Capitão: Em nome do rei Ritchie, abra a porta!

Embora tivesse certeza quase total de que não teria problemas, Carly não conseguia relaxar. Em face às batidas violentas dos soldados na porta de sua biblioteca, a pequena jovem não via escolha a não ser recepcionar os nada calmos representantes do rei.

Carly: Pois não?

Capitão: Estamos fazendo uma busca pela Mão de Pravus. Deixe-nos passar já ou sofrerá as consequências.

Carly: Hmph... Não se pode mais jantar sossegada nesse raio de vila... Tá. Fiquem à vontade.

A bibliotecária abriu a porta para os soldados. Eram três, sendo que dois partiram para fazer a busca por toda a biblioteca. O terceiro, o capitão, ficou com Carly para questioná-la.

Capitão: Responda algumas perguntas. Seu nome é?

Carly: Carly Patch.

Capitão: Profissão?

Carly: Leiteira.

Capitão: Leiteira? Você ordenha o quê, pulgas?

A vontade que Carly teve naquele momento era de esmagar os ‘brinquedos’ daquele sujeito, mas como se tratava de um capitão em serviço, teve que engolir o orgulho ferido e segurar a língua. No fundo, porém, sabia que ela era culpada de tentar fazer sarcasmo na hora errada; ela só queria mesmo que tivesse pelo menos uma vez que não transformassem seu sarcasmo em motivo de humilhação por causa da sua altura. Porém, mesmo tendo feito uma piada, o soldado continuava sério.

Capitão: Falando sério agora. Outra piada como essa e eu te prendo por desacato.

Carly: Sim, senhor... Sou uma bibliotecária.

Capitão: Viu recentemente uma moça alta, branca, de cabelos negros e longos? Sabe dizer se ela usava luvas?

Carly: Olha, eu vi uma, mas faz um tempo. Não a vejo há dias. E luvas... Não reparei se ela usava.

Capitão: E sabe aonde ela foi?

Carly: Não tenho a menor ideia...

Carly ficou a responder mais perguntas enquanto sua biblioteca era vasculhada. Em sua mente, ela rezava para que tudo aquilo não terminasse em um desastre.

Um sutil brilho de cor púrpura surgiu a partir da manopla de Mileena e, logo depois, a faca que ela segurava com a mão revestida também passou a brilhar daquela forma. O brilho desapareceu logo em seguida, e nenhum dos dois aspirantes notou o que aconteceu, pois Mileena ocultou a faca atrás da perna. A moça de manopla fez pose de combate diferente da anterior, segurando firmemente as duas facas, uma em cada mão e de forma invertida. Ela deu a entender que assumiria uma postura mais ofensiva na batalha. E, de fato, foi assim; avançou rapidamente contra Rex e Blodia, sem usar a segunda bênção. Ambos também estavam prontos. Quando ela chegou perto do Falcão, este tentou soca-la, mas ela fez uma finta e tentou aplicar um ataque cortante contra Blodia, que escapou com um flip flop e, imediatamente lançou uma faca contra sua atacante. Mileena conseguiu repelir a faca usando a sua própria, mas, vendo o avanço de Rex, voltou sua atenção a ele, e ambos voltaram a lutar para valer, trocando vários golpes e defesas em uma velocidade incrível. Desta vez, Mileena levava uma ligeira vantagem, pois atacava firmemente com as facas que carregava e, assim, os focos de vento que Rex criavam surtiam pouco efeito para deter seus ataques. Isso, contudo, não intimidou o Falcão; ele continuava a lutar bravo e habilmente, escapando dos cortes. Quando Mileena tentou aplicar um golpe em seu rosto usando a faca da mão direita, Rex defletiu o ataque e, usando sua manipulação de vento, forçou a moça a largar a faca e fez a arma voar em direção a Blodia, que se posicionava em outro ponto.

Rex: Toda sua, linda.

A Flor de Neve pegou a faca e já estava pronta para lança-la, quando, de repente, teve uma sensação estranha correndo pelo corpo todo. Era como se milhares de formigas estivessem correndo por todos os seus nervos.

