Rainbow War

Derrota histórica


– Por que você está copiando meu estilo? – perguntei pra ele, com a raiva me mantendo acordado – É algum concurso de fantasia idiota e você se inspirou em mim?

– Lógico! Você é a fantasia mais idiota que eu posso encontrar na minha vida. – disse ele – Mas isso por enquanto, logo você será apenas uma lembrança!

Sem perder tempo, ele lançou seus conhecidos espinhos de sombras e eu não tive idéia melhor: usei minhas asas como escudo. Os espinhos bateram e se desfizeram, mas não era tudo, senti uma bolada pesada nas minhas costas que quase partiu minha coluna em 9 pedaços diferentes. Isso foi tão forte que, de uma maneira que eu nunca vou conseguir explicar, me fez deitar de costas para o chão, e eu me surpreendo com o rosto de Darkshadow a centímetros do meu. Ele flutuava paralelamente acima de mim, sorrindo sadicamente.

– Sabe o que é mais engraçado disso tudo? Que você nunca vai chegar a conhecer verdadeiramente as pessoas com quem luta. – e com um movimento rápido, deu um giro no ar e chutou minha barriga com tanta força que eu desci despencando até o chão.

Já não me importava com nada, estava tão fraco que minhas asas de fogo se desfizeram ao toque dele, mas minhas penas se mantiveram acesas e ainda caiam delicadamente pelos céus, com uma leveza incrível. Sinceramente, pensei que fosse morrer dormindo, pois meu cansaço foi tão grande que consegui a proeza de fechar os olhos e semi-adormecer enquanto caia a uma velocidade assustadora em direção ao chão no intuito de virar uma manchinha no pátio do colégio.

Entretanto, o cansaço também afetou minha área relativa a sensação, pois quando finalmente bati no chão, não foi a pancada e a dor insuportável que eu imaginei, e sim a sensação de estar pulando em uma cama elástica, e afundei como se estivesse em um colchão macio, e fui aos ares de novo. É decididamente eu estava em uma cama elástica macia como um colchão de molas e grande como uma piscina. Quando finalmente parei de pular, percebi uma figura alta com cabelo laranja ajoelhada ao meu lado, me encarando.

– Kahel! Ele está muito mais poderoso do que nunca, nem mesmo eu consegui derrotá-lo, sendo que ele me deu uma surra gigantesca... Estou todo dolorido, e como você chegou aqui? – falei tudo isso meio grogue, mas agora que estava longe dele, me senti um pouco melhor e já estava me recuperando.

– Menos papo e mais ação. Cadê o Aurum? – perguntou ele, com aquela voz que tanto lhe confundia o sexo.

– Aqui! – gritou Aurum, correndo em nossa direção através do pátio. – Tive que enfrentar um labirinto para chegar até aqui, mas agora tenho uma idéia de como derrotá-lo. Mas vai precisar do Jack lá em cima de novo.

Só de ouvir isso, tive vontade de desmaiar.

– Você ta ficando louco pra pensar que eu me atrevo a voltar lá pra cima! Só de chegar perto daquele cara, eu fico mais fraco que o Superman perto da criptoníta!

– Mas é só você de nós três que pode voar, e mesmo assim, é apenas por alguns minutos. – disse Aurum, me olhando no fundo dos olhos – Só você para ir lá em cima, e não se preocupe, só quero que você faça isso:

Cochicha, cochicha, cochicha... E só acertar uns detalhes aqui, umas coisinhas não explicadas ali, diz o que fazer se acontecer A, diz como mudar os planos se acontecer B, amarra ali, faz acolá, diz umas coisinhas, fala uns detalhes, tira as duvidas, enfim, fizemos um pequeno conselho estratégico que deu um resultado bem interessante, mas ainda assim seria imensamente perigoso o que faríamos. Eu só espero que o plano de saúde cubra os ferimentos que possivelmente vá receber.

– Você vai ficar me devendo uma recompensa muito grande quando isso acabar! – disse eu emburrado, fazendo biquinho.
– Pode pedir o que quiser, mas vai logo.

E dessa vez, coloquei asas menores, tipo: apenas dois metros de ponta a ponta, e me pus a voar pelos céus em busca do demônio com uma velocidade assustadora. Se tudo desse certo, eu nem precisaria saber da localização da Tati. Só espero que minhas penas ainda estejam caindo.

