Não sei se essa é uma história de final feliz, pois ainda não cheguei ao final da história, ainda estou vivendo-a e posso acabar amanhã como uma rainha da cidade de Gotham, sendo bondosa – ou não – com a população, graças à um acordo com o morceguinho. Ou, o que é mais provável, posso cair morta e ninguém se importar de, sequer, pegar meu corpo para enterrar.

Nada contra o morceguinho, até o conheci uma vez. Ele só não é muito de sorrir, mas não o culpo, sua vida deve ser deliberadamente uma grande merda. Oh, desculpe o palavreado, eu falo um pouco demais essas coisas “feias”, mas quem se importa não é verdade? Uma das minhas melhores amigas sempre disse que devemos fazer o que tivermos vontade, quando tivermos vontade. Sinto sua falta, falando nisso.

É, sem contar as coisas. Serei misteriosa, porque não tem graça alguma contar as coisas logo aqui no início, certo? É, certo. Sem discussões, por gentileza. O que posso dizer? Estou um pouco excitada para lhe contar como as coisas aconteceram e prometo não mentir, afinal, jamais perdoaria se você fizesse o mesmo comigo, querida.

É a história de como minha vida virou de ponta a cabeça graças à um babaca que tentou me matar, sim!!! Meu ex-namorado – e que ele esteja ardendo na porcaria do inferno – tentou me matar pra valer e então, tive que me defender. E gostei tanto de machuca-lo quanto quando o vi estático com os olhos abertos caído no chão já vermelho.

Isso faz de mim uma má pessoa? Talvez isso faça de mim a mesma coisa que meu pai... Uma insana?

É, eu conheci ele também, você verá, te contarei todos os detalhes como ele é. Mas não agora, vamos por partes, se não o final não tem graça, se é que vai ter alguma graça contar minha vida de fugitiva e as amizades – e inimizades – que eu fiz apenas porque me defendi de um babaca! O mundo é injusto, como pode não ser? É, eu também não faço ideia.

Sem mais delongas, estou maluquinha para te contar tudo. Então vamos ao que interessa.

Um pouco de suspense é sempre bom!!

Com amor, Nat.