O grupo se encontrava agora em uma trilha ao sul da cidade, depois de algumas fazendas. Barbas estava na frente, farejando qualquer rastro do dragão que encontrasse. Inigo, antes praticamente nu em sua cela, agora se encontrava vestindo uma das armaduras élficas que o grupo conseguiu, com o Jarro de Sr. Dragonfly amarrado à cintura.

— Muito bem, galera. - Nur chamou a atenção do grupo - Sssegundo osss relatosss dosss fazendeirosss locaisss, o dragão cossstuma desscer de temposss em temposss daquela direção - Ele aponta para a montanha ao sudeste da cidade que fazia fronteira com Cyrodill.

— Er… Nurr, com licença. Eu sei que concorrdei com isso, mas eu querria saberr: é sérrio isso? Nós vamos rrealmente matarr um drragão? Me parrece meio perrigoso.

— Nah, que nada. Já matamosss unsss 3 dessssesss.

— Senhor Nur. Permita-me corrigir: Você matou 3. Eu matei 2 e o Derkeethus matou 1.

Perra, vocês matarram 6 drragões ao todo?

— Não! - disse o Dragonborn - é que depoisss que eu matei o primeiro, a Lydia ssse juntou a mim. Depoisss matamosss o segundo dragão, e quando Derky ssse juntou a nósss, aparessceu o terssceiro.

—Ah! Entendi… Mas quem efetivamente matou todos esses drragões?

— Ele - disseram Lydia e Derkeethus apontando para Nur.

— Er, bem - o argoniano desconversou e voltou sua atenção para a pergunta anterior - voltando a sssua pergunta: relaxa. Isssso é tão novo pra gente quanto pra vosscê. Então não ssse preocupa que a gente vai tentar não te deixar morrer.

O arqueiro engoliu seco com medo desse "tentar" na frase do guerreiro.

Barbas parou de farejar ao sentir um cheiro forte, e então virou para os outros e falou.

Pessoal, estão sentindo esse cheiro?

Perra, o cachorrro de vocês falou?

Ignorando a pergunta do khajiit, a nórdica ergueu sua cabeça para cima, farejando, responde o daedra.

— Eu senti. Cheiro leve de queimado uns 10 metros ao leste.

— Você também sentiu? - Inigo se mostrava cada vez mais confuso - Eu sei que é cheirro de queimado e os humanos e élfos também sentem, mas está muito frraco e está longe...

— Acho que também sssenti - replicou o dragonborn.

— Eu também acho. - disse o irmão.

— Gente, é sérrio que vocês não vão me explicar essas coisas?

Eu sou o cão de Clavícus Vile.

— E eu sou uma lobisomem.

— Ah… Perra, o que??!!

Ao se aproximarem da fonte do cheiro de queimado, eles encontram um pequena carroça. Ele estava vazio, tombado e quebrado ao meio, queimado em diversas pontas. Eles logo repararam que a frente da carroça havia uma escada, que subia para o oeste e parecia fazer uma curva de volta para o leste, com alguns enormes pilares meio derrubados formando uma espécie de arco triangular no caminho.

Eles então subiram a escada, e ao chegarem na curva, continuaram seguindo até o arco, até serem parados pelo cão, que interrompe a subida.

— O que houve? - perguntou o Saxhleel mais escuro.

Armadilha. - responde o cão, que balança a cabeça para frente, apontando para um pequeno pilar com uma pedra da alma comum levitando em seu topo.

Ele então pega pela boca um lagarto que passava por ali e o joga para fora da sombra do arco. De repente, ao cair a uns três metros distante do pilar, um clarão tomou a área por alguns segundos, sons de raios e eletricidade se disseminando soaram e, no lugar do lagarto, havia apenas o corpo dele totalmente chamuscado.

Se quiserem eu posso correr até lá e arrancar a pedra dali. Vai doer pra caramba, mas vou sair vivo.

