Ao atravessarem a porta, eles estavam em um estreito corredor estreito e comprido, com algumas dobras e escadas. Eles então seguiram andando pelo corredor. Em dado momento, Derkeethus esbarrou em Lydia, que irritada, ordenou.

— Não toque em mim, lagarto fedido.

— EI! Não me chame de lagarto! E porque essstásss tão irritada?

— Porque você acha? ter que dividir uma missão com alguém da sua laia. - Eles estavam descendo uma escada nesse momento - Eu posso até te suportar perto do senhor Nur. Afinal és irmão dele. - Ela estava prestes a pisar no chão - Mas saiba: eu…

Ela foi interrompida pelo argoniano, que a puxou rapidamente depois que ela pisou, ao perceber algo que ela não viu.

Nisso, uma lâmina passa de raspão na frente deles. eles então veem que uma série de machados que saiam de dentro da parede e avançavam para a parede oposta.

Surpresa, a nórdica continua o que dizia.

— … Te odeio.

— De nada pra vosscê também.

Os dois então se movem cuidadosamente por entre os machados, tentando evitar tocarem neles.

Após atravessarem, encontram-se em uma sala com cinco passagens contando com a que eles vieram. À esquerda havia uma janela para o outro lado e uma porta de grades, que parecia ter uma sexta porta. Duas das portas estavam à direita. Uma delas era bloqueada por uma porta normal, enquanto outra era bloqueada por uma porta de grades que davam a possibilidade de ver o outro lado, mostrando um corredor estreito que descia mais e era tão extenso quanto a passagem do outro lado da sala, que não possuía nada bloqueando o caminho.

Dentro da sala, havia apenas um draugr, como muitos outros quaisquer, carregando apenas um machado de guerra.

A guerreira desembainhou sua espada e se preparou para lutar, mas o ladino tomou a frente e avançou contra o morto-vivo. Ele cravou suas duas cimitarras na barriga da criatura e a ergueu no ar. Mas isso não foi o suficiente e o cadáver movia seu braço direito para lá e pra cá, tentando acertar sua arma no rosto do argoniano. Em resposta, o saxhleel joga o putrefato para longe, ainda com suas espadas curvas na barriga, o fazendo acertar a parede. Ele então se aproxima, arranca as armas do corpo do monstro, as coloca no pescoço da coisa em posição de “V”, e as movimenta, cortando a cabeça e a fazendo rolar para longe do corpo.

— EI! Esse era meu! Seu ladrão nojento!

— Não fale assssim de mim. Paressce até que eu sssou uma pessssoa ruim.

— Não venha com esse papo. Posso não estar mais em Jorrvaskr, mas meu coração ainda é de uma Companion. A nossa guilda fica o tempo todo tendo que resolver os perrengues de pessoas como as da SUA causam. Não passam de uma escória nojenta que só sabe se esconder nas sombras e causar confusão e problemas, arruinando a vida de todo mundo.

Derkeethus não tinha outra expressão em seu rosto a não ser raiva, e os dentes expostos e olhos espremidos demonstravam abertamente isso. Porém ele fechou os olhos, respirou fundo e se acalmou. Ele apenas respondeu.

Vosscê não sssabe do que essstá falando.

— Eu sei muito bem do que estou falando. A SUA guilda levou a ruína a fazenda da minha família. Ela acabou sendo vendida para um redguard que havia se mudado para lá, e nem assim conseguimos retorno suficiente. Tive de entrar como guarda da cidade para sustentar meus pais e irmãos. Isso até ser descoberta pelos Companions.

— OLHA! De sscerta forma fomosss resssponsssaveisss por te fazer entrar no ssseu clubinho de jussstissceirosss.

— Não, porque eu fui descoberta lutando contra um gigante, e eu teria o enfrentado de qualquer forma. Com a diferença de que eu talvez tivesse uma armadura muito melhor do que a básica de guarda.

O rapaz ficou sem palavras. A mulher apenas suspirou e disse.

— Vamos logo.

E tomou a liderança.

***

Durante o caminho, os dois se mantiveram em silêncio. Nada mais foi dito desde a última discussão. Eles até mesmo passaram pela sala inicial pela sexta porta, que deu acesso a uma alavanca que abria as duas de grades anteriormente.

