Capitulo 85

Bernada depois que ouviu Heriberto, fez o sinal da cruz, foi até sua mesa guardou seu cordão de crucifixo. Ela suspirou se sentindo renovada e perdoada. E então, abriu a porta pronta pra rebater as acusações sobre ela, que ela imaginava que viria enviada por Victoria.

Na noite passada, Bernada deixou Victória machucada e foi embora, deixando nas mãos divina a salvação dela. Então assim, ela não sentia culpa alguma, acreditando assim, que tudo que Victoria havia sofrido era castigo dos céus .

E quando Heriberto a viu, seus olhos cristalizou de lágrimas. Ele estava decepcionado e não sabia se um dia seria capaz de perdoa -lá.

Então sério, ele entrou no escritório sem que Bernarda convidasse para ele entrar . E no meio dele, Heriberto a olhava, se perguntando como não tinha visto o tipo de pessoa que ele amava como irmã todo esse tempo .

Ele esteve cego o tempo todo!

E assim depois de uma passada de mão na cabeça impaciente pelo silêncio de Bernada, não demonstrando nenhum tipo de sentimento . Heriberto disse .

—Heriberto : Não irá falar nada? Não tem nada pra me falar Bernarda? Já sei o que fez !

Heriberto andou nervoso no escritório, com as mãos na cabeça.

Nesse mesmo escritório, ele chorou na manhã que pensou que tinha traído a única mulher que amou na vida. E sua querida irmã, sabia que era mentira e nada fez a não ser engana - lo também.

Bernada tocou a testa, e depois encostou a porta que ele havia deixado aberta e então disse . Sem nenhum receio.

— Bernada : O que aquela pecadora disse dessa vez, para coloca - lo como está assim comigo?

Heriberto então parou no lugar, bravo pegou Bernada pelo braço e a trouxe pra perto. E então ele disse com os olhos faiscando raiva.

— Heriberto : Não vou permitir mais que chame Victoria assim, nunca mais irá referir a ela dessa forma em minha frente !

Bernada se impressionou com a atitude de Heriberto . Nunca ele havia falado com ela desse modo, nem muito menos pego ela assim

E então ela disse.

— Bernada : Vejo que esta do lado daquela pecadora porque é isso que ela é! Como fala assim comigo ? Eu sou sua irmã !

Heriberto a soltou e rude disse dando as costas pra ela e colocando a mãos na mesa, enquanto buscava controle.

Mas ainda assim ele disse alterado.

—Heriberto : Você não é minha irmã , nunca foi . E agora muito menos! Sou filho único e seguirei sendo Bernada .

Bernada cristalizou os olhos em lágrimas , ela quis chorar . Seu corpo tremeu. As palavras de Heriberto tinha sido pior que um tiro no seu peito. Nelas, continha desprezo e magoa! As palavras de Heriberto estava carregadas, de uma raiva que Bernada nunca tinha visto e que demonstrava dentro dos olhos dele.

E assim ela disse temorosa, querendo se justificar.

— Bernada: Victoria é uma pecadora ! Ela não te merece !

Heriberto se enfureceu mais .

Ele estava cansado, cansado de ouvir a palavra pecado vinda da boca de Bernada todos esses anos! E que só agora ele sabia que ela era uma mulher que nem sabia amar o próximo, então como poderia julgar alguém por seus pecados?

E então ele falou alto de frente pra ela a acusando de uma vez com o que sabia .

— Heriberto : Então por achar que ela não me merecia, tentou nos separar a todo custo Bernada! Até foi capaz de chegar ao ponto de planejar uma falsa traição. Eu confiei em você, me viu chorar em sua frente e sofrer por um erro que não cometi! Você não tem coração?

Bernada aflita pegou no peito de Heriberto e chorando ela tentou se defender.

— Bernada : Eu tinha que fazer algo para que você enxergasse, que nunca seria ser feliz com Victoria irmão! Deus me usou para salva -lo das garras dela. Ela te manipulava!

Heriberto pegou nas mãos de Bernada e a afastou dele.
. E então ele continuou dizendo as tantas verdades que precisava falar.

— Heriberto: Rum, Deus? Tire ele da nossa conversa Bernada, mentiu pra mim, deixou eu enganado sabendo a verdade e ainda quase fez com que Victoria perdesse meus filhos! Deixou a vida dela e deles em risco! E por isso não é digna nem de mencionar o nome de Deus ! Nunca foi! E esta enganada nunca fui manipulado por ela, e sim por você, estive cego! Mas agora sei quem é.

Bernada passou a mão na testa como de costume querendo se recompor. E então disse mostrando calma.

— Bernada : Eu vou perdoar suas palavras Heriberto! Sente - se, está nervoso você não age assim.

— Heriberto : Não vou me sentar , não está me levando a sério Bernada. Mas nunca mais pisarei em sua casa e não quero que pise na minha, não quero próximo a mim e nem de minha família. Hoje dou conta que minha felicidade é a sua infelicidade, então fique longe de mim Bernada! E principalmente, fique longe de Victoria , fique longe dela.