— Er, com licença - Interrompeu Inigo - perrmitam-me.

O Kajiit então saca seu arco de Ébano, tira de suas costas uma flecha, também de Ébano, e sem precisar mirar, atira.

A flecha voa pelo ar em alta velocidade, até atingir com tudo a pedra arcana, a atingindo, deixando-a levemente trincada, e a fazendo cair no chão junto com o projétil.

— Boa Inigo! - Disse o argoniano, o elogiando. - agora vamosss pessssoal.

Depois de Nur pegar a pedra, entregar a flecha a Inigo, e todos passarem pelo pilar armadilha sem problemas, eles se veem uma escada, mais larga, que levava a uma plataforma um tanto extensa, com algum pilares em forma de arco na borda adornando o lugar, e escorado na montanha, havia um altar, com um muro de palavras. E nesse muro, um dragão repousava. Ele não era um de gelo ou um de sangue. Era particularmente um dragão comum, dos que menos se destacavam. Ainda assim era um dragão, e o simples fato daquela coisa estar ali e estar viva, por mais que dormindo, surpreendia sempre que eles viam. Mas o mais estarrecido ali com certeza era o khajiit azul. Desde criança ele e o irmão ouviam histórias sobre dragões, e aquele era o primeiro que ele via em toda a sua vida.

Suas escamas eram de um marrom meio acinzentado, reluzentes com a luz da lua. Seu pescoço longo, ostentando escamas pontudas que formavam uma crina em seu comprimento, terminava em uma cabeça reptiliana terrível, com chifres que se estendiam atrás da cabeça, e um pequeno bico pontudo no final. No outro extremo, sua cauda imitava o pescoço, porém terminava em uma ponta terrível, com extensões de pele que a faziam parecer a ponta de uma lança. Suas asas, estendida pelo muro que se curvava em uma posição de "U", possuíam quatro pontas nas laterais anteriores, e um dedo no lado oposto.

Ainda no sopé da escada, a nórdica chama a atenção de Nur e lhe pergunta, cochichando.

— Okay, senhor Nur. Tem algum plano?

O argoniano então se vira para explicar ao grupo. Porém ao se virar, não era perceptível em sua expressão a primeira vista, mas ele ficou irritado.

Não entendo a reação do irmão, Derkeethus se vira para onde ele olhava. Lydia e Barbas o fizeram logo em seguida. Ao se virarem viram que o khajiit azul já não estava mais ali. Ele desapareceu.

Cadê ele?

— Deve ter fugido ao ver o dragão.

— Senhor Nur, e agora?

Ainda irritado, vendo que aquele arqueiro realmente não tinha salvação, ele apenas responde.

Vamosss prosssseguir com o plano, que é o ssseguinte: eu vou tentar sssubir naquelesss pilar essa e tentar chamar atenção dele. Enquanto eu sssubo, Vosscêsss o dissstraem por essssa área da essscada messsmo. Ssseria maisss fásscil pra mim chamar a atenção dele ssse aquele cara essstivesssse aqui para me acompanhar. Masss tudo bem. Eu também tenho arco e flecha, então me viro.

Ele então saca seu arco Dwemer e todos foram até suas posições. O Dragonborn se esgueirou por alguns minutos em direção à besta, sacou uma flecha, mirou e atirou. O a flecha atingiu o olho fechado do dragão, o fazendo despertar enfurecido, se virar e rugir para os ali presentes.

O monstro então ergueu suas enormes asas e levantou voo. O argoniano mais escuro correu até um dos pilares em forma de arco. Porém foi rapidamente barrado pelo dragão, que pousou em sua frente.

A criatura ergueu seu pescoço, abrindo sua boca e então o desceu, tentando abocanhar o mortal. Em um rápido movimento de reflexo, o argoniano agarrou sua katana encantada, agora recarregada, e no momento em que a desembainhou, o golpeou com um movimento horizontal. O réptil gigante tentou de novo. Mas o réptil menor novamente respondeu com um golpe, também horizontal, porém no sentido inverso ao anterior.

