Road Destination
Capítulo 1
-Senhorita Clariss; ACORDA; Você tem aula. – Minha mãe foi bem clara ao gritar acorda.
-Tá to acordada. – Ou mais ou menos acordada. Me levantei da cama ainda meio sonolenta.
-Adam.– Escutei minha mãe gritando na porta do quarto do meu irmão.
-Tá, ta, já sei. – Ele disse. Todos nós já sabíamos, mas ela ainda ia gritar todos os dias, porque nós vamos preferir continuar dormindo, se ela não nos forçar a levantar.
Peguei minha toalha saí do meu quarto e corri em direção ao banheiro, chegando antes do meu irmão.
-A não Clariss. Eu fico pronto muito mais rápido do que você. – Ele disse contrariado.
-Tá mas eu já estou aqui então espera a sua vez agora. – Eu disse de dentro do banheiro.
Uns vinte minutos depois eu sai.
-Viu só, não doeu nada esperar. – Eu disse o encarando.
Entrei no meu quarto peguei minha mochila, desci as escadas e fui ate a cozinha.
-Bom dia filha. – Disse o meu pai.
-Bom dia. – Eu respondi com um sorriso.
-Cadê o seu irmão? – Perguntou minha mãe, ela era sempre apavorada e ficava dizendo que íamos nos atrasar mas a gente nunca se atrasa, principalmente eu.
-Ele ta no banheiro. – Eu respondi deixando a mochila em um canto e me sentando na mesa.
-Aqui. – Disse minha mãe colocando um prato com Waffles na mesa.
Então o Adam apareceu e sentou também.
-Vamos comam rápido se não vocês vão se atrasar. – Mamãe de novo.
Quando acabamos de comer eu peguei minha mochila o Adam a dele e fomos em direção ao carro. O Adam já estava no terceiro colegial, e eu no segundo, mas o Adam já tinha repetido uma vez então ele já tinha 18 anos enquanto eu tinha 16.
-Tudo bem crianças, podem ir. – A mamãe parou o carro e se despediu de nós. Então descemos do carro e fomos em direção a escola ou inferno chame como quiser. Eu ate que gosto de estudar o problema são os professores que são um saco.
-Oi Clariss. Oi Adam. Tudo bem com vocês? – Era minha amiga Mary que tinha chegado.
-Tudo bem e você? – Eu respondi.
-Bom dia Mary. – O Adam pelo menos era educado com as minhas amigas. Não que eu tenha o que reclamar dele. Ele é um ótimo irmão, não um que eu queira matar.
-Bem também. Vocês ouviram que parece que o diretor Skinny quer estender o nosso período de aula? Eu acho que ele não pode fazer isso. Ou pode? – Mary adorava como podemos dizer “fofoca”
-Bom se ele pode ou não eu não quero saber. Eu só acho que ele não deve por que se ele fizer isso. Ele vai descobrir o que é uma rebelião de verdade. – Olhei pro lado e meu irmão já não estava mais lá, provavelmente já foi atrás dos amigos.
-Oi gentee tudo bem? – Era a Avery que esta sempre animada não importa o que aconteça. – Eai Mary vai ser na sua casa mesmo?
-O que na sua casa Mary? – Eu perguntei.
-A gente marcou de estudar. Mas vai ser mais para fofocar e ver fotos de garotos gostosos de outros colégios. Você vai não é? – Ela me encarou esperando que eu disse-se sim.
-Na verdade, não. – Eu disse.
-Mas por que não? – Elas me olharam indignadas.
-Eu pedi a coordenadora para usar o auditório hoje, eu tenho que estudar, e em casa não esta dando certo eu sempre me distraio com alguma coisa.
-Mas Clar. – Me disse a Avery com cara de emburrada. – Mas você estuda com a gente.
-É claro ate porque com vocês eu vou estudar e não ficar conversando. – Eu ri.
-Ta tudo bem. – A Mary era sempre compreensiva. O sinal soou e fomos para a classe.
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Depois de longas quatro aulas era horário de almoço, eu e minhas amigas sentamos no gramado do lado de fora do colégio onde os alunos se reuniam para estudar, conversar e almoçar.
-Não suporto álgebra. E se eu não conseguir tirar nota vou me ferrar. – Reclamou Avery.
-Se você quiser eu posso tentar te ajudar. Se bem que eu não sou muito boa em nada. – Começamos a rir.
