Rock Family

Capítulo 8 - Proximidade perigosa


Estava fritando ovos no fogão no dia seguinte. Eram dez e quarenta. Alguém chegou por trás, pegou minha cintura e falou no meu ouvido.

– Bom dia.

Taylor. Beijou meu rosto, sorri.

– Bom dia.

Respondi, andei até a mesa e coloquei os ovos num prato grande.

Ainda não fazia ideia do que podia acontecer, mas eu sabia que agora eu e Taylor éramos mais que amigos. Não sabia corretamente o que éramos, mas não tínhamos o mesmo relacionamento. Não queria que mudasse tão rápido também. Não queria ter a chance de me afogar na própria pressa, se algo desse errado, ainda teríamos de viver na mesma casa e a convivência ia ficar complicada.

– Eu fiquei com saudades ontem, sabia?

E me puxou me beijando na boca e me encostando bruscamente na mesa, tinha gosto de hortelã por ter acabado de acordar e escovar os dentes. Eu quase ia continuar quando ouvi as vozes de Marco e Louis vindo do corredor.

Empurrei ele para trás devagar e me restabeleci tentando fingir que nada aconteceu.

– Bom dia, caras.

Pigarreei. Tay não se mexeu, ficou me olhando perplexo. Acho que ele esperava que depois da nossa conversa eu não quisesse mais fingir, mas ele não estava entendendo o que eu estava passando.

Sentaram na mesa e começaram a atacar a comida da mesa. Só então Taylor se mexeu, deu dois passos para perto de mim e quando eu menos esperava ele me pegou pelo braço e me levou para o corredor.

– Fala sério!

Repreendeu-me, bobo com a ideia do que eu estava fazendo.

– É sério! – Afirmei. – Escuta, eles não podem saber. Ou vão te odiar para sempre. Eu sei o que eu to fazendo. Calma aí, né?

– Eu to calmo! – Pôs as mãos para cima como se estivesse se rendendo. – Mas então o que é que a gente é? Eu não tenho medo deles, eu me entendo depois, mas qual é, o nosso negócio é sério ou não?

Abri a boca, pasma. Não sabia se era sério, só estava começando.

– Sei lá! – Resmunguei. – Ta no início, Tay, não vamos rápido de mais, se der certo mesmo... Eu falo com eles.

Disse, ia seguir meu caminho de volta para a cozinha, mas ele me segurou pelo braço.

– Espera. – Olhei para ele, esperando o que ele tinha a dizer. Ele ficou em silêncio por alguns segundos e sorriu malicioso. – Você disse “Tay”?

– Foi. É um apelido, já ouviu falar?

Falei com tanta simplicidade que esperava que ele notasse como aquilo não era nada demais.

– Já. Fala de novo?

Pediu num sorriso zombeteiro. Bufei.

– O quê? – Indaguei numa baforada. – Deixa de ser idiota.

Ri. Me puxou de repente e me beijou, mordiscando meu lábio inferior. Quase fui pela tentação de continuar, mas recuei como um reflexo.

– Eles estão aqui do lado.

Dei-lhe um tapa de leve no ombro, protestando. Saí antes que me puxasse de volta.

O que aquilo queria dizer? Entraria em um romancezinho escondido no meu apartamento. Argh, aquilo não era mesmo a minha cara. Sempre disse tudo na lata, nunca fui de esconder nada da minha vida para ninguém, sempre tive a minha autonomia.

Teria que acabar com aquela história de romance escondido (Quanto mais penso nisso, mais enojada eu fico). Mas como eu iria contar para Marco e Louis? Não fazia ideia. Geralmente eu não contava para eles quando namorava com ninguém, só aparecia beijando o cara e fim. Mas era óbvio que com Taylor não poderia fazer isso.

Uma ceninha de “Olha irmãos, esse é meu namorado.”? Sim, era isso. Que grande droga.

Não tínhamos trabalho naquele dia, era sábado. Tínhamos o dia livre, sabia que os garotos já tinham planejado algum lugar para ir. Passei manteiga no pão enquanto assistia Tay sentar-se à mesa num suspiro cansado.

– E aí...? – Indagou para todos na mesa enquanto pegava uma panqueca com a mão e dava uma mordida. – Alguma ideia para hoje?