Frustrado, o dragão se prepara para gritar puxou o ar para si. Vendo o que viria em seguida, o saxhleel rapidamente se moveu para o lado, tentando fugir do Thu'um que viria.

Yol - ele puxou o ar para si. Vendo o que viria em seguida, o saxhleel rapidamente se moveu para o lado, tentando fugir do Thu'um que viria - TOOR SHUL!!! (Fogo INFERNO SOL!!!)

Ao se esquivar do golpe, Nur correu até o pilar curvado. Ele até tentaria pular em cima do dragão alí mesmo, mas a besta se movia junto dele tentando pegá-lo, impossibilitando que ele fosse pelas pernas ou pela cauda. Então ele deixou pra continuar com o plano.

Ao ver que ele fugia, o dragão tentou alcança-lo, mas logo foi freado pela sensação de dor na ponta de sua cauda que o fez urrar. Ele se vira e vê Lydia, que usara sua espada pra atravessar a membrana da ponta da cauda e cravar a lâmina no chão. Ela segurava a arma no chão com toda a força que tinha. Mas foi em vão, pois foi necessário apenas que o dragão se movesse para a direção dela que ele conseguiu soltar o próprio rabo e fazer a nórdica se desequilibrar e cair no chão.

O monstro tentou agarrá-la. Mas mais um golpe de espada o interrompeu. A frente dos dois, Derkeethus moveu suas espadas mais uma vez cada, acertando dois golpes no rosto. Furiosa, a criatura moveu sua asa direita, dando um tapa no argoniano de chifres que o fez ser jogado para o outro lado da plataforma. Sem a besta perceber, a mulher já havia se levantado, lhe acertando um golpe no braço e até lhe desprendendo um osso e lhe fazendo urrar de dor aos céus. O ladino se levanta novamente e corre até o dragão, mas o mesmo já havia levantado vôo sem lhe dar chance de atacar mais.

Enquanto os dois o distraiam, Nur tentava subir o pilar. Ele se agarrava a qualquer fresta que encontrava nos tijolos. Mas a cada "passo" ficava cada vez mais difícil. Quando ele alcançou a parte em que o pilar se retorcia para a direita, a fim de se fundir ao outro, a subida ficou um pouco mais fácil, mas ainda era escorregadio demais para se ficar de pé.

Ele continuou subindo, até chegar em uma parte mais plana, que lhe permitia ficar de pé. Dali, ele pôde ver o dragão levantando vôo novamente.

Ele então novamente saca seu arco e atira algumas flechas no dragão. Como a besta estava em movimento, muitas delas erraram o alvo. Até que ele repara no argoniano no arco e voa até próximo dele. O monstro então para na frente dele, mas numa distância que tornava complicado de se pular e subir.

Yol — Ele então puxa ar e, sem ter muito pra onde ir, o saxhleel ergue seu escudo a fim de se proteger. E então, o dragão grita. - TOOR SHUL!!! (Fogo INFERNO SOL!!!)

Com o escudo bloqueando, o fogo não atingiu de forma tão agressiva, mas ainda assim algumas chamas conseguiram alcançar o guerreiro, lhe causando pequenas queimaduras leves.

A criatura então avançou para frente, puxando ar ao voar e quase desequilibrando o dragonborn, que cambaleou na borda, mas rapidamente conseguiu se equilibrar de volta.

O dragão então dá meia volta e voa em direção a Nur. O argoniano então sacou Sá espada e se preparou para pular. Quando o monstro estava a uns 5 metros de distância, ele saltou, esperando conseguir se agarrar ao focinho dele. Porém o que aconteceu foi que o impacto com a cara da criatura o fez não conseguir se segurar nela e cair.