POV Darkshadow

– Espero que ele tenha morrido. Mas a vida ficaria muito chata sem ele por perto pra bater… Será que existe alguma maneira de copiar ainda mais os poderes dele além dessas asas?

– Tenho minhas duvidas! – gritou uma voz muito amada para mim – E tem mais, agora eu vou te devolver a surra que você me deu, seu plagiador de uma figa!

Vaso ruim não quebra fácil mesmo, mas esse em especial se reconstruía sozinha eu quebrar quantas vezes eu quisesse. É por isso que eu o amo! E amo ainda mais causar a dor e o sofrimento dele, exatamente como eu vou fazer agora! Me virei lentamente, para causar mais impacto quando eu o encarasse, com meu lindo sorriso. Meu Jack tem que ter tratamento especial, pois ele não é como os outros lixos. Não. Ele é o maior dos prêmios.

– Jack, você não se cansa de apanhar pra mim? – perguntei delicadamente – Eu tenho tanto poder agora, que não seria ruim enfrentar você e seus amigos agora. Posso derrotar vocês sozinho agora, e sabe que não há nada que você possa fazer pra mudar isso.

Ele apenas mordeu o lábio, mantendo a expressão séria no rosto. Nossa como ele consegue? Estou prestes a matá-lo e ele aí, como se não houvesse nada a temer… Por isso que eu queria desesperadamente matá-lo e desossá-lo. Assim eu seria um dos mais poderosos entre todos os sete. É claro que não seria fácil, mas vou conseguir se mantiver aquela garota como trunfo.

– Veremos – disse Jack, e começou a voar rápido ao meu redor tentando me confundir.

– Não vai ser assim tão fácil, Jack. Eu já conheço esse truque! – disse eu olhando para seu pequeno rastro de fogo. Seria mais fácil do que eu pensei.

Deixei-o passar bem perto de mim, e transformei o fogo em sombras, assim ele ficaria preso em uma imensa rede sombria. Ele nem percebeu, e continuou dando voltas ao meu redor e só me dando armas para atacá-lo. Logo, logo ele estaria envolto na minha rede de sombras e não haveria nada que ele poderia fazer pra se defender de mim! Era preciso apenas esperar o momento certo para dar o golpe final.

– Você é mesmo muito convencido, não é? – falou ele, com a voz vinda de traz de mim – Acha mesmo que eu seria pego nesse truque? Fala sério! Fui eu quem te pegou, agora.

Virei-me absurdamente rápido, mas não foi um bom negócio. Jack devia estar com um humor do cão, pois me deu um soco tão forte no meio da cara, que eu girei e levei a mão até o nariz pra ver se dava pra controlar o sangramento. Eu realmente iria matá-lo com a maior crueldade quando pusesse as mãos nele. Conjurei algo inédito: fios de sombra, tão afiados quanto cerol e tão finos quanto fios de cabelo. Era hora de pegar pesado.

– Você vai pagar pelo que fez com meu nariz, seu desgraçado! Eu vou te despedaçar antes que você possa dizer meu nome! – coloquei minhas mãos para frente com as palmas voltadas para baixo e criei os fios. E com um movimento rápido, cruzei os braços com as mãos nos ombros, como os antigos faraós. Os fios se espalharam e agora era só puxar e… O que? Os fios foram absorvidos pelos rastros sombrios que Jack tinha deixado ao meu redor.

– Demônio. Esse menino é o demônio, planejou tudo e agora praticamente nenhum dos meus ataques vai funcionar. Não com as minhas próprias sombras pra devorar e fundir meus ataques. Mas se eu tirá-las de perto de mim, a coisa muda de figura!

Cancelei todas as sombras ao meu redor, exceto a sombra das minhas asas e qual não foi minha desagradável surpresa ao constatar que acima de mim, caia uma chuva de penas de fogo prontas pra queimar qualquer coisa que tocasse. Eu devia ser muito idiota mesmo, agora eu não posso convocar sombras grandes o suficiente para deter esse ataque, e minha única alternativa seria voar mais embaixo. Desci um pouco com um vôo suave. Não queria despertar suspeitas de que estava fugindo de penas de fogo, mas existia um pequeno medo no interior da minha cabeça e eu não queria estar certo quanto a esse medo.

