Rainbow War

Míssil de Ouro


Vampirização sexual. Como eu não tinha pensado nisso antes? Eu simplesmente fiquei cego com outro rabo de saia como Hikari diz… Hikari! Meu Deus, eu traí Hikari! Agora sim eu morro! Não, melhor! Agora sim eu mato aquela vaca! Pode ser gostosa, mas se deu em cima de um homem comprometido, então não presta. E posso socar a fuça dela a vontade. Ela não é a Tati mesmo! Vou arrasar a raça dela, arrancar a cabeça dela, esquartejar o corpo dela… assim que eu encontrar forças pra levantar.

– Você tem certeza que não está se sentindo fraco, meu querido Jack. Eu sou uma garota que é simplesmente insaciável. Pode vir mais que eu sei que você ainda tem muito pra dar! – disse ela pressionando o salto contra minha barriga.

Rezei internamente para que a idéia de Kahel e de Aurum se transformasse em realidade antes que eu ficasse igual a um cadáver. E mesmo assim, eu ia precisar poupar energia para a parte principal do plano, acho melhor dar uma cochiladinha básica. Tipo, só o tempo dela se distrair e eu recuperar as forças. E é melhor começar agora.


POV Aurum


– Você ta pronto? – perguntou Kahel, me olhando nos olhos.

– Sim. E você? – perguntei de volta.

Kahel apenas soltou um risinho safado pra mim… Não precisava responder mais nada. Abaixei a parede de ouro e começamos a correr em direção àquela cidadã que tinha Jack aos seus pés. Literalmente aos seus pés. Sério, Jack estava desmaiado e ela enfiava o salto na barriga dele e botava peso nele. Achei melhor parar um pouco longe, para ter tempo de reação, caso ela lançasse mais lasers como aquele.

Kahel aparentemente teve uma idéia contrária à minha: correu e deu um salto com pirueta e quando meteu os pés no chão, onde ele pisou afundou e a área onde a garota e Jack estavam se elevou de um salto. Ela cambaleou um pouco e caiu, deixando Jack meio que livre e desimpedido para ser resgatado. E é obvio que Kahel iria querer enchê-la de porrada, por qualquer motivo. Até eu já estava estressado com tudo isso, Kahel então… Dito em feito!

– Aurum, cuida dessa garota que eu resgato o Jack! – disse Kahel, passando por mim que nem um raio.

E num segundo, ele tinha dado um salto e pego Jack lá em cima, e vinha agora com ele nos braços pra onde eu estava. É, eu ia ter um enorme problema quando se tratava de ter tudo sob controle. Kahel estava em total descontrole e eu podia ver o estrago que isso ia acabar fazendo no plano.

– Garoto, você ta maluco? – gritou a ruiva, com raiva nos olhos – Devolva meu brinquedo agora!

– Brinquedo? Você chamou o Jack de brinquedo? – gritou Kahel, com o rosto vermelho de raiva – Você tem alguma noção do que sai dessa tua boca?

– Claro que eu tenho! Para que mais as pessoas foram criadas nesse mundo senão para servir ao meu prazer? Devolva meu brinquedo sexual agora, ou vou ser forçada a acabar com vocês dois!

Eu olhei pra Kahel como que para ter certeza de que estava tudo bem, mas no fundo eu sabia que isso não ia passar batido. Tinha certeza absoluta. Na verdade, eu só tive certeza absoluta que não iria passar batido mesmo quando os quando vi Kahel virar-se com os músculos de seu corpo todos tensionados e com algumas veias saltadas na cabeça. Agora gostaria de fazer uma votação: aqueles que desejam que eu acorrente Kahel e impeça-o de cometer um homicídio, levantem a mão esquerda. Quem quiser deixá-lo solto e ver o que acontece, levante a mão direita.

– Como é que é? – guinchou Kahel, com uma voz agudíssima – Repete o que você falou, sua vadia!

A garota parecia prestes a matar Kahel quando ouviu esse insulto. Se você sabe o que é bom pra saúde, nunca chame uma garota de vadia.