Depois de seguirem pela porta de grades a direita, agora aberta, eles seguiram por vários corredores, e desceram um pouco mais na tumba, passando por corredores estreitos e largos, até chegarem em uma passagem que dava no canto esquerdo de mais uma sala. Essa porém era enorme. Haviam três "andares" comportados lá. Ela era larga, e possuía alguns entulhos no canto esquerdo da parede próxima a entrada.

O primeiro andar possuía um degrau mais elevado, com duas tumbas deixadas na vertical, uma paralela a outra e divididas por um bidê.

O segundo andar era composto de uma plataforma estreita mais a frente, na parede, e uma ponte que se conectava a um pilar rodeado por uma plataforma circular a frente, porém esse pilar estava destruído, dando mais espaço e fazendo aquela plataforma ser um círculo completo, e mais uma ponte surgia a esquerda desse círculo, que levava a uma porta.

O terceiro andar dessa sala possuía um segundo pilar, mais próximo da entrada em relação ao outro, e que estava inteiro, também com uma plataforma estreita que circulavam seu entorno, e que se conectava a duas portas através de pontes, uma saindo da esquerda, e outra da direita formando uma linha reta.

No lugar, havia três draugrs. um com machado de guerra, no térreo, outro com uma espada no segundo andar, e um munido de arco e flechas no terceiro andar.

Lydia e Derkeethus avançaram contra os mortos. A nórdica avançou contra o cadáver com machado, enquanto o argoniano subiu a escada que dava acesso ao segundo andar a fim de chegar no inimigo armado com uma espada. Ambos evitando serem acertados pelas flechas do terceiro.

O morto com a arma cega tentou golpear a mulher, mas seu golpe foi bloqueado pelo escudo Dwemer que a housecarl recebeu de seu thane. Ela então o bate com o equipamento plano, o desequilibrando, por um instante, dando chance dela aproveitar e atacar verticalmente com sua espada dwemer, também herdada do dragonborn, acertando o queixo da criatura e a fazendo cair no chão. Ela então o finaliza cravando sua espada em seu peito.

Enquanto isso, o rapaz estava no meio da escada e se degladiava com o morto da espada. Cada golpe que o ladino tentava era bloqueado por um golpe da lâmina do putrefato. Depois da segunda tentativa, ele é acertado por um golpe de flecha, que não o fere tanto por ter ficado preso nos nós da ombreira esquerda de sua armadura. Nesse momento ele teve uma ideia. enquanto tentava golpear o primeiro draugr, ele vigiava o segundo acima das cabeças dele. No segundo em que ele atirou uma segunda flecha e o primeiro iria golpear com sua lâmina, o saxhleel se moveu um pouco para trás, fazendo, o primeiro draugr avançar um pouco mais e ser acertado na cabeça pela flecha, o que o fez bater a cabeça de lado na parede, e em resposta Derkeethus rapidamente enfiou sua espada curva no pescoço da coisa, a fazendo cair de vez.

Quando os dois draugrs do primeiro e segundo andar foram mortos, os caixões do degrau elevado do primeiro andar foram abertos, e deles, dois draugrs maiores saíram, usando armaduras maiores, um armado com uma espada larga, enquanto o outro portava um machado de batalha. Quando viu aquilo, o argoniano correu pela passarela do segundo andar até a porta.

Acreditando na covardia dele, Lydia não viu escolha além de lutar sozinha contra os dois mortos vivos. Ela então começa com um golpe de sua espada no primeiro, lhe atacando na cabeça. A força dela até o fez virar o rosto, mas além dele ser mais resistente que os outros draugrs ali, o capacete lhe protegia de qualquer corte. Em resposta, ele a golpeou com sua espada larga, a acertando no ombro. A armadura até lhe protegeu o bastante, mas o dano que ela recebeu ainda era considerável. Um segundo golpe veio, dessa vez daquele que usava um machado. O golpe foi bloqueado pelo escudo dela. Eles estavam a cercando.

Em dado momento, o putrefato do machado tentou mais um golpe, mas Lydia conseguiu fazer o golpe refletir e o machado atingir a barriga do outro cadáver, o jogando para longe e, ao cair no chão, a espada larga foi jogada para cima e caiu cravando lateralmente no peito dele.