Blodia: Q-Quê... Que é isso?

Apesar da sensação horrível, Blodia tentou se recompor e, mirando no rosto de Mileena, atirou a faca. Porém, a faca parou aos pés da moça de Manopla, que rapidamente a pegou e continuou a lutar com Rex. Este olhou para Blodia brevemente e percebeu que ela estava nervosa, mas a distração lhe rendeu um corte horizontal no rosto feito por sua adversária.

Rex: Gah!

Mileena: Presta atenção, tontão.

O Falcão teve que se recompor rapidamente para evitar outro corte. Ele se viu obrigado, por ora, a ignorar sua companheira e continuar a luta.

Blodia se via sobremaneira aflita e ela mesma não entendia o porquê. Era como se ela tivesse virado uma completa novata do nada. Ela observou as próprias mãos e viu que estavam trêmulas. Não sabia o que estava havendo.

Blodia: (Que está acontecendo comigo? Eu estava tão bem e de repente...)

No entanto, Blodia não queria que isso a impedisse de ajudar Rex. Ela pegou uma faca já munida com uma tira especial e se preparou para arremessá-la. Não era necessário acertar um ponto em particular, só precisava que deixasse a faca perto de Rex para que ele pudesse usá-la e, então, ativar a tira remotamente. Porém, para o espanto dela, a tira começou a se ativar sozinha.

Blodia: Hã?! Não!

A tira se transformou em uma maciça chama circulante que durou apenas alguns segundos antes de sumir completamente. Rex e Mileena pararam de brigar por um momento. Percebendo que aquela chama veio da posição onde Blodia estivera, Rex preocupado, correu até lá. Blodia estava no chão, encolhida em posição fetal, com as mãos atrás da cabeça. Rex foi socorrê-la.

Rex: Blodia, você tá bem?! Fala comigo!

Blodia desfez a posição em que estava, ficando sentada. Ao que parecia, ela não tinha ferimentos sérios; tinha apenas algumas queimaduras no rosto e parte do cabelo se chamuscou; sua armadura a poupou de danos maiores. Tudo não passou de um susto. Blodia, porém, continuava trêmula, mas não era apenas por causa do susto. Rex reparou nesse detalhe e tentava acalmá-la, mas não tirava o olho de Mileena, embora ela apenas estivesse observando os dois, não esboçando ataque algum.

Rex: Respira... Tá tudo bem. A chama apagou.

Blodia: Rex, eu... Eu tô tremendo toda... Não sei o que tá acontecendo comigo...

Rex: Tudo bem, respira.

Mileena: Já ouviram o ditado “Quando a oferta é demasiada, Argenta fica desconfiada”?

Mileena se aproximou dos dois aspirantes, que ficaram confusos com as palavras dela. Ao brincar com a faca que ainda segurava, ela indicava que não pretendia atacar naquele momento, o que não deixava seus adversários mais calmos.

Rex: O que quer dizer com isso?

Mileena: A faca que você tirou da minha mão e levou pra sua amiga. Não te diz nada?

Blodia: Como é que é?!

Rex: O que foi que você fez?!

Mileena: O seu amigo chifrudo saiu voando daqui por causa de uma das Seis Bênçãos que eu usei. Acredito que vocês já conhecem.

Rex: Seis Bênçãos...

Blodia: Magias suplementares de combate. Garantem poderes sobre-humanos em quem as usa, mas... Ouvi dizer que exige muito para preparar. Como você...

Mileena: Não vamos nos adentrar em detalhes... E, bem, um dia, muito tempo atrás, eu pensei... Se existem as Bênçãos, por que não poderia haver as Maldições? Foi a partir daí que eu bolei essas magias. As Seis Maldições, o exato polar oposto das Seis Bênçãos. E foi exatamente uma dessas que te afetou quando você pegou aquela faca.

Blodia: Sua... Sua...

Mileena: Se a Primeira Bênção é a Bênção da Destreza, a Primeira Maldição é a Maldição da Inaptidão. Ao invés de ter extrema proficiência, você passa ter uma extrema... Incompetência. Perde sua capacidade de mirar propriamente, de manusear suas armas propriamente... Sua capacidade de combate fica virtualmente nula.

