Skins: Time Changes Everyone

Times Change Everyone: Lea ll


As chamas dançavam, juntamente com as cinzas, que eram arrastadas pelo vento frio e cortante da noite, abaixo delas estava o meu carro, bem o que tinha restado dele. A alguns minutos eu tinha pego um galão de gasolina, jogado em cima e tacado fogo.

Tudo isso em um terreno baldio longe da cidade, onde a alguns anos atrás uma grande fábrica havia sido fechada, agora estava em ruínas, eu sabia do lugar pois a dois anos eu tinha feito um ensaio fotográfico para uma revista de lingerie, ali. Dei as costas para o carro, levando em minhas mãos apenas a maleta com o meu dinheiro. Eu precisava sair dos estados unidos o mais rápido possível. Naquela altura do tempo o país todo já devia estar sabendo, e a policia devia estar desesperada atrás do meu pescoço. Não consegui deixar de cair algumas lágrimas do meu rosto. Porém era hora de eu Lea, ser forte, e dar a volta por cima, minha vida não seria destruída por causa de um traidor. Ah! Mas não seria mesmo!

***

O reflexo refletido no espelho não era o mesmo. Eu me fitava, e não me reconhecia, havia tingido meus cabelos de loiros, cortados a altura do pescoço e encaracolados, meus olhos que antes eram negros, agora eram de um azul piscina (graças a lentes de contatos). Suspirei fundo, era necessário, afinal qualquer pessoa que tivesse acesso á televisão e a internet me reconheceria, ao me ver na rua. A dois dias a mídia só falavam em mim Lea, a modelo que tinha assassinado o marido, ao pega-lo no flagra com outra mulher na cama. Meu rosto estampava os noticiários das tvs, revistas, jornais e sites de fofoca. Sair do país seria uma tarefa praticamente impossível.

A primeira coisa a se fazer era conseguir documentos falos, passaporte, carteira de identidade, mas como diabos eu conseguiria arrumar tudo isso? Bem eu tinha muito dinheiro comigo, dinheiro quase sempre era a solução, eu só precisava descobrir onde encontrar alguém que fizesse esse trabalho sujo. Depois eu pegaria um avião, para Argentina e nunca mais olharia para trás. Nunca.

Me atirei na cama do motel barato em que eu me encontrava. E um estalo me veio na mente. Eu não precisava de documentos falsos, nem embarcar em um voô, que seria bem complicado, ter que passar por seguranças e outras coisas. Eu tinha dinheiro, só precisava contratar um jato particular, e um piloto salafrario o suficiente para me tirar ilegalmente do país. Não foi difícil conseguir um cara que dopasse, nada que o google não resolvesse, pesquisei fundo e consegui um contato. O cara topou, por uma quantia salgada de dinheiro, mas topou.

Estava tudo pronto. Aluguei um carro, o dinheiro estava em minha mala. Deixei o motel, e entrei no carro, encontraria com o piloto no mesmo local onde eu havia queimado meu antigo carro. Eu estava praticamente irreconhecível. Era hora de fugir.

Na saída da cidade meu coração gelou ao ver no retrovisor do carro, uma viatura logo atrás de mim. Respirei fundo, não podiam estar atrás de mim , era praticamente impossível eles saberem que era eu no carro, não tinha como, não havia possibilidade. Desviei o olhar e aceleirei, para meu pânico a viatura também acelerou.

E a voz grossa de um policial ecoou por um megafone.

–Senhora encoste o carro! - falou ele, em tom de ordem.

Acelerei mais.

–Encoste agora! Sra Lea!

Então eles de alguma forma sabiam que era eu dentro do carro. Apertei as mãos em volta do volante, mordendo os lábios, e pisei fundo no acelerador. Desviando dos outros carros na rodovia, estávamos na saída da cidade, perto da ponte. O policial continuava a falar no megafone, e para meu pânico mais três viaturas estavam atrás de mim, e um helicóptero, sobrevoava os céus.

–Desista Lea! Se entregue será mais fácil para todos!

Apertei com mais força ainda o volante, mordendo meus lábios. Dentro do carro gritei para mim mesma.

–NUNCA! NUNCA VOU DESISTIR! NUNCA VOU ME ENTREGAR! NUNCA.

