As vezes amar não é o suficiente.

" Não erramos quando damos muito de nós a alguém. Erramos quando esperamos o reconhecimento de alguém que não sabe valorizar a sinceridade que lhe damos. "

Apartamento de Daniel Zapata/Nova York

O relógio marcava ás oito da manhã, Daniel estava na cozinha preparando um ovo mexido, enquanto Alicia estava jogada da cama se espreguiçando, afinal, para ela aquele horário era muito cedo, e a morena não sabia nem ao menos preparar um simples café.

– Porque você acorda tão cedo? há essa hora eu deveria estar começando a dormir ainda. - disse a morena caminhando até a cozinha.

– Eu já me acostumei a acordar cedo, principalmente em dias que não uso muito... você sabe. - disse Daniel se referindo as drogas.

– Eu sei, mais precisava me acorda? poxa, você faz tanto barulho para fritar um ovo que parece até que está tendo uma guerra aqui na cozinha, não sei como você consegue ser tão desastrado vagabundo. - disse Alicia rindo.

– Ah para de reclamar, você devia me ajudar e parar de ser tão mimada, né senhorita? - disse Daniel cruzando os braços.

– Agradeça eu não ter lhe ajudado, porque dá última vez que eu tentei fazer um ovo frito você teve que comprar outra frigideira. - falou Alicia gargalhando alto.

– Não me lembre desse acontecimento, agora vá escovar os dentes e venha tomar café! - falou Daniel autoritário, fazendo a garota rir.

– Sim senhor! - respondeu Alicia fazendo referência com as mãos.

Alicia deu um tapa na bunda de Daniel e entrou para o banheiro, o garoto ficou sorrindo enquanto escutava a garota cantarolando no chuveiro, mesmo que talvez ele não a amasse, Alicia o fazia se sentir bem.

Hotel Deluxe/Nova York

Valéria e Bia tomavam café calmamente, a loira das mechas rosas sorria abobalhada, ela tinha passado uma noite maravilhosa ao lado de Duda, enquanto Valéria estava cheia de olheiras, e tudo por culpa do galinha do Jaime.

– Nossa amiga, eu acho melhor você usar uns óculos escuros. - disse Bia olhando para as olheiras de Valéria.

– Não, quando eu me maquiar vai disfarçar. - falou Valéria, tentando a todo custo esconder as olheiras.

– Bom dia meninas! - disse Jaime e Paulo, chegando juntos.

– Bom dia meninos, e então dormiram bem? - perguntou Bia, olhando para Jaime fixamente.

– Digamos que a Ema não me deixou dormir, já o Jaime esse com toda certeza não dormiu, eu vi uma ruiva maravilhosa saindo do quarto dele hoje pela manhã. - falou paulo, deixando Valéria e Bia incomodadas.

– Como era o nome dela mesmo Jaime? - perguntou Bia, já sabendo que o garoto não sabia o nome da ruiva.

– Acho que era Carla,Carol,Camila era alguma coisa com C. - falou Jaime, coçando a nuca.

– Acho que o nome deveria ser "exorcista" porque aquela garota fazia os barulhos mais horríveis do mundo. - falou Valéria, fazendo cara de nojo.

– Foi mal se eu não deixei você dormir, pensei que você estava em um motel com o... - Jaime olha para Bia - Você sabe quem.

– Me respeita seu imbecil, quer saber? perdi a fome. - disse Valéria derrubando a cadeira e saindo.

– Mais que belo clima matinal, adoro essa paz entre meus amigos. - falou Paulo usando sua ironia.

Valéria saiu irritada e foi até seu quarto e se jogou na cama, Jaime a machucava como ninguém, e ele era uma das pessoas que ela não suportava ficar brigada com ele, porém a garota não tinha culpa de amar Davi e Jaime não aceitar isso, Valéria pegou seu notebook e viu uma chamada pela webcam.

Webcam ON

– Valéria sua maluca, se esqueceu de mim foi? – perguntou Marcelina no outro lado da tela.

– Desculpa amiga, ando muito ocupada, mais você é minha melhor amiga de todas e nunca vou esquecer de você! – respondeu Valéria gritando eufórica.

– Acho bom, e então como anda as novidades? – perguntou Marcelina curiosa.

As duas logo engataram um papo animado, Paulo estava na porta do quarto ouvindo tudo que elas conversavam, o jovem adulto tentava criar coragem para entrar no quarto, a verdade é que sempre que ele via a Ferreira triste sentia vontade de ficar ao lado dela, mesmo que fosse só pra perturba-la.

