Quando o amor acontece

Beijo e Implicancias Part 1


Pov's Duda.

Acho que agora as coisas começaram a funcionar. Mili é uma ótima amiga e esta me ajudando a conquistar Pata que esta me olhando brava neste exato momento, caio na gargalhada.

– Eu não acredito nisso!

–Ta brava por quê? - Me faço de desentendido.

– Vai se danar vai. Não acredito que você armou isso.

– Eu não armei nada, realmente estava no tédio e vim dar uma volta e que por acaso a gente se esbarrou. - Me fiz de cínico.

– Finjo que acredito.

– Acho que suas amigas não vão voltar tao cedo e por isso sou sua unica companhia. - Ela me olha desacreditada.

– Quem disse? Vou pra minha casa.

– Poxa, então é assim que você me aceitou como amigo? Pra ficar me evitando? Tudo bem Pata. - Finjo que fiquei magoado.

– Para né! Tá eu fico. Mas só se a gente sair desse shopping que esta me dando nos nervos. - Concordei e saímos dali.

Pedi para que meu motorista nos levasse para um lugar especial, onde só ele sabia onde ficava. Pata fica maravilhada ao chegar no lugar que é composto por uma área verde imensa e onde dava para as estrelas claramente.

– Que lindo...- Ela olha em volta e por mais que estivesse noite dava para

– É o meu lugar favorito, venho aqui para pensar ou quando só quero ficar sozinho. Sinta-se especial, porque tirando o Zeca meu motorista, você é a primeira pessoa que trago aqui. - Digo deixando-a surpresa.

– ATAA! - Exclama. - Com certeza você já deve ter trazido aquela nojenta da Carla.

– Eu juro que nunca, até porque não iria ficar de boa, pois ela é tão fresca que iria me fazer ir embora rápido.- Desabafei.

– Você realmente desencanou dela? - Ela me pegou de supetão. Será que isso indica que ela se interessa por mim? Uma súbita esperança me invadiu.

– Sim, ela é muito chata sabe? Eu gostei muito dela, mas não deu certo. - Confessei. - Mas sabe quando você gosta tanto de alguém e por mais que pareca não dar certo, você não consegue esquecer? - Seus olhos pareceram ficar perdidos por um instante, como se estivesse em outro mundo.

– Sei, pior de tudo é quando tu gosta de alguém pra valer e essa pessoa te magoa e mesmo assim não consegue se esquecer dela. - Ela fixou se olhar no horizonte escuro.

– Isso já te aconteceu? - Indago encarando-a

– Não quero falar sobre isso - Ela chacoalhou a cabeça como se estivesse tentando esquecer algo. - Vamos mudar de assunto? Além de pegar geral, você gosta de fazer o que?

– Deixa eu ver aqui...- Pensei por alguns minutos. - Eu gosto muito de...- Interrompi minha própria fala e seus olhos estreitam como se estivesse tentando adivinha o que iria dizer. - dormi vale? - Disfarcei dando uma risadinha. Não era o momento ainda.

Acho que sim, hahaha - Ela deu uma gargalhada gostosa. - Eu gosto de dança, qualquer dia poderíamos sair pra fazer isso, remexer as cadeiras. - Pata balança o quadril de um jeito engraçado.

– Sabe o que mais gosto de fazer? - Parei e deitei sobre a grama verde com os braços por debaixo da cabeça.- Olhar as estrelas, sempre fiz isso com minha mãe, mas depois ela ficou tão sem tempo que nem parece que existe.

– Dei um sorriso fraco.

– E seu pai? - Ela se senta com as pernas cruzadas, como de índio.

– Ele se casou com outra mulher e nunca mais apareceu. Eles preferiram me trancar naquele colégio e fingir que não tem mais filho.- Suspiro cansado.

– Não sabia disso, lá em casa as coisas diferentes...meus pais me dão carinho, mas tem hora cansa sabe? Sufoca a super proteção. - Ela se deitou ao meu lado, mas não me encarou e sim fixou seus olhos no céu iluminado pelas estrelas. - Já meu irmão com aquele jeito rebelde sem causa sempre irritou profundamente meu pai. Mas minha mãe morre de amores por ele.- Ela abre um sorriso que poderia acabar com toda tristeza do mundo.

– Como era sua vida lá nos Estados Unidos? Tinha muitos amigos? - Ela me encarou e depois voltou seu olhar nas estrelas.

– Tinha, a maioria interesseiros. Mas eu sabia quem eram os verdadeiros e eram poucos pra variar. Sinto falta deles, minha vida deu um giro de 360°. - Fez uma pausa e correu os olhos pelo lugar novamente, pareceu se lembrar de algo que fez seus olhos se perderem longe. - Muita coisa mudou de um tempo pra cá, mas até que estou curtindo isso daqui. - Ela virou seu corpo ficando de lado e me encarou.

– Ae? Se acostumou rápido...lembra quando eu disse que por você poderia mudar? Eu não brinquei. - Olhei bem fundo nos seus olhos.- Pode parecer precipitado, mas eu senti algo mudar quando eu te vi, estranho eu sei...- Ela corta minha fala.

– Duda, vou ser sincera com você...eu também, mas quero ter certeza, não que me machucar de novo. A gente não precisa de pressa ok.

– Calma é uma palavra que não contem no meu dicionario, mas...por você...-Por algum motivo não consegui terminar a frase. Já Pata me olhou esperando que eu terminasse a frase.

– Por você?

– Por você...- Me sentei e ela fez o mesmo. - sou capaz de esperar o tempo que for necessário, quando você tiver certeza do que sente, eu vou estar aqui. - Me aproximo dela e cativo-a. - Juro que te espero. - Agora nossos rostos estavam próximos e nossas respirações se misturavam.

