Os últimos raios de sol transpassavam as venezianas entreabertas, indicando que o crepúsculo logo chegaria. Era o fim de mais uma sazão. Diana já havia passado muitas delas naquele atelier.

Olhou para o relógio carrilhão de cedro, o pêndulo dourado em um compasso hipnotizante. Logo a melodia de Westminster tocaria.

A alfaiate retirou a almofada de alfinetes do pulso, guardou a fita métrica na gaveta do balcão e caminhou até a porta, calmamente, para trancá-la.

Segundos antes dos ponteiros do relógio indicarem dezoito horas, uma figura esbelta adentrou a loja. Era a mulher mais bela que Diana já tinha visto.