– O que foi, Dark? Com medo de umas peninhas? – perguntou Jack, surgindo acima das penas e passando tranquilamente por elas. Obvio, elas não machucariam o próprio dono!

– Você não criou essas penas à toa. Elas têm um objetivo, e eu imagino muito bem qual ele seja!

De repente, as penas começaram a se juntar nas asas dele. Só então eu reparei: Jack estava com asas pequenas demais. Muito menores do que o habitual. Devia ser um efeito colateral por causa da explosão das penas, ou ele quis poupar energi… Merda!

– Exatamente. Pelo visto, você descobriu o propósito de eu ter me depenado: pra descobrir de onde vem o fluxo de energia que te nutria, e eu tive uma resposta básica. Na verdade, o seu método foi até engenhoso, mas teve uma ou duas falhas que me permitiram bolar esse plano. De qualquer maneira, o fluxo de energia era entre mim e você. Sua primeira falha foi ter me atirado pra baixo: deu pra ver as penas se agitarem um pouco quando eu passei e até crescerem de tamanho, o que significava que tinha energia saindo de mim, e provavelmente indo até você. Essa foi a mais grave de todas. A outra foi que você esqueceu que eu tinha amigos do meu lado e que poderiam pensar em conjunto comigo, o que significa que subestimou seu inimigo. Outro erro fatal. E pode ter certeza, esse será o ultimo!

Só tive tempo de ver uma asa de fogo gigante descendo na minha direção como um punho gigantesco de fogo, e me acertando. Não tive tempo de conjurar uma barreira de sombras, então imitei Jack e coloquei minhas asas como escudo. Mas ainda assim, a pancada foi tão violenta que eu desci feito um míssil atirado do espaço. Não me queimei muito, mas senti que se não me transformasse em sombras e sumisse dalí neste exato minuto, viraria um perfeito circulo esmagado no chão. Mas antes que eu pudesse sequer pensar em qualquer coisa, fui acorrentado pelo nojento do Aurum e ele me apertou com tanta força que quase quebrou todos os meus ossos.

– Olha… Eu não queria fazer isso com você, mas parece que não tenho escolha. Você ainda pode vir pro nosso lado. Eu sempre vou te esperar de braços abertos.

Queria que ele me esperasse com as correntes abertas. Na boa, cara, eu amo um abraço bem apertado, mas isso já é ridículo! Eu estava quase sufocando e não tinha idéia de como sair dalí, afinal mesmo que eu me tornasse sombras, não teria oxigênio suficiente pra ir pra longe. E com certeza eu devia ter quebrado algum osso, então não seria muita vantagem gastar energia à toa. O melhor a fazer era mesmo esperar por piedade.

– Kahel, sua vez! – gritou Aurum, e me atirou com força contra meu primeiro inimigo. Isso sim é ironia pura: ser derrotado pela primeira pessoa que você derrotou.

Kahel estava com um olhar de fúria pra cima de mim. Assim que cheguei próximo o suficiente, não hesitou em dar um chute giratório tão forte na minha barriga que eu quase desmaiei. Mas isso não foi tudo: ele usou a terra para me prender no chão pelos pulsos, tornozelos, joelhos, cotovelos, cintura e pescoço. Resumindo: eu estava preso no chão e ele estava preparando algo grande. Um grande espancamento! Tive quase certeza de que morreria, mas no ultimo minuto, alguém com bondade no coração o deteve. Agradeci da única forma que poderia: desmaiando.

POV Jack

Finalmente. Eu olhava mais não podia acreditar. Darkshadow, ele… Ele estava… Darkshadow estava deitado no chão totalmente sem forças para levantar! Nós o tínhamos derrotado. Agora eu estava convencido de que podíamos mesmo vencer e encontrar os outros aliens que faltavam. E esperava que isso fosse rápido, pois ainda faltavam quatro dias intensos de provas e isso no me gusta! Falando nisso, acho que errei a décima questão de espanhol, mas agora isso não vem ao caso.

– Boa, gente! Agora ele ta dormindo aí no chão e a gente pode ficar mais tranqüilo quanto a ele. Mas tem mais uma coisa que eu quero fazer antes de ir embora: Tati ta por aqui. Precisamos encontrá-la! – disse eu chegando mais perto de onde Aurum lutava um pouco pra segurar Kahel

– Ei Aurum, para com isso! Se ele quer matar esse filha-da-puta, a gente mesmo é que não devia interferir.

