Portais. Hiro detestava portais. Não que não houvessem coisas boas sobre eles, sabe, quando estáveis e em bom funcionamento, tinham capacidade de revolucionar, tudo dependia do que exatamente seu criador planejava explorar com eles. Dependendo das coordenadas usadas, utilizando-se de uma certa quantidade de energia, frequência e vibração poderiam, teoricamente, levar a qualquer lugar no espaço. E, quem sabe, do tempo, já que o conceito linear de tempo só existe, graças a uma observação subjetiva da realidade feita através dos nossos sentidos. Não da física. Pelo menos de acordo com a teoria do cientista Joseph Hoffmann.

Então, ter a possibilidade de explorar um portal, é tão exitante quanto a primeira viagem pro espaço em 1961. Ou explorar os oceanos na época das grandes navegações. Mas não, o problema de Hiro com portais pode ser chamado de irracional por alguns, mas não era sem nenhum motivo: ele teve péssimas experiências com portais. E queria nunca ter que entrar em mais um. Que pena, não é mesmo?! Pois parecia que ele teria que fazer o passeio completo, com muito pouco tempo para pensar a respeito.

O que diabos o Dr. Hoffmann estava pensando quando se atirou com tudo para dentro de um portal tão instável quanto o último que Hiro viu, ele não tinha ideia. Talvez a ideia de ter sua teoria rejeitada por ser creditada como impossível de provar, e ser taxado como um louco amante de ficção científica, não fez muito bem para a sua saúde mental. Ou então a ideia de ser preso por agressão física, tentativa de assassinato, e por roubar a tecnologia da antiga empresa onde trabalhava, para tentar provar sua teoria, tenha sido motivo o suficiente para se arriscar a uma morte muito dolorosa se estivesse errado.

Independente da teoria poder ser confirmada ou não, Hiro duvidava que um portal instável ajudaria qualquer um. Principalmente para o homem com um olhar parcialmente insano, que tinha se jogado dentro do tal portal, vestindo uma roupa esquisita (e olha que ele pensava isso vestindo seu traje de super herói roxo), e gargalhando. Então, sério, que outra escolha ele tinha, a não ser subir em cima do robô gigante, Baymax, e ir atrás do cientista, através de um portal que poderia se fechar em qualquer instante?! De novo!