Outro dia

(Casa da Riley)

R: - O que você está fazendo no meu quarto?

M: - Vim te buscar para a escola.

R: - Você está usando a mesma roupa de ontem.

M: - Não tenho tanta dinheiro para ficar comprando tantas roupas, é preciso economizar.

R: - Não é isso.

M: - Ok, eu dormi aqui.

R: - Sua mãe sabe?

M: - Acho que sim, depois de eu ter tocado a campainha, ninguém ter atendido, tentar chamá-la no celular e usar minha chave de emergência para entrar, a qual não funcionou, porque ela trocou a fechadura.

R: - Desculpa.

M: - Está tudo bem, não é sua culpa.

R: - Bom, mas tem alguém nessa história muito culpada.

M: - Não.

R: - Você é filha dela! Apesar de tudo, ela deveria estar sempre ao seu lado.

M: - Não tem como te impedir, né?

R: - Você sabe que gosta disso.

M: - É, boa sorte com isso.

R: - Aonde você pensa que está indo? Você vem comigo!

M: - Mas a gente tem aula.

R: - Bela desculpa, vamos depois da aula, então.

M: - Eba! Isso era tudo que eu queria. - Diz fingindo.

(Escola)

C: - Atrasadas, esperem para o segundo horário.

R: - Eu sou sua filha!

M: - Você sabe pelo que estou passando, isso não é justo. - Todos começam a fofocar sobre Maya - Eu sou sua filha também!

C: - Não, as regras são iguais para todos, tem ideia de quanto tempo vocês estão atrasadas?

R: - Não estamos, a aula só começa quando quisermos.

C: - Desculpa, não é o que diz o regulamento. E vocês estão atrasadas por meia hora.

M: - Se é assim, vamos!

R: - Nunca confiei nesse professor, sempre soube que tinha algo de errado com ele.

C: - Eu sou seu pai.

R: - Meu pai teria deixado eu ficar. - Elas saim.

C: - Ok, voltando ao conteúdo.

L: - Calma, professor, não acha que foi um pouco duro com elas?

C: - Como? Seguindo as regras?

L: - Você sabe a situação das duas, você deveria ter tido mais consideração, o que elas estão passando é muito delicado.

C: - Elas têm que se acostumar com isso, nem todos os professores são compreensíveis.

L: - Mas você sim, pelo menos, era.

C: - Eu estou as preparando para a vida, eu te garanto, ela não vai ser compreensível o tempo todo, coisas vão acontecer e você precisa continuar mantendo o foco. Se alguma coisa eu aprendi, foi que coisas podem mudar de uma hora para outra, em questões de segundos, e você tem que permanecer forte, pois se cada vez que a vida te surpreender e você não souber reagir direito, vai ter uma consequência muito pior. Agora, elas poderiam estar aqui, aprendendo, mas tiveram uma reação errada à tal fato, o que levou elas a não assistirem essa aula. - O celular de Lucas apita. - Guarde o celular, é desrespeitoso.

L: - Desculpa, é da Riley, a mensagem diz: Não vou voltar para a escola. Te amo, coelinho.

C: - Reações ruins, vamos ver no que vai dar.

F: - Coelinho?

L: - É o apelido que a Riley me deu.

Todos menos Cory: - Own.

C: - Ah! - Diz apavorado. - Ela estava falando de você quando disse queria o coelinho para dormir com ela!

L: - Não, esse é o bichinho de pelúcia dela, e o meu favorito. - Ela mandou mais um: Lucas, me ajude. Eu preciso...

C: - Preciso?

L: - Não fala, ela não terminou a frase.

C: - Consequências.