– Escuta aqui, seu traveco de quinta categoria, eu tenho nome, ouviu?! – gritou ela, com uma cara homicida – Só pra sua informação, é Jade! E não pense em pronunciá-lo com essa boca de fossa que você tem!

– Por quê? O nome da princesinha do lixo é importante demais pra ser falado por mim? Você se acha boa demais pra mim? – a essa altura, a confusão já estava formada.

– Escuta aqui, seu graveto seco, eu sou muito melhor do que você em tudo! Você é apenas um pedaço de merda, e eu vou dar descarga em você!

Kahel fez uma cara que até hoje está gravada na minha memória: estreitou os olhos e abriu um pouco a boca. Uma perfeita cara de despeito!

– Escuta aqui, sua perua, eu vou te quebrar e é agora! Você vai levar uma surra tão grande que nunca mais vai conseguir rebolar direito na vida! – Kahel já estava quase espumando, e começou a andar na direção de Jade.

– Você quer brigar comigo? Não me queira ver descendo do meu salto! Eu vou rodar a baiana, a paraibana, a pernambucana, a paulista, a carioca, o diabo a quatro!

– Vem, vem que tem! Tem muita bifa pra dar nessa tua cara, sua vagabunda!

– Escuta aqui, seu traveco desgraçado, se você se atrever a dar mais um paço na minha direção, eu juro que…

– Que o quê? Espera só, que eu vou te mostrar a força do meu bigode!

– Que bigode? Você não tem um pelo nessa sua cara de jararaca! Eu vou acabar com a tua raça, seu viado afrescalhado!

Acho que foi nesse momento que Kahel chegou ao limite: se bem que já estava face a face. Kahel largou um tapa na cara de Jade, que deixou até as impressões digitais gravadas. Jade, porém, não se abalou: agarrou os cabelos de Kahel e teve os seus agarrados. Mas Jade era mais ágil e largou um soco no nariz de Kahel, e quando eu dei por mim, já rolavam no chão brigando a socos e tapas. Se eu soubesse que isso ia acontecer teria levado pipoca. Mas a vida é bela, a briga é perfeita, e Jack vai acordar logo logo e poderemos dar continuidade ao plano.

Sentei-me, pois do jeito que ia, poderia dar adeus às chances de aquilo acabar antes de meio dia. Pelo menos a casa de Kahel estava vazia hoje, então eu teria abrigo pra ir depois que aquilo acabasse, sem contar que teríamos que contar pro Jack mais uma parte da verdade, e ainda tinha a nova alien que descobrimos sábado. Caramba, realmente muita coisa tinha acontecido naquele dia:


Flashback On


– Se formos pensar por essa ordem, o novo alien vai se revelar a qualquer momento. Afinal, a Tati já está ficando passada.

Mesmo assim, precisamos nos cuidar. Esse novato pode ser muito poderoso pra nós, e Darkshadow virá imediatamente atrás dele quando formos.

Sem contar que existe o traidor. Qualquer um de nós é suspeito, inclusive eu mesmo posso ser suspeito.

Vamos deixar para nos preocuparmos com isso depois. E vamos parar de falar sobre isso, ele ta voltando.

E ai, gente? Demorei?

Imagina, cara. E então? Sobre aquele alien que você ia falar, o que era mesmo?

Ah, sim! Tipo, eu falei pro Jack da Tati, e esses dias, quando eu conversava com ela, acabei descobrindo que ela tem uma amiga que parece ter poderes também. Não são os mesmos, então imaginei que fosse outra alien. Sabem como é, né? Ela é muito forte também, mas mora um pouco afastada daqui. Tipo, a casa dela e da avó da Tati são vizinhas.

Você sabe como podemos encontrá-la?

Falem com a Tati, ela pode levar vocês até ela.

Imagino que a Tati não queira nem saber de nós.

Por quê?Ela nem conhece vocês!

