Roy sentou-se em sua mesa preocupado.

As notícias que Scorpius trouxera da Albânia não haviam sido nada boas. Os trouxas, usados como cobaias, morriam de forma lenta e dolorosa dependendo da arma. Doenças como varíola de dragão foi modificada. Um garoto (segundo os relatos de Malfoy) havia sido infectado comendo uma bala dada por um bruxo.

Apesar de essas armas serem testadas de várias formas, o Malfoy percebeu que a intenção é infectar pelo ar, visto que dessa forma, achar uma cura chega a ser impossível.

...

Roy havia dito que ele não devia fazer isso. Ele sabia que não devia fazer isso. O riso era enorme, mas nada disso o impediu de bater na porta do apartamento de Rose. Ele queria vê-la, necessitava, na verdade.

Depois de tudo que tinha visto na Albânia, tudo que ele queria era um pouco de paz, e só nos braços dela ele conseguiria a paz que precisava.

Não era justo aparecer daquele jeito, sabendo que teria que deixa-la na manhã seguinte, no entanto, os Malfoy’s sempre foram egoístas, e Scorpius Malfoy queria Rose mais que tudo.

Foi Melanie que abriu a porta.

–Scorpius?

Exclamou surpresa.

–Oi Mel. Sei que devia ter avisado antes de vim, mas queria saber se tem alguma chance da Rose está por aqui.

–Porque você está aqui?

Perguntou Melanie.

–Estou de passagem por aqui. Queria vê-la.

–De passagem? Então não vai ficar? Você vem a faz feliz por cinco minutos e vai embora a deixando triste, é isso que você quer.

–Eu sei que não é justo. Talvez eu deva ir embora. Não sei.

Melanie queria expulsá-lo dali. Dizer que só deveria voltar quando for ficar de vez. Talvez ela fizesse isso com qualquer outro cara, no entanto aquele era Scorpius Malfoy, e mesmo que Rose fosse sofrer quando ele partisse a ruiva nunca iria perdoa-la caso ele não entrasse.

Scorpius não se fez de rogado quando Melanie escancarou a porta em um claro sinal silencioso de ‘entre’.

–Mel nós não temos que fazer aquela coisa?

Sophie disse quando percebeu a presença de Scorpius. Rose ainda não o vira, ela de costas para ele escrevendo em cartões (além dela inúmeras penas faziam isso).

–Sophie, você acha mesmo que essa desculpa vai colar comigo? Nem tente. O casamento é seu. A droga desses convites também, então não pense em fugir do serviço e me deixar aqui sozinha.

–Eu posso te ajudar se terminar sozinha for o problema.

Scorpius falou. Rose pensou que estava delirando quando escutou aquela voz, virou-se lentamente.

Sophie não perdeu tempo e saiu do apartamento junto com Melanie.

–Dizem que quem tem amigos discretos tem tudo.

Scorpius comentou sentando-se no chão ao lado da ruiva.

–Se isso for verdade, eu devo ser uma pobre lascada.

Rose retrucou com um pequeno sorriso.

Scorpius a beijou. Merlim a boca dela era mais gostosa do que ele se lembrava. Rose puxou a cabeça de Scorpius exigindo profundidade. Os dois se beijavam com urgência. Logo, Rose estava no colo de Scorpius. As mãos dos dois procuraram livrar o parceiro das roupas.

Scorpius deitou Rose no chão e chupou os seios de Rose enquanto suas mãos a apertavam inteira às vezes as passava no lado inferior da coxa dela no momento em que puxava um dos mamilos da ruiva com a boca.

–Como senti a sua falta Rose.

Scorpius disse ofegando enquanto a beijava com fervor. Os dedos de Scorpius entravam e saiam de Rose rapidamente. A ruiva gemia. Scorpius ainda desejava se ‘lambuzar’ com a amada, mas os ele perdeu totalmente o controle com os gemidos de Rose e somente com uma estocada a penetrou completamente.

Rose arfou quando Scorpius entrou de uma vez. Scorpius começou a se mexer em um ritmo lento enquanto olhava a ruiva nos olhos.

...

Rose estava deitada sobre o ombro nu de Scorpius, os dois estavam na cama dela.

–Por quanto tempo vai ficar dessa vez?

Ela perguntou enquanto fazia redemoinhos no abdômen dele com o dedo.

–Amanhã.

Ele respondeu tristonho.

–Rose, eu sei que vim aqui sabendo que não vou ficar não foi...

–Não peça desculpas, eu sei que não está se sentindo mal.

–Como eu posso ficar mal depois de te ter?

–Você é um idiota Malfoy.

–Seu idiota.

Concordou ele.

–Não faça isso Scorpius.

Rose falou levantando-se.

–Não fazer o quê?

–Não diga que você é meu idiota. Nós somos um caso, eu gosto de você, mas não podemos ter nada. Você não pode ficar me dando esperança assim.

–Mas é verdade. Eu sou seu.

–Scorpius!

–Eu sou seu, Rose. Não tem como fugir disso. E eu sei que no momento não podemos ter nada.

–Nunca vamos ter Scorpius.

Declarou Rose com lagrimas nos olhos.