– A gente podia passar o dia no boliche. – Marco sugeriu num sorriso histérico de animação. – Fazendo umas apostas, comendo hambúrguer, essas merdas todas que sempre fazemos.

Inclinei a cabeça para o lado dando de ombros para a ideia. Para mim tanto faz. Contanto que não fique em casa de novo.

Todos nos vestimos para ir ao boliche. Ficava perto de casa, era mais fácil já que morávamos perto do centro, íamos à quase tudo a pé. Entramos na estação de boliche: “Threw a ball”. Sempre íamos ali, mas não tão recentemente, desde que Bill se foi.

“Threw a ball” consistia em uma lanchonete, seis pistas de boliche, fliperama e uma área aberta para algumas mesas da lanchonete que não couberam no lado de dentro. A decoração eram luzes de neon vermelhas e amarelas, algumas pilastras grandes e feixes de pisca-pisca.

Pegamos nossos sapatos de boliche e entramos na pista vazia. Não gostava de sapatos de boliche. Me sentia uma garota patética neles e ainda por cima, sentia que estava contribuindo para um posto de bactérias compartilhadas.

A boa notícia é que eu era boa nesse jogo.

Jogamos durante duas horas, pelo que sei. Só sei que no fim, estava exausta. Tirei meus ridículos sapatos de boliche e entreguei na bancada. Olhei de canto de olho para o balcão da lanchonete. Seria uma boa pedida agora, pensei.

Caminhei pé ante pé até em direção ao balcão e antes que pudesse entrar na fila alguém me puxou pelo braço até o lado de fora. Eram por volta das cinco e meia da tarde e o sol estava prestes a se pôr.

Taylor tinha me trazido até ali.

– Mas o quê...?

Indaguei irritada, me interrompeu, silenciando-me:

– Shhh!!! – Chiou. – Eles saíram, foram comer pizza aqui do lado.

– Tudo bem, precisava me trazer até aqui, então?

Pronunciei com irritação, ele me assustou. Ignorou minha reclamação soltando uma gargalhada sarcástica.

– O que você quer para comer?

Perguntou com voz arrastada, voltando para dentro, encostou-se no balcão de pedidos.

– Um hambúrguer.

Sinalizei.

Pediu o mesmo para ele e sentamos em uma das mesas do lado de dentro.

– Você jogou melhor do que eu pensava.

Bufou aquele comentário. Sorri maliciosamente.

– Ganhei de você.

Provoquei.

– Por dois pontos.

Defendeu-se.

– Mas ganhei.

Insisti. Mordeu o hambúrguer dele logo depois de eu fazer o mesmo.

O som estridente do choro de uma criança soou no ar. Tateei o lugar com os olhos à procura de onde vinha. Uma mulher carregava uma garotinha de por volta quatro anos que chorava alto perto da lanchonete por algum motivo.

– Crianças...

Taylor suspirou com descaso para a garotinha. Franzi o rosto.

– Por quê? Você não gosta?

Quis saber.

– Claro. – Bufou. – Só que ás vezes elas choram de mais. – Ri. – E interrompem pessoas ao redor...

Tocou minha mão na mesa como se quisesse dizer: “Sabe do que eu estou falando...”. Aproximou-se e pegando no meu cabelo, me beijou.

Não era mais surpresa para mim beijá-lo, mas ainda era incrível. Seu beijo era cheio de experiência e audácia. Do que jeito que eu gostava e estava acostumada.

– Uau.

De repente a voz de outra pessoa soou num tom de suspresa. Me afastei dele para ver quem tinha sido e me deparei com Marco e Louis ao nosso lado de pé. Seguravam uma caixa de pizza e estavam perplexos.

– Ahm... – pigarreei sem saber o que dizer. Taylor não se assustou muito, acho que já estava pronto a para isso, apenas saudou sem cerimônias:

– E aí?

– Desde quando isso ta rolando com vocês?

Marco inquiriu ignorando a saudação informal de Taylor, seu tom sugeria traição.

– Um tempo.

Dei de ombros, finalmente achando a coragem dentro de mim e deixando de lado o nervosismo.

– Um tempo? E por que escondeu isso da gente?

Louis fez uma cara de coitado.