A mulher tentou alguns golpes, mas ela estava reduzida a se esconder atrás do escudo a cada golpe do morto.

De repente algo cai de cima. Era o corpo do draugr arqueiro. Ela então olha pelo canto do escudo, e vê uma sombra onde antes estava o arqueiro. Era Derkeethus. armado de suas duas cimitarras, ele pula em direção ao draugr que ainda atacava insistentemente a nórdica sem ter notado o corpo do outro putrefato.

Ao pousar nas costas do morto vivo, cravando suas espadas curvas nas costas dele, o peso do argoniano o fez cair no chão. O fazendo cair no chão.

A mulher então se levantou e o agradeceu.

— Er… Obrigada. Eu pensei que você…

Tivesssse fugido? Não presscisa esssconder, eu sssei que foi isssso. É típico de vosscêsss. Julgam sssem sssaber. Assssim como vosscê fez lá atrásss.

A mulher acaba se sentindo mal pelo que ele disse. Ele então continua e desabafa.

Depoisss que eu sssaí da casa da minha avó e me ssseparei dosss meusss irmãosss, eu passssei por muitosss perrenguesss. Tentei ssser comerssciante e não consssegui. Sssoldado também não. Quase perdi uma mão nessssa brincadeira. Servissçal. Cogitei até messsmo ssser essscravo em Morrowind. Eu sssó sssei que eu essstava todo ferrado. Abandonado em minha própria terra natal. Masss então elesss me acharam, e me acolheram. Me deram armasss e me treinaram, me ajudando a aprimorar minhasss habilidadesss. Fui movido para Sssolssstheim para trabalhar por lá... Até que nossssasss atividadesss diminuiram. E então, a um ano atrásss, eu vim para cá e consssegui inverter a sssituassção também ruim daqui. - Ele então para um pouco e suspira. - Guilda dosss Lutadoresss, Companionsss, não importa. Vosscêsss todosss ssse acham osss sscértinhosss, a ultima chama de jussstissça nessssa terra. Como ssse ainda essstivessssemosss vivendo nosss temposss de Arena. Bem, acontessce que vosscêsss messsmosss fomentam essssainjussstiça”. Vosscêsss ganham fama, bonificaçõesss e pressstigio atravésss, dentre outrasss formasss, de pessssoasss maisss desafortunadasss, que não tiveram chansscesss melhoresss na vida. Nósss, por outro lado, asss acolhemosss e damosss a elesss asss chansscesss de cresscer que nem vosscêsss deram. Então não fale como ssse o mundusss fosssse preto e branco como osss da SSSUA laia tentam vender. Ele não é!

Ele então parou novamente, respirou mais fundo e expirou. A mulher não tinha resposta e estava sem palavras. Ele põe sua mão no bolso e tira um objeto pequeno.

— Olha, quer sssaber? Eu não ligo maisss. Ssse quiser, pode contar para o Nur. De qualquer forma, já essstamosss a caminho de Riften messsmo. - Ele então joga para ela o objeto que tiro. Ela em resposta o pega com as mãos em forma de conha, e olha para dentro delas o anel de Hircine ali.

Eles então novamente voltam ao andar. Depois de passarem pelas pontes e plataformas do segundo andar, eles atravessam a mesma porta que o argoniano antes, que dava em um corredor estreito. no meio do corredor havia mais um draugr. Morto de vez. Com os dois braços cortados e longes do corpo. Depois de algumas escadas do corredor, eles chegaram ao terceiro andar, e a nórdica pôde ter uma noção da altura da qual o argoniano pulou.

Ao passarem pela última porta, eles foram parar em uma pequena sala, sem nada de especial, além de uma prateleira com alguns livros e pergaminhos velhos comidos pelas traças. Daquela sala, eles foram parar em um corredor maior, com três sarcófagos escorados verticalmente na parede direita. Já prevendo o que vinha, os dois se prepararam.

E então, de dentro dos sarcófagos, saíram três lordes draugrs, sendo um deles enorme, de mais ou menos dois metros, e segurando uma espada larga com apenas uma mão e ainda usando um escudo. Enquanto um dos dois de estatura normal usava uma espada larga nas duas mãos e outro com um machado de batalha.