Heriberto fez menção de deixar o escritório, mas Bernada foi na frente ficando entre a porta para ele não sair e então ela disse colocando Alessandra na conversa sem saber ainda que a mesma morreu .

— Bernada : Eu não fiz nada , não sei o que Victoria disse nem aquela Alessandra, as duas colocaram você contra mim Heriberto!

Heriberto então a olhou sem acreditar, momentos antes Bernada se justificava por ter enganado ele ao tentar separar Victoria dele. E agora negava.

E assim ele disse impaciente com a demência que ela mostrava .

— Heriberto : Alessandra morreu por isso não posso falar por ela, mas acredito em Victoria! Deixou ela machucada naquele banheiro depois de tudo que já tinha feito com ela , e por isso mais uma vez vou avisar pra ficar longe dela Bernada, porque senão vou ser capaz de denuncia -lá!

Bernada se afastou da porta assustada e então disse.

— Bernada : O que ?

Heriberto decidido disse.

— Heriberto : É o que ouviu, tentaram contra a vida de minha mulher você e Alessandra, ela já não pode responder pelo que fizeram mas você ainda pode, então não me subestime achando que não sou capaz de fazer com que pague o que fez se isso te fazer ficar longe de Victoria e meus filhos Bernada!

Bernada levou as mãos no cabelo, desesperada odiando como nunca Victoria Sandoval. E com raiva disse tampando outra vez a porta .

— Bernada : Aquela pecadora não irá me vencer !

Heriberto então gritou.

— Heriberto : Já basta! Saia da minha frente antes que eu perca a paciência Bernada !

— Bernada : Não, não saiu! Eu sou sua irmã! Juramos que ficaríamos juntos que um cuidariam do outro essa mulher não pode nos separar.

— Heriberto: Essa mulher é minha esposa e não somos mais aqueles jovens órfãos! E já disse sou filho único, sempre fui ! Você que me traiu, me decepcionou! E sabe, de todas as pessoas que podiam fazer algo contra mim, não esperava que fosse você Bernada .

— Bernada : Eu sempre cuidei de você sempre ! E o que eu fiz, foi para seguir cuidando.

Heriberto riu com sarcasmo . E então disse.

— Heriberto : Não preciso que cuide de mim. A solidão te deixou assim Bernada, como é. Victoria me tirou da solidão que eu vivia, mas você permaneceu na sua, e sabe porque ? Porque, você sim não sabe amar , você é a fria calculista nessa história toda, que me manipulou, e não só a mim tenho certeza que a Mariana minha filha também, para que fossemos contra Victoria mais acabou.

E por fim, Heriberto pegou Bernada pelo braço tirando ela da frente da porta. E assim ele abriu ela e saiu deixando Bernada pra trás.

Bernada ficou transtornada, viu ele sair da maneira que ele estava, e ela sabia que ele nunca mais voltaria . Heriberto a deixava, sozinha e era como o sol que tivesse saído da vida dela. E só restasse a escuridão que era a vida que Bernada levava nela. Aquela escuridão que trazia a tona os pecados de uma vida leviana que ela um dia teve, seguida de uma religiosidade que fazia ela achar que tinha o direito de julgar quem fosse. E assim, desesperada, Bernarda gritou alto e tudo que tinha na mesa na frente dela, ela derrubou ao chão surtada .

Heriberto ia em direção da porta de saída . Eva o viu passar, e foi até ele e assim o parou. E então ela disse no meio da sala.

— Eva : Eu pude ouvir o que falava com a senhora Bernada. Eu sempre desconfiei que tinha algo errado, só não sabia o que . Eu tinha visto aquela doutora muitas vezes aqui, mas nunca consegui saber o que elas conversavam senhor Heriberto, mas sabia que era algo contra a senhora Victoria .

Heriberto sério a respondeu.

— Heriberto : Elas me enganaram Eva . E por isso não me verá mais aqui, Bernada merece ficar sozinha, e até sem você para que ela reveja o mal que está fazendo com quem realmente se importava com ela.

Heriberto se calou ouvindo barulhos vindo do escritório de sua irmã. E então ele voltou a dizer antes de ir .

— Heriberto : Tome cuidado com ela Eva, eu não sei mais quem é Bernarda .

E assim ele se foi .

No hospital .

As horas da manhã estava passando e a tarde chegava. E Victoria, ainda que tivesse acompanhada no quarto, estava preocupada, querendo Heriberto com ela. Ela só pensava nele, em como ele estaria depois de tudo que ela tinha dito.

Quando Rosário e Mariana haviam chegado no quarto, ele havia saído sem nada a dizer e ainda não tinha dado notícias . E por isso, Victoria estava pensativa sentada na cama .

A mãe dela, estava conversando com ela , até que ela já não ouvia nada de tanto pensar em Heriberto . E então Rosário disse.

— Rosário : Filha, Victoria está me escutando ?

Victoria virou pra olhar sua mãe que estava ao seu lado em pé e então disse.

— Victoria : Oi mamãe, sim estou. É que estava pensando em Heriberto, ele saiu do meu quarto assim que vocês chegaram e ainda não voltou.

— Rosário : Ele deve está trabalhando minha filha .

