu crânio se projeta pra frente, formando um focinho. Seu nariz é totalmente externalizado, tornando seu focinho molhado. E seus olhos castanhos de humano se converteram em olhos amarelos de uma besta.

Ao fim da transformação, o lobisomem se ergueu e uivou imponente para o céu. Ele então pulou na parede e começou a escalar. Os dois não puderam ver, mas o som de barras de ferro sendo entortadas a força pode ser ouvido com certa clareza.

— Okaaaay. Isssso foi um tanto inusitado. Agora Lydia, ssse vosscê puder...

Quando Nur se vira para tentar falar com sua Housecarl, percebe que a mesma já havia deixado o local. frustrando o Dragonborn.

—... Eee Ela já foi. Incrível. Primeiro dia como thane e minha housecarl foge.

***

Lydia corria a toda velocidade por entre as arvores. Desesperada. Se o que Sinding disse era verdade, ela não poderia arriscar ficar na cidade. Ainda mais próxima a Nur. Se o cara não teve medo de enfrentar um dragão, matar um lobisomem não seria um grande problema para ele. Fazia um dia apenas que eles estavam andando junto, sua morte não seria grande remorso para ele. E Jarl Balgoof poderia até mesmo lhe agradecer por se livrar de uma praga como um infectado pela licantropia.

Não. Ela tinha que se livrar da maldição antes que o argoniano descobrisse seu segredo. Ou então ela, e possivelmente os Companions, estariam perdidos.

Ela então parou e se agachou.

A uns 10 metros dela se encontrava um veado, cujo pelo era branco como a neve, e reluzente como uma Raiz de Rirn.

Um ataque qualquer com a espada não resultaria em nada. Hirsine costuma testar e desafiar os caçadores que o idolatravam. O animal iria fugir com a velocidade de um veado qualquer se ela tentasse um golpe de lamina. ela teria que ser melhor e mais certeira que isso.

Ela então tira de suas costas um arco imperial e põe uma flecha nele. Ela mira e solta. A flecha voa em linha reta, e acerta a cabeça do veado branco. Matando o animal instantaneamente. O animal tomba duro no chão.

Após o animal tombar, Lydia se aproxima lentamente do corpo. Porém, uma essência misteriosa começa a ser emanada do corpo. Essa essência então se unifica e começa a tomar a forma do veado morto. A manifestação então se apresenta por telepatia.

— Eu sou o Senhor dos Lobisomens, o Pai da Licantropia, o Principe Daedrico da Caça. Eu sou...

— Hircine. - Completou a nórdica.

— Ótimo. pelo jeito você sabe quem sou. Agora, da mesma forma, eu sei que desejas tirar a maldição de meu anel.

— Vo-você pode fazer isso? Tirar a maldição?

—Ora, é claro que posso. Porém isso terá um preço. Veja bem, o motivo de eu ter colocado essa maldição foi que a pessoa que te entregou o anel lhe roubou sem a permissão de meu campeão. E não pense que bastará entregar o anel a meu campeão antigo, pois o mesmo se encontra agora caçando nos meus campos de meu plano do Oblivion. Não. Se quiser se livrar de tal maldição terás que pagar com a cabeça do ladrão.

— Matar Sinding? Mas ele é um dos nossos. Ele só buscou ajuda e está sofrendo por isso.

— Ora, mas porque desejas bancar a altruísta logo a essa altura do campeonato? A cabeça dele já está a premio. Boatos sobre o assassino daquela garotinha ser um lobisomem se espalharam, ecaçadores do feudo todo começaram a se preparar para caçar o caçador supremo. Se quiser se livrar da maldição, e voltar a ter controle de sua forma bestial, terás que chegar antes deles, e mata-lo por si própria. ou ficarás eternamente dependente da lua. - A manifestação começa a se desfazer com o vento.

— Espere! Senhor Hircine, ESPERE! - Lydia corre para tentar inutilmente agarrar o espirito, porém mesmo que pudesse, ele já havia se desfeito completamente, e desaparecido com o vento.

Ela agora estava sozinha sobre o corpo morto do que era uma manifestação física do Pincipe Daedrico. Sem saber o que deveria fazer. Mas logo ela não saberia de mais nada, pois uma dor lhe atingiu dentro de seu corpo. Uma dor que ela reconhecia muito bem.

— LYDIA!

Esse grito veio na pior hora possível. Nur havia a alcançado e estava atravessando a floresta em sua direção. E a housecarl estava agora no meio de uma transformação da qual ela não conseguiria controlar. E talvez nem a forma final pudesse mais ser controlada também.

— Caramba, Lydia. O que foi aquilo? Vosscê vai do nada para um sscemitério no meio de um enterro, depoisss pra prisão e fala asssneira junto de um lobisomem, pra no final sssumir da minha visssta?

