Heriberto então disse lembrando dos tantos risco que já correram quando estavam fazendo amor .


— Heriberto : Não é você que gosta de correr risco Victória ? Do que tem medo, hum ?


Victória passou as mãos no cabelo desejando não sentir o desejo que estava começando ter com o momento insano que se criava na mente dela, depois dos olhares e das palavras de Heriberto. Nada estava bem, ela não podia ceder, seu corpo não podia ceder a ele, tinha que fugir da tentação que ele apresentava a ela . Então ela se moveu para deixar a sala que estava, mas Heriberto a pegou por um braço deixando ela de costa para ele. Ele cheirou os cabelos dela, a arrepiando. Victória fechou os olhos, o amava tanto, o desejava tanto que doía pensar em perder - lo pra sempre.


Com os cabelos dela presos de lado Heriberto segurou eles, e ele beijou atrás do pescoço dela. Desejando ela entregue, confiante que ela se renderia.


— Heriberto : Eu te amo e você me ama Victória e por isso não irei te perder, não posso te perder.


Com ela calada, ele pegou no zíper do vestido dela que tinha nas costas para descer. Victória sentiu ele abrindo e se virou rapidamente para ele e disse.

— Victória : Não Heriberto.


Heriberto não quis ouvi -la olhando nos olhos dela, com as mãos ainda nela, uma de cada lado em suas costa. Na pequena abertura do vestido dela que ele já tinha aberto, ele a surpreendeu abrindo mais em um puxão dos lado de seu vestido, sem paciência .


E assim ele disse .


— Heriberto : Sim Victória, sim . Você nunca me diz não e não vai ser agora.
Victória deu um gritinho, por sentir a pressão das mãos dele para abrir seu vestido e se assustou. E assim ela disse.


—Victória : Heriberto o que você...


Heriberto a calou com outro beijo, a língua dele entrou na boca dela faminta . Victória gemeu na boca dele, e logo se agarrou no pescoço dele com as mãos retribuindo o beijão que recebia.


Heriberto beijando Victória, buscou a barra do vestido dela para subi -la. Ele a queria, a queria com desejo e até com medo de ser a última vez. Ele subiu a mão dentro do vestido dela, e apertou o bumbum dela. Apertando ela em seus braços com a outra mão que estava em suas costa, a barriga dela não atrapalhava ainda que, ela não deixasse que seus corpos colassem tanto como antes quando eles se abraçavam assim .


E vendo que Victória estava rendida, o apertando nos ombros com prazer, de olhos fechado querendo mais dele. Heriberto desceu um pouco a parte direita do vestido dela, dando beijos ainda no pescoço dela. Ele a queria nua pra ele, queria beijar sua pele cheirosa e macia, Heriberto não sabia se poderia mais fazer o que estava fazendo então ele queria se perder na pele dela enquanto a fazia dele.


Mas Victória querendo outra vez relutar, disse com uma voz que mostrava que ela estava tão enlouquecida quando ele de desejo.


— Victória : Para Heriberto, para!


Heriberto mordiscou a orelha direita dela, e cheirando ali os cabelos dela perto de seu ouvido ele disse a seduzindo ainda mais .


— Heriberto : Não vai querer que eu pare quando eu estiver dentro de você Victória. Agora vira pra mim meu amor.


Heriberto não esperou que ela virasse e a virou, de costa. Só assim fora de uma cama que iam conseguir fazer amor no estado que ela estava e aonde estavam. Victória sem nada a falar, se entregou, não podia mais fugir do que queria, não queria mais lutar contra as sensações que Heriberto sempre lhe proporcionava . Ela nunca fugia de nada, muito menos dele, ainda que precisasse se negar ela não conseguiria. Então ela daria o que ele queria e que a fez querer também no meio do caos que estava acontecendo outra vez na vida deles. E assim tão fácil, ela ficou de joelhos sobre o sofá de costa para Heriberto como ele queria, colocando suas mão nas costa do sofá, cravando suas unhas no couro do móvel .


Heriberto levantou o vestido dela, Victória usava uma calcinha rendada preta, ele antes de colocar de lado, esfregou o dedo por cima do pano no clítoris dela, depois quando viu a abertura dela ele esfregou a mão na vagina dela. Ele queria sentir se ela estava bem molhada, Victória fechou os olhos mordendo os lábios enquanto sentia os dedos dele explorar ela, espalhando toda sua lubrificação para entrar nela.


Talvez poderia ser uma despedida deles, a última vez que fariam amor. Porque ela nunca aceitaria o filho dele com outra, pois era diferente, totalmente diferente esse suposto filho e Mariana que ele no passado a quis como filha . Ela não suportaria viver sabendo que ele tinha um filho com sua pior inimiga, era mulher demais para aceitar essa condição. Então, ela iria se entregar ali, mas depois, depois não sabia o que seria deles.


Heriberto tinha tirado a mão dela, e apressado terminou de abrir a calça a descendo sobre suas pernas. Ele já estava excitado duro por ela, seu membro brilhava molhado também em sua excitação, ele não sabia se ia conseguir ser paciente e delicado. Só a queria, e iria fazer ela dele como realmente fosse a última vez, ali mesmo da forma que estavam. E assim com uma mão ele segurou seu pênis, desceu a mão e subiu massageando soltando um leve gemido. E ele querendo Victória mais molhada do que estava, levou a outra mão em seus próprios lábios, e molhou os dedos na boca com saliva, ele não tinha dado tanta preliminares a ela e quanto mais lubrificada ela estaria mais ele poderia descarregar toda a tensão do corpo dele dentro dela sem medo, querendo leva -la ao ápice e querendo encontrar com ela no prazer extremo.


E assim com os dedos, ele tocou o canal dela molhando -a mais e segurando no quadril dela ele entrou nela.


Victória apertou os dedos com tesão no couro do sofá que estava quando sentiu a invasão dele, foi forte e duro sua entrada que ela achou que gozaria na mesma hora. Heriberto trincou os dentes de prazer, quando entrou nela, mas logo depois ele se retirou todo, e com a ponta de seu membro ele tocou o clitóris dela a ouvindo gemer baixo de um modo manhoso. Satisfeito pelas respostas que ele estava tendo do corpo dela, ele entrou de novo forte e Victória dessa vez gemeu alto. Heriberto sorrindo, saiu dela de novo, parecendo querer judia -la. Victória arfou, se preparando para outra entrada gostosa dele, enquanto ele colocava um joelho sobre o sofá no meio das pernas dela pra abri -la mais para ele. E então a penetrou de novo forte! E com as mãos na cintura dela segurando o pano do vestido que usava enquanto a calcinha seguia afastada de lado ele começou um vai e vem, rápido, sem pausa .


E de olhos fechados deixando só os corpos começaram se entender, eles começaram a se entregar em um prazer insano e doloroso . Por ter desejo e o medo de ser uma despedida.


Heriberto entrava e saia de dentro de Victória forte, ela ainda que quisesse se controlar no que estava sentindo , não conseguia. Victória se entregou no prazer que só ele sabia dar a ela, enquanto fazia que seu corpo se encontrasse desejosa, com cada estocada forte que ele dava nela .


Ouviam -se seus corpos batendo um no outro, um som selvagem que levava ambos perto do gozo que buscavam com suas respirações ofegantes entre gemidos.


E assim com tanto prazer, Victória com um grito chegou primeiro no seu orgasmo . Heriberto gemeu deixando de se mover nela, apenas sentindo gostosamente o pulsar da vagina dela em torno dele enquanto ela gozava . Depois ele saiu dela, sentou a seu lado, e disse se deitando assim que ela ficou de pé para olha -lo ofegante ainda em êxtase.


— Heriberto: Vem Victória .


Victória olhou para ele deitado no sofá segurando seu membro que apontava para cima a espera dela, ela já havia gozado, ele não . E assim ela subiu em cima dele e devagar se penetrou tomando ele, centímetro por centímetro dentro dela.


Ela apoiou as mão no peito dele, e com um movimento lento ela foi para frente e para trás o chamando.


— Victória : Ah Heriberto .