Naquela altura já estávamos na Ponte do Brooklyn, a noite começava a escurecer, meu pé estava atolado no acelerador, por pouco não peixei em um caminhão fazendo os pneus de o meu carrro dançarem, ao longe do outro lado da ponte vi quatro viaturas, me esperando. Eu estava encurralada. Tudo aconteceu tão rápido foi insitintivo. Eu preferia morrer, do que ser capturada e presa. Acelerei mais ainda, e torci a direção do carro, o carro atravessou a ponte, com toda força batendo contra o muro de concreto fazendo com que ele levantasse com o impacto e fosse arremessado para fora da ponte, em camera lenta senti o carro caindo, meu rosto bateu com força contra a direção, fiquei tonta. Quase desmaiei. Quando fui me dar por conta, a água do Rio East começou a invadir o carro. O sangue escorria sem parar de minha testa. Desesperei-me o carro começava a afundar para o fundo do rio, e água não parava de entrar, se eu não agisse rapidamente eu morreria. A única coisa que consegui fazer foi pegar a mala no banco de trás, soltar- me do sinto de segurança, prender a respiração profundamente, e abrir a porta do carro.

Ainda não sei como consegui forças para nadar até a superficie, e chegar até o caís com minha mala. Ao emergi, puxei o ar para o pulmão com toda as minhas forças, desesperada, dei várias braçadas até, o solo do caís. Eu tinha que ser rápida, ou a policia me pegaria, e eu estaria ferrada. Ao estar em terra firme, corri, as pessoas me olhavam boquiabertas com os olhos arregalados, e a confusão na ponte era nitida, eliquipeteros não paravam de sobrevoar, a cidade. Perdi-me no meio da multidão de pessoas, correndo feito uma louca, segurando a mala com dinheiro como se minha vida dependesse disso. Bem na verdade dependia. Foi uma atitude desesperada o que eu fiz,mas fiz. Quando percebi que os olhares curisos já não me acompanhavam mais eu entrei dentro de um beco entre dois prédios velhos, corri até uma grande lata de lixo, e me joguei dentro fechando-a. Fiquei lá por mais ou menos 4 horas. Eu sabia que a policia estava rondando cada parte da cidade, pois o barulho das sirenes não parava nunca. Tive que aguentar o fedor, o meu corpo molhado, e o imenso corte em minha testa que já começava a queimar.

Quando finalmente tive coragem de sair da lata de lixo, a noite já havia chegado na cidade, as luzes a iluminavam, e os carros andavam rapidamente. Sai da lata de lixo parecendo uma mendinga suja, com uma mala. Acho que isso me deu uma certa vatagem, pois agora sim eu estava irreconhecivel, enquanto eu perambulava, pelas ruas toda suja, as pessoas desviamvam de mim, tentando não me tocarem, fazendo certas caras de nojo. Nunca em seus pesadelos mais loucos elas imaginariam que eu era Lea, uma das modelos mais ricas e conhecidas do mundo, e agora procuradas n° da policia.

Fui até um posto de gasolina. A atendente me encarou feito como se eu fosse uma extraterrestre ou um zumbi. Bem de fato eu parecia um zumbi comprei um secador de cabelo e, roupas, e paguei para tomar banho no banheiro dos fundos do posto. Aproveitei também para secar o dinheiro, que estava encharcado, demorei cerca de duas horas para fazer tudo. Novamente fiz a mesma pesquisa na internet, conseguindo o número do telefone do mesmo cara, liguei para ele de um telefone publico, nem precisei explicar o porquê de eu não ter aparecido. Ele ja sabia de tudo, tinha acompanhado as noticias pela televisão. Concordou em me levar até a Argentina, porém cobrou mais dinheiro, alegou que agora como eu era procurada pela policia a situação era mais perigosa.

Dois dias depois eu estava sentada em uma cadeira de descanso, tomando um coquetel, em uma casa de campo no interior da Argentina. Já não me chamava mais Lea, nos meus documentos falsos eu era Angelita del Angeles. Na televisão a foto da antiga Lea estampava o noticiario, como uma das mulheres mais perigosas e procuradas dos estados unidos, as autoridades, não faziam a minima ideia de onde eu estava.

Um sorrisso invadiu meu rosto, passei a mão pelos meus longos cabelos lisa, agora ruiva, eu era rica, bonita, e considerada uma das mulheres mais perigosas dos estados unidas. Minha gargalhada ecoou pela casa, nem Sthepen, nem Lupita, nem ninguém conseguiria me derrotar. Como sempre eu sempre vencia, afinal eu era a porra da Lea.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.