Lydia ficou com o Draugr do machado, enquanto Derkeethus ficou com o da espada e o Draugr maior.

O machado do morto se moveu horizontalmente para a esquerda, a fim de acertar a mulher. Mas foi bloqueado pelo escudo dela. Ela então aproveitou e golpeou com o escudo, o desequilibrando. Em seguida ela move sua espada verticalmente, acertando um corte leve no pescoço e mandíbula desprotegidos, o fazendo cair no chão. Ela aproveita e crava sua espada nele.

Enquanto isso, o argoniano esquivava dos golpes do lorde draugr de estatura comum. O draugr maior tentou acertar Derkeethus com sua espada, mas ao invés disso ele esquivou e o morto acabou acertando seu “aliado”, o finalizando com força. O saxhleel tentava esquivar dos golpes e acertar alguns. Mas todos os golpes eram evitados, não pelo escudo, mas pela própria espada da criatura. O monstro então golpeou o ladino com o escudo, o jogando longe.

O morto vivo foi em direção a ele, pronto para finalizá-lo. porém na hora, ele viu uma espada dwemer atravessando sua coxa direita. Ele então se vira e vê Lydia do outro lado do corredor, que havia largado até mesmo seu escudo. Seu punho direito fechado junto ao corpo, com o dedo brilhando devido ao anel do daedra da caça.

Ela então se espreme, em posição fetal de pé. conforme ela se contorcia, seu corpo crescia, pelos cresciam e recobriam sua armadura, seus braços ficavam maiores, suas unhas davam lugar a garras, seu rosto se esticou para frente, suas orelhas aumentaram e subiram até o topo da cabeça. Sua transformação foi finalizada por uma cauda crescendo debaixo de sua cintura. Em sua forma bestial, a lobisomem levantou a cabeça e uivou imponente.

Ela correu nas quatro patas contra o lorde draugr, e o mesmo também correu contra ela. Na hora em que ele parou para atacar, a besta se jogou contra ele, o derrubando no chão. Ela começa a morder o braço direito do cadáver, tentando arrancá-lo. Ele revida batendo com o escudo contra ela, a desorietando.

Ele a joga pro lado, se levanta, e no momento em que ela se joga novamente contra ele, o monstro morto bloqueia com o escudo, evitando que caísse novamente no chão. Em resposta, Lydia arranca da mão dele o equipamento e o joga longe. Ele então ergueu sua espada tentando atacá-lo. Porém antes que tivesse chance, a lobisomem voltou a agarrar o braço dele e, dessa vez, conseguiu arrancar o braço, ainda com a espada em mãos, e a jogando longe.

Ela por fim agarra a cabeça dele com uma única mão e o pressiona com força e velocidade para o chão, esmagando seu crânio.

Já mais calma, a mulher fera se volta para o argoniano, que ainda estava jogado meio ferido no chão, e estende sua enorme mão para ele amigavelmente.

Você está bem?

Sssim. Obrigado. Me sssurpreende que tenha me sssalvado depoisss de nossssaconversssa”.

Sobre isso— ela então lentamente volta a sua forma humana - Eu pensei melhor, e acho que não vou contar para o senhor Nur. Posso não gostar nem um pouco de sua guilda, os métodos dela e o que ela faz. Porém suas ideias e argumentos são louváveis. Eu lhe respeito, “Derky”, e creio que podemos, com o tempo, sermos amigos um dia.

Vendo que conseguiram finalmente se entender, o saxhleel responde.

— Lhe agradessço, Lydia.

A nórdica então pega sua espada, seu escudo, e os dois seguem pelo corredor até a última porta.

***

Os dois então finalmente encontraram uma porta e a atravessaram. do outro lado, eles estavam em um corredor fino, em formato de “L” com janelas e uma porta no lado direito base superior do “L” dando acesso à plataforma direita do salão inicial. Olhando pela janela, os dois puderam ver Nur (que muito provavelmente estava acompanhado de Barbas), que também havia chegado do outro lado, e ambos acenaram para ele, que acenou de volta. A Porta estava bloqueada por grades. No final do corredor, havia uma alavanca, que parecia fazer a porta de grades descerem e talvez até mesmo uma dos bloqueios de grades da porta maior.