Heriberto com as mãos, erguia o vestido dela até sua barriga e as colchas lisa dela ficavam a mostra . Subindo a mão, ele quis descer o vestido dela pelo ombro já que seguia aberto nas costa, desejando ver os seios dela .


— Heriberto : Quero vê -los Victória .


Victória negou segurando nos braços dele pelo seus pulsos. E acelerou seus movimentos em cima dele. E enquanto gemia, ela disse ainda que não acreditasse que como antes, não iria conseguir ficar sem ele, sem tê -lo.


— Victória : Essa é a última vez Heriberto que fazemos amor... Ahhh, a última .


Ele a puxou para ele e disse certo de suas palavras, bem próximo de seu gozo.


— Heriberto : Esta enganada Victória . Não será a última vez e você sabe disso .
Embaixo dela ele começou fazer movimentos acelerados nela entrando e saindo, tomando novamente o controle do ato . Victória fechou os olhos, com a mão no peito dele e começou a gemer .


Ela revirou os olhos tocando os cabelos bagunçados frouxo no penteado, sentido que ia gozar de novo. E assim ela começou a dizer enquanto gemia, não se importando com nada.


— Victória : Ahhh não para... não para Heriberto, não para .


Heriberto mordeu os próprio lábios com tesão a vendo enlouquecida em cima dele, ficando vermelho embaixo dela sentindo que ia gozar com ela. E como ela pedia, ele não parava de se mover rápido como estava a segurando pela cintura.


Victória baixou a cabeça para olhar Heriberto, enlouquecida ela pegou na gravata vermelha dele não tão diferente do tom do rosto dele que ele demonstrava de prazer, e que ela via e se envaidecia. E o puxando pela gravata fazendo ele prestar atenção nela, ela disse .


— Victória : Você .... é meu Heriberto, meu . Ahhhhh


Ela gozou de novo gemendo, jogando a cabeça para trás. E Heriberto a respondeu entre os dentes vendo ela gozar agora em cima dele.


— Heriberto : Sou seu Victória, só seu .


Heriberto parou de se mover nela também, gozando. Victória rebolou em cima dele lento o enlouquecendo enquanto o olhava mais vermelho de prazer, com o rosto tenso a enchendo com todo seu vigor gemendo, enquanto ela seguia segurando a gravata dele. E assim sem que eles percebessem como estavam a porta foi aberta .


Rosário, Pepino e Antonieta viram como estavam.


Rosário arregalou os olhos, encontrando os olhos da filha que na posição que ela estava viu todos na porta . E assim a senhora disse estando chocada como os outros.


— Rosário : Meu Deus filha .


Victória assustada disse largando a gravata de Heriberto.


— Victória : Mamãe .


Heriberto olhou Victória assim que a ouviu chamar pela mãe, seu coração acelerou mais do que estava pelo orgasmo, mas ele não se atreveu olhar para trás e nem move -la de cima dele por saber que foram pegos.


Pepino se abanou, enquanto Antonieta tinha a boca aberta ao lado da mãe de Victória. E então ele disse afobado.


— Pepino :Quando acabarem, minha rainha lembre -se que lá fora precisamos de você .


Victória passou a mão no rosto, levando para os cabelos, e quando tirou as mãos deles , viu que os 3 já haviam saído e encostado a porta.


Logo depois ela olhou para baixo encontrando os olhos de Heriberto atento nela, e então ele disse constrangido e temendo por não desejar que Mariana tivesse surpreendidos eles também .


— Heriberto : Me diga Victória que nossa filha não nos viu também .


Victória se recompôs saiu de cima dele, e disse andando transparecendo recuperada do susto que haviam levado enquanto baixava a saia de seu vestido.


— Victória : Não, não nos viu . Apenas minha mãe, Antonieta e como ouviu, Pepino.


Ela foi até o espelho se ver . Seu cabelo estava bagunçado, seu rosto avermelhado e suado pelo sexo, e sua roupa ela sentia larga por estar aberta. Heriberto tinha estourado o zíper do vestido dela sem ela haver percebido. Ela sentia sua intimidade, ainda pulsar e o efeito do orgasmo ainda nela e com sua calcinha ainda fora do lugar, ela ainda podia sentir que Heriberto ainda estava dentro dela, além de sentir o sêmen dele nela que ao mesmo tempo que a excitava outra vez, lhe dava raiva por ter cedido.


Ela só conseguia pensar que, não deviam terem feito amor . Heriberto atrás dela arrumava a calça se vestindo, e quando fechou sua calça. Ele disse em um tom de ordem.


— Heriberto : Vamos pra casa Victória .


E Victória olhando no espelho disse séria o que pensava.


— Victória : Não devíamos ter feito amor . Eu não queria Heriberto.


Heriberto viu se repetir o que ela tinha feito quando dormiram em quartos separados. E então ele disse, descontente a recordando de como esteve desejosa.


—Heriberto : Não era isso que estava dando a entender agora a pouco Victória. Te recordo que não queria que eu parasse, ou já não lembra de suas palavras?

Ele foi até ela e a agarrou por trás . Victória se desviou dele e o olhando disse, brava tentando fechar seu vestido, querendo mudar de assunto.


— Victória : Meu vestido não fecha Heriberto . Eu preciso ir até a imprensa, eu sou a dona dessa casa de moda e o que menos fiz foi estar presente em meu próprio desfile .


Heriberto passou a mão no cabelo, e foi ajuda -la.


— Heriberto : Deixa eu fechar.


Victória virou de costa para ele outra vez para que ele fechasse . E então ele disse constatando o estrago que ele tinha feito no belo vestido dela.


— Heriberto : Esta quebrado .


Victória bufou e então voltando a virar para ele, ela disse.


— Victória : Claro que esta Heriberto, o abriu com força. Pepino vai dar mais um de seus chiliques quando vê o que fez.


Heriberto riu com sarcasmo se afastando de lado, para olha -la. E colocando a mão nos bolsos da calça disse.


— Heriberto : Tenho certeza que ele entenderá. E você gostou, não negue, não reclame agora Victória. E vamos embora. Deixe que Antonieta resolva tudo com Oscar e Pepino o fim desse desfile, há coisas mais importante que é nosso casamento nesse momento .


Victória torceu os lábios de lado, não iria para casa como ele queria, mas Heriberto estava decidido que não voltaria sem ela. Que depois do que houve tinham muito que se acertar em casa, pois nada fazia sentindo mais, ainda que o desfile parecia ter sido um sucesso, o casamento deles estava a perigo . E então para ele o que só importava no momento era eles dois. Mas Victória não pensava assim, e então ela disse .


— Victória : Minha casa de moda é importante para mim Heriberto não seja egoísta . Já conseguiu o que queria conversamos e fizemos mais que isso .


Heriberto sentindo que seu sangue subia outra vez com a recusa dela de ir pra casa no momento, pegou na cabeça dela com a mão uma de cada lado, roçou a boca na dela. E com uma calma fingida ele disse baixo, fazendo as pernas de Victória bambear outra vez.


— Heriberto : Eu disse que ainda não terminamos Victória. Falamos muitas coisas que eu sei que foi na hora da raiva. Eu não acredito que seria capaz de cumprir com suas ameaças .


Victória quis virar o rosto do dele, mas ele não deixou manteve segurando a cabeça dela, a olhando. Ele podia fazer com que ela perdesse a cabeça outra vez apenas com que ele fazia, era tão lindo seus olhos que a hipnotizava e trazia a lembrança do que eles haviam acabado de fazer. Mas ainda assim ela disse o olhando nos olhos.


— Victória : Não eram ameaças Heriberto, o que me fez me dói, ainda sinto sangrando a ferida que me causou , e ela nunca vai cicatrizar ainda mais agora que terá um filho com aquela desgraçada! Vamos nos divorciar!


Heriberto suspirou, e a soltou triste, com as palavras de Victória. O temor novamente que sentiu toda semana estava presente, iria perder -la . Mesmo depois de tudo que tinham conversado e feito, ainda seguiam na mesma situação. O clima sexual se foi e o tenso voltou.


E assim ele passou a mão na cabeça e então disse sentindo em pedaços.


— Heriberto : Tem certeza que quer o divórcio Victória ?


