Saving Love

Capítulo 13


Já era noite quando Barry chegou em casa.

Eu estava sentada no sofá, revendo todas as provas contra Marcus e Anthony. Fechei o notebook quando Barry se aproximou.
— Oi, meu amor.

Ele se sentou ao meu lado, me dando um beijo.
— Oi. O que você estava fazendo?
— Nada. Só olhando os meu e-mails.
— Hum. Você foi na casa do seu pai hoje?

Depois de ter dito ao meu pai que Savitar me mataria, todos os dias eu ia em sua casa, passar algumas horas ao seu lado.
— Fui. Acho que ele está melhor.
— Ótimo!. E o meu garotão ou garotinha, como está?
— Bem, mas ainda não colaborou para mostrar o seu sexo.
— Quando você vai fazer a ultrassom de novo?
— Semana que vem. Você vai vir comigo dessa vez, não é?
— Claro. Nem parece que já se passaram quatro meses, não é? - ele colocou o ouvido perto da minha barriga.
— Barry, - eu ri. - ele ainda é pequeno, não da pra escutar nada.
— Mas é claro que dá. Nós conversamos muito sabia? Olha só, ele está falando agora.
— É mesmo? E o que está dizendo?
— Que gosta muito de estar aí dentro, mas não vê a hora de vir para cá para fora, ver a mamãe linda que ele tem.

Barry levantou a vista, olhando para mim. Eu amava quando ele me olhava assim.
— Eu te amo! - ele colocou sua mão em meu rosto. - Você com certeza me mudou.
— Te mudei como?
— Para melhor.

Abri um sorriso.
— Nós vamos ser muito felizes, eu prometo. - ele disse.

Era apenas o que eu queria.
...

No dia seguinte, no CCPN, Scott me chamou em sua mesa.
— E então, Dean, como anda a sua investigação?
— Muito bem, você não vai acreditar! Mas eu ainda tenho que colher mais alguns dados.
— Ok. Mas seja mais rápida.
— Certo. Scott, posso te pedir um favor?
— Claro!
— Não diga a Iris sobre essa investigação, ok. Ela vai ficar preocupada... mesmo sem motivos para isso... Mas enfim, você poderia não dizer?
— Claro. E mesmo que eu quisesse, não teria por que dizer a ela agora.
— Como assim?
— Nós não estamos mais juntos. Ela terminou comigo.

Fiquei surpresa.
— Eu não sabia... Sinto muito.
— Eu posso viver com isso. - ele deu um sorriso forçado.
— Então... eu vou indo.
— Boa sorte.
...

Quando cheguei na oficina de Anthony, um de seus homens disse que ele estava me esperando.

Chegando lá, não só Anthony, mas também Marcus estavam me esperando.
— Ora, ora, ora. Olha só quem apareceu Anthony.
— Aconteceu alguma coisa?
— Você ainda pergunta, sua vadia. - Anthony disse, se aproximando de mim, que instintivamente dei um passo para trás.
— Calma! - Marcus disse, parando Anthony, que recuou para o final da sala. - O que você é, Alexandra? Ou será que o seu nome é esse mesmo.
— Eu não estou entendendo. - disse com a voz trémula.
— Claro que você entendeu e agora deve estar se perguntando como descobrimos. Pois bem. Sabe aquela dinheiro que nos deu como adiantamento? Anthony enviou a minha parte e eu precisei usá-lo, para pagar um serviço. Mas sabe o que o meu agente descobriu? Ele era falso. Muito bem falsificado por sinal. Foi quando eu me dei conta do seu interesse por nossa organização. - Marcus se aproximou. - Você é policial? Ou uma repórter?

Eu estava apavorada, não sabia o que fazer.
— Fale! - ele esbravejou.

No mesmo instante, me dei conta de que precisava sair dali rápido. Olhei para o lado e vi um abajur. Peguei e o joguei em cima de Marcus. Saí correndo o mais rápido que pudi da oficina, mas antes, ainda escutei a voz de Marcus, gritando.
— Anthony, pegue ela. E se poder mate-a logo.

Estava correndo pela rua, pois sempre deixava meu carro a um quarteirão de lá para que eles não o vissem.

Quando estava prestes a chegar nele, ouvi um carro acelerando. Olhei para trás, e vi o rosto de Anthony atrás do volante. Não tive mais tempo de pensar ou de fazer mais nada. Apenas senti o impacto do carro. Estava no chão, quase apagando, mas ainda consegui vê-lo vindo até mim, mas antes que ele pudesse fazer mais alguma coisa, ouvi a sirene de um carro da polícia. Ele correu de volta para o carro, indo embora. Um policial pareceu na minha frente, mas eu já não estava mais conseguindo falar. Apaguei logo em seguida.
...

Quando abri meus olhos, tudo ainda estava um pouco embaçado, mas logo percebi que estava em um hospital. Iris estava sentada em uma cadeira ao meu lado.
— Oi. Como está?
— Oi. O que aconteceu, Iris?
— Um policial te levou para o hospital de Keystone City. - Barry disse, entrando no quarto. - Depois pegou seu telefone e ligou para o seu número de emergência. Mas o que aconteceu antes disso... nós não sabemos.

Imediatamente me vieram flashes na minha cabeça... Eu correndo, a voz de Marcus ordenando que me matasse, Anthony atrás do volante, a sirene de um carro de polícia...
— Eu lembro do que aconteceu.

Ao tentar mudar de posição, senti uma dor no abdômen. Coloquei minha mão em cima e ao olhar para Iris, vi sua expressão ficando triste. Ali eu entendi que algo estava acontecendo.
— O que foi, Iris? Por que você está assim? Por favor, não me diga que...
— Daphne... - ela segurou minha mão. - Eu sinto muito.
— Não. - eu disse incrédula. - Não, não. Barry...!
— Iris, você pode nos dar licença?
— Claro.

Quando ela saiu do quarto, Barry veio até mim, sentando ao meu lado na cama.
— Barry, eu não perdi o nosso filho, não foi? Por favor, me diga que não. - senti as lágrimas correndo pelo meu rosto.
— Eu sinto muito, meu amor, mas infelizmente aconteceu.
— Não! O nosso filho, Barry.

Ele me abraçou forte.
— Foi ele, Barry. Ele matou o nosso filho.
— Ele quem?
— Anthony Smith.
— Quem é Anthony Smith?
— Não importa, o que importa é que ele vai pagar por isso.
— Como não? Claro que importa. - ele se levantou. - Quem é ele, Daphne?
— Ele é um traficante de Keystone... e eu estava o investigando.
— O quê? - Barry se afastou. - Você-você estava investigando um traficante, correndo perigo e não me disse?
— Eu não queria te preocupar.
— Você não queria me preocupar? Mentindo para mim? E agora olhe só o que aconteceu.
— Barry...
— Eu... preciso respirar um pouco. - ele saiu do quarto, me deixando sozinha.