Fora tudo um grande pesadelo, para Grissom, Albert, os colegas e supervisor de Sara, e principalmente para a própria Sara. A ambulância chegou em poucos minutos, assim que puderam estabilizaram a paciente e pararam o sangramento. Gilbert a acompanhou até o hospital e D.B. fora de carro, os demais tiveram que ficar, ainda que apreensivos, não podiam deixar o laboratório sozinho.

O supervisor de Sara encontrou o ex-marido já no hospital, enquanto a enferma permanecia em atendimento.

— Como ela está? – D.B. estava visivelmente preocupado, assim com Grissom.

— Ela está bem, conseguiram parar o sangramento e as contrações. Estão fazendo alguns exames agora para ver se está tudo bem com o bebê. – Ele se sentou na cadeira.

— Você se preocupa com o bebê, não é verdade?

— Eu me preocupo com tudo que é importante para ela, ainda que os outros não acreditem. – Ele suspirou.

— Agora mais do que nunca, todos acreditam que o filho é seu. – Ele falou em tom de brincadeira, tentando descontrair um pouco.

— Sara quer que todos saibam da verdade, e não acredito que ela esteja errada. – Ele suspirou. – Quando eu voltei para Vegas há poucas semanas achei que ainda teríamos tempo para nós dois, para salvar tudo.

— E o que impede?

— Sara acha que esse filho sempre ficará entre nós, que eu não o amaria como se fosse meu ou que eu talvez pudesse fazer diferença com ele, ou que em alguma briga eu pudesse trazer este caso dela a tona. Isso não é verdade, mas eu a compreendo, e também não sei se consigo lidar com isso. – Desabafou sincero.

— Com o fato de ela estar grávida de outro?

— Gostaria de verdade que esse filho fosse meu. Sempre disse para Sara que não poderíamos ter filhos, e ela aceitou, nunca me cobrou nada. Agora vendo ela tão feliz e protetora com essa criança, não me sinto tão mal de ter dito para ela viver e ser livre... Eu a estaria privando de algo muito bonito.

— Por que você nunca quis ter filhos senhor Grissom?

— É pessoal. – Respondeu seco.

— Desculpe não quis ser indiscreto.

— Não tem problema.

— Apenas lembre-se que nunca é tarde para o amor. – D.B. sorriu para ele.

O médico chegou a sala de atendimento e logo fora até os dois homens que estavam sentados e angustiados a espera de notícias.

— Acompanhantes da senhora Sidle?

— Sim. – Ambos se levantaram e cumprimentaram o médico.

— A paciente Sidle já está estabilizada, ela se encontra bem, mas ficará um tempo conosco em observação.

— E o bebê? – Grissom perguntou preocupado.

— A principio está tudo bem, ainda aguardamos os resultados de alguns exames, mas pela ultrassonografia o feto se encontra em perfeito estado, os batimentos e formação também.

— E o que pode ter ocasionado isto doutor? – D.B. questionou.

— Provavelmente estresse, a paciente parece muito agitada e estressada, parece estar preocupada demais. Ela precisara de um ambiente relaxante e aproveitar mais a gestação, com menos estresse possível.

— Ela ficará impossibilitada de trabalhar?

— A principio não há nada que a impeça, depois dos exames poderemos confirmar com mais precisão. Obviamente nada de esforço excessivo e tomar todos os cuidados para não colocar a saúde em risco, mas poderá seguir a sua rotina normalmente.