Rex: Pra saber magias dessa forma, além de lutar daquele jeito... Não me diga que...

Blodia: Você é uma Darphai!

Mileena: Só agora que notaram?

Com o temor de uma Darphai ainda viva concretizado, os dois aspirantes ficaram atônitos com a revelação. Foi necessário passar por tudo o que passaram pra se dar conta de que a adversária diante deles era muito mais perigosa do que imaginaram. Blodia, que já estava tensa por causa da Primeira Maldição, se sentiu ainda pior, pois a remeteu a um detalhe triste de seu passado. Rex, por outro lado, não queria se deixar levar pelas circunstâncias. Ele era o único naquele momento que poderia enfrenta-la. Ele se pôs de pé e se prontificou novamente para enfrentá-la. Mileena pretendia guardar a faca para enfrentá-lo dessa vez, pois, diferentemente de antes, era um contra um agora. Mas, um som de impacto veio da sua esquerda. Era Agouro. Ele estava em um péssimo estado, usando sua manipulação de trevas para criar talas para o braço fraturado, mas estava furioso e não pretendia ficar parado e só olhar as coisas se desenrolarem.

Agouro: Ei, vadia!

Mileena: Hmph... Ainda não foi pastar por baixo da terra, é?

Agouro: Devia ter me matado quando teve a chance! Agora, eu não vou parar até espremer seu crânio e fazer seus miolos saírem pelo seu nariz!

Mileena: Quanta coragem para um boi que tá quase indo pro abatedouro...

Rex: Agouro, vai com calma. Essa mulher é uma bruxa guerreira; do jeito que está você não vai...

Agouro: Você cale o bico, franguinho! Eu não quero saber o que ela é, o que eu quero é ver o sangue dela jorrar! E vai ser agora!

Mileena: Vai ficar querendo...

Agouro novamente partiu para cima de Mileena, que, da mesma forma que antes, escapava facilmente dos seus ataques. Rex não sabia se dava auxílio para ele ou se cuidava de Blodia, mas ela, tentando manter o autocontrole, não queria segurá-lo.

Blodia: Rex, não se preocupe comigo. Não estou em condições de lutar agora, mas eu estou bem. Vai atrás dela; Agouro não vai conseguir dar conta sozinho.

Rex: Tá legal. Deixa comigo.

Os soldados já estavam terminando de inspecionar a biblioteca. O último lugar era o depósito, justamente onde estava o alçapão em que Purkeed entrara para se esconder. Havia algumas pilhas de livros velhos ali e aparentemente nada além disso. Os soldados, contudo, não se deram conta da existência do alçapão. Não encontrando nada de suspeito ali, os soldados se dirigiram à porta, quando ouviram um ruído. Ambos estranharam, mas acharam que foi apenas uma impressão. Porém, eles ouviram o mesmo ruído de novo. Perceberam que veio do chão, então voltaram a averiguar o local. Notaram que o chão no canto direito era oco. O canto estava com algumas pilhas pequenas de livros em cima. Ao removerem os livros, descobriram a entrada do alçapão.

Pouco momentos depois, os soldados voltaram à entrada da biblioteca, carregando Purkeed pelos braços. Carly sentiu um frio na espinha e teve que pensar rapidamente no que inventar para os soldados. Purkeed se sentia culpado por ter estragado o plano, ainda que não intencionalmente.

Soldado 1: Senhor, achamos esse menino dentro de um alçapão.

Soldado 2: Ele estava espirrando por causa da poeira. Não fosse isso, teria passado despercebido.

Purkeed: Chuif... Atchim!

Carly: (Parabéns, Carly Patch. Olha no que deu ficar com preguiça de limpar aquela cova...)

Capitão: Posso saber o que significa isso, senhorita?

Carly: Er... Ele é o... Meu irmãozinho.

Capitão: Irmãozinho? Mas ele é muito diferente de você. Você é morena; ele é loiro...