– Você é um demônio sem coração, Jack. Kahel, para! Se controla, porra! – nesse ponto, Aurum me assustou, tanto pelo uso do palavrão quando pela atitude: ele pegou Kahel pelos braços e o encarou com força – Nós podemos evitar isso. Não só podemos como vamos, confie em mim!

Aí que as coisas ficaram realmente estranhas: Kahel perdeu totalmente o controle e começou a chorar desconsoladamente! Eu mesmo nunca tinha visto uma pessoa chorar na minha frente, e era a primeira vez que eu via isso de alguém tão poderoso. Era simplesmente paradoxal. Aurum não demonstrava emoção com facilidade, mas via-se que ele tinha um pouco de raiva e tristeza. E quando ele abraçou Kahel, eu simplesmente vi meu mundo inteiro dar uma volta, meio nó e um desdobramento. Eu estava sobrando enquanto rolava o maior clima entre aqueles dois!
Mas quando eu ia dizer alguma coisa engraçada pra aliviar o clima pesadíssimo, Aurum olhou pra mim e seus olhos estavam semi-mortos. Entretanto reavivaram na hora que olhou acima do meu ombro, e não reavivaram de boa maneira. Ficaram como se tivessem visto o pior dos pesadelos, e eu não tinha a mínima vontade saber quais eram os piores pesadelos que estavam atrás de mim.

Mesmo assim decidi me virar. Só tive tempo de ver uma enorme esfera de energia verde vindo em minha direção. Com certeza eu morreria antes que ela me tocasse, mas não sem ter agonizado como daquela vez. Ela se aproximava a uma velocidade assustadora, mas o que foi realmente assustador foi a parede de ouro com quase 1m de espessura que Aurum criou na nossa frente, e quando a esfera chocou-se contra ela, a parede continuou firme e forte no lugar dela. Com certeza Kahel devia ter endurecido aquela coisa, pra suportar melhor o impacto.

Por favor, me digam que isso não está acontecendo! Não queria acreditar que mal tinha acabado de derrotar o desgraçado, agora teríamos que lutar contra a doce Tati. Ela não poderia dar um desconto? Seria muita brutalidade tentar apenas deixá-la inconsciente e sem muitos hematomas? Será que a gente poderia fugir e deixar os dois pra trás, assim não nos machucaríamos tanto novamente? Seria muita covardia fazer isso? Essas perguntas rodavam pela minha cabeça enquanto eu recuava alguns passos afim de ficar perto de Kahel e Aurum, pra podermos combinar um plano. E por acaso eu tinha a idéia perfeita.

Contei pros dois o meu plano e expliquei detalhadamente como iríamos fazer. Mas eu precisava ser muito rápido. O desespero de se defender daquela bola tinha erguido uma fortíssima parede, e isso só nos dava cobertura pela frente. Caso ela passasse dalí e tivesse visão da gente, seria o fim.

– Espero que dê certo. Jack, vai tentar distraí-la enquanto a gente se recupera – disse Kahel com a voz ainda chorosa.

Apenas assenti com a cabeça e preparei minhas asas. Peguei impulso e voei por cima da parede, e tive uma visão panorâmica do que estava acontecendo: Tati não estava ali, mas isso não significava exatamente que ela não estivesse ajudando. Na verdade, tive uma visão quando olhei a pessoa que estava caminhando lentamente pelo pátio que já não estava em boas condições, mas que parecia uma passarela com ela andando. Que mulher gostosa! Juro, você não acha mulher mais gostosa do que ela no universo inteiro: devia ter 1,67m e a pele era um marfim. Cabelos castanhos e ondulados caiam-lhe pelo rosto de fada até um pouco abaixo dos ombros. Seu rosto era uma expressão de beleza: seus olhos eram de um verde-esmeralda absurdo, e um nariz perfeito, sem nenhum desnível, nada! E os lábios rosados que matavam qualquer um de desejo… QUERO O CORPO DELA NÚ! NECESSITO DO CORPO DELA NÚ IMEDIATAMENTE! Corpo simplesmente, perfeito, de Natália Guimarães.

