Shadow Of The Colossus

Nova vida, nova responsabilidade


Wander sai de sua humilde casa. Ainda estava cedo. Os raios solares nem haviam iluminado a pequenina aldeia ao sudeste do atual Japão. Poucas pessoas estavam acordadas, com exceção dos homens que trabalham no mercado entre aldeias. A temperatura era agradável naquela parte da manhã. Podia se sentir um grande frescor.

O jovem rapaz se afasta uns dez passos de sua casa e para, lembrando que havia esquecido seu odre ao mesmo tempo em que leva a mão a bolsa. Ele se vira, mas se depara com seu irmão Hirako com o cabelo bagunçado e com o odre na mão. Ele era muito semelhante a Wander

- Você esqueceu - diz Hirako enquanto que joga o odre velho que pertencia ao pai.

- Obrigado. Eu volto a noite

O jovem dos cabelos cor de sangue sai diante de seu irmão e corre até a saída da aldeia, onde as carroças estavam. Ele estava quase atrasado e sabia que se atrasasse, as pessoas não teriam pena dele. Felizmente ele chega na entrada da aldeia e observa duas carroças paradas. Todas estavam bem cheias de alimentos e vários outros recursos comercializáveis. A frente de cada carroça, dois cavalos fortíssimos e de bela aparência (com crinas e pelos brilhosos) esperavam a hora de sair.

Wander se aproxima de uma das carroças e consequentemente de dois homens que estavam conversando. Ambos possuíam uma aparência suja, com barba grande, cabelo bagunçado e roupas manchadas.

- Bom dia - diz Wander enquanto subia na carroça.

Um dos homens puxa Wander da carroça, o jogando no chão.

- Você por um acaso sabe que horas são, garoto? - pergunta o homem, com um hálito horrível de vinho da pior safra e um suor fortíssimo que era capaz de matas até o bioma niponico - Você devia chegar mais cedo para poder nos ajudar.

O homem ameaçou de agredir o rapaz, mas, no momento exato, uma pessoa interrompe aquele momento tenso.

- Pare com isso já - grita a pessoa com uma voz grossa. Wander não conseguia identificar quem era, mas sabia que era um homem.

O salvador do rapaz o levanta, ajeita suas roupas e se mostra preocupado.

- Você está bem, pequeno rapaz? Pergunta o homem.

- Sim, estou. Obrigado, você me salvou.

- Me chame de Ważanü

Ważanü era totalmente diferente de Wander. Era alto, tinha cabelos escuros e bem curtos, e bastante forte. Era uns dois ou três anoa mais velho que Wander, mas parecia ser uns cinco ou seis devida a aparência.

– Não se preocupe com os homens da outra carroça não. Quando ficam velhos ficam assim - diz Wazanu num tom cômico

– Prazer, sou Wander, diz ele sorrindo.

Wander sabia quem era o homem que estava naquela carroça, mas nunca havia falado com o mesmo. Ele era um aldeão da aldeia próxima, mas saiu dela por motivos desconhecidos. O que Wander sabia era que Ważanü tinha a mesma história de vida. Havia perdido os pais.

– Eu vou lhe ajudar a aprender sobre o mercado entre aldeias - diz Ważanü

- Você trabalha nisso há quanto tempo? Pergunta Wander com olhar de curiosidade.

- Há quase cinco anos. Eu era da outra aldeia, na qual vamos hoje - Fez uma pausa - Mas não tenho muito tempo para explicar. Estamos atrasados, vamos logo - diz ele num tom de seriedade.

As carroças saem rapidamente de Korota, rumo a aldeia mais próxima, ou que poderia ser considerada como mais próxima. O caminho não era fácil. Haviam florestas e mais florestas a percorrer, com poucos caminhos de terra que ajudasse. Muitas carroças quebravam por causa da irregularidade dos caminhos de terra. Tudo isso era óbvio, visto que não existia tecnologia de pavimentação. Era preciso passar por três grandes florestas: a floresta seca, a floresta Kâşiňsho e a floresta noturna. A primeira como o nome indicava, possuía árvores secas e sem folhas, que dava um aspecto depressivo. Mas o caminho era tranquilo e não tinha o que temer. O segundo caminho, recebeu o nome de Kâşiňsho por causa do líder de uma aldeia que tinha esse nome. Ele usava a floresta que possuía muitas moitas, para poder vencer suas batalhas contra outros povos. Suas moitas são usadas por salteadores. A terceira floresta, tinha o nome de noturna por causa das árvores cheias de folhas, que impediam em 100% a passagem do sol.

Enquanto não chegavam à outra aldeia, Wazanu vai conversando sobre seu passado quando era da outra aldeia.

– Durante o tempo em que fiquei na minha aldeia de origem, foi um tempo em que não existia o mercado de aldeias, então era difícil conseguir recursos bons. As pessoas encontravam frutas nas árvores, recursos e madeira contando com a sorte. Então, passávamos fome às vezes. Não foi com facilidade que minha antiga aldeia tornou -se uma das melhores - diz Wazanu com um jeito de passado sombrio - Meu pai era pescador e necessitva muito de mim para conseguir sustento. Minha mãe ajudava como podia e meu irmão era pequeno e não podia fazer nada.

- E como eles estão agora?

- Meu pai morreu - responde Ważanü com lágrimas nos olhos - uma das aldeias ao Oeste daqui havia sido parcialmente destruída por nossos povos inimigos, e meu pai foi ajudar as pessoas desoladas. Foi então que salteadores mataram a todos que sobraram.

- Sinto muito, caro amigo. E quanto a sua mãe e seu irmão?

- Estão bem. Minha mãe até hoje não superou a morte do meu pai. Meu irmão está muito bem. Completou dezessete anos de vida recentemente

– Que ótimo. E no geral? Com foi sua adolescência lá? Pergunta Wander.

– Foi muito boa. Fiz amigos, amei e vivi intensamente.

- O que quer dizer com "vivi intensamente"? Pergunta Wander num tom humorado.

– Me apaixonei. Uma menina linda. Cabelos pretos, olhos negros e pele branca como a neve. Vivemos muitos bons momentos juntos.

– E qual era o nome dela?

– Mono.

Wander fica rindo do que Wazanu diz sobre seu passado e sobre Mono, mas ele mal sabia que esse nome irá marcar sua vida.

Felizmente, a aldeia noturna é totalmente cruzada e nada de ruim ocorre. As árvores que traziam escuridão ficavam para trás, dando lugar há um lugar bastante ensolarado com pessoas cuidando de sua aldeia da forma mais bela e

moderna para aquela época. Como os caminhos para a outra aldeia era longo, ao chegar na mesma, o tempo foi mais que suficiente para todos acordarem.

– Essa é a aldeia Karizoa - diz Wazanu sorrindo.

Eles vão se aproximando da aldeia para a troca de recursos. A cada momento em que Wander chega à outra Karizoa, ele ficava ansioso para poder explorar esse novo mundo que estava em suas mãos. Mas ele não sabia era que sua jornada fica perto de começar. Dentro daquele lugar, ele vai descobrir que o amor leva a pessoa à fazer coisas que podem ser consideradas impossíveis.