Carly: Eu o adotei, oras. Por acaso é proibido adotar um garotinho como irmão?

Capitão: Não, mas é estranho que estivesse dentro de um alçapão.

Carly: Ah, moleques na idade dele são muito levados. Esse aí adora se enfurnar no alçapão, mesmo sabendo que não aguenta poeira, né, seu safadinho?

Purkeed: Hm... D-Desculpa, minha irmã...

Soldado 1: E por que então a entrada do alçapão estava coberta de livros?

Carly: Porque eu... Não percebi que meu irmão estava lá dentro, oras.

Os soldados estavam custando a acreditar na história de Carly, pois ela parecia nervosa. Pra piorar, um detalhe em Purkeed chamou a atenção do capitão.

Capitão: Diga... É impressão minha ou esse garoto se parece com o rei Ritchie?

Carly: Sério? Legal, nunca notei.

Soldado 2: Que faremos, senhor?

Capitão: Hm... Boa pergunta. Isso não parece ter a ver com a Mão de Pravus...

Carly: (Ufa... Obrigada, Adriel.)

Capitão: Mas acho que isso seria de interesse ao Rei Ritchie. Vamos levar os dois para Gricai.

Carly: (Aff... Obrigada, Adriel...)

Mileena continuava a luta contra Agouro e Rex. Embora estivesse lutando contra dois ao mesmo tempo como antes, a situação estava mais favorável à moça de manopla. Agouro tentava se virar com apenas um braço, o outro doía horrores, e seus truques com a manipulação de trevas não davam muito trabalho a ela; por outro lado, sem a Quarta Bênção, os golpes da moça de manopla pouco o incomodavam. Mas o problema principal ainda era Rex, que não diminuía o ritmo da luta. Porém, depois de muito observar como Falcão lutava, Mileena acabou tendo uma ideia de como melhorar ainda mais o seu combate contra os aspirantes.

Mileena: (Como é que não pensei nisso antes? Vamos ver se funciona.) Quinta Bênção!

Mileena formou uma barreira luminosa ao redor dela e conseguiu impedir um ataque conjunto do Touro e do Falcão. Os dois recuaram um pouco depois disso, e a moça explosiva aproveitou esse momento para colocar seu plano em prática. Ela esticou os braços para baixo, encostando um em cada perna. A barreira luminosa diminuiu de tamanho até se envolver apenas os braços e as pernas, deixando a cabeça e o tronco de fora. Por fim, fez a barreira se dividir em quatro menores de formato oval, uma envolvendo cada membro. Ela efetivamente formou protetores luminosos para os quatro membros, para a surpresa dos dois guerreiros.

Rex: Tá de sacanagem...

Agouro: Tsc... Bruxa desgraçada, se acha que isso vai me deter...

Agouro novamente se dispôs a atacá-la, mas Mileena não quis saber de esquivar dessa vez; resolveu ir punho contra punho de novo. Agouro achou que dessa vez conseguiria superá-la, mas o protetor luminoso da moça de manopla suportou o impacto do soco do Touro. Este não desistiu e pressionava seu punho com toda a força contra o punho dela. Embora o protetor a protegesse de qualquer dano, a própria Mileena não suportaria a força dele por muito tempo; ela acabaria cedendo e virando alvo fácil. Mas, ainda com a ideia fresca em mente, a moça de manopla surpreendeu de novo, fazendo o protetor girar em altíssima velocidade tendo o próprio braço como eixo. A proteção de mão da armadura de Agouro não suportou aquilo por muito tempo, vindo a se destruir junto com sua mão esquerda.

Agouro: GAAAAAAAAAAAAH!!!

Para finalizar, Mileena carregou o protetor do seu braço direito com energia explosiva e avançou contra Agouro, que se encontrava indefensável. Ela deu um soco em direção ao peito dele e, imediatamente depois, fez o protetor explodir, direcionando o impacto para o seu alvo. O Touro foi de novo lançado para longe; o peitoral de sua armadura foi completamente destruído, e seu peito e rosto ficaram repletos de ferimentos sangrentos. Rex, atordoado com a cena, viu seu amigo cair inconsciente. Com sede de vingança e movido pelo desespero, o Falcão novamente partiu para o ataque.

