Kin’s POV

Estava tudo pronto. Eu só precisava achar Sai, se ele ainda estiver vivo. Sai, seu idiota, por que você não correu quando eu mandei?! Agora estamos separados e com pouco tempo!


Parei e elevei minhas mãos até minha cabeça. Estava tendo uma visão. Era o mesmo parque de diversões da visão anterior. Vi Sai lutando com uma pessoa, mas seu rosto estava encoberto por uma máscara. Tinha uma velha maníaca rindo e uma loira com a mesma expressão. De repente, o mesmo demônio da visão anterior apareceu. Tenho que encontrar Sai e rápido! Não, não preciso mais.



Sai’s POV


Fugíamos do Slender man como um fugitivo foge da polícia. Entramos em uma casa e colocamos uma mesa na frente da porta. Ouvi uma janela ser quebrada e um vulto negro entrar por ela. Gritamos e corremos para a escada.


– Estão correndo que nem uns idiotas por quê?! Por um acaso acham que voltei a ser fantasma?! – Essa voz.


– Kin?! – Exclamamos surpresos. Impressionante que mesmo viva ela aparece do nada e ainda nos mata de susto.

– O Papai Noel que não é.

– Kin, cuidado! – Gritei.


O Slender man estava na porta da cozinha, mas ela sacou uma pistola e deu um tiro certeiro na cabeça dele, que explodiu e o corpo caiu para trás. Ficamos com os olhos arregalados e boquiabertos com o que acabamos de presenciar.



– Vamos. Não dá tempo de explicar agora. – Ela disse jogando uma pistola para mim.


– O que está acontecendo? Eu exijo respostas! – Berrou Gai.

– Já disse que não dá tempo.

– STAAAAAAAAAAAAAAAAAAARRRSS! – Urrou uma voz desconhecida.


Do alto da escada apareceu uma criatura monstruosa e deformada carregando uma metralhadora. Por Kami! Aquele era o Nêmesis da franquia Resident Evil! Quis nem saber. Subi no corrimão da escada e pulei, seguido pelos outros. Nêmesis começou a atirar e uns dois ou três tiros me pegaram de raspão. Kin deu uns tiros nele, mas não conseguiu matá-lo. Corremos até a cozinha, passamos pelo corpo do Slender man e fomos para a porta dos fundos. Kin meteu o pé na porta digno deu um filme de ação e fomos para fora.



Infelizmente, Nêmesis saiu quebrando as paredes e veio atrás da gente. Como se não bastasse isso, enfermeiras, cachorros e insetos gigantes apareciam no nosso caminho e avançavam em nós. Nós, é claro, saíamos atirando feito loucos e correndo de Nêmesis.



– O que está acontecendo? Por que personagens de jogos estão aparecendo aqui e nos atacando?


– Personagens de jogos?

– É. Slender, Resident Evil, qual será o próximo? Pac Man?!

– Não é isso que você está pensando! Silent Hill é uma cidade cruel que usa parte do seu subconsciente contra você. Ela pega todos os seus medos, todos os seus arrependimentos e todos os seus sofrimentos e os personaliza, tornado-os reais. Se esses tais personagens estão aqui, é porque alguém aqui tem muito medo deles. – Faz sentido.

– E como é que sabe de tudo isso? Pelo que eu sei, você não é de Silent Hill.

– Mas Alessa era. Ela me contou sobre sua cidade natal.

– STAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAARRRSSS! – Urrou Nêmesis.

– Não somos da STARS caralho! – Gritei enquanto atirava em outra enfermeira.

– Sai, está tudo claro! Minha visão, esta cidade, o que aconteceu com o Hotel Dasdon, tudo!

– Espere aí, do que você está falando?

– Do nascimento de Samael! Será hoje!

– Hã?

– Eu explico depois.


Entramos em uma delegacia. Encontramos um quadro enorme do Pyramid Heard com a inscrição “O juiz”. Não deu tempo de perguntar, pois Nemêsis entrou com uma bazuca tirada da puta que pariu e começou a atirar. Kin destruía os tiros dele com as balas da pistola (mais uma vez: FODA-SE a lógica). Nêmesis avançou para cima de nós e fomos obrigados a pular cada um para um lado. Nêmesis parecia estar pensando quem ia matar primeiro, mas uma espada surgiu do nada e o cortou ao meio.



Quando eu pensei que podia suspirar aliviado, percebi que o terror não tinha passado. Ali, bem à nossa frente, segurando uma espada ensanguentada, estava Pyramid Heard.