Victória sentiu tremer toda por dentro, triste, desiludida, magoada. Estava perdendo, ia perder -lo . Com uma longa respirada sentindo seus olhos molharem nas lágrimas ela o respondeu.


— Victória : Sim, eu tenho Heriberto.


Heriberto suspirou e com pesar ele disse.


— Heriberto : Então não se preocupe mais Victória, eu irei te dar esse divórcio . Eu estou convencido, assim como você que não irá me perdoar jamais, e sempre iremos viver assim, brigando, nos ferindo . Ainda que te ame com todo meu coração Victória, eu não posso mais lutar contra você mesma. Parece que agora mais ainda é o fim para nós .


Victória sentiu lágrimas cair dos seus olhos, não conseguiu controlar elas mais. Era o fim . Se até Heriberto, seu grande amor que com tudo ainda seguia lutando por eles, estava falando que era o fim então era. Ela ia perde -lo para sempre e para a pior vagabunda que existia e sua cria.


E assim ela disse sofrida, chorando na frente dele.


— Victória : Essa mulher acabou com o nosso casamento .


Heriberto sentiu seus olhos lagrimejarem, queria chorar também mas se conteve. E então disse concluindo as palavras delas.


— Heriberto : O que eu fiz acabou com o nosso casamento Victória .


Eles ouviram dessa vez bater na porta, Heriberto se sentou no sofá com a mão na cabeça perdido.


Victória foi abrir a porta e Fernanda avisava que precisavam urgentemente dela. Victória ainda que tentou fingir que estava bem a jovem percebeu pelo olhar dela que algo acontecia. Mas Victória apenas pediu para Pepino ir até ela, por Fernanda . Ela precisava aparecer novamente e bem, na frente de todos. Iriam tirar fotos e ela ia sorrir demonstrar que estava bem. E assim, Victória voltou se olhar no espelho, ainda que tivesse chorando sua magnifica e cara maquiagem estava lá, apenas sua expressão estava triste. Suas roupas e seus cabelos não estavam em ordem, para isso Pepino iria vir socorre -la. Não antes de um leve ataque dele, que ela já estava esperando quando ele visse que o vestido que ele mesmo desenhou ela não poderia usar mais.


Enquanto Victória estava no espelho, Heriberto saiu sem nada a dizer batendo a porta. E quando Victória esteve só, com as mãos espalmadas na penteadeira do camarim ela baixou a cabeça e chorou alto.


Heriberto caminhou entre as pessoas cego de dor e raiva, ele queria sumir dali.
As pessoas sorriam e ele só podia sentir tristeza e revolta, tudo tinha desmoronado de repente. E tudo foi por culpa dele, iria ter um filho com outra mulher . Um filho de uma noite que não lembrava mas que as consequência dela existia. E passando por um dos garçom ele pegou uma taça de bebida, e virou ela com lágrimas nos olhos e com o peito doendo.


Heriberto sentia que tinha que ir embora, estava sufocado. Ele procurou por Bernada, mas não há viu mais desde que ela tinha deixado o lugar ao lado dele onde estavam assistindo o desfile. E parado ele viu Osvaldo, o imbecil conversava com uma mulher no meio das pessoas. A música eletrônica que soava um batidão alto, fazia com que ele falasse no ouvido da mulher.


Heriberto enquanto o olhava só criava imagem de Victória depois dos gêmeos nascerem, sendo feliz com ele. Osvaldo talvez a faria feliz como ele tentou e não conseguiu. Torturado pelas insanas imagens que criava na mente dele, enciumado e com raiva, Heriberto não percebeu a força que tinha posto em uma de suas mãos que segurava sua taça de bebida, e por ter apertado tão forte o vidro dela se quebrou na mão dele e ela foi cortada.


Heriberto olhou para a palma de sua mão, o sangue vivo vermelho corria. Mas a dor do corte não se comparava a dor que sentia dentro do peito. Ele meditava e se perguntava, se estaria sofrendo algum homem em algum lugar daquele mesmo dia por uma mulher como ele estava sofrendo. Ele não poderia ser o único na terra que estava sofrendo por amor. Heriberto queria chorar, ele era um homem muito homem por sinal e ainda assim sentia que o amor que sentia por Victória valia a pena suas lágrimas e que sua macheza vista por outros homens que não conhecia o amor como ele conhecia fosse colocada a prova.


O sangue de Heriberto pingou na grama, ele puxou um lenço branco do seu bolso. E enrolou na mão.


— Mariana : Papai onde estava ?


Heriberto olhou mareado para frente quando ouviu Mariana, as bebidas que tanto tomou estava fazendo efeito, não só no seu comportamento mas agora no corpo.


Heriberto enfiou de qualquer forma a mão sangrando no bolso da calça. Mariana o abraçou sem perceber o estado do pai e então disse encostada no peito dele.


— Mariana : Ai papai, você viu que o desfile foi um sucesso ? Foi tudo perfeito.


Heriberto deu um sorrisinho abraçando ela só com um braço. E disse.


— Heriberto : Sim eu vi meu amor e vi também que estava linda .


Mariana levantou a cabeça para olha -lo e desconfiada perguntou.


— Mariana : Esta bem papai ?


Heriberto fingindo uma certeza na voz respondeu.


— Heriberto : Sim minha filha, eu só tenho que deixa -la antes que tudo termine. Sua vó veio comigo, leve ela com vocês hum.


Mariana desfez o abraço, achando Heriberto realmente estranho. E então disse.


— Mariana : Vai voltar sozinho papai ? E minha mãe? Ela esteve o desfile todo distante, o que é estranho porque normalmente ela sempre esta presente para não haver nenhum erro.


Heriberto suspirou em pensar em Victória e como estava sendo a noite deles enquanto o desfile estava acontecendo. E então ele disse .


— Heriberto : Porque não vai procura -la hum ? Há e antes que eu esqueça, sua tia também esta aqui mas não a vejo mais , avise ela que estou indo embora se a ver.


Heriberto beijou a testa de Mariana e saiu, deixando ela preocupada.


Rosário enquanto se abanava com seu leque próximo a sua mesa com Antonieta comentava .


— Rosário : Quero ver Victória, quero falar com minha filha.


— Antonieta : Bom depois do que vimos eu não me atreveria a voltar naquele camarim.


Rosário se abanou mais lembrando de como Victória estava. Não a entendia, não compreendia do porque a surpreendeu daquela forma com Heriberto, estava claro o que estavam fazendo. Mas Rosário queria entender sua filha, com toda certeza ela sabia que ela amava seu marido, mas mostrava com o que ela viu ao surpreende -los que Victória não sabia o que queria agindo assim . Como andava observando a filha que tinha, Rosário tinha toda certeza, que Victória era caprichosa, indecisa, explosiva e orgulhosa. E quem estava a mercê de suas indecisões e sofrendo bastante, como ela havia notado era Heriberto, seu querido genro que ela a cada dia tinha uma carinho mais terno.


E assim ela disse a Antonieta.


— Rosário : Minha filha esta me surpreendendo a cada dia, eu que pensei que ela e meu genro estariam brigando. Estava preocupada depois do que aquela vagabunda fez, deixei minha filha aflita e depois a encontrei em cima do marido dela. Victória tem que decidir o que quer! E aquela mulherzinha miserável, será que ela ainda esta aqui ? Quero vê -la


— Antonieta : Desde que conheço Victória ela é assim, ela não me surpreende mais. Mas sua filha estava certa desde que essa mulher apareceu no hospital, Victória sempre me contava que ela perseguia Heriberto. E sua filha sempre teve ciúmes dela, senhora Rosário, Victória sempre soube o que ela queria. Mas parece que agora infelizmente, aquela mulher conseguiu acabar com o casamento de minha amiga.


Rosário irritada fechou seu leque, e batendo ele na palma de sua mão disse decidida.


— Rosário : Essa mulher não vai acabar com o casamento da minha filha, vou procurar essa infeliz e ter uma conversinha com ela .


Antonieta preocupada disse .


— Antonieta : Não sabemos se ela ainda está aqui.


— Rosário : Então vamos procurar essa desgraçada aonde ela estiver, você vai me mostrar quem é ela .


