Skins: Time Changes Everyone

Time Changes Everyone: Lea


A lingerie de renda customizada com vários diamantes negros, se encaixa perfeitamente em meu corpo. Me encarei no espelho, sempre gostei muito do que via refletido nele, sorri, e tratei de passar meu baton vermelho.
''É seu último desfile garota, o último da sua perfeita carreira''.
–Lea! Vamos logo a próxima Angel a entrar é você - ouvi Collin gritando entrando no meu camarim as pressas, era ele que coordenava as Angels. Em suas mão estavam minhas assas feitas de plumas e com rúbis vermelho. Ele encaixou-as em minhas costas. E deu um tapa em minha bunda.
–Vamos lá vadia, encerre sua carreira nas passarelas com chave de ouro e mostre que você é Lea!
Respirei fundo e dei um beijo na bochecha do saltitante Collin, e me dirigi até a entrada da passarela. Quem diria, a sete anos atrás eu nunca me imaginaria como sendo uma modelo Angel da Victoria's Secret.
Meu primeiro desfile foi como uma Bombshells (modelos codiadjunvantes que participam dos desfiles da Victoria's Secrets). e logo no meu primeiro desfile já me promoveram para ser uma Angel, já que verei uma rainha na média, fui muito elogiada pela minha beleza e auto confiança na passarela, para uma novata.
Ergui a cabeça era hora do show. Fui andando lentamente, cruzando as pernas uma na frente das outra, com o busto levantado, e expressão facial, de alguém que está desafiando outra pessoa. Os flashes das câmeras fotográficas não paravam, mas eu já estava acostumada. It Got It From My Mama tocava enquanto eu desfilava, ao chegar no fim da passarela, sacudi minhas asas com as mãos na cintura, pisquei o olho e dei um leve sorriso, afinal era um desfile informal que estava sendo televisionado para os estados unidos inteiro, e sem querer me gabar eu era Lea, uma modelo britânica, que estava encerrando a carreira nas passarelas. Eu tinha fama, poder, tudo o que eu sempre quis. Eu era uma das cinco modelos mais bem pagas do mundo. Eu estava no topo.
Dei a volta, ouvindo os gritos e aplausos, eles me amavam. Antes de ir para meu camarim tive que atender os repórteres, daquela vez não consegui me ver livre, decidi mentalmente que eu responderia no máximo três perguntas. Entre as milhões das quais ouvi resolvi perguntar uma feita por uma reporter mulher.
–Lea, o que você irá fazer agora, que irá deixar as passarelas, e as Angels? - perguntou ela.
Abri um sorriso, e forcei minha simpatia, falando no microfone, que ela tinha enfiado na minha cara.
–Estou deixando as passarelas apenas. Mas continuarei fazendo campanhas, ensaios fotográficos, entre outros trabalhos. - respondi.
–Lea como anda seu casamento de quatro anos com o empresário Stephen Forman? - foi a outra pergunta.
Arrumei meu longo cabelo, pigarrei encarando a câmera e dei outro sorriso antes de responder.
–Maravilhosamente bem, nós amamos, e somos felizes, ele é o marido dos meus sonhos.
–Lea, algum tinha você pretende voltar a morar em Londres?
–Não está nos meus planos, quem sabe futuramente. - respondi.
–Lea como é sua relação com sua família?
Aquela pergunta me desarmou por alguns instantes. Afinal eu não tinha contado com minha família, não falava com eles a quase um ano, tentei não demonstrar minha insegurança.
–Ótimo, nos damos bem.
Antes que me dissessem mais perguntas mandei um beijo para a câmera e dei um tchauzinho, e sai quase correndo em direção ao meu camarim.
***
Como na maioria dos desfiles, após o final do desfile havia uma festa para os a equipe e modelos, sem fotógrafos, sem câmeras. Tudo privado. Fui meio contrariada, não constava de conviver muito com as outras modelos, eu não gostava delas e elas não gostavam de mim, afinal queriam ser eu. Sempre fui afastadas das outras modelos, durante toda minha carreira, afinal elas não eram colegas de trabalho e sim minhas concorrentes, o mundo da moda era guerra, porém poucos viam isso.
No final da festa que era regada a bebidas, e cocaína, já que a maioria usava diaramente, principalmente as modelos, me pediram um discurso. Sem vontade nenhuma eu fiz agradecendo a equipe, e todo aquela blah, blah, blah que se ouve nesse tipo de coisa. Porém minha última frase eu falei para as outras Angels, para irrita-las.
–[...] E vocês queridas colegas... Eu espero que um dia cheguem onde eu cheguei. - disse com um tom de cinismo e deboche, senti os olhares daquelas mulher perfeitas e esbeltas me fuzilarem, elas me odiavam eu sabia e gostava disso.