Em, um reflexo de sobrevivência, ele conseguiu se agarrar à borda do meio do pilar, em que ele seantia de pé. Porém os tijolos eram escorregadios. Uma hora ele iria cair, e na posição em que ele estava a queda seria ainda pior, em direção ao chão abaixo da montanha. Seu destino caso não saísse daquela situação era virar uma sopa disforme de carne e sangue.

Enquanto isso, o dragão voltou sua atenção para Lydia, Derkeethus e Barbas, que ainda estavam lá, esperando a besta descer.

Quando a mão do saxhleel finalmente não conseguiu mais se sustentar, e escorregou de vez, outras duas surgiram lá de cima, a agarrando e a puxando junto de quem ela pertencia.

Quando já estava de pé e pôde ver quem o salvou, aquilo o surpreendeu: era Inigo.

— Onde vosscê essstava? Pensssei que tinha ssse acovardado e fugido. - o guerreiro disse aquilo com um tom de voz irritado, apenas tentando esconder sua surpresa.

— Não vou mentir: eu me acovarrdei sim. Mas não fugi. Foi rretirada estrratégica. Tive um plano de última horra, e prrecisei irr pegarr alguns itens.

— Tipo quaisss?

— Tipo esse em meu corrpo - o kajiit usou seus braços para indicar uma corda amarrada ao pilar e a seu corpo, que ele prontamente desamarrou de si.

— Uma corda pra sssubir o pilar? Maisss inteligente que o que eu fizzz. Hehe.

— Eu a usei para isso, mas a minha intenção com ela é outrra. Eu peguei a corrda mais longa que encontrei, e ainda peguei isso - o arqueiro então estende um de seus braços, mostrando um pote com um pouco de pó meio rosado cristalino.

Isssso… É ASSÇUCAR LUNAR!!! Vosscê disssse que parou com isssso.

— E parrei. Mas em meu caminho parra Rriften, uma carravana que me deu carrona me deu isso de prresente. Se Skooma em si já faz mal, Açúcarr Lunarr purro é um veneno se não destilado, e acho que mesmo em meus dias de viciado eu não terria usado… Eu acho...

— Então porque vosscê trouxsse isssso?

Porrque se aquecido a altíssimas temperraturras, o açúcar se torrna uma goma extrremamente colante. E é nisso que você entrra. Você ainda sabe aquele feitiço de chamas?

Sssei, masss não uso desssse de Morthal.

— Ótimo! Vai terr que usarr agorra com o açúcarr enquanto eu chamo a atenção do drragão novamente.

— O QUE?!

Sem responder, Inigo sacou seu arco e começou a atirar freneticamente contra o dragão no chão, enquanto Nur não viu escolha a não ser fazer o que lhe foi pedido, segurando com uma das mãos o pote enquanto com a outra ele usava o feitiço para aquecer. Enquanto isso, o kajiit azul atirava sem mirar e conseguia acertar a todos os tiros. Alguns até mesmo atingiam o vão entre as escamas e feriam a besta. Ao se virar e ver os dois ali em cima no pilar, o arqueiro rapidamente se virou para o amigo e diz.

— Okay, já pode me passarr.

— Beleza, tá aqui. Masss cuidado que tá pelando. - o argoniano extende a mão, permitindo que o ex-mercenário pegasse a goma de açúcar lunar.

Enquanto o dragão levantava voo, ele mergulhava uma flecha sua que estava amarrada à ponta da corda no caldo e a retira quando o monstro já estava perto.

Eles então tomam distância um do outro, e quanto e quando a criatura passa por entre eles, eles rapidamente saltam, se agarrando em uma das pernas, com a corda deixada na superfície do arco sendo puxada cada vez mais.

Assim que se viram agarrados às pernas da coisa, Inigo aproveita e crava fundo na coxa dela a flecha amarrada na corda.

Ao tomar distância suficiente a criatura de repente e puxada para trás. Sem entender nada, a criatura se vê presa ao pilar e tenta romper a corda voando contra o arco.