Rosário saiu para procurar Alessandra, Antonieta suspirou e seguiu a senhora. Ela sabia que a mãe de Victória sofria do coração, e estava preocupada. E assim Antonieta caminhou atrás de Rosário, se uma Sandoval dava trabalho para ela controlar, duas era trabalho dobrado.


No camarim


Depois de um escândalo de Pepino ele trocava Victória de novo. Na arara de roupas, ele procurou sem muitas opções um outro vestido ideal para ela, um vestido longo pink de mangas caídas e uma fita preta amarrada em um laço acima de sua barriga redonda bem abaixo de seus seios, foi escolhido por ele. Os cabelos dela Pepino soltou deixando eles caídos nos ombros. E o mais rápido que pôde Victória foi dar atenção para a imprensa que cobriu o desfile de sua casa de moda.


Logo depois Victória estava com um buque de rosas vermelhas que tinha recebido. Ela estava rodeada de jornalistas que faziam perguntas a ela sobre as novas tendências da moda e sua nova linha que foi apresentada no desfile. E de onde ela estava, ela olhou Bernada conversando com Alessandra e nada mais teve atenção dela a não ser as duas .


Victória enquanto as olhava, quis entender o que faziam juntas se perguntando se elas se conheciam. Eram duas inimigas dela, Victória não esperava nada de bom vindo delas juntas. Precisava saber o que faziam juntas e determinada a descobrir, ela disse a todos.


— Victória : Com licença.


Caminhando em direção ao seu alvo, Victória deixou todos falando sozinhos . Pepino que esteve com ela improvisou buscando a atenção dos jornalista para ele .


Victória andava segurando seu vestido, apertando os passos para não perde -las de vista .


Momentos depois, Antonieta nervosa entrou no camarim onde todas modelos se arrumavam para deixar o clube. Estava bagunçado cheio de falatório e nudes de belas mulheres para todo que é lado . E ela encontrando Pepino já entre elas perguntou.


— Antonieta : Me diga onde esta Victória Pepino. Fernanda me disse que ela estava com você .


Pepino agitado movendo as mãos disse.


— Pepino : Eu não sei aonde esta ela, minha rainha esta me deixando de cabelo em pé . Saiu em meio de uma entrevista onde ela devia deixar claro para nossos inimigos que estamos cheios das purpurina e glamour e não como especulam! Mas ao invés disso me deixou sozinho no meio daqueles abrutes. Ela esteve distante a noite toda.


Antonieta passou a mãos nos cabelo e então disse para justificar as atitude de Victória por saber o que estava acontecendo com sua amiga.


— Antonieta : Ela esta nervosa Pepino .


Pepino andou com uma roupa em um cabide enquanto Antonieta o seguia dizendo .


— Pepino : E quando a rainha da moda não esta nervosa ?


— Antonieta: Mas agora ela tem muitos motivos para estar nervosa . E para acabar perdi a mãe dela, engraçado que hoje eu passei a maior parte da noite procurando por pessoas nesse desfile, todos sumiram.


Pepino parou para olha -la e então disse.


— Pepino : A mãe dela eu não há vi, quero distância dela, já tenho uma Sandoval na minha vida e é o suficiente. Mas é melhor que ache aquela mulher, já sei que ela é como a filha uma bomba relógio. Boa sorte com elas.


Antonieta bufou e saiu do camarim, Pepino estava tão carregado de trabalho quanto ela.


Enquanto isso por Victória ter seguido Bernada e Alessandra, viu de longe que as duas entrou em um dos banheiros do clube frente. E ainda determinada descobrir o que as duas faziam juntas Victória caminhou para entrar no banheiro também .


O banheiro era grande e bonito por dentro, Alessandra entrou e logo parou para olhar no espelho. Sua imagem, era a imagem da derrota em pessoa. Ela estava molhada e tremia de frio por ter sido jogada na piscina com água gelada.


E assim reclamando ela disse.


— Alessandra : Eu odeio Victória, eu a odeio ! Mas dessa vez eu acabei com o casamento dela, ela acabou comigo e agora eu acabei com ela tirando seu querido marido.


Bernada tocou a testa, não sabia o que pensar. Não sabia se comemorava ou não dessa vez. Ela acreditava que com só a traição seu irmão seria livre da pecadora que chamava de esposa, e ainda assim não foi . Uma inimiga como Victória era difícil de ser vencida ela reconhecia isso, então esperava que dessa vez enquanto a mentira durasse Heriberto fosse livre de vez dela.


E assim ela disse.


— Bernada : Tem que ir embora logo, ninguém pode me ver com você Alessandra. Irei procurar por Heriberto depois do que houve ele pode estar mal, e eu o apoiarei.


Alessandra olhou para Bernada e disse.


— Alessandra : Você vai me deixar em casa com seu motorista, não vim de carro Bernarda.


— Bernarda : De jeito nenhum, se Heriberto me ver com você não sei como justificarei .


Alessandra mexeu nos cabelos formando um coque, e com um riso ela disse.


— Alessandra : Tem tanto medo assim de perder seu querido irmão Bernarda ? Você sabe se por acaso ele descobrir o que fez com toda certeza irá despreza -la.


Victória do lado de fora se aproximou da porta, a porta era de vidro. Victória abriu lentamente ela, desconfiada não queria fazer barulho. E assim encostada na parede já dentro do banheiro sem Bernada e Alessandra perceber sua presença, Victória ficou quieta.


Bernada assim respondeu Alessandra, com um ar do que tinha feito era o certo . Sem saber que era ouvida por Victória.


— Bernada : Victória desde que apareceu na vida de meu irmão, ele mudou. Ela é uma pecadora que o corrompeu com seus pecados e seu passado sujo . Heriberto merece uma mulher que não tenha a alma suja como a dela . Só assim ele será feliz, ele esta cego! Mas Deus abrirá os olhos dele dessa vez e meu irmão será livre dessa pecadora infeliz .


Bernada fez um sinal da cruz agradecendo a Deus "pelo feito ".


Victória com raiva ao ouvi-la teve vontade de aparecer frente a elas e gritar para se defender e dizer o quanto amava Heriberto e que mesmo da sua maneira sentia que ele era feliz com ela. Apesar de tudo se amavam, e as duas se mostravam felizes e serem aliadas em algo que Victória teve vontade de descobrir ainda mais o que era. E por isso ela se conteve ainda que seu coração batesse forte no seu peito nervosa .


E Alessandra disse pensando no que fizeram.


— Alessandra : Sim, acho que dessa vez ela não vai perdoar depois que eu disse que estava grávida, mas eu e você sabemos que não estou grávida. Só tive essa ideia agora porque depois do que você me contou que ela a muitos anos queria dar filhos para ele e não conseguiu. Então tive certeza que a ideia dele ter um filho comigo ela não iria suportar.


Victória tremeu com que ouviu, fechando os olhos com a cabeça encostada na parede fria. Ela suspirou, pensando na verdade que ouviu . Heriberto não ia ter um filho com outra. Ela sorriu sem querer de felicidade com essa verdade.


Bernada caminhou, Victória olhou de lado temendo ser vista . Mas Bernada voltou até onde Alessandra estava e disse convicta.


— Bernada : Foi inteligente em pensar nisso, mas não pense que vai ficar com ele. Você é outra pecadora desmerecedora de um homem como meu irmão, além do mais nem foi mulher suficiente para seduzi -lo ainda que estivesse bêbado .


Victória abriu a boca arregalando os olhos, seu coração bateu tão forte no peito que ela achou que ia sair pela boca. Um choro quis sair de sua boca, não era apenas alívio, era dor por lembrar tudo que sofreu por uma traição pelo que havia entendido que nunca aconteceu. E não só ela havia sofrido nisso tudo, mais também Heriberto. Calando a própria boca com a mão enquanto tremia no lugar, lembrando todo inferno que ela e Heriberto estavam passando pela maldita traição que agora ela sabia que era mentira, arrependida de cada palavra dita, doida por lembrar de como desde que Heriberto enganado confessou a traição, sofria . Victória se manteve tremula ainda no lugar, assimilando todas as coisas que ouvia. E assim ela escutou Alessandra responder Bernada com um tom de indignação.