Eu tinha uma vida perfeita era rica, famosa, bem sucedida, e casada com um dos homens mais ricos dos estados unidos Sthepen Forman, dono de uma rede gigantesca de joalherias espalhadas por todos os estados unidos. Porém essa minha vida dos sonhos nem sempre foi assim, passei por algumas complicações sérias, começando por um aborto que sofri no 2° ano do meu casamento com Sthepen, um aborto que além de matar nosso bebê quase me levou junto, nos dois sofremos com isso e por um tempo eu achei que Lea estava acabada, eu estava errada pois eu sempre me reergo, sou o que gosto de chamar de ''Queen Warrior'' (Rainha Guerreira).
Depois da festa no fim do desfile resolvi ir para casa fazer uma surpresa para Stephen, chegando duas horas mais cedo do que o combinado, eu estava feliz, tinha fechado minha carreira com chave de ouro, tão feliz que eu transaria com Sthepen a noite toda iria satisfaze-lo e na manhã seguinte eu iria para Milão passar uma temporada lá, fazendo compras, descansando, planejando minha nova vida longe das passarelas e das Angels. Dirigi o carro pela agitada New York, a cidade a qual eu havia aprendido amar incondicionalmente. Estava cansada e louca para chegar em casa, Sthepen disse que infelizmente não poderia ir ao meu últimi desfile por problemas no trabalho, o que me deixou meio chateada, porém não fiquei braba afinal eu o entendia, minha carreira também sempre foi muito importante para mim tanto quanto a dele para ele.
Mais tarde naquela noite cheguei exausta em casa, pórem ainda determinada a ter uma noite quente de sexo com meu marido. Já na sala joguei minha bolsa da Channel em cima do sofá, a tv estava ligada, no TMZ, no qual passavam as entrevistas das Angels, até que chegou a minha própia. Sempre amei me ver na televisão, era um sonho meu de adolsência o qual eu tinha realizado, depois da minha entrevista, a comentarista do programa, falou bem de mim e de minha carreira, o que era anormal para um programa sensacionalista de fofoca. Peguei o controle remoto e desliguei a televisão satisfeita comigo mesma
–Lupita! - gritei. Lupita era uma de minhas empregadas, ela morava conosco, a minha favorita na verdade, era Porto Riquenha, devia ter no máximo 19 anos, era bonita, sempre achei uma beleza disperdiçada. -Lupita! - gritei mais alto.
Estranhei, Lupita sempre me esperava para me atender, quando eu chegava em casa, porém já era tarde. Devia estar dormindo ou algo do genêro. Supirei, tirando meu sapatos, e tomei coragem para subir as escadas da casa, sabia que meu marido estaria no quarto me esperando. Subi lentamente e silenciosamente as escadas, queria fazer uma surpresa para ele.
Já no corredor, ouvi música clássica vindo do nosso quarto, ele amava música clássica. Já eu, nunca fui muito fã, porém respeitava. Entrei no quarto, e a cena que vi me deixou paralisada e sem voz por alguns instantes que mais parresseram décadas.´Meu marido e Lupita, nús, um nos braços dos outros, ele por cima dela, penetrando-a, e a ela gemendo, gemendo feito uma legítima vagabunda, em minha própia cama. O sentimento de incredulidade foi substituído por nojo, e logo após raiva muita raiva. Os dois ainda não não haviam percebido minha presença.
–Filhos da puta! - gritei, foi a única coisa que consegui dizer.
Ele olhou para trás e ao me ver saiu rapidamente de cima de Lupita, a expressão facial do maldito era de puro pavor. Lupita ao me ver, ficou pálida, parecia prestes a desmaiar.
–Santo Díos! . - ela sussurou.
–Lea! Amor não é o que você está pensando! - disse, ele levantando-se ainda nú, e vestindo sua cueca que estava no chão.
Fiquei com mais raiva ainda quando ele disse ''Não é o que você está pensando'', será que o desgraçado achava que eu era uma estúpida? Eu tinha visto, ali tudo bem na minha frente, nitidamente.
–Não é o que eu estou pensando?! - berrei com raiva, eu coemçava aperder o controle, senti o sangue ferver em minha veias, e minha visão ficar embassada de tanta raiva. -Eu vi você em cima dessa Porto Riquenha morta de fome! - berrei.
Sai do quarto correndo, sabia que se eu ficasse, lá vendo aquela cena, eu acabaria fazendo alguma besteira, minha vontade era de matar os dois ali mesmo, de pintar os lençois brancos com o sangue dos dois.
Ele me alcançou quando eu estava quase na metade da escada, me pegando pelo braço.
–Por favor Lea me escute... - suplicou.
–Foi por isso seu maldito, foi por isso que você não foi ver meu desfile, era mentira não era? Você não tinha trabalho, mentiu para ficar fudendo com essa puta! - gritei, as lágrimas já caiam do meus olhos, mas não eram de tristeza e sim de raiva.
–Lea, amor eu sei que foi um erro mas eu te amo e...