Rex: Grrrraaaaaaaah!!!

Rex e Mileena retomaram a luta, porém agora, era Mileena quem dominava a luta. Os protetores da moça de manopla a protegiam dos focos de vento, e ela agora podia lutar com todo o seu potencial, como se os focos não existissem. Isso, somado ao desequilíbrio emocional do Falcão, tornou o guerreiro mais vulnerável. Mileena acertava golpes seguidamente nele enquanto ele perdia o ritmo de luta à medida que ela seguia. Então, quando finalmente o Falcão não conseguia mais reagir, Mileena aplicou uma sequência furiosa de socos e chutes, jogando o sangue dele para todo o lado. Porém, quando ia dar o golpe final, uma faca com uma tira de papel surgiu no chão, na frente dela. Instintivamente, Mileena expandiu os protetores, formando novamente uma barreira única. Da tira, brotaram vários espinhos enormes que atingiram a barreira, apenas repelindo a moça de manopla sem causar dano algum. Os espinhos se desfizeram e revelaram Blodia, que acudia Rex, já desacordado. Desfazendo a barreira, Mileena já ia de encontro aos dois, mas sentiu a luva apertar seu punho ligeiramente. Ela não entendia o porquê disso.

Já no lado de fora da biblioteca, Carly tentava de todo jeito convencer os soldados levarem ela e Purkeed para Gricai. Os soldados estavam já perdendo a paciência com ela, mas por outro lado, entendiam que, para ela terminantemente não querer ir com eles, significava que ela não pretendia tirar vantagem da semelhança do garoto com o rei. Eles estavam quase desistindo de levá-la, quando uma figura desagradável, que observava a confusão enquanto bebia diligentemente sua garrafa de vinho, chegou para piorar toda a confusão. Essa figura era o mesmo velho que se embebedava na Taverna da Lagosta Escaldada e que dava dores de cabeça para Lobs e seus clientes.

Bêbado: Eu conheço esse meninoooo! Hic! Conheço ele! Hic!

Capitão: Quem é esse?

Soldado 1: É um dos moradores da vila. Ele não lembra nem o próprio nome.

Capitão: Senhor, por favor, afaste-se ou será preso por desordem.

Bêbado: Esse meninooooo... É irmão de Mão de Pravus! Eu sei que é! Uhu! Hic!

Capitão: Como é que é?! Que história é essa?!

Carly: Ei! Você custa a me ouvir e agora vai dar ouvidos para um pé-de-cana?!

Bêbado: Esse menino vive... Hic! Numa taverna aqui perto! Hic! A Taverna da Proposta Ensebada, coisa assim... Aquela vagabunda explosiva mora lá e ela é exatamente como vocês falam; cabelo preto, alta... Hic! E esse fedelhinho aí mora com ela! Podem perguntar por aí! É tuuudo verdade! Hihihihi! Hic!

Carly: Uma ova que é! Ele tá inventando tudo!

Capitão: SILÊNCIO! Soldado, tire esse beberrão daqui!

Soldado 2: Sim, senhor!

O soldado que recebera a ordem deixou o menino com o outro soldado e levou o bêbado para longe da confusão e tentou contê-lo, mas ele não se calava. O capitão olhava seriamente a pequena biblioteca. Embora ela estivesse certa em relação à credibilidade do velho bêbado, a suspeita sobre ela mesmo assim cresceu.

Capitão: Pro seu bem, é bom que ele esteja mesmo inventando isso. Se descobrirmos que você mentiu, vamos executar você no ato sob a acusação de traição, conforme as ordens do rei. Você entendeu?

Carly: S-Sim, senhor...

Carly estava bastante assustada com toda aquela situação. A vontade que ela tinha era de correr dali, mas ela obviamente não queria deixar Purkeed pra trás. Purkeed também não estava menos nervoso e se preocupava muito com Carly. A vida de ambos estava sob sério risco e tudo o que ambos podiam fazer até o momento era rezar.