Lydia então se aproxima do mecanismo e o move para baixo. Com isso, a porta de grades se abre, permitindo que os dois possam ir para a plataforma e, consequentemente, para o salão. Do outro lado, Nur faz o mesmo, e a mesma coisa aconteceu. Ao mesmo tempo, enquanto suas respectivas portas se abriam, as grades da porta maior também se moveram, abrindo finalmente passagem para o tal tesouro.

Porém, no momento em que o caminho foi aberto, Medresi, que aguardava sentada em uma pedra, se levantou rapidamente e correu em direção à passagem.

— FINALMENTE!! O tesouro de Angarvunde é MEU!!!

Ao ver aquilo, Derkeethus gritou.

— ELA TÁ TENTANDO NOSSS LOGRAR!!!

— AH, MASSS NÃO VAI MESSSMO!! - Respondeu Nur.

O grupo então apertou o próprio passo e seguiram a Dunmer.

Ao adentrar o recinto a mulher se surpreendeu, mas de forma negativa: estava vazio, havia apenas um baú aberto. Talvez todas as lendas fossem mentiras, ou então alguém adentrou o local antes, de alguma forma. Talvez até mesmo pelo buraco do teto por onde saia a luz. Ela estava indo em direção ao baú para ver se algo ali se salvava, porém não teve tempo. De repente ela é empurrada para cima, sente a dor do seu corpo sendo esmagado e atravessado. Sem entender o que aconteceu, ela rapidamente perdeu a consciência.

Do ponto de vista do grupo, eles viram o chão abaixo da elfa negra subir com tudo e o teto acima dela, cheio de espinhos, descer a toda velocidade, com ambos a esmagando, o que os assustaram.

Eles então percebem que há uma passagem, com uma escada em círculo, embaixo do piso que Medresi estava em cima. Vendo que ele não desceria, o grupo simplesmente desceu a escada, tentando ignorar o que viram. No final da descida, havia um corredor aberto. Seguindo pelo corredor aberto, eles acharam uma sala, tomada quase totalmente por entulhos, no meio deles, havia um baú, e no centro do cômodo havia um muro de palavras.

Lydia então abre o baú, afim de achar qualquer coisa.

Achou algo?— questionou Barbas.

— Achei uma manopla Dwemer.

— E é sssó isssso? Esssse é o “grande tesouro”? - indagou Derkeethus, frustrado.

Nur se aproxima do muro e começa a encarar as palavras.

— Não acredito que perdemosss um dia inteiro aqui dentro para issso. - O argoniano com chifres começa a esbravejar.

Nur conseguia reconhecer algumas das palavras ali. Mas uma se destacava.

— E pensssar que a gente essssperava achar qualquer coisa boa. Que bela mer…

O saxhleel mais claro é interrompido por seu irmão, que grita para o alto, surpreendendo a todos ali.

— Raan MIIR!!! (Animal LEALDADE!!!)

Vendo aquilo, lydia questiona, atônita assim como os outros.

— O que foi isso, senhor Nur?

— Aprendi uma nova palavra de “Lealdade Animal”.

Masss tipo, agora? Como?

— Com essse muro de palavrasss em Dovahzul.

O ladino olhou confuso para o guerreiro, depois para o muro, e o questionou.

Todosss Essssesss murosss essstão em Dovahzul?

Sssim. Mass não esssquenta com isssso. Agora vamosss sssair daqui.

***

Durante o pôr do sol, Nur usava da fogueira do acampamento como “forja”, colocando um ligote de pedra da lua que ele havia achado na ruína, e usando dele para concertar e remendar a armadura do irmão, que se encontrava agora vestindo sua roupa normal comendo um pão.

— E ai? Como foi lá em baixo? Vosscê e Lydia conssseguiram ssse entender?

Derkeethus olha para o lado, para a nórdica, que usava de uma pedra comum para amolar provisoriamente sua espada, que acena para ele com uma expressão amigável.

— Pode ssse dizer que sssim.

— Fico feliz em ouvir isssso. Agora sssinto que podemosss ssser um grupo de verdade. Hehe…

Os grupo então relaxa no acampamento, se preparando para a caminhada no dia seguinte, rumo a problemática cidade de Riften.