– Não é nada de mais, caras. Até parece que vocês não confiam em mim para cuidar da Maria.

Taylor em fim se manifestou sem medo. Marco e Louis se entreolharam por alguns instantes como se discutissem a ideia com o olhar. Marco seguiu dando um soco de leve no ombro de Taylor.

– Isso é pelo segredo.

Pronunciou irritado e jogou-se sentado na cadeira do lado, como se tivesse acabado de aceitar o que aconteceu.

Não consegui evitar de suspirar de alívio. Foi muito mais fácil do que pensei.


**************


Fiquei cada vez mais próxima de Taylor. Marco e Louis não ligavam mais, mas as vezes tinham ciúmes e implicavam quando Tay ficava perto de mais.

Taylor era divertido, um moleque e também era provocante e sedutor. Tudo que eu sempre quis. Tínhamos uma relação ótima. Contávamos tudo um pro outro e gostávamos da nossa companhia.

Estávamos sempre juntos, assistíamos televisão abraçados e tocávamos músicas idiotas quando não tínhamos nada para fazer.

E os beijos... Estavam ficando cada vez mais quentes e cheios de mãos bobas, nada de mais.

Completamos um mês juntos. Nunca achei que diria isso, mas acho que em fim tinha me apaixonado por alguém. Era exatamente o relacionamento que sempre sonhei em ter.


Um dia desses, eu acordei com uma mão arrastando-se pela minha cintura. Remexi-me na cama tentando afastar o sono e abrir os olhos, a primeira coisa que vi foi Taylor agachado, como rosto na mesma altura do meu, estava me fitando com um sorriso pervertido, mordeu o lábio. E a mão na minha cintura? Era dele mesmo.

Puxei o ar num bocejo e esfreguei os olhos.

– Que horas são?

Minha voz saiu rouca.

– Oito.

Respondeu num tom baixo.

– Oito? - Mudei o tom no mesmo momento, acabando de notar que ele me acordou cedo de mais. – Sai daqui. – Joguei uma almofada no seu rosto me virando para o outro lado e lhe dando as costas, ouvi sua risada.

– Temos que sair hoje cedo, deixa de ser preguiçosa.

Me balançou na cama. Me sentei num pulo irritada.

– Para onde?

Gemi de má vontade.

– Vou visitar a minha mãe. Você também vai.

Estava de pé. Cruzou os braços sorrindo para mim e encostou-se no meu guarda-roupa, colocando uma perna atrás da outra.

– Vou? – Me perguntei. Ele não tinha me dito isso, tinha? Mexi no meu cabelo tentando me lembrar de ontem ainda sonolenta. Não, não tinha me dito nada. – Você não me disse nada.

– Porque é surpresa, anda, dez minutos.

Saiu do quarto.

Ainda fiquei olhando para porta num devaneio, descabelada. Não me lembrava em que parte do nosso namoro ele mencionou que eu conhecesse a mãe dele, mas não me importo.

Levantei me espreguiçando.

Tomei banho e troquei de roupa. Por um momento tive dúvida do que vestir. Conhecer a mãe do meu namorado... Isso nunca aconteceu, quer dizer... Isso eram para as garotas normais, eu era uma rockeira de preto.

Fui até a cozinha onde Taylor estava, eu ainda estava de toalha.

– O que eu tenho que vestir? Sua mãe implica com roupa preta?

Perguntei. Ainda ficou meio perdido em silêncio me fitando de cima a baixo de toalha. Cruzei os braços e ele respondeu:

– Não se preocupe, ela não liga. Passou a vida toda recebendo meus amigos em casa.

– Ta.

Suspirei dando de ombros e voltando para o meu quarto. Que droga, eu estava me preocupando em dar uma boa impressão? A verdade é que eu nunca passei por isso em toda a minha vida e estava sentindo calafrios. Isso era inédito para mim, sempre me achei uma pessoa confiante.

Abri o armário. De repente toda a minha confiança voltou. Eu gostava do Taylor, ele gostava de mim, que mal tinha? Se ela quisesse gostar de mim gostaria de mim do jeito que eu sou, de roupa rasgada mesmo.

Pus minha bota preta de cano médio, meia arrastão, saia jeans e blusa estilo corpete preta e vermelha. Minha maquiagem um pouco mais leve e fui.