— Alessandra : Mas ele pensa que houve algo entre nós Bernada e eu posso usar isso ao meu favor até quando eu quiser! Mesmo que ele só dormiu como uma pedra naquela cama, ele estava bêbado demais para lembrar. Ainda que eu lembre que ele até me chamou de Victória! Nunca me senti tão humilhada! Mas ainda assim quero seu irmão pra mim, ainda que te desagrade não pode fazer nada, somos aliadas nisso.


Bernada irritada a respondeu.


— Bernada : Esta muito confiante Alessandra. Lembre -se que ele vai querer a prova dessa gravidez e da paternidade .Então só sustente essa mentira até que não possa mais, meu irmão tem que continuar achando que traiu Victória com você e que espera um filho dele. Não se preocupe sei que não se importa com ele, e eu sei com que se importar e continuarei dando o dinheiro que precisar até termos certeza que entre ele e Victória não há mas nada.


Victória já tinha escutado tudo que precisava, tudo que acreditou era mentira. A fizeram sofrer em vão, ela fez Heriberto sofrer por uma dor sentida vinda de uma traição que jamais esperava. Viu ele sofrendo se lamentando, e tudo por uma mentira! Era tudo mentira. Uma armadilha um plano sujo que fizeram eles se magoarem .


E saindo da onde estava Victória apareceu em frente a elas, em silêncio apenas o som dos saltos dela ao chão denunciou a Bernada e Alessandra que não estavam sozinhas como achavam .


Bernada que estava de frente para Alessandra que estava branca ao ver Victória, virou para trás e também a viu .


Assim que os olhos das duas se cruzaram, faiscou pleno ódio e desprezo. Victória então com todo desprezo que tinha cuspiu suas palavras.


— Victória : Como eu não desconfiei que por trás disso tudo estava você Bernada! Você sempre esteve desejando o fim do meu casamento. Sempre foi uma maldita desgraçada que me odiou desde que me casei com seu irmão! Mas eu vou fazer com que ele te odeie tanto quanto eu! Ele vai saber o que fez!


Bernada colocou a mão na testa aflita. Tinha que pensar em algo, em como ia fazer para desmentir Victória. A desgraçada tinha escutado tudo! E se ela contasse tudo que ouviu, Heriberto iria despreza -la para sempre e ela iria perder -lo.


E o que ela iria fazer sem seu querido irmão ?


O adorava, tinha feito um juramento de cuidar dele, apenas queria o melhor para ele. Deus tinha escolhido ela para protege -lo por toda vida. Estavam ligado e ia além do sangue essa ligação. Bernada só tinha Heriberto com ela e por ela, ele era tão bom, que a tornava boa também, sua escuridão do passado era esquecida, ela não se punia tanto ao lembrar de sua vida de libertinagem . Era uma benção divina tê -lo como irmão, então por tudo isso, Bernada acreditava que Heriberto merecia ser feliz com uma mulher santa, com Victória ela acreditava que ele só sofria com o passado sujo que ela tinha e se contaminava com seus pecados por que acima de tudo Victória era uma devassa aos olhos de Bernada.


Heriberto não era santo, não tinha o porque ser idolatrado. Era um homem qualquer, mas para Bernada ele era puro, tinha a alma pura que Victória sempre corrompia. Era sempre ela por todos esses anos tinha sido o problema, o próprio diabo que condenaria seu querido irmão ao inferno . A verdade era que, Bernada se tornou uma mulher doente por ser tão religiosa.


E assim Bernada disse insana.


— Bernada : Não irá dizer nada ! Nada pecadora, nada ! Mesmo que eu tenha que te matar, você e nem ninguém vai separar meu irmão de mim !!!


Bernada sem que Victória esperasse voou nela atacando . Victória foi jogada no espelho grande que tinha na parede ao lado das pia . O vidro se quebrou caindo ao chão, com o impacto do corpo dela .


Com as mãos no pescoço de Victória, Bernada segurava forte querendo enforca -la . E Victória alí se sentiu fraca e indefesa .


Alessandra tinha os olhos arregalados não acreditava no que acontecia.


Victória com os olhos molhados em lágrimas temia por sua vida e de seus filhos. Ela sentia dor por todo corpo e acreditava que estava machucada .


Victoria não encontrava forças fisicamente e nem emocionalmente para se defender . Só desejava acabar com tudo que estava vivendo de ruim.

Então fraca ela disse.

— Victória : Me solta Bernada ! Me solta !

— Bernada : Eu não irei te soltar para que diga o que eu fiz !


Victória levou as mãos nas mãos de Bernada e viu que tinha sangue nas delas. Havia se cortado e certamente não só nas mãos .

— Victória : Esta me machucando .

Alessandra colocando as mãos na consciência disse .

— Alessandra : Solta ela Bernada não seja loca ! Eu não quero ser presa por um crime !

Bernada por fim soltou Victória, e ela sentiu seu corpo esmorecer devagar ao chão .

— Bernada : Eu não sou loca! Não podemos deixar que essa pecadora conte o que ouviu! Temos que fazer algo!

— Alessandra : Olhe para ela e veja o que fez, se esses vidros furar alguma artéria ela morrera! E então seremos presas!

Victória gemeu sentada entre os vidro, sua cabeça sangrava atrás e seu sangue corria entre seus cabelos. No seu pescoço havia sangue ela havia cortado ali. Victoria zonza sentia que corria muito sangue então ela levou a mão no pescoço para pressionar o ferimento e assim ela disse.


— Victória : Esta loca Bernada, Heriberto nunca te perdoará pelo que fez e por me ferir.

Olhando as mãos depois de falar Victória olhou elas manchada de sangue, e assim ela levou as mãos na barriga. Nada sentia, não sentia dor não sentia nenhum movimento em sua barriga. Ainda assim Victoria teve medo.

Alessandra se abaixou até ela com medo. Tocou a artéria do pescoço de Victoria, sentiu o pulsar fraco dela. E então se afastando ela disse nervosa.

— Alessandra : Eu não queria nada disso, eu só queria separa -los só isso . Você é loca e agora estou percebendo isso Bernada. Esta doente ! Eu vou embora daqui.

Com medo Alessandra saiu correndo. Queria sumir, daquela loucura toda. Estava arrependida, nada ganhou com suas maldades só havia perdido, mas ainda tinha sua liberdade e se acontecesse algo com Victória ela não estava disposta a levar a culpa.


E muito assustada ela corria cega entre as pessoas .


E quando esteve na rua por estar enlouquecida . Alessandra sem olhar a rua movimentada foi atropelada .


A luz se apagou para ela, quando seu corpo arremessado ao ar por um carro caiu de volta com toda força tornando seu peso mais do que o normal a bater no chão, ela perdeu a luz da vida. De olhos abertos, com muito sangue ao chão e uma aglomeração de pessoas ao presenciar o acidente Alessandra faleceu.

No banheiro já sozinha, Victoria com o corpo deitado de lado no chão tornou do desmaio que sofreu, entre os vidros ela se mexeu levemente . Mas assim que viu que estava só e machucada, teve uma dor forte na barriga, que antes não teve . E então assustada, Victoria chorando de dor gritou por ajuda.

E alguns minutos depois Victória foi encontrada por Rosário que a procurava.


A senhora gritou por ajuda indo até sua filha desesperada .

E 15 minutos depois o que tinha sido um desfile com muito êxito da casa de moda de Victória, havia se transformado em um caos .

Longe dali,


Heriberto por um milagre havia chegado bem em casa , ainda que havia dirigido alcoolizado todo o caminho.


No banheiro do quarto dele com Victoria , debaixo de uma ducha de água fria ele com roupa e tudo tomava banho.

Heriberto tinha as mãos na parede enquanto levava água no corpo, ele sentia que toda embriaguez e tensão era levado junto com a água abundante.
E de olhos fechado Heriberto se perdia entre seus pensamentos que só trazia Victória na sua mente e os filhos que ela esperava. Assim calado ele procurava a razão que havia perdido, para manter a calma e resolver tudo que estava acontecendo.

Até que na pia onde ele deixou seu aparelho celular, Heriberto ouviu ele tocar alto.