– O que você esta fazendo? - Pata pergunta enquanto me vê próximo demais de si.

– Algo que estou desejando desde quando te vi. - Em um momento rápido selo nossas bocas.

Um beijo, sim um beijo que desejei desde quando a vi naquele corredor, nosso primeiro contato Pele...A beijei como se estivesse fazendo aquilo pela primeira vez, Pata por mais que extasiada estivesse, correspondeu o beijo com um desespero maravilhoso, ela precisava daquilo tanto quanto eu...

No dia seguinte...

Pov's Pata
Acordei...para falar a verdade nem dormi; fiquei tão anestesiada por causa daquele beijo de ontem, o que esta acontecendo comigo? Dei tanta liberdade para Duda, jurei a mim mesma que não iria me interessar por mais ninguém, depois de tudo que passei com Pedro, me fechei por completo, e ai vem esse Duda e mexe comigo desse jeito...ao mesmo tempo que meu coração se alegrava ao lembrar do beijo, também tinha uma confusão dentro de mim.

– Pata você não vem tomar seu café querida? - Titia disse enquanto entra no meu quarto.

– Vou sim. - Levantei e desci junto à ela.

Puxei uma cadeira e me sentei, por mais que quisesse prestar atenção em que fazia e na conversa que tomava conta da mesa, não consegui. Estou demasiadamente perdida em meus pensamentos que faziam questão de me levar de volta para noite de ontem; será que ele também esta pensando em mim? Será que aquele beijo significou alguma coisa para ele, como esta significando para mim? Será que ele realmente falou a verdade? Será que ele está sendo sincero? E eu? Estou pronta para outra relação? Ai, ai são tantas questões, duvidas...estou tão confusa...

– Pata - Despertei assustada com o grito de Mosca. - Ta no mundo da lua?

– Lua? Que lua? - Perguntei aérea.

– Querida...hoje você está longe né? - Titia soltou um risinho. - cheguei no quarto e ela estava sonhando acordada.

– É que ontem foi uma noite incrível, me diverti demais. - Desfruto de um largo sorriso que nos labios de minha tia. -Acreditam que elas armaram para que eu e o Duda ficássemos sozinhos? Essas meninas

– O quê? O que o Duda queria com você Pata? - Mosca pergunta autoritário, surpreendendo todos.

– Ei abaixa o tom...- Era só que faltava, o Mosca implicar com o Duda.

Pov's Vivi

Estávamos todas no quarto de Bia, tentando faze-lá falar ontem tinha ido ontem, porém, nem que a pagasse diria algo. Já por outro lado Cris estava praticamente surtando por conta de seu encontro com André, embora já tivesse dito que a ajudaria à escolher uma roupa e fazer uma maquiagem.

– Relaxa amiga, você vai arrasar.

– Mas e se caso ele nao gostar da minha roupa? Ou pior a mãe dele nao for com a minha cara? Ai amiga acho que vou ligar pra ele dizer...- De imediato a interrompi.

– Cris olha aqui para mim, você vai estar linda e é impossível alguém nao gostar de você. Amiga vai dar tudo certo.

– É Cris relaxa, só seja você mesma. - Bia disse se sentado do outro lado da cama.

– Não sei o que seria de mim sem vocês, obrigada. - Ela disse com um sorriso sincero.

– Agora vai terminar de se arrumar que daqui a pouco seu crush ta batendo ai. - Falei dando tampinhas em sua bunda quando se virou para ir ao banheiro.

....

Pov's Cris

Não demorou muito e já estava pronto, por mais que a insegurança e a ansiedade tomassem conta de mim, tentava parecer a mais calma possível. No entanto, quando a campainha de Bia tocou, meu coração pareceu que sairia pela boca. Dei um beijo nas meninas que né desejaram sorte, e sai. Como André não dirigia ainda, fomos com seu motorista.

– Cris você esta linda. - André disse olhando em meu olhos, fazendo com que eu corasse.

– Obrigada, estou um pouco nervosa André, sua mãe é tão maravilhosa. O país todo adora ela. - Desabei.

– Eu sei, ouço isso o tempo todo, mas não precisa se preocupar querida, ela vai te adorar. - Ele posou sua mão em cima da minha, na tentativa de me passar segurança.

– Obrigada por ser tão gentil comigo, você esta se tornando um grande amigo André. - Abri um sorriso tão verdadeiro que meu coração até bateu rápido quando ele retribuiu.

....

Chegamos na sua casa em poucos minutos e não me lembro qual foi a ultima vez que vi um casa tão linda, era de dois andares, estilo casa americana. André abriu a porta dando passagem para que eu entrasse. Assim que entramos avistamos sua mãe sentada no sofá de sua enorme sala nos aguardamos, fiquei tão encantada por ver o quão era mais linda pessoalmente. André pegou em minha mão me conduzindo até ela, que me lançou um olhar analisador, me olhando de cima a baixo.

– Boa Tarde mãe. - Ele deu um beijo em seu rosto. - Preciso te apresentar a uma pessoa muito bacana. - Dei um sorriso tímido para mesma, que arqueou a sobrancelha. Eu estava desmoronando. - Dona Andréa, essa é Cristina. -Cumprimentei-a estendendo a mão, mas não obtive resposta.

– Mãe, que isso? A Cris esta tentando ser gentil! - André chamou sua atenção, mas me senti envergonhada.

– Desculpa, eu estou tão feliz por estar conhecendo a senhora. Eu sou uma grande fã. - Falei com um sorriso estonteante.

– Eu sei, todos são. - Ok agora ela foi bem grossa, é a gente se engana com as pessoas.

– Vamos almoçar? - André tentou cortar aquele clima chato.