Não deixei ele acabar de falar quando ouvi ''eu te amo'', explodi de raiva. Como ele podia dizer que me amava após eu pegalo em cima de outra garota. Juntando todas minhas forças empurrei ele. E vi a cena em camera lenta.
Ele se desequilibrando, e caindo rolando escadaria abaixo, rolando come se tivesse fazendo cambalhotas, ele caiu pela longa escada, até chegar no chão, e cair de braços abertos. No instante que eu vi seu rosto eu sabia, sabia que tinha feito algo muito errado, sabia que eu tinha matado meu marido. De sua boca saia um fiapo de sangue, e seus olhos estavam abertos, vidrados, e a cabeça tombada para um lado. Ele havia quebrado o pescoço na queda.
Fui até ele andando lentamente. Não acreditando no que eu tinha acabado de fazer, senti minhas pernas tremerem, e cada músculo do meu corpo se contrair, e minha boca formar-se em uma letra ''o''. Ao chegar no corpo dele, que estava todo cheio de ematomas causados pela queda, ele vestia apenas sua cueca. Cutuquei ele com o pé ele estava morto, eu havia o matado. Era um pesadelo, eu seria presa, por matar meu marido traidor, e pior ainda, no fim da minha carreira, aquela história seria um banquete para a mídia sangue-suga. Ouvi passos atrás de mim. Lupita descia as escadas rapidamente com seu uniforme de empregada, porém ela continuava com o cabelo solto e desegrenhado.
–Santo Dios! Srª Lea o que a srª fez? - Lupita ficou em estado de choque, olhando boquiabeta para o corpo e para mim.
Passei os olhos pela sala, eu não podia ser presa, não por aquilo. Meus olho se fixaram em uma vaso carissimo que eu havia comprado em Roma, um vaso que estava ao lado da escada onde Lupita se encontrava. Rapidamente corri até o vaso, e o quebrei na cabeça de Lupita, foi quase que automatico, foi instinto. Lupita caiu abruptamente desmaiada no chão. O restante do vaso que sobrou em minha mãos deixei cair no chão. Olhei para os dois corpos aos meus pés. Estava feito, meu marido estava morto, e eu havia apagado minha empregada.
***
Eu não sei como consegui agir tão rápido. Apenas fui até o cofre, no meu quarto, pegando uma duas maletas, com uma quantia equivalente a 4 milhões de doláres, seria suficiente por algum tempo. As pressas fui até meu carro, eu tinha que ir para longe, o mais rápido possível, antes que a polícia viesse atrás de mim. Porém antes, eu tinha que fazer uma coisa importante, entrei em minha conta bancária, transferindo 10 milhões, para conta de Paul, meu cunhado. Peguei meu celular e disquei o número de Carlie, minha irmã, com a qual eu não falava a anos. Com sorte ela ainda usaria o mesmo número.
Enquanto eu dirigia sem rumo, e nervosamente pela cidade de New York. Enquanto o celular chamava me relembrava da familia, da qual eu tinha me tornado tão distante após a fama. De minha mãe e de meu pai, do meu irmão mais novo de 8 anos de idade, o qual eu não via desde os três anos de idade. Não via também Carlie minha irmã, nunca fomos próximas, principalmente em nossa adolscência que tivemos vários problemas. Minha irmã logo que sai de casa descobriu que estava grávida de Paul, que na epoca tinha ido fazer universidade em outra cidade. Os dois passaram muita dificuldades, porém conseguiram ter o filho o pequeno Julian que agora tinha 7 anos. A minha família vivia todos juntos Paul, Carlie, meu sobrinho Julian, meu irmão mais novo e meus pais, viviam felizes em Bristol.
Após três toques, o celular foi atendido, eram quase quatro horas da madrugada.
–Alô? - reconheci a voz grogue de Carlie, devia estar dormindo.
–Carlie? - confesso que senti vontade de chorar ao ouvir a voz de minha irmã, apesar de tudo, sentia falta dela, da minha família.
–Lea?! - minha irmã reconheceu minha voz. - Aconteceu alguma coisa, porque está me ligano a essa hora aconteceu algo?
Comecei a chorar, quase perdendo o controle da direção, soluços começaram a surgir.
–Lea você está chorando? O que houve? Algo com seu desfile? Eu vi no TMZ, pareceu que tudo ocorreu bem...
Queria que tivesse sido só algo com o desfile, seria algo fácil de resolver, pensei.
–Carlie, eu fiz algo errado... Carlie, eu estou partindo. - eu já estava ficando hesterica, fora de controle.
–Algo de errado? Lea, o que está acontecendo?
–Carlie, eu amo vocês mesmo não demonstrando ou tendo me afastado eu amo todos vocês.
–Lea, também te amamos, o que está acontecendo me fale, podemos te ajudar.
–Não tem nada que possa resolver essa merda. Adeus Carlie, eu te amo.
Antes que Carlie me respondesse, eu joguei o celular pela janela do carro. Continuei chorando, solunçando, pela primeira vez na vida me perguntei.
''O que você vai fazer Lea?''