— É a nossssa chanssce! VAMOSSS SSSUBIR!!

A dupla então começa a subir as pernas da besta, se segurando a cada escama. Ao finalmente chegarem até o topo, o monstro conseguiu romper a corda, e agora sobrevoava os arredores do lugar, tentando tirar os dois de cima de si.

Wuld (Redemoinho)...

SSSE SSSEGURA!!!

NAH KEST!!!! (FÚRIA TEMPESTADE!!!!)

Com o Thu'um, o dragão avançou com tudo no ar mais rápido que uma flecha. Os dois tentaram se segurar, mas o kajiit acabou não conseguindo e sendo jogado para trás.

— INIGO!!!

Antes que caísse para uma queda brusca, o arqueiro conseguiu se segurar na ponta da cauda. O vento batia em seu rosto e jogava seu pelo para trás. Ele então começou a tentar subir novamente até as costas, e apesar da cauda balançar de um lado para o outro, as garras na ponta de seus dedos não lhe permitiam se soltar e ele conseguia avançar cada vez mais. Ao se aproximar da base, o argoniano lhe extendeu os braços e lhe puxou.

— O QUE A GENTE FAZ AGORRA?! - gritou o kajiit, para que pudesse ser ouvido em meio ao som do vendo batendo fortemente.

— A GENTE SSSOBE ATÉ A CABESSÇA E VAI LHE FERINDO ATÉ LÁ.

Os dois então sacam suas espadas e começam a golpear o dragão por todos os lados. A espada de Ébano de Inigo até mesmo conseguiu causar um corte suficientemente grande em sua asa direita. Ele então embainha novamente sua espada e saca novamente seu arco, enquanto o argoniano seguia pelo pescoço.

Quando o kajiit azul tirou das costas uma flecha e a colocou no arco, o dragão começou a puxar ar para si, se preparando para mais uma vez usar o grito de Redemoinho Veloz.

Wuld NA

Porém antes que conseguisse terminar o Thu'um, a flecha de Inigo acertou bem no lacrimal de seu olho, lhe ferindo gravemente e o fazendo se desorientar.

O monstro cambaleou pelo ar, acabar colidir na plataforma do lugar em que estavam, cujo impacto o fez perder a consciência e ser arrastado pela queda.

A dupla então saiu das costas da criatura e foram andando meio cansados até os três que ainda estavam em terra.

— Arf…Arf… Então nós… Acabamos? - perguntou o felino.

— ainda não - responde Derkeethus, que aponta para trás dele, para onde Nur estava, e diz - Olhe!

Ao se virar, ele vê o argoniano escuro de frente para o dragão, cujo corpo começou a queimar, com pedaços da pele voando para o ar, como se fosse papel, e quando sobrou apenas o esqueleto da besta, as cinzas voaram até a pele dele, a atravessando e se impregnando nele.

Com o término do processo, Inigo balançou seu braço direito enquanto tapava o nariz com o esquerdo.

Porr Azurrah! Que fedorr!

— Pera, você também sentiu? Pensei que era impressão minha.

Essspera! É sssério? Vocêsss sssentiram esssse cheiro? É uma catinga, não é?

— Qual é! Não deve ssser tão fedido assssim.

Não, Nur. É fedido assim mesmo. É como cheiro de cocô queimado misturado com cinzas de insenso.

Sssério? Minha Hissst...

— Mas o que aconteceu afinal? - questionou o kajiit, ainda meio confuso.

— Eu absssorvi a alma do dragão. Eu sssou como uma…

— Pedra da alma ambulante, e os dragões estão eternamente em uma armadilha da alma - interrompem a guerreira e o ladino, que já ouviram aquilo.

— Okay, já não tem grassça messsmo.

O arqueiro então se lembrou de uma coisa e correu até uma pedra do outro lado do esqueleto do dragão.