Mansão dos Rivera/Nova York

( Coloquem: https://youtu.be/nCkpzqqog4k )

Cirilo estava bêbado mais uma vez, ultimamente era como um costume dele beber pela manhã, porém as vezes ele exagerava, e sua personalidade agressiva não ajudava muito nessas horas.

– Quero que você tire essa roupa agora! – gritou Cirilo para Carmem, a garota estava assustada.

– Mais eu não... – fala Carmem meio nervosa, porém é interrompida.

– Cala a boca, não estou mandando você falar nada, quero apenas que você suba para o meu quarto agora, e fique nua naquela cama! – disse Cirilo gritando arrogantemente.

Carmem tentou correr, mais Cirilo a segurou e a levou a força para o quarto, e logo o restante dos empregados da casa ouviram gritos e choros vindo do quarto do patrão, ninguém tomou atitude com medo de perder o emprego, mais era claro, que naquele instante Carmem Carrilho estava sendo brutamente estuprada.

– Você é um monstro, como pode fazer isso comigo? – perguntou Carmem chorando, a tortura tinha acabado de terminar.

– Cala a boca, foi divertido sei que você gostou. – disse Cirilo sorrindo maliciosamente.

– Eu vou denunciar você! – disse Carmem com a voz trêmula.

– Denuncia, será a sua palavra contra a minha, eu tenho dinheiro e prestígio e você é uma pobretona, ninguém vai acreditar em você e eu ainda te processo por calúnia e difamação! – retrucou Cirilo friamente.

– Os empregados da casa ouviram tudo. – falou Carmem triste.

– Não seja idiota, basta eu dar uma quantia boa em dinheiro para eles que ambos vão se calar, e se você se demitir eu acabo com a tua raça, seus pais vão ficar falidos já que você não poderá mandar dinheiro para eles, e você nunca verá o João que você considera se “filho” – falou Cirilo saindo do quarto e a deixando sozinha.

Hotel Deluxe/Nova York

Valéria contava todos os problemas para Marcelina, e a irmã de Paulo também contava tudo sobre seu casamento com Jorge, foi quanto a garota resolveu perguntar sobre o Paulo, sem saber que ele estava atrás da porta.

– E o Paulo? Como o irmão desnaturado está? – perguntou Marcelina triste, ela sentia falta dele.

– Ele está bem Marcelina, tenho certeza que assim que ele arranjar um tempo ele vai entrar em contato com você. – falou Valéria consolando a amiga.

– Será que eu posso falar com ela agora Ferreira? – perguntou Paulo abrindo a porta.

– Você estava ouvindo tudo atrás da porta? Eu vou te matar Paulo, seu retardado mental. – disse Valéria brava jogando uma almofada no garoto.

– É o Paulo? Ele está aí? – perguntou Marcelina, sem entender nada.

– Ele está aqui sim, você quer falar com ele? – perguntou Valéria.

– Claro que eu quero! – disse Marcelina empolgada.

– Oba, vou falar com a pirralha, afasta daí Valéria! – disse o garoto deitando na cama ao lado da garota.

– É uma cama de casal, tem bastante espaço, não precisa ficar grudado em mim desse jeito. – disse Valéria, ela estava arrepiada com a aproximação.

– Claro que precisa, eu quero ver minha irmã direito. – disse Paulo, enquanto sorria para Marcelina.

– Oi Pirralha, senti saudades, fiquei sabendo que o Jorge te pediu em noivado ontem, aquele idiota tinha que te pedido a minha permissão primeiro. – falou Paulo irritado, fazendo Valéria rir.

– Deixa de ser bobo Paulo, eu não sou mais uma criança. – falou Marcelina meio constrangida.

– Seu irmão é maluco Marcelina. – falou Valéria rindo.

– É eu sei disso. – falou Marcelina, morrendo de rir da cara de Paulo.

– Para Valéria, eu sei que você me ama. – falou Paulo abraçando a garoto.

– HUUUUM, acho que vou desligar a webcam e deixar vocês dois a sós. – disse Marcelina fazendo corações com as mãos.

Paulo sorriu, Jaime observava tudo pela porta, cada vez estava ficando mais difícil suportar o ciúme, Valéria era perfeita demais, e todos os caras babavam por ela, porém por ironia do destino ela amava o único que não seria capaz de ama-la por inteiro