E assim ele passou a mão no rosto para tirar a água, saiu do box ainda ensopado. Pegou a tolha sobre o balcão para secar as mãos e depois atendeu a ligação . E tudo parou, seu mundo parou, porque seu mundo era Victória e ele acabava de saber que algo com ela havia acontecido, e que por isso a vida dela estava em perigo e de seus filhos também.

Ele desligou a ligação e desesperado foi se arrumar e fazer um rápido curativo na mão que havia machucado, para ir ao hospital o quanto antes .


No hospital

Victória entrava sendo empurrada em uma maca por seus socorrista . Ela chorava, assustada , com as mãos na barriga. Doía demais, estava dura demais, e seus meninos não se mexiam mais. Mariana ao lado da mãe aflita, ainda vestia sua última troca que subiu na passarela durante o desfile, não houve tempo para ela se trocar porque quando ela ouviu os gritos de Antonieta com Rosário, ela se desesperou e depois como sua avó não desgrudou de Victória até que os paramédicos chegassem para leva - lá .

E segurando na mão de Victória, Mariana seguia ao lado de sua mãe . Até que entraram na emergência com ela . E todos que acompanharam Victória tiveram que ficar na sala de espera, aflitos preocupados e sem entender o que haviam acontecido com ela para ter sido encontrada caída no chão em meio aos cacos de vidro do longo espelho do banheiro que ela foi encontrada por Rosário.

Victória nada conseguiu falar a não ser se preocupar com os seus filhos enquanto estava sendo socorrida.

E na sala de espera Heriberto chegou com lágrimas nos olhos e coração disparado no peito . Ele parou e olhou, Antonieta, Pepino, Mariana, Oscar, Rosário, Fernanda, Osvaldo . Todos estavam aflitos a espera de noticias.

Mariana olhou chorando para Heriberto, ela que havia ligado para ele . Mas só agora ele chegava . Ela quis correr para os braços do seu pai e ouvi -lo dizer que sua mãe e seus irmãos ficaria bem. Mas Heriberto nada disse, não se aproximou deles também. Ele precisava de respostas ,precisava ver como Victoria estava e felizmente ele tinha acesso para isso onde quer que ela se encontrasse dentro do hospital. E assim ele não permaneceu parado onde os viu, e se encaminhou logo para a ala hospitalar que eles não podiam estar .

Logo Heriberto entrou na sala que Victória estava recebendo os primeiros socorros . E viu ela chorar na cama nervosa, enquanto os médicos tentava acalma -lá.


Victória respirava aceleradamente, tinha dois clínico com ela, um obstetra, e outro pediatra. Por ela estar tendo fortes dores na barriga e sangrando, além dos machucados. Victoria com esses sintomas e com 6 meses ela não perderia os bebês, com 6 meses ela poderia antecipar o nascimento deles, o parto prematuro ia ter que ser feito se não conseguissem mudar o quadro dela.

Uma sonda acabavam de ser colocada no nariz dela, se tivessem que correr para fazer uma cesariana com urgência já estariam preparados para sala de cirurgia .

Um dos médicos quando virou um lado da cabeça de Victoria, viu um corte que sangrava entre os cabelos dela . E assim ele gritou.

— X - Chame um neurologista agora .

Limpavam o ferimento dela no pescoço. Heriberto então disse depois de olhar tudo, e ter respirado fundo, se controlado emocionalmente e fisicamente para tomar o caso e cuidar ele de Victoria .

— Heriberto : Me digam qual é o estado de minha mulher e meus filhos.

A equipe de médico olhou para ele e então um deles respondeu.

— X : Estáveis estão, estáveis .

Heriberto foi até Victória, virou o rosto bonito dela com cuidado para ele. Victória virou e o olhou nos olhos, um pouco lenta, estavam aplicando medição nela para aliviar a dor e por isso ela estava se acalmando. Mas quando ela o viu e teve certeza que era ele, Victória de imediato se lembrou de tudo que houve, de tudo que ouviu e sua pressão arterial subiu nas alturas .

Os aparelhos que ligaram nela começou avisar que algo estava errado . Logo aplicaram outra injeção no soro de Victória, a dor talvez estava subindo sua pressão. A atenção para pressão dela alta trouxe mais preocupação para os bebês que já estavam sendo monitorado seus batimentos cardíacos .

Heriberto tomou o posto, não deixava ninguém fazer mais nada em Victória sem sua permissão, tomou outra seringa de injeção da mão de uma de suas médicas e aplicou nela para baixar sua pressão .

Uma mulher grávida sempre era propensa a sofrer com pressão arterial alta. O que era chamada Hipertensão gestacional, casos assim requeria cuidados para não gerar eclampsia, que normalmente acontecia durante a gravidez em mulheres, que estão passando pela primeira gestação, são gestantes sobrepeso, ou gravidez gemelar e também entre gestantes com mais de 35 anos. E os últimos quadro Victória se encaixava, deixando Heriberto completamente desesperado .

Eclampsia colocaria a vida de Victória e dos gêmeos em risco quando chegasse a hora do parto e pior ainda podia adiantar esse momento e trazer eles ao mundo prematuros .

Victória sangrava na cama, e sua pressão não normalizava . Até que a pediatra sugeriu.

— X : Vamos tirar os gêmeos .

Heriberto olhou para ela e se desesperou. Estavam apenas com 22 semanas. Qual era a chance deles sobreviver assim .

O obstetra de Victória que acabou de chegar interviu entrando na sala o doutor Pedro, o senhor colocou as luvas e por ouvi -la disse.

— Pedro : Ainda não. Não vamos tira -los de dentro da barriga da mãe .

A pediatra insistiu e disse.

— X : Se eles ficarem eles podem morrer.

O Doutor Pedro rebateu.

— Pedro : Se tirarmos a chance é maior de não sobreviverem . Vamos a acalmar a mãe, para que a pressão dela abaixe.

Horas passou .

Victória levou 5 pontos na cabeça entre seus cabelos , passou por exames neurológicos e nada mostrou de ruim . No pescoço o ferimento pelo espelho foi maior, o corte foi atrás os cabelos dela cobriam e nele Victória levou mais de 6 pontos entre os arranhões que ela teve na mão . E sua pressão tinha se normalizado, ela e os bebês estavam foram de perigo.

Era de madrugada já .

Na sala de espera, sentados no sofá ainda aflitos e cansados. Todos ainda aguardavam noticias de Victória e até esclarecimentos para saberem o que houve com ela no banheiro.


Heriberto olhou para todos presentes, até Osvaldo estava presente , Tinha a noite livre mas pela manhã começaria um plantão de mais de 12 horas .

Mariana estava em um sofá sentada ao lado de Rosário, com os olhos vermelhos ela estava com a cabeça apoiada no ombro de sua vó enquanto a senhora segurava tranquilamente sua mão .


Quando todos viram Heriberto se levantaram. Mariana foi até ele, Heriberto a abraçou sentia que ela estava aflita .

E abraçando ela forte disse.

— Heriberto : Calma minha filha, calma tudo vai ficar bem .

— Rosário : Como minha filha está Heriberto?

— Heriberto : Estável. Esta sedada nesse momento, dormirá o resto da noite .

Antonieta juntou as mãos e aflita disse.

— Antonieta : Mas tinha tanto sangue nela, nos preocupamos tanto Heriberto. E os gêmeos como estão ?

Heriberto suspirou ainda abraçando Mariana, ela só ouvia ele ali, suas palavras e o bater do coração do seu pai . E confortando sua menina ele respondeu .

— Heriberto: Eles estão bem também .Victória vai precisar de calma muito calma e repouso para que eles não venham prematuro .

— Rosário : Eu vou cuidar da minha filha .


— Pepino : Todos vamos, essas crianças vão nascer bem e minha rainha vai ser feliz . Vamos deixa -la calminha .

— Heriberto : Victória desenvolveu eclampsia, estou falando sério quando digo que ela precisa de total repouso e muita calma mais do que antes.

Todos entenderam a seriedade das palavras de Heriberto. E todos estavam dispostos em ajudar, Osvaldo que estava calado. Preocupado disse ao lembrar da situação que ele e Heriberto estavam.

— Osvaldo : Posso falar com você Heriberto ?

