As ruas estavam desertas e cheias de fuligem. A neblina não chegava a ser densa, mas ainda assim não colaborava muito com a nossa visibilidade. O mais estranho era que eu sentia que estava sendo observado. Tinha um telefone no meio da rua, mas quando fomos ver, ele estava mudo.


– Merda! – Exclamou Pain.

– Corram! – Gritou Kin antes de começar a correr e ouvi o barulho de correntes.


No início não entendi nada. Mas ao olhar para trás, vi emergir da neblina um pessoa. Era um homem musculoso que estava carregando alguma coisa. Quando ele se aproximou, vimos que ele tinha uma pirâmide de ferro na cabeça e carregava uma espada enorme pingando sangue. Imediatamente nós começamos a correr. A criatura com cabeça de pirâmide, Pyramid Heard para simplificar, alcançou o motorista e o rasgou ao meio com a espada.


Kin’s POV

Assim que gritei para aquele bando de vagabundos, eu comecei a correr, pois senti uma presença diferente e ameaçadora. Bem, eu vivi como fantasma durante 80 anos em um hotel/sanatório assombrado, tenho PHD em diferenciar as presenças das pessoas.


Claro que nenhum daqueles infelizes me ouviu. Espere aí, cadê o Sai? Porra, há 8 anos que esse desgraçado me conhece e ainda não aprendeu que minhas ordens devem ser seguidas sem questionamento ou ele se fode?! Se ainda não entendeu, vou explicar melhor. Quando conheci Sai, ele tinha 16, quando ele voltou ao hotel, ele tinha 20 e agora tem 24. Ou seja, 8 anos que nos conhecemos.


Corri até despistar aquela presença ameaçadora, mas outra tomou seu lugar. Na verdade, a própria Silent Hill tinha uma presença ameaçadora. Era como se a morte espreitasse pelas ruas esperando pela hora certa para atacar. Era muito diferente do que acontecia no hotel. A atmosfera de Silent Hill chegava a estremecer a alma. E eu achei que Alessa estava exagerando quando me contou de sua cidade natal.


Ao virar a esquina, quase fui acertada pela faca de uma enfermeira, sorte que eu consegui escapar a tempo. Ela veio me atacar de novo, mas desviei, agarrei seu braço e o torci, fazendo-a largar a faca. Peguei a faca e dei vários golpes em sua face deformada até que ela caísse sem forças no chão. Ao olhar para ela com mais atenção, percebi que era uma das enfermeiras do sanatório. Agora estava tudo claro! Tinha que agir imediatamente.


Andei até encontrar um mercado. Lá teria tudo o que eu precisava. Encontrei um cão sem pele no caminho, mas peguei um bastão de baseball e o acertei em cheio, fazendo-o dar um mortal para trás e cair no chão. Parti para cima dele e esmaguei-lhe a cabeça.


De volta à minha busca, achei algumas armas para serem vendidas, facas e munições. Peguei pistolas de cartucho, bastante munição, um cinto para pendurar a munição e algumas facas. Depois eu fui para a sessão de botânica e encontrei plantas mortas e alguns saquinhos com temperos. Agora só precisava de mais algumas coisas.


Sai’s POV

Ainda estávamos correndo com Pyramid Heard atrás e ele parecia que não ia desistir tão fácil. Como se não bastasse, enfermeiras andavam pelas ruas e tentavam nos atacar, ou seja, além de fugir que nem uns condenados do Pyramid Heard, ainda tínhamos que desviar dos ataques de enfermeiras assassinas e deformadas. Elas só não corriam atrás da gente porque o Pyramid Heard as matava.


– De que lado aquela coisa está, afinal?! – Konan tirou as palavras da minha boca.

– Acho que do lado de ninguém. – Concluiu Kakashi.

– Estamos com um puta problema! – Berrou Asuma – Como vamos tirar aquela coisa da nossa cola?!

– Sai! – Gritaram Pain, Konan, Shikamaru, Temari e Hinata. Agora que a coisa fica feia é que precisam da minha ajuda.

– Nem olhem para mim. Eu não tenho nenhuma ideia.


Corremos até entramos no parque. Parece que Pyramid Herard parou de nos perseguir. Agora quem nos perseguia eram os cachorros. Arrumamos gravetos gigantes e batemos neles. Só conseguimos alguns arranhões, mas nada sério. Achávamos que estávamos seguros, mas eu estava redondamente enganado.


– Temos que sair dessa cidade. – Sentenciou Asuma.

– Nem pensar. Yui sumiu e não sei onde está Kin.

– Esquece a sua namorada e essa criança! Você pode arrumar outra garota e ter outros filhos. – Pain, você não sabe a merda que acabou de falar.

– Em primeiro lugar, foi Kin que esteve do meu lado no Hotel Dasdon e quando vocês me abandonaram lá para morrer; em segundo lugar, Yui não é a minha filha, não de sangue, mas eu a amo como se fosse; e em terceiro lugar, não estaríamos aqui se o motorista não tivesse cismado em pegar um atalho.

– G-G-G-Gente! – Hinata engoliu em seco.


Quando olhamos para a direção em que ela apontava, tinha uma criatura lá. Era toda branca, usava terno, tinha tentáculos saindo das costas e não tinha rosto. Era o Slender man! Mas isso era de um jogo, como é que...? Ah, foda-se a lógica! Nós corremos voltando pelo mesmo caminho em que viemos. Ele pegou o professor Yamato e estava atrás da gente. Por sorte, Pyramid Heard não nos esperava na saída do parque, mas Slender man saiu do parque para nos caçar.