Flashback Off


É. Realmente, Tati não conhecia UM de nós, pelo menos não de verdade…


POV Jack


Acordei com uma dor de cabeça tremenda. Nunca tinha sentido tamanha ressaca quanto essa, nem mesmo quando tomei um litro de saquê na casa do Hikari. Pensei em voltar a dormir, mas lembrei que tinha que terminar um assunto com uma certa vagabunda! Então, com o máximo de cuidado, ergui meu corpo bem devagar e me sentei no chão. E eis que minha surpresa é: na minha frente, Kahel e Jade estão se engalfinhando no chão com tamanha fúria, que nem liguei dele estar no meu lugar.

– Bom dia, Bela Adormecida! Parece que você dormiu bem, né? – disse um ser dourado ao meu lado. Levou alguns segundos até reconhecer Aurum – Já estão assim faz um tempo, e nada de poderes até agora.

Olhei os dois corpos enrolados no chão, disputando qualquer coisa a socos e ponta-pés.

– Parecem mais duas putas brigando por um macho! – disse eu sem medir as conseqüências, como sempre, é claro!

Aurum apenas deu uma risadinha ao meu lado e fixou os olhos verdes com algum sentimento que não pude descrever. Me deixei perder naquele olhar tempo o bastante pra gritaria causada por aquelas duas putas me despertar do devaneio e chamar minha atenção para quem sairia em vitória dalí. Era uma cena bem engraçada, pois ao mesmo tempo em que Jade e Kahel puxavam cabelo, rolavam e se estapeavam, diziam inúmeros xingamentos que são preferíveis nem transcrever.

– Jack, se eu pedir um favor, você tenta fazer? – perguntou-me Aurum.

– Se não exigir que eu me levante, sue ou me canse, faço.

Ele apenas riu e disse “Ai, ai”.

– Então ta, vou separar essas duas agora mesmo! – disse Aurum, erguendo a mão e envolvendo Kahel em uma corrente e Jade na outra. Ele jogou a vagabunda pra bem longe e trouxe Kahel com bastante delicadeza pro nosso lado. Quem me dera ter aceitado isso primeiro.

– ME SOLTA, AURUM! EU VOU ACABAR COM AQUELA VACA DESGRAÇADA! ME SOLTA, PORRA! NÃO ME SEGURA, NÃO ME SEGURA! – Kahel gritava tanto que eu fiquei assustado com tudo que acontecia a minha volta.

– Kahel, tenha modos! – gritei sem nem perceber – E lembre-se, agora temos que dar continuidade ao plano!

Só depois disso que ele se acalmou, e mesmo assim, ainda conservava a cara de homicida. Tentei pensar em uma maneira de acalmá-lo, mas nesse exato momento, vi pelo canto do olho quando um milhão de bolas de basquete verde veio na nossa direção. Não, não eram bolas de basquetes, eram bolas de energia que explodiam ao menor toque! Não sei exatamente o que passou pela minha cabeça, mas peguei a corrente que enrolava Kahel, enrolei também em Aurum e em mim e alcei vôo. Talvez no ar a gente se desviasse melhor.

– Vocês acharam mesmo que isso vai me deter? – ouvi a voz de Jade gritar de algum ponto lá de baixo – Vocês realmente não têm consciência do que eu sou capaz de fazer!

O ar estalava com a energia que nos rodeava e eu senti a necessidade quase absoluta me locomover antes que aquilo explodisse no meio da gente. Se bem que de qualquer maneira, eu não conseguiria escapar de todas com dois pesos mortos amarrados na minha cintura. Maldito coração mole.

– Segurem-se aí, galera, porque vai ser uma viagem turbulenta! – gritei eu enquanto fazia umas fintas e desvios no ar.

Mas mesmo assim, bolas de energia verde vinham na minha direção, chicotes verdes de energia tentavam me assassinar e eu tentava me desviar de todos a todo o custo. Nas ocasiões que era meio impossível, Aurum e Kahel trabalhavam em conjunto, criando uma parede de ouro endurecido na nossa frente e nos defendendo de o que poderia ser fatal. Mesmo assim eram muitos ataques de uma só vez, e era quase certo que um deles acabasse pegando na gente. Tive que redobrar o cuidado ao fazer minhas acrobacias no ar.