–Do que você está falando Rose? Já tem alguém é isso?

–Não. Você é um espião. Sempre vai ter uma missão, nunca vai poder simplesmente ficar.

–Eu sei que enquanto eu for espião nunca vou ter nenhuma chance contigo, mas eu decidi que não vou ser mais espião. Só essa missão e vou demitir. Vou vim morar em Berlim, vou ficar com você.

–Não me faça promessas Scorpius.

–Não é promessa, é o plano. Não quero viver disfarçado, quero ser quem eu sou com você do meu lado.

–Seu plano sempre foi ser um auror, não mude sua vida por causa de mim.

–Eu não sabia o que era ser um auror. As coisas na realidade não são da forma que sonhamos. E, não vou mudar minha vida por sua causa, vou mudar por minha causa. Porque você me faz feliz.

–E que você vai fazer?

–Não sei. Você não precisa de algum assistente? Eu posso ser seu assistente. Imagine quantas coisas safadas podemos fazer na sua sala.

–Porque está fazendo isso? Porque está fazendo planos para um futuro que você nem sabe se vai existir?

–Já faz tanto tempo que estou nessa missão, usando essa mascara que não lembrava mais quem eu era, e estar com você sempre me traz esse pedaço de mim que tenho que fingir que existe. Não quero passa minha vida escondendo uma parte de mim. E se me tornar essa mascara Rose? Sempre achei que seria feliz se fosse auror, passei minha vida odiando seu pai por ter feito Harry me dispensar, mas a verdade, o que agora percebo, é que não sou feliz sendo auror, sou feliz quando estou contigo. E, portanto, eu quero sim, fazer planos para o futuro, porque vou terminar essa missão e, quando eu terminar irei largar todo esse sonho bobo de ser auror, porque esse é um plano que fiz quando era um garoto. Você. Rose Weasley é o meu sonho.

...

Ronald Weasley concordou em ajudar Roy, mas ainda não confiava em Scorpius. Ainda achava que o filho de Draco estava enganando Roy. Por isso o seguiu. Ele parou em frente a um prédio e ficou parado em frente a ele por muito tempo, até que enfim ele entrou no prédio.

Ronald passou a noite inteira observando a entrada daquele prédio e, nada de Scorpius sair. No outro dia, Ronald continuava lá, esperando um dos comensais que ele viu na Argentina sair do prédio, mas quem saiu, para a surpresa dele, foi Rose. Sua filha.

O ruivo correu em direção dela, mas se conteve no meio do caminho, ela não queria vê-lo. E provavelmente nunca iria querer. De longe, ele a observou entrar em um táxi. Desejou segui-la, mas desistiu.

Redenção. Ele precisava de redenção. Rapidamente aparatou na frente da sua antiga casa. Na porta sentiu cheiro de panquecas, seu estomago roncou. Panquecas da Hermione. Até sua mãe, Molly Weasley, admitia que as panquecas dela tinham um quê especial que as tornavam maravilhosamente deliciosas.

Ronald bateu na porta receoso, não havia voltado ali desde que terminaram, na verdade desde que os dois terminaram ele quase não pisava em Londres. De imediato ele sentiu uma baita saudade de simplesmente entrar na casa, sem precisar bater.

Hermione ficou surpresa em ver Ronald parado ali em frente a casa que um dia foi deles.

Ele estava bem, reparou ela, estava um pouco barbudo, mas tirando isso não parecia relaxado como Harry dissera que ele estava.

–Esqueceu alguma de suas coisas?

Perguntou Hermione com frieza.

Ronald não respondeu, entrou na casa e foi direto para a cozinha. Hermione vinha atrás dele.

–Está fazendo panquecas?

Perguntou Ronald com fome.

–O que faz aqui Ronald?

–Você costumava me chamar de Rony.

–Você costumava ser um ser humano legal. O que você veio fazer aqui?

–Não vai me convidar para tomar café com você?

–Não vejo porque razão tenha que fazer isso.

Respondeu Hermione com raiva de si porque era exatamente o que ela queria fazer.

–Talvez por educação.

Refutou Ronald.

–Já esgotei minha educação contigo Ronald, e minha paciência também.

–Eu estou cuidado de algumas coisas Mione, você vai como eu tinha razão sobre muitas coisas.

–Nosso casamento não terminou por causa...

–Nosso casamento não acabou.

–Acabou e é bom que comece a aceitar isso logo. Não pode chegar aqui querendo que eu te convide para tomar café.

–Não vim aqui por isso. Vim para... –Ele foi até a escrivaninha que tinha na sala pegou um papel e escreveu um endereço.

–Esse é o prédio que Rose mora em Berlim. Não sei qual o apartamento, mas...

–Como conseguiu isso?

Hermione perguntou puxando o papel das mãos de Ronald.

–Já disse, estou cuidando de algumas coisas.

Ele falou saindo da sua antiga casa.

–Pode ficar com a casa, eu não quero, não se você não tiver nela. Sem você ela seria só um monte de lembranças que eu deveria esquecer.

Hermione encarou a porta por um bom tempo, mesmo depois que Ronald havia ido embora. Ele havia surpreendido ela, e, Hermione Granger não era alguém que se surpreendia facilmente.