– Está ótima.

Taylor elogiou enquanto sentávamos na sua moto.

– Por que precisamos ir tão cedo?

Fiquei curiosa.

– Vamos tomar café da manhã com ela.

– Por isso não me deixou comer?

– Isso mesmo.

– Quem mais vai ta lá?

– Minha irmã. Falei dela para você, lembra?

– Lembro. – A moto percorria estrada. - Qual é a idade dela?

– Doze. Mas ela não é como nós. Tem um quarto cor-de-rosa.

Estremeci com a ideia.

– Vocês brigam?

– Não, ela é maneira.

– Ta legal.

Aceitei.

A moto parou em frente à um prédio chamado: “High Stars”, tinha por volta de dezessete andares. Era um prédio de classe média um pouco alta.

– Vamos.

Tay pegou minha mão e levou-me para dentro, passamos por uma recepção fria e bem decorada e entramos em um dos elevadores. Taylor apertou a tecla do sexto andar.

Tamborilei com os dedos na parede do elevador sentindo que estava cada vez mais perto de conhecer a mãe dele. Isso era um tanto assustador para mim, já mencionei?

Quando as portas de abriram, um longo corredor carpetado estendia-se com vinte e quatro apartamentos, fomos até o final dele e Taylor bateu na porta do apartamento cento e quatro.

Meu coração palpitou um pouco, poucas situações me deixavam com aquela sensação.

Minutos depois uma garota abriu a porta. Era baixinha para a minha surpresa, tinha nariz comprido, cabelos castanhos lisos presos em um rabo de cavalo e usava uma saia lilás e blusa branca com casaco. Abriu um largo sorriso quando nos viu exclamando:

– Taylor!

Consumiu-o num abraço. Ela era baixinha que só abraçava a barriga de Taylor e a altura de sua cabeça estava no peito dele.

– Tess! – Sorriu beijando o alto da cabeça da irmã carinhosamente. – Cadê a mãe? Você esperou a gente para o café, certo?

– Esperei, vocês demoraram. – Frisou impaciente para ele. Demorou um minuto antes que olhasse e me notasse de pé atrás dele. – Ah, essa é a sua namorada?

Perguntou sorridente apontando para mim, com ar de surpresa. Sorri de volta um pouco tímida. Tess atravessou o irmão indo me cumprimentar.

– Ela é bonita, como conseguiu?

Zombou o irmão, me fez dar risada.

– Obrigada.

Agradeci o elogio enquanto a cumprimentava num abraço.

Outra voz soou de dentro do apartamento.

– Ah, vocês chegaram! – Uma mulher de olhos verdes e cabelo castanho claro veio nos saudar, contente. – Maria! Que bom finalmente te conhecer, o Taylor fala tanto de você!

Me abraçou, logo depois de dar um abraço apertado em Tay que quase o esmagou.

– Ah, não fiquem na porta, podem entrar.

Entrei no apartamento. Era médio. A entrada era ao lado do balcão da cozinha americana pequena e bem organizada. Uma sala de carpete lilás e tapete felpudo branco, um sofá de dois lugares e uma televisão em um raque. Na parede ao lado do sofá, a entrada para a varanda, com a vista para New York. O apartamento era todo decorado com plantas.

Em frente ao lado do balcão que dava para a sala de estar, estava uma mesa de seis cadeiras de vidro, coberta com um café da manhã farto e com um cheiro que estava me dando água na boca.

Srta. Sybrion, mãe do Taylor, nos convidou para sentar na mesa.

– Mas então, como anda a banda?

Perguntou enquanto colocava sem perguntar, o café da manhã no meu prato. Mas não me incomodei, estava faminta mesmo.

– Muito bem. - Sorri. – Taylor é um bom guitarrista.

Elogiei sem muito entusiasmo, não ia deixar ele se achar tanto.

– Argh, sem dúvida! – Tess reclamou do outro lado da mesa. – Esse cara tocava vinte e quatro horas por dia, tava me deixando louca!

Rimos.

– E você sabe tocar algum instrumento?

Perguntei-a com curiosidade.

– Sei.

Respondeu num sorriso convencido.

– Ah, claro, flauta!

Taylor revirou os olhos.