Ficamos conversando sobre assuntos paralelos enquanto almoçávamos e então reparei que do outro lado bem distante tinha um cara de pé escorado em uma árvore, ele usava uma camisa branca com um blazer preto por cima, e um chapéu coco, ele tinha olhos verdes escuros e cabelos castanhos escuros, parecia ter uns 18, 19 anos, e meu Deus como ele era lindo, e ele parecia estar me encarando também.
-Clariss. Mundo chamando Clariss. – Era a Mary me chamando. – Ei tudo bem? – Perguntou ela com um sorriso.
-AH claro eu to sim só. – Então olhei para onde ele estava, ele não estava mais lá. – Só me distrai um pouco.
Foram mais três horários então o sinal soou e estávamos livres para voltar para casa. No meu caso eu havia escolhido ficar por opção.
-Eai você vai ficar mesmo? – Era o Adam
-Vou sim avisa a mamãe que ela não precisa me buscar quando eu acabar eu volto andando okay?
-Tudo bem. Já vou indo então. Divirta-se, menina nerd. – Ele disse rindo.
-Idiota. – Eu disse com uma risada e uma careta.
-Tchau Clariss, fica bem. – Disse a Avery com uma carinha triste provavelmente por eu não ir com elas.
-Olha qualquer coisa se você mudar de idéia é só aparecer lá em casa. – Era a Mary.
-Tudo bem gente. – Então nos despedimos e eu fui ate o auditório.
Abri a porta com muito custo, por que era uma porta velha e muito pesada, desci as escadas e espalhei minhas coisas no palco, eu não ia ficar em uma daquelas cadeiras, eu preferia sentar no chão do palco.
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Depois de uns trinta minutos estudando escutei alguém abrindo a porta, olhei para cima para ver quem era, e era ele, o cara da hora do almoço, do chapéu coco.
-Hããmm. Posso ajudar em alguma coisa? – Eu perguntei arqueando a sobrancelha.
-Sim. – Ele disse sorrindo. Fiquei espantada tamanha a rapidez a qual ele desceu as escadas e se sentou no chão ao meu lado. – Tudo bem? – Ele perguntou
-Hãmm Olha eu acho que não tem ninguém aqui. – Eu disse com uma sobrancelha ainda arqueada.
-Bom na verdade tem, tem você aqui e eu também estou aqui. E quando uma pessoa diz “não tem ninguém aqui”, sempre tem, por que ela esta lá para dizer que não tem ninguém. – Tá eu estava começando a achar que ele tinha algum problema psicológico.
Então eu virei lentamente meu rosto para encará-lo.
-Hum rum. – Resmunguei com cara de desinteresse, eu não queria parecer grossa, mas isso não é uma coisa muito normal de se acontecer não é mesmo? – Tá eu não sei se você percebeu, mas é meio estranho, um desconhecido entrar em um auditório e começar a falar coisas aleatórias para uma garota que ele ainda não conhece.
-Mas eu te conheço. – Ele disse.
-Você parece um psicopata.
-Eu não sou um psicopata.
-A não?
-Não – Ele disse sorrindo. Então ele pegou um lenço vermelho o colocou na mão cerrou o punho e então abriu a mão de novo, e tinha uma rosa vermelha.
-Ah você é um mágico?
-Você também. – Ele disse me encarando. E estendeu a rosa para mim. – Toma pode pegar é para você. – Ele sorriu.
-Se você me conhecesse saberia que eu sou um desastre em tudo e não consigo fazer mágica. – Então eu peguei a rosa.
-Não você não é.
-Sou sim. – Eu respondi, ele era um completo estranho não tinha como saber sobre mim.
-Bom você pode ser agora. Mas não vai ser. – Ele disse. – Meu nome é Thomas.
-Eu sou a Clariss. – Eu sorri, mesmo que contra minha vontade, eu sentia como se o conhecesse á bem mais do que cinco minutos.
-Bom ate mais Clariss. A gente se vê em breve. – Ele sorriu e foi ate a porta do auditório.
-Ta...bom. – Eu disse pausadamente. Isso havia sido estranho muito estranho.
Esperei uns dez minutos depois que ele saiu e coloquei minhas coisas na minha mochila e fui rápido de volta para casa.
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-Filha você já chegou em casa? – Era minha mãe gritando.
-Já. – Eu disse enquanto subia as escadas e ia em direção ao meu quarto.
Joguei minha mochila no chão e fiquei encarando a rosa. Ate cair no sono.
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