— Me-meu thane... E-eu n-não estou na minha melhor hora pra isso... - Ela dizia isso tremendo, se segurando para retardar a transformação.

— Não me venha usar sssuasss nesscessssidadesss de mulher como desssculpa para evitar minhasss perguntasss. Eu entendo que é algo importante, masss issso não jussstifica fugir. E não me chame de Thane. Eu sssei que ainda não nosss conhesscemosss direito. Masss isssso não sssignifica que...

A mulher então grita, em dor e desespero, não aguentando mais se conter. E com isso o mesmo processo pelo qual Sinding passou na prisão ocorre com a nórdica, porém mais rápida, como água sendo contida por enormes folhas de papel e rompendo-as. A transformação foi tão rápida, que sua armadura de aço se rompeu, caindo para os lados. O corpo humano de lydia deu espaço ao corpo de um lobisomem, levemente mais esguio que o anterior que tinham visto.

— Er... Lydia?!

A besta então vira seu olhar para o argoniano, expressando nada além de raiva e selvageria. O rapaz então entende a mensagem e põe as pernas para funcionar.

Nur corre a toda velocidade de Lydia, usando de curvas, pedras e arvores caidas para atrasa-la. Porém sem grande sucesso. Ela desviava de tudo com maestria, e ficava cada vez mais perto dele.

— Lydia, por Akatosh, Talosss, Shor, Hirsscine ou sssei lá que Aedra ou Prinsscipe Daedrico vosscê idolatra, masss por favor, NÃO ME MANDA DE VOLTA PRO HISSST!! EU SSSOU JOVEM DEMAISSS PRA ISSSSO!

Em determinado momento, a lobisomem cercou o argoniano entre algumas rochas. Ela estava babando, e o único pensamento que lhe vinha a cabeça era de quebrar Nur ao meio e devorar sua carne.

Quando ela ia atacar, o Dragonborn, no desespero, gritou.

— FUSSS!! (FORÇA!!)

Com o grito, a mulher loba desequilibrou e ficou tonta por um curto espaço de tempo. Quando ela recobrou os sentidos, ele já não estava lá. Havia fugido. Ela olha para os lados e não o encontra. Se ela estivesse consciente, ela teria se surpreendido com ele conseguir fugir em tal velocidade portando uma armadura de ferro. Felizmente para ela, seu cheiro ainda poderia ser rastreado, e parecia seguir para o leste.

***

Nur corria no meio do mato, assustado com o fato de quase ter morrido nas patas de alguém que deveria lhe proteger.

"Melhor housecarl do mundo!" Pensou ironicamente " Adorei! Vou até pedir mais 3 iguais pro Senhor Balgroof! Vai ser ótimo!". Ele corria sem pensar direito, apenas esperando conseguir fugir dela, por mais que soubesse que hora ou outra ela o alcançaria.

De repente ele cai. Ele não havia visto que o lugar que ele passaria era um barranco, e acabou se acidentando. Mas era estranho, pois ele havia caído em tabuas de madeira meio recobertas por feno e uma enorme tira de couro no topo. Ele olha em volta, e vê um baú médio, uma fogueira apagada, e uma meia-tenda estendida, com um pouco de cordas desamarradas abaixo. Parecia ser um acampamento. Provavelmente pertencesse a bandidos que passavam por ali.

Ele então vê a meia-tenda, vê a corda e acaba tendo uma ideia.

***

Lydia corria por entre as arvores, sempre parando de um lado para o outro para manter o rastro do cheiro. Em dado momento ela chegou em um barranco. Ela pulou o barranco e pousou em tabuas de madeira cobertas por um pouco de feno. Ela cheira o local. O cheiro do Dragonborn não era tão forte, mas marcava presença.

— EEI!! LYDIA!!

A lobisomem levanta a cabeça, e vê o argoniano de pé, parado do outro lado da estrada, atrás de algumas arvores. Ele movia os braços, parecendo tentar chamar a atenção.

Ela então avança em direção a ele a toda velocidade. Quando ela atravessou a estrada completamente, Nur puxou uma corda em sua mão. A besta pulou e, no exato momento em que o pulo dela alcançou a arvore a frente da que o argoniano estava ao lado, ela foi capturada e alçada para cima. Ele estava presa em cobertas de couro do acampamento amarradas em uma armadilha improvisada com a corda. O rapaz então amarra a corda que puxou em um galho mais resistente de uma arvore e se aproxima da lobisomem.

— Me desssculpe, Lydia. - Nur então saca sua espada. - isssso vai doer maisss em vosscê do que em mim. - Ele vira a espada, a segurando pela lamina com o punhal apontado pra cima.

O thane então dá uma coronhada na housecarl com o punhal da espada. A fazendo apagar.