— O que houve? - questionou o dovahkiin.

— Eu lembrrei que tinha deixado uma coisa aqui atrrás. Antes de subirr o arrco.

— E o que era?

— O Sr. Drragonfly! - ele então se levanta e ergue o braço direito, mostrando o frasco que contia a libélula. - acho que agorra podemos irr. Cerrto?

— Na verdade ainda falta uma coisa. - responde o Dragonborn, que então se vira para o altar onde ficava o muro de palavras.

Ele então anda subindo a escada, chegando até o muro. Lá, ele achou alguns dizeres em Dovahzul. Algumas palavras ele conseguia até distinguir, mas a maioria ele desconhecia completamente. No entanto, uma palavra lhe chamou a atenção. Faas.

— O que tá fazendo aí?

Ele então se vira para o amigo e responde.

— Aprendendo um novo Thu'um.

— Thu'um? O que é isso?

Sssão osss gritosss dracônicosss.

Esperra. Você pode grritarr? Como aquela coisa? Porrque não fez isso antes?

Ele dá de ombros e responde.

— Na hora eu não achei nenhuma boa oportunidade para usar isssso. Agora não importa. Vamosss indo.

***

Era meia noite, e o grupo agora se encontrava na entrada norte de Riften, próximo aos estábulos da cidade. Lá, havia um cavalo cor de creme, com cabelo e patas brancas, amarrado do lado de fora de onde deveria ficar um cavalo a venda.

O grupo, que vinha carregando alguns ossos e escamas de dragão que sobraram, se aproximou, e Nur questionou seu irmão.

Esssse é o ssseu cavalo?

Sssim. Esssse messsmo. O nome dele é Frossst.

— Beleza. Vamosss amarrar osss ossssosss e o resssto da carga nele e partir.

— Não vai contar para a Jarl sobre o dragão?

— Não. Elesss vão perssceber quando verem que ele parou de atormentá-losss.

— Mas senhor Nur. Eles precisam ser avisados.

Sem escolha, o argoniano se rende e diz.

— Okay, ssse vosscêsss insssissstem - ele então se vira pra um dos guardas que guardava o portão o chama - ei! Ssseu guarda!

— Diga, argoniano. Diga para a sssua Jarl que, com uma ajuda do dragonborn, o kajiit azul que veio pedir pra ser preso derrotou o dragão que lhesss atormentavam.

Ao ouvir aquilo, Inigo se surpreendeu. Nem parecia que até algumas horas atrás o guerreiro havia revisitado seu passado conturbado com ele, que envolvia até mesmo traição por vício em drogas. Do contrário, ele estava até lhe dando crédito pela conquista.

Ao ouvir aquilo, o guarda entendeu com quem estava falando e, embasbacado, foi em direção ao portão. O abriu, e adentrou a cidade.

— Ótimo. Resolvido. Agora vamosss. Vosscê vem com a gente, né parssceiro?

O Saxhleel extende sua mão para o azulado, que responde.

— E eu tenho outrro lugarr parra irr, amigo?

E ambos apertam as mãos, selando de vez a unificação de Inigo ào grupo.

— Ótimo. Agora sssim Essstamosss partindo!

Enquanto começavam a marchar, o irmão do guerreiro comentou.

— Não entendo sssua insssissstênsscia em não ressceber a recompensssa.

Sssimplesss: preguissça de toda aquela enrolassção política e os caramba.

O mais claro revirou os olhos e pensou consigo mesmo que se fosse preguiça você faria questão de ficar. Mas não quis discutir. Às vezes Derkeethus achava que seu irmão ainda tinha um parafuso solto pelo tempo que ficaram com a avó.

E então, com isso, o grupo partiu para longe da cidade, indo até onde a jornada lhes foi dito para seguir, continuando enfim a jornada deles, agora com um novo integrante na equipe : um khajiit azul ex-viciado em Skooma, Inigo.