Mariana se soltou de Heriberto olhando descontente para Osvaldo, Fernanda havia dito a ela sobre a briga . E assim ela voltou para sua vó falando baixo.

— Mariana : Quero ver minha mãe.

Rosário abraçou ela, e se sentaram outra vez .

— Rosário : Acalma -se minha filha, ouviu seu pai não da para vê -lá agora.

Heriberto foi em um canto com Osvaldo. E ele Heriberto perguntou sério .

— Heriberto : Sabe o que houve com Victória ?

— Osvaldo : Não eu não sei. Onde você estava quando ela precisava de você ?

Heriberto cruzou os braços e disse descontente.

— Heriberto : Acho que não tenho que prestar conta a você esclarecendo onde eu estava hum. O que queria de mim ?

— Osvaldo : Só queria dizer que nos comportamos como dois imbecis, quem sofreu com nosso comportamento foi Victória. Viu ela esta com problema de pressão, não quero problemas com você Heriberto.

Heriberto olhou sério para Osvaldo ainda que ele parecia ofertar paz entre eles. Heriberto já tinha se aborrecido e não conseguiria voltar atrás. Havia descoberto que o ciúmes que tanto guardava pra sí havia despertado e era pior que um câncer.

Achava Osvaldo intrometido e prestativo demais com Victoria e nunca iria gostar disso. Então ele respondeu convicto.

— Heriberto : E não terá se realmente saber onde é seu lugar aqui e na vida de minha esposa. Cuide da mãe dela de minha sogra, que de Victória minha mulher cuido eu .

Heriberto saiu deixando Osvaldo calado, Antonieta olhou de canto tinha escutado a conversa.

Estava quase amanhecendo .


Todos tinha voltado para casa, Heriberto deixou que Mariana e Rosário visse Victória antes de irem .

E no quarto dela. Ele a olhava dormir, em pé ao lado dela. Heriberto passava as mãos nos cabelos dela, e quando desceu sua mão fazendo uma caricia em um lado do seu rosto.

Victória abriu os olhos.

E Heriberto disse com amor.

— Heriberto : Não faça mais isso Victoria. Não me faça ter mais uma vez o medo de perde -lá pra sempre.

Victoria fechou os olhos outra vez exausta. E baixo ela disse.

— Victoria : Heriberto eu preciso... Preciso.

Heriberto se abaixou deu um beijo na testa dela e disse.

— Heriberto : Você precisa descansar , quando puder falar estando melhor conversaremos e então saberemos o que houve . Eu te amo Victoria.

Victoria segurou na mão dele e então disse.


—Victoria : Eu te amo Heriberto . Te amo.

Heriberto deu um sorriso, vendo que ela adormecia de novo. Ele regulou o soro dela, diminuindo as doses. E assim disse baixo.


— Heriberto : Durma meu amor. Durma que eu estarei aqui quando acordar.

Momentos mais tarde. Já dia.

Heriberto estava no necrotério do hospital. Um cadáver, que estava lá e havia identificado fez com que ele quisesse ver com os próprios olhos quem era.

Em uma mesa coberta apenas com um pano branco. Heriberto olhava o corpo de Alessandra sem vida ao lado do médico legista.

Na mão de Heriberto tinha uma ficha onde mostrava que um traumatismo craniano tinha levado ela a óbito. E nele também não tinha nada claro que ela pelos exames do médico legista , mostrava que esteve gravida. Nada. Heriberto então, descobriu que ela havia mentido pra ele antes de seu acidente.

E assim ele saiu da ala fria e sem vida do hospital. Com um único sentimento, pena.

Passou mais algumas horas Heriberto voltou para o quarto de Victoria. Já era 8:30 da manhã.

O obstetra de Victoria havia acabado de sair do quarto dela. Victoria sabia o quadro que se encontrava, estava com eclampsia na gravidez. Ela recordava que antes mesmo de engravidar de novo, que corria risco de apresentar esse quadro Heriberto mesmo havia lhe dito. Mas o desejo de dar filhos ao homem que tanto amava era maior que tudo.

Heriberto apareceu na porta do quarto todo trabalhado no que era. E ela sorriu, mais apaixonada que antes. Valia apena, valia a pena estar aonde estava, correr risco por amor. Heriberto era o melhor pai do mundo, o melhor marido.

Quando se ama alguém sempre valeria apena lutar não se importando com as probabilidades, de ganhar. O amor não se mede, apenas se sente e Victoria sentia que o amor dela era grande e isso bastava. O melhor de tudo é que estava podendo olhar nos olhos dele sem dor, sem magoa. E Victoria agora desejava, tirar dos olhos de Heriberto todo sentimento de culpa que o condenava sem ter feito algo, havia sido enganado porque nada fez.

E assim ela disse.

— Victoria : Precisamos conversar Heriberto.

Heriberto encostou a porta e perguntou.

—Heriberto : Já tomou café? Se sente bem ?


Victoria balançou a cabeça em um sinal de positivo. Deu a mão pra ele, Heriberto pegou e então ela disse.

—Victoria : Já tomei café e estou bem meu amor. Mas vou ficar melhor quando conversamos. Sente – se.

Heriberto sentou na ponta da cama . E fechou os olhos passando a mão que ela não segurava no rosto. Aflito ele recordou da última conversa que tiveram, ela foi decisiva. Então Heriberto teve receio de Victoria voltar a falar do divórcio.


Victoria viu o curativo na palma da mão dele e se preocupou. Então perguntou.
—Victoria : O que houve com sua mão ?


Heriberto sorriu tenso e respondeu.


—Heriberto : Não houve nada de mais Victoria. Mas me diga meu amor o que quer me dizer.


Victoria ficou o olhando em silêncio, como ele estava na espera que ela falasse algo. Mas a contrário disso, ele viu Victoria chorar, ela soluçou segurando a mão dele.

Ele preocupado tocou um lado do rosto dela. E disse.

—Heriberto :Porque chora Victoria? O que tem?

E Victoria chorando respondeu.


—Victoria : Eu quase te perdi Heriberto.

Heriberto tomou o rosto dela delicadamente nas mãos. Arrumou um lado do cabelo solto dela pondo atrás da orelha , e com os olhos lagrimejados lembrando do desespero que se encontrou quando há viu na emergência. Disse.

—Heriberto : Eu que quase te perdi Victoria. Quase perdi vocês três essa noite. Tive tanto medo de ficar sem você.

Ele beijou outra vez a testa dele dando um beijo demorado. E Victoria disse.

— Victoria : Me beija Heriberto , me beija na boca por favor. Me beija.

Heriberto a olhou com amor. E a beijou lentamente.

Victoria sentia que o beijo voltava ser daquele amor do começo, daquele amor de quando tudo começou. Não tinha enganos mais. Iam recomeçar.

Heriberto sentia o gosto do amor nos lábios de Victoria. Estava diferente. Sentiram antes o medo de perder, o medo de não terem mais um ao outro. Talvez por isso um simples beijo estava sendo o mais sentido de todos esses anos de casados.

Depois que se beijaram, descansaram com o rosto colados. Heriberto sentia que as palavras sobravam, que só precisavam um do outro depois de tudo, precisavam sentir que estavam ali, juntos.
Ficaram em silêncio por minutos.

Victoria pegou no rosto de Heriberto para olha -lo. Ele era lindo, e a amava. Iria mudar, precisava. O magoou, ainda que estivesse também magoada por uma mentira ela não tinha o direito de ter dito e feito muitas coisas para que ele se sentisse mal como ela havia ficado. E antes mesmo da horrível mentira, tinha feito muitas coisas que se Heriberto não a amasse como ela sabia que ele amava, ele já não estaria mais com ela. O orgulho tinha que começar ser menor que todo amor que ela sentia por ele.

E assim Victoria disse.

— Victoria : Não me traiu Heriberto. Você não me traiu...

Heriberto a olhou a vendo chorar. E confuso perguntou.


— Heriberto : O que ? O que está dizendo Victoria ?


Victoria emocionalmente abalada voltou a dizer.

—Victoria : Heriberto, Heriberto meu amor.

Heriberto olhou nas mãos dela pegou beijando cada uma e então disse.

— Heriberto : Acalme – se, não se altere minha vida.

