“Lamento a sua perda” disseram-me. Seus olhos, porém, nada me diziam. Eu e eles, como um exército vestido de preto, parados diante do corpo enrijecido e pálido trancado no berço de madeira. Sobre nós a chuva fria caía como uma justa juíza – e com a benção dela eu os faria sentir.

O sofrimento garrafal estampado no rosto de Marta me deixava desconfortável. Eu é que era a filha amada – os outros poderiam pensar – porque eu também não me derramava em lágrimas? Ora, meu pai não estava ali. Eles que pensem o que quiserem.

Enterramos um morto e seguimos nossa vida.