Revenge or not

Capítulo 1: Emily Thorne


P.O.V. Emily.

Eu tinha um plano claro na cabeça, mas depois de ser baleada e ficar estéril, eu estava mais furiosa do que nunca. Agora, Victória Grayson vai sentir a minha dor pela última vez. Acabarei com Victória, com Daniel e com sua amante e depois... já era. Não quero mais isso.

Os Grayson que se explodam.

Enganei o filho de Victória, Patrick Osborn. Sedei-o e o trouxe até o cemitério onde o altar estava montado. Amarrei-o e esperei que acordasse.

—Bom dia, luz do dia. Bem, boa noite considerando a hora.

P.O.V. Patrick.

Estou amarrado. Num cemitério. A mulher estalou os dedos e várias velas ao nosso redor se acenderam.

—Acredite, isso não me trás alegria. Mas, o seu irmão atirou em mim, quase me matou e me deixou estéril, sua mãe e o marido dela mataram o meu pai e acobertaram. Agora eu preciso de um primogênito. E o da Victória me serve muito bem.

Ela começou a pronunciar umas palavras loucas e as chamas das velas foram nas alturas. Senti a lâmina estraçalhando a minha garganta. Sufoquei no meu próprio sangue.

—Quer culpar alguém por isso... culpe a vagabunda da sua mãe e o bastardo do seu irmão.

P.O.V. Emily.

Eu senti a dor. O ritual estava funcionando. O que os médicos fizeram estava sendo desfeito. Quando finalmente acabou, me levantei. E enterrei Patrick Osborn no próprio túmulo.

Catei as velas e todo o resto. Enfiei na sacola e fui embora para a casa da praia. Tomei banho e me arrumei.

Já era de manhã. Fui até o hospital e até eu fiquei surpresa com aquele resultado.

—Você... Você está grávida.

—Quanto tempo?

—Dezessete semanas.

—Obrigado. Não diga a ninguém.

—Isso é um milagre.

—É. Algo assim.

Voltei para a mansão Grayson.

—Pode me dizer onde estava?

Perguntou Victória e eu resolvi.

—Resolvendo um problema.

Eu não podia deixar essa família infectar o meu filho.

Daniel quis conversar no escritório.

—O que você quer?

—O divórcio.

—Ótimo. Onde eu assino?

—Mas, já?

—Desculpe amor, mas eu to com pressa.

Eu nem quis saber de nada só assinei, rubriquei e blá, blá, blá.

—Adivinha só Sara, estamos livres.

—Não Sara. Eu estou livre. Você está condenada. E Daniel, não me culpe. Só a sua mãe e seu pai por destruir a minha vida e a minha família.

—Não estou condenada.

—Não está? Você acha que ele mudou, mas não mudou. Ele é um Grayson. Logo, eles vão te deixar sem espaço pra si mesma. Não terá tempo para ter amigos ou um relacionamento porque vai gastar toda a sua energia correndo atrás deles. Fazendo festas beneficentes, eles vão consumir você, te engolir inteira. Roubar a sua alma, te usar, te manipular, te mastigar e cuspir fora. E se sobrar alguma coisa de você... eles vão enterrar. E pouco lhes interessa se o que sobrou está vivo ou morto. Porque os Grayson minha cara, são buracos negros de tempo, e energia e amor. Só... sugando tudo. Nunca devolvendo nada. São como tornados desgovernados destruindo tudo no caminho. E por isso eu tenho pena deles. E quero que saibam que... eu perdoo vocês. Avise o seu marido.

—Eu sabia que era só mais uma interesseira atrás de dinheiro.

—Você não sabe nada sobre mim. Apenas presume que sabe. Eu não queria o seu dinheiro. Eu queria o seu sangue.

P.O.V. Daniel.

A resposta dela foi...

—Você não sabe nada sobre mim. Apenas presume que sabe. Eu não queria o seu dinheiro. Eu queria o seu sangue. Mas, se eu continuar por esse caminho... então serei um monstro como você.

Charlotte veio descendo a escada.

—Ei! Olha o que eu achei!

—Oh! A minha vela da chama negra. Obrigado Charlotte.

Disse Emily pegando a vela decorada das mãos de Charlotte. Minha mãe ficou pálida feito cera.

—Vela da chama negra?

—Viu? Você não sabe nada sobre mim. Vicky.

Disse dando uma piscadinha para minha mãe. Emily pegou as malas e saiu.

P.O.V. Victória.

Não. Não. Daniel a deixou estéril. Oh, não.

—Patrick. Patrick!

Disquei o número, mas ele não atendia.

—Mãe?

—Ele não atende.

—Mãe o que está acontecendo?

—Meu filho. O meu filho. Meu primogênito.

—Mãe, o que está acontecendo?

—Ela deve tê-lo pego.

Olhei no calendário e a lua crescente já havia passado. Foi ontem. E então eu soube.

—O que eu fiz? Meu Deus, o que eu fiz?! Isso é nossa culpa. Minha e do Conrad. Se não fosse por nós, nada disso teria acontecido, se não fosse por nós, Patrick ainda estaria vivo!

—O que?

—Ela o matou. Não, ela o sacrificou. Quando ficou estéril... ai é que ficou realmente revoltada. Com sangue nos olhos. Todo este tempo... ela estava aqui. Bem debaixo do meu nariz!

—Mãe, do que está falando?

—Não importa mais.

P.O.V. Emily.

Fui até a casa do Nolan me despedir.

—Oi Ems.

—Oi Nolan. Estou aqui para dizer adeus.

—E quanto a sua vingança?

—Já tive o suficiente. Isso me custou a minha habilidade de ter filhos. Mas, eu dei um jeito. Obrigado Nolan, por sua ajuda. Você é meu amigo e nunca vou esquecer o que fez por mim. Mas, agora... preciso partir.

—Ems. Você está bem?

—Estou.

Voltei para a casa da praia e comecei a quebrar tudo. Quebrei os móveis, rasguei o sofá. Até a minha caixa do infinito. Então eu abri o gás. Minhas malas já estavam no carro.

Sai da casa, entrei no carro e...

—A ti eu clamo chama que adormecia, tome forma não teime, faça a noite clara como o dia e queime querida, queime.

Então... Kaboom!

P.O.V. Daniel.

A minha mãe tava passando mal e então nós ouvimos a explosão. Saímos e a casa vizinha já não existia mais. Tinha explodido, escombros voavam longe.

—Ai Meu Deus! Será que ela tava lá dentro?

—E quem liga?

—Eu! E se a mulher se matou Daniel?! Essa história tá muito mal contada.

P.O.V. Emily.

Vim para a Costa Oeste. Califórnia, Miami.

Fiz uma acordo com um vampiro. E agora estou sob sua proteção. Vou á um grupo de apoio para mães solteiras. E estou aproveitando cada momento da gravidez.