– Uma antiga rainha do meu povo, teve de vir a esse planeta miserável! O que você acha que fizeram com ela? Eles a mataram, queimada na fogueira! E vocês lutam pra proteger os humanos, seus traidores! Darkshadow está com a razão, não precisamos nos matar pelo direito de voltarmos, poderíamos nos unir e dominar o mundo! – essa história estava ficando cada vez mais psicopata – Mas como vocês não querem, então não vejo alternativa a não ser a destruição dessa trupe ridícula de circo!

E eu no ar fazendo umas piruetas muito loucas! Essa garota já estava me enchendo. Hora do plano B!

– Galera, que tal o plano B agora? – perguntei para os dois que estavam pendurados na minha cintura pelas correntes.

– Concordo plenamente! – gritou Kahel – Aquela vadia vai ver agora com quantos paus se faz uma canoa!

– Vamos precisar de mais altura! Sobe mais, Jack! – gritou Aurum, enquanto tentava localizar Jade lá em baixo.

Subi mais um pouco e tentei manter na cabeça, que acontecesse o que acontecesse, não poderia passar do telhado do colégio. Tanto para não perder a visão dela, quanto pra ela não perder a nossa. Agora isso ia dar trabalho. Parei um pouco acima das primeiras telhas, e olhei pra baixo. Não foi legal. Jade estava no meio do pátio e dos pés dela, saiam linhas verdes que se alastravam pelo chão e se conectavam em desenhos muito bonitos, mas estranhamente familiares.

Eu sou muito sensitivo, mas dessa vez, a sensação de que alguma coisa ruim estava prestes a acontecer foi tão forte que quase derrubei os dois que estavam agarrados em mim. Agora as coisas iriam começar a ficar pesadas. Eu já tinha uma vaga idéia do que as linhas no chão me lembravam tanto: uma placa de computador. Circuitos que se conectavam e se entrelaçavam em uma dança de condução de energia. Eu sabia muito bem agora. Ela montara um circuito gigantesco no chão.

– Eu sabia que vocês escapariam dos meus ataques medianos, mas serviu pra cansar vocês. Agora é que começa a verdadeira batalha! – gritou Jade olhando diretamente para nós.

Meu intimo já fervia. Eu sabia que ela tinha construído um circuito de energia no chão. Sabia que circuitos serviam para conduzir a energia. Mas não sabia como ela usaria aquele circuito para nos atingir.

– Kahel, Aurum. Preparem suas defesas. Ela está planejando um ataque surpresa, e dos grandes – disse eu com um tom de voz baixo o bastante para ela não escutar.

As linhas no chão estavam ficando mais brilhantes, provavelmente devido ao acúmulo de energia que tinha. Provavelmente nosso tempo de reação seria bem limitado, se o tivermos! Eu ia precisar de mais fogo. Se o plano fosse aquele mesmo, então eu teria que pensar em como faria para ajudá-los. Mesmo tendo uma idéia bem básica do que eu queria, não faria médias, e mandaria a ver era nela! Se tudo o mais falhar, eu pelo menos vou acertar um ou dois socos na cara dela!

– Jack, a qualquer momento, aquela coisa vai explodir. Vamos aproveitar essa deixa e partir com tudo, viu? – disse Aurum. Ele também tinha sacado.

Passou-se um momento realmente tenso: era um jogo aquilo tudo. Ela tentava nos intimidar com sua cara de princesa mortal, e nos estávamos atentos a qualquer movimento dela. Qualquer coisa que indicasse a detonação do circuito, e nossa conseqüente defesa. Mas ela fazia suspense. Queria nos cansar. Queria nos testar. Ela queria jogar caça e caçador, mas sem deixar claro quem caçava quem. Ótimo isso! Era uma verdadeira prova de resistência, um exame cardíaco agüentar aquela pressão toda sem mover um músculo sequer. O que um herói não é obrigado a passar.

Mas a um sinal invisível, ou alguma coisa tão pequena que passou despercebido, o circuito brilhou de maneira absurda e nos soubemos na hora o que era. É hora da Ação! O circuito explodiu tão rápida e violentamente que não podíamos piscar, senão morríamos. Aquela quantidade absurda de energia veio na nossa direção e com uma intenção assassina. Aurum, por ser o mais cabeça-fria, foi o que agiu primeiro, como o combinado: criou uma barreira de ouro grande o suficiente para cobrir o pátio do colégio e Kahel foi o segundo, endurecendo a placa de tal maneira que quando a energia se chocou contra ela, fomos arremessados apenas pelo impacto produzido. Agora era só esperar.