Ela olhou diretamente para mim com aqueles olhos surreais e sorriu pra mim. “Que ótimo”, pensei, “a gostosa é nossa aliada”. Doce engano! O sorriso doce transformou-se numa boca aberta que soltou um raio de energia que se me atingisse, transformar-me-ia em poeira. Voei pra cima e adivinhem? O raio dela me seguiu. Então a saída era voar o mais rápido que eu pudesse pra despistar aquela coisa. E se eu puder contra-atacar também seria uma ótima pedida. Mas vamos encarar os fatos, como eu vou distraí-la melhor do que tentar fazer ela me acertar?

– Você realmente pensa que eu sou fácil? Vai ter que rebolar muito pra me acertar, sua vadia! – podia sentir as chances de ir pra cama com ela indo por água a baixo depois de falar isso na cara dela. Mas não podia ser de outro jeito, eu teria que prender a atenção dela em mim o máximo de tempo possível – Vem me acertar se for capaz!

Voei pra frente o mais rápido que pude, mas não percebi uma coisa: as mulheres são dez vezes mais espertas que os homens. Ela vestia uma calça legging preta com uma blusa verde com um decote muito, digo muuuuuuuuuuuuuuuuuuuito generoso! A blusa ficava bem justa abaixo dos peitos e solta, mostrando uma barriguinha de fazer inveja, e o decote me dava uma visão incrível dos peitos dela que, diga-se de passagem, me fizeram faz um movimento involuntário com as mãos. Depois de uns litros de baba, senti apenas um canhão de energia vindo de cima e me atingindo com uma força mortal.

Minhas asas de nada valeram, então cai no chão como um peso morto sem pára-quedas. Tentei me lembrar que àquela velocidade, se eu tocasse no chão… Ok, isso está ficando repetitivo! Mas ela mudou os planos, pois um círculo de energia brilhante lá no chão me congelou no meio da queda e eu tive vontade de agradecer loucamente a ela. Entretanto, quando ela se aproximou, perdi a vontade de agradecer e ganhei a de mamar naqueles melões divinos!

– Você tem sido um menino muito mal! – disse ela com sua sensualidade de pantera – Você precisar punido!

Lambi os beiços e imaginei como seria se quiséssemos fazer sexo selvagem no meio do pátio. Provavelmente, eu teria que interromper os planos de Kahel e Aurum. Transar com uma supermodelo gostosona é uma chance na vida e outra na morte.

– Pode me punir o quanto quiser! Sou seu escravo sexual! – disse eu quase implorando mentalmente para ser estuprado por ela.

Mas a sensação que seguiu essa frase não foi nem um pouco prazerosa: Ela descarregou a energia que tinha acumulado no circulo sobre mim e parecia que minha pele estava sendo derretida em soda caustica. Gritei horrores e tentei pensar em uma saída antes que tivesse um infarto. Nem foi preciso, o circulo se desfez e eu fui ao chão. Espero continuar ali até me recuperar. Mas ela foi até mim, e enfiou o salto agulha nas minhas costas, e ficou com aquela pose de dominatrix.

– Você é menino muito travesso. Agora vai sofrer as conseqüências! – disse ela com um sorriso arrasador naquele rosto de fada.

– Sim, com certeza eu sofrerei. Por você eu sofro tudo, minha rainha do sexo! – disse eu agarrando a perna dela e dando uma lambida ardente que foi do pé até a barra da calça, que ficava na metade da canela.

– Ai, seu cachorro nojento! Você precisa de um corretivo. – disse ela tirando a perna e caminhando para longe de mim, mas sempre de frente pra mim.

– Com certeza, me judia. Me judia bastante, porque eu sou incorrigível! – me levantei e corri atrás dela para pega-la de frente!

Quando eu estava perto o bastante, fui pego desprevenido e ela meteu uma joelha épica no Pê-chan! Simplesmente assim. E não satisfeita, me pôs de joelhos e segurou meu cabelo com tanta força que pensei que fosse arrancar os tufos. Eu não sabia qual das mãos usar, pois uma tentava acalmar meu filho que chorava muito, e a outra pensava se acalmava meu filho também, ou se tentava acalmar meus cabelos.

– Agora vou te ensinar a falar! Cachorrinho nojento! – disse ela, se abaixando pra ficarmos olho por olho – Fala: “Gostosa”.

Eu sou burro?

– Gostosa! – disse eu com muito entusiasmo.