– Ei! – protestou. – Pelo menos o meu instrumento não incomoda ninguém.

Ri.

– Flauta é legal. – dei de ombros. – Quer dizer, depende do tipo de música que a pessoa gosta.

– Pois é, eu gosto de pop, portanto é um instrumento legal para mim.

Disse.

Foi uma boa manhã, saímos de lá depois, conversando, abusando um ao outro. Coisas de todos os dias.

Chegamos em casa e Louis e Marco estavam de saída.

– Para onde vão?

Perguntei com curiosidade, enquanto eles ajeitavam as toucas no espelho.

– Vamos encontrar uns Brothers no em um bar aqui perto. Tão a fim de ir?

Taylor respondeu antes de mim:

– Não. Vamos ficar aqui mesmo.

Fiquei incrédula como ele pôde decidir por mim e intrigada com o que ele queria ficando ali comigo, então deixei passar.

– Ta legal, voltamos à noite. Tchau.

Louis saiu pela porta com Marco.

Ouvimos a porta fechar, ainda parados por um tempo. Até que olhei para ele, esperando que me desse alguma explicação.

– A gente nunca consegue ficar sozinho aqui.

Explicou, aproximando-se de mim, eu estava de pé na entrada do corredor e ele me levou para a parede do mesmo.

Ficamos cara a cara, mas ele era um pouco mais alto do que eu. Colocou as duas mãos na parede, dos dois lados do meu corpo e ficou ali, fitando-me.

Meus olhos, de algum jeito, bateram no seu braço, onde vi suas tatuagens que cobriam seu antebraço. Eram de coisas desencontradas, umas por cima das outras, ocupando o antebraço inteiro.

– Quantas tatuagens você tem, a final?

Perguntei um tanto intrigada.

– Acho que três, uma em cada antebraço e outra bem aqui...

Puxou a parte de trás da camisa, deixando as costas largas expostas, onde tinha a tatuagem de uma caveira, bem atrás do seu ombro direito.

Mordi o lábio, tudo bem, eu tinha uma leve (enorme) recaída pelas suas tatuagens.

– Quando as fez?

Perguntei quando ele abaixou a camisa e voltou-se para mim novamente.

– Aos dezessete essas duas. – mostrou os braços. – e essa aos dezoito.

Apontou para as costas.

– Mas e você? – quis saber. – Tem alguma tatuagem?

Eu tinha uma tatuagem. Mas não mostrava para ninguém. Era uma clave de sol na cintura, ficava com a ponta para fora, mas o resto ficava escondido pela calça, e como eu usava blusa (óbvio), cobria toda.

– Tenho.

– Cadê?

Indagou, animado para saber.

– Não vou mostrar para você.

Neguei.

– Por que? Eu mostrei as minhas!

Protestou.

– As suas estão num lugar exposto.

Sem querer, revelei aquela informação confidencial.

– E as suas...Não?

– Mais ou menos, não é nem tão importante, é pequena. E é uma só.

– Ta, então não vai ter problema em me mostrar.

Insistiu, chegou mais perto, colando meu corpo no dele e me deixando imóvel na parede.

– Tem sim.

– E se eu achar?

Sugeriu. Fiquei segundos paralisada até ele me erguer do chão e me obrigar a enrolar minhas pernas na sua cintura. Bateu-me forte na parede, gemi. E em fim me beijou, intensamente, cheio de mordidas e chupões no pescoço.

Minhas mãos estavam descontroladas passeando pela sua nuca e entrelaçando no seu cabelo. Quando vi, ele já tinha me levado para dentro do quarto e me jogado na cama.

Lá eu agarrei a sua camisa, arranquei-a para fora, tomando cuidado para não me afastar dele nunca. Taylor distribuía beijos alucinantes do meu pescoço até meu baço. Arranhava suas costas e gemia sem parar, enquanto ondas de prazer invadiam meu corpo, passou as mãos da minha barriga até minha cintura e quando achou o fim da minha blusa, puxou para cima.

Os olhos dele brilharam ao me ver de sutiã e bateram na minha tatuagem na cintura, tocou com o polegar levemente.

– Achei.

Voltou-se para me beijar de novo e já não tínhamos mais controle de nós mesmos.

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