– Já está pronto? – perguntou Kahel, o desesperado – Eu não agüento mais, quero logo ir bater na cara daquela vadia.

– Ainda falta um pouco. Mas não vai demorar. – Aurum tremia com o esforço que fazia com a placa.

A energia se concentrava na placa e o ouro ficava carregado energeticamente, e cada vez mais chegava a hora. Segurei os dois com bastante força e esperei até a placa ficar completamente carregada, e a energia cessar. Mas a energia não dava sinais de baixa e o ouro já estava chegando no seu limite. Fiquei com um pouco de medo que rachasse, mas não podia me permitir pensar nisso agora, era hora de ficar frio. Por fim, tive uma idéia.

– Aurum, começa! Eu dou um jeito de segurar a energia!

– Tem certeza que vai agüentar? – perguntou ele, mas pela voz dele, eu que devia fazer a pergunta.

– Deixa comigo!

Concentrei-me de todo o meu ser nas minhas asas. Sabia que existia mais fogo dentro de mim do que só aquelas faíscas. Eu mostraria a todos que de onde vinham duas, poderiam vir quatro, ou até mesmo seis! Fechei os olhos, e apenas senti o calor das minhas asas no meu corpo, e me deixei levar. Senti o calor aumentar. Perfeito! Minhas penas começaram a cair lentamente, e eu ainda sentia o calor aumentando, no começo moderadamente, e ficando cada vez mais rápido.

– Aurum, tira a barreira daí! – gritei quando senti ter chegado ao meu melhor.

Ele não titubeou, e soltou as correntes que os seguravam a mim e os dois caíram em cima da placa, que imediatamente se transformou em uma armadura gigante, na forma de um míssil. E a energia veio toda na minha direção, mas eu nem liguei. Joguei um turbilhão de penas contra ela e em poucos minutos, a energia estava recuando de volta para o chão. Concentrei-me mais um pouco e com um grito, libertei mais duas asas, que assumiram a forma de mãos de quatro dedos, que pegaram o míssil de ouro e ergueram-no bem acima de mim, e prepararam para o lançamento.

Quando ela viu nosso plano, ficou meio que apavorada, e imediatamente tirou o circuito e tentou correr. Qual não foi sua surpresa ao constatar que estava presa no chão. Os seus pés tinham sido pegos na armadilha de Kahel, e agora era só uma questão de tiro ao alvo. E é claro que eu não iria me dar ao luxo de errar o disparo, mas teria um bônus que eu queria acrescentar: coloquei todas as minhas penas soltas na ponta do míssel e com todas as forças que me restavam, joguei contra ela.

Vi o momento todo em câmera lenta: o míssil saiu das minhas mãos de fogo com Kahel e Aurum dentro dele, e foi em direção da Jade com um estoque inteiro de penas de fogo altamente explosivas na ponta. Mas ela ainda tentou fazer alguns disparos de energia, mas obviamente precisava aprender alguma coisa e eletricidade para compreender fluxo energético. Não vou entrar em detalhes, mas a terra estava atraindo toda a energia que ela lançava para si, tornando os ataques dela inúteis. Somente vi sua cara de desespero e (não sei ao certo) acho que lágrimas.

Mas também vi quando Darkshadow se transformou em sombras, e escapou da prisão de terra de Kahel e correu até Jade para ajudá-la. O míssil já estava a apenas metros de distancia, mas ele correu até ela e abraçou-a, e os dois viraram sombras no exato momento em que o míssil acertava o chão e causava uma explosão tremenda, que sacudiu o bairro todo. Eu sabia muito bem que Kahel e Aurum estavam vivos, mas não fazia idéia de como tinham sobrevivido. Na real, eu estava mais preocupado era de ter desmaiado a quase três andares de altura, e ter caído como uma bala na direção do chão.