—Victoria : É que fomos enganados Heriberto. Você não me traiu com Alessandra, fomos enganados.

Heriberto olhando seriamente pra ela disse .

—Heriberto : Victoria você sabe o que esta me dizendo?

—Victoria : Sim eu sei Heriberto, e por isso estou aqui . Sua irmã, Bernada me atacou em um dos banheiros ontem no desfile para mim não contar o que havia escutado, que na verdade ela e Alessandra te enganaram. Você Não me traiu Heriberto, você apenas dormiu por estar bêbado ao lado dela, Alessandra mentiu todo esse tempo, ela não está grávida.


Heriberto precisou de alguns segundos para assimilar o que ouviu. Era certo que Alessandra de fato nunca esteve grávida, que ela mentiu. Mas Bernarda estava envolvida e tinha machucado Victoria . Como foi capaz? Parecia surreal tudo, um caso de novela. Ele queria entender, saber mais. Victoria não poderia estar brincando, estava em uma cama de hospital, e com toda certeza que ele via em seus olhos ela afirmava que eles tinham sido enganado. Estiverem sofrendo todo esse tempo, por uma mentira.

Heriberto se levantou da cama, passou as mãos no cabelo perdido . Decepcionado, e o pior se sentindo os piores dos imbecis. Por ter sido enganado por duas mulheres.

De costa pra Victoria, ele se virou pra ela que o olhava preocupada. Ele a olhou, viu parte do curativo dela do ferimento de seu pescoço ainda com uma aparência abatida, de camisola do hospital. Pela noite quando a viu parecia que iria perde -la. E por causa de uma mentira, sua própria irmã, quase fez com que a mulher que ele escolheu amar por toda vida morresse. E tudo por plena maldade.


E assim ele disse.

— Heriberto : Me conte o que sabe Victoria , me conte como que houve tudo, como Bernada te machucou . Eu quero saber de tudo.

30 minutos passou, Heriberto fez perguntas para Victoria, assimilou coisas, tentou lembrar de outras . E depois, o que só sentia era raiva, revolta e mais ainda sentia o reis dos imbecis. Por fim ele percebeu, que na verdade ele era o que sempre foi manipulado por Bernarda, ele nunca tinha conseguido enxergar como ela era, ou talvez não quis. Tapando o sol com a peneira muitas vezes quando Bernada ofendia Victoria deixando claro que nunca aceitava seu casamento. Por amor, um cego amor, uma cega confiança que Heriberto tinha na irmã, achando que seus sentimentos eram recíproco mas se enganou, foi enganado e se decepcionou.


E doía, doía muito ter que enxergar a verdade. Mas ela estava lá e escancarada .

Precisou acontecer algo grave pra ele realmente acreditar que a briga que tinha entre sua esposa e sua irmã era mais grave que achou. E por Bernada ter colocado a vida de Victoria e seus filhos, em risco ele não seria capaz de perdoa -la e nem deseja -la perto de sua família, e o pior perto dele.

E assim disse.

—Heriberto : Me perdoe, me perdoe Victoria por eu nunca ter te escutado. Nunca te ouvi, nunca quis enxergar a alma podre que Bernada tem. Eu fui, um tonto, um imbecil!

Victoria o chamou . Estava preocupada, via Heriberto alterado e aflito . Ela sabia que ele estava sofrendo. Bernarda era querida por ele, Victoria sempre soube que quando Heriberto soubesse quem realmente era Bernada, ele sofreria.

E assim, ela deu a mão outra vez para ele. Heriberto sentou outra vez na cama, mas impaciente, com raiva. E assim Victoria disse.

— Victoria : Se acalme Heriberto por favor e não fale assim de você mesmo. Meu amor elas se aproveitaram do seu momento de fraqueza, estava bêbado e por isso acreditou que me traiu. Mas agora sabemos que não é verdade.

Heriberto com pesar disse.

—Heriberto: Eu te feri Victoria, sofri, sofremos por essa mentira. Bernada me viu chorar e sofrer quando acordei achando que te trai e ainda me deixou acreditar que tinha errado com você. Eu sou um imbecil, que cai nos planos delas.

Victoria pegou no rosto dele, e encheu de beijos .

—Victoria : Não fale assim Heriberto , pare, não se puna. Está tudo bem agora, sabemos a verdade.

— Heriberto : A verdade que ela te feriu Victoria, para que não me contasse !!!!


Heriberto se levantou outra vez decidido em fazer algo. Ia enfrentar Bernada e ia dizer tudo que estava sentindo, ia fazer com que ela pagasse de alguma forma todo mal que tinha feito.

Alguém bateu na porta. Os dois olharam, Mariana e Rosário entrou por ela.

Levavam na mão, flores e chocolate.

Victoria, sorriu com amor pra mãe. Sentiu uma imensa vontade de abraçá-la para agradecer por ter chegado no momento que ela precisou de ajuda, que estava machucada. Sabia que foi ela ainda que estivesse com dor. Lembrou dos gritos se socorro, do toque da mão terna na dela enquanto entrava na ambulância. Por fim, Victoria sentiu como era bom e o preciso ter uma mãe por perto outra vez e não bons, mas em momentos ruins também.

Heriberto sorriu para elas. Passou a imagem de que tudo estava bem. Aliviado por vê -las ali pois agora ele poderia sair .

E foi o que fez, ele deixou Victoria com a mãe e sua filha e saiu do quarto.

Rosário foi até Victoria e beijou a testa dela. E depois disse.

—Rosário: Bom dia filha. Como esta meu amor ?

Victoria olhou para sua mãe e respondeu .

— Victoria : Bem mamãe.

Mariana foi ao lado direito do leito de Victoria. E beijou o rosto dela e depois disse .

— Mariana: Te amo mamãe, não sabe como fiquei com medo de te perder.

Rosário estava arrumando as flores em uma mesa que ficava ao lado de Victoria e de costa para ela , ela disse.

— Rosário : Sua mãe é forte Mariana , graças a Deus ela está bem.

Mariana sentou na cama abrindo a caixa de chocolates ela disse.

— Mariana : Agora nos conte mamãe, como se machucou com aquele espelho?

Victoria olhou para filha e depois para mãe e então disse.

— Victoria : Antes tenho que contar algo a vocês duas.

Rosário tocou a cabeça de Victoria. E então disse.

—Rosário : Dói muito sua cabeça filha ?

Victoria negou com a cabeça e então disse de uma vez para limpar a honra de genro e pai traidor que Heriberto estava tendo.


—Victoria: Heriberto nunca me traiu mamãe, foi tudo um plano que fizeram para me separar dele .

Mariana atenta perguntou.
—Mariana: Um plano, como assim mamãe?

— Victoria : Um plano de sua tia e aquela vagabunda .

Rosário juntou as mãos em agradecimento e então disso.

— Rosário: Eu sabia que tinha algo de errado nessa história, Heriberto te ama demais para te trair filha.

As 3 ficaram conversando. Mariana sentou ao lado da cama de Victoria sò observando sua mãe que convidou a avó para sentar ao lado dela e estava lá, com a cabeça deitada no peito macio de mãe, recebendo cafuné enquanto falava.

Mariana não podia crer que aquela que via era sua mãe.

E na casa de Bernada

Heriberto escapou do hospital. Não ia conseguir ficar em paz até estar de frente com Bernada .

E entrando na casa dela, ele disse quando viu Eva.

—Heriberto: Eva onde está Bernada ?

Eva observou pelo tom de voz e a expressão de Heriberto que algo passava. E então ela disse.

— Eva : Ela está desde que amanheceu, trancada. Rezando.

Heriberto sério perguntou.

— Heriberto : Onde ?

— Eva : No escritório dela .

Heriberto não disse mais nada. Sabendo o caminho ele seguiu até onde Bernada estava.

Trancada por dentro no seu escritório Bernada, ouvia uma música clássica. Enquanto de frente para um crucifixo, enquanto tinha outro na mão rezava.

E com um toque na porta ela interrompeu suas orações. Mas não respondeu, e Heriberto então insistiu batendo na porta a chamando.

—Heriberto : Bernada abra, Sou eu Heriberto sei que esta ai dentro!