Resposta: eu sou o mais burro do mundo! Levei um tapa tão forte que minha cara ficou fervendo do lado esquerdo. Bem, poderia ser pior. Eu poderia ter levado outra joelhada, mas decidi entrar no jogo: ignorei a dor horrível que sentia nos meus três pontos atingidos e apertei os peitos dela com vontade! Hum, macios! Ela deu um grito delicioso e ficou mais vermelha que o próprio cabelo. Que mulher!

– J-J-Ja-Jack! La-largue meus peitos! – disse ela com uma cara envergonhada que me deixou louco! Pê-chan estava em ponto de bala nessa hora, e eu não podia perder a chance.

– Agora você vai aprender uma lição, sua puta gostosa! – dei um empurrão nela e joguei-a no chão, assim pude ficar em cima dela e com certeza eu devia estar com uma cara de tarado que dava medo, então era bom eu aproveitar o quanto podia da sua falta de defesa.

Não vou contar que alisei aquelas pernas durinhas, e apertei aquela bunda macia e perfeita pra não fazerem vocês babarem enquanto ela se contorcia lascivamente e dizia coisas como: “Seu tarado sensual e gostoso!” ou “Não para, por favor, me estupre!” ou ainda “Seu pedaço de mau caminho, não toque aí!”. Mas era só boca, porque ela gemia como se estivesse prestes a gozar e com certeza eu gozaria primeiro. Que corpo gostoso, o daquela garota!

– Gata, que tal fazermos sexo selvagem no chão? – perguntei, prendendo-a debaixo de mim – Tem uma camisinha na minha carteira, espera só um pouco.

Mas ela estava mais maluca que eu agora: sabe-se lá como, ela se soltou de baixo de mim, e com uma das mãos ela apertou minha bunda e quase arrancou um pedaço, e com a outra, forçou minha cara na direção da dela e me deu um beijo que mais parecia um sugador: ardente, gostoso, com forte apelo sexual, convidativo para a cama, parecia mais que estávamos em uma orgia. Os movimentos começaram instintivamente.

O vai e vem por cima dela estava me enlouquecendo e eu ainda estava vestido. A essa altura, era desejo comum estar nu e aproveitar cada segunda de entrada e saída. Eu sentia meu intimo queimando e ela sussurrava imoralidades no meu ouvido enquanto dava mordidas e chupões no meu pescoço. Fiquei arrepiado. Mas não era hora de parar com a brincadeira, então voltei a minha boca para a dela e beijei desesperadamente. Consegui fazê-la ficar sem fôlego e parti para mordiscar as orelhas…

Ela gemeu mais um pouco e eu senti vontade de rasgar as roupas que nos cobriam e fazer tudo de verdade: o falso rala e rola estava me matando de desejo e eu tinha certeza que a qualquer momento Kahel e Aurum iria perceber que eu estava quase transando com ela, e provavelmente me castrariam pra podermos fazer uma boa batalha. Será que dói ser castrado? Enfim, eu estava meio que abobado com tudo isso e acabei me desconcentrando um pouco, mas ela tinha pleno domínio sobre mim.

Em poucos segundos ela fazia uma massagem profissional no Pê-chan, e eu voltei a fazer os movimentos bem ritmados e com mais força, embora isso de nada adiantasse, pois eu não estava de fato, entrando. Enfim, voltando ao que interessa, depois de alguns momentos nessa sacanagem toda, não agüentei e realmente gozei! Cara, nunca, eu disse, NUNCA saia de casa sem camisinhas, cuecas boas e em alguns casos, roupas boas. Nunca se sabe quando uma Miss Universo vai dobrar a esquina e pedir pra transar com você.

Mas teve uma coisa que me intrigou: geralmente depois do gozo, eu me sinto apenas um pouco cansado e fico arfando um pouco. Dessa vez, eu estava quase desmaiando de tanto cansaço. E olha que eu nem transei de verdade com ela! Esperai… Puta que pariu, eu estava tão entretido que eu nem percebi!

– Qual é o seu nome? – perguntei com os olhos meio fechados.

– Jade – disse ela, me encarando com um sorriso muito malicioso.

– Jade, você é uma vadia! – disse eu, com meus músculos fraquejando.

Ela me empurrou pro lado, e se levantou com uma maestria de bailarina.

– Na guerra e no amor vale tudo, Jack! – disse ela, enquanto colocava o salto em cima da minha barriga e me encarava de cima – Inclusive vampirização sexual.