— Victoria : Não sei mamãe, contei tudo a ele o que Bernarda fez . E se ele foi vê - lá ?

— Rosário : Se ele foi ver ela filha é muito bom, meu genro tem que colocar aquela cobra no lugar dela . Aquela infeliz te machucou !

Mariana entrou no quarto depois de ter ido comer algo na cantina do hospital. Ela acabava de saber da fofoca que corria entre os corredores no meio de um clima de luto .

Então Mariana ficou parada entre a porta encostada.

E assim ela disse tentando entender os fatos.

— Mariana : A mulher que enganou meu pai, com minha tia Bernarda se chamava Alessandra certo? E era médica desse hospital?

Victoria e Rosário a olharam intrigadas. E então Victoria a respondeu.

— Victoria : Sim filha, o que tem ela há viu ?

— Rosário : Essa mulherzinha está aqui ?

— Mariana : Sim. Mas se é a mesma médica que estamos falando, porque eu já vi ela, mas só uma vez se foi ela mesma que me visitou em meu quarto quando sofri aquele acidente. Eu acho que ontem aconteceu algo a ela. Mas eu não sei, posso estar enganada.

Victoria já querendo saber o que havia acontecido no meio de tantas palavras de Mariana, disse.

— Victoria : Filha, o que quer nos dizer ? Diga de uma vez, o que aconteceu?

Mariana enfim disse o que ouviu ainda que não tivesse certeza.

— Mariana : Ela morreu mamãe. Ela foi atropelada.

Victoria desacreditada apenas disse.

— Victoria : Como ? Você tem certeza disso filha?

Heriberto dirigia de volta para o hospital, não tinha dormido ainda . Desde da grande noite do desfile da casa de moda cheio de acontecimentos, ele não havia pregado os olhos . Mas ainda assim, uma necessidade de estar com Victoria até que pudesse leva - lá pra casa fazia ele retornar para o hospital.

E assim meia hora depois lá estava ele entrando na sua segunda casa . Então assim que ele passava pela recepção ele viu Mariana, que foi tirada do quarto para que sua mãe fosse examinada. E ela ao vê Heriberto também, foi até ele . E então ela disse aflita.

— Mariana : Papai, eu fiz uma besteira .

Heriberto preocupado, perguntou.

— Heriberto : Que besteira filha ? E sua mãe, como está ela?

E Mariana nervosa disse.

— Mariana :Eu contei a ela que Alessandra morreu e agora ela está nervosa, e acho que a pressão dela subiu de novo.

Heriberto em um tom irritado com Mariana disse.

— Heriberto : Mas como soube filha ? Porque contou!

— Mariana : Então o senhor já sabia?

Heriberto seguindo irritado disse em um tom de repreensão.

— Heriberto : Claro que sim filha, só não disse a sua mãe para que ela não ficasse nervosa e alterasse a pressão dela outra vez . Mas vejo que não adiantou nada, você fez isso sozinha.

Mariana colocou a mão na boca e então disse.

— Mariana : Aí papai eu não tinha certeza, mas ainda assim ela ficou nervosa. Me desculpa eu não queria deixar ela mal de novo.

Heriberto passou a mão na cabeça e então disse arrependido pelo modo que tinha falado.

— Heriberto : Eu estou nervoso Mariana com tudo que está acontecendo, não peça desculpas uma hora ela ia saber eu devia ter dito antes . Vou vê - lá.

Mariana pegou na mão de Heriberto e então disse, querendo saber.

— Mariana : Dá onde vem papai ? Como está de verdade? Minha mãe disse que tudo que houve foi um plano de minha tia. Vem da casa dela não vem ? E não sei se ainda devo chama -lá assim depois de tudo que ela fez pra minha mãe.

Heriberto abraçou ela, e disse certo de suas palavras.

— Heriberto : Esqueça Bernada, vou fazer o mesmo filha. Ela nunca quis nossa felicidade, então só somos eu, você, sua mãe e agora sua vó e logo mais os gêmeos. Essa é nossa família. E não se preocupe comigo vou ficar, bem todos nós iremos .

Mariana o abraçou mais forte o pai que amava tanto, e só depois deixou ele ir .

No quarto de Victoria, o obstetra dela estava com ela. E assim ele dizia, enquanto Rosário os observava atenta.

— Doutor Pedro : Se sua pressão não normalizar vai ficar mais dias internada Victoria. Procure ficar calma .

— Victoria : Eu estou calma, se pelo menos meu marido estivesse aqui comigo eu ficaria melhor. Onde ele está ?

— Doutor Pedro : Eu não sei Victoria .

Victoria insistente como era, seguiu perguntando.

— Victoria : Como não sabe ? Trabalha com ele !

Rosário cansada de ver ela questionar o médico como se fosse obrigado saber onde Heriberto estava, disse para ela deixar de fazer perguntas e se acalmar.

— Rosário : Victoria filha pare de fazer perguntas ao seu médico sobre Heriberto , ele está aqui pra examina - lá. Se acalme!

Victoria revirou os olhos respirando fundo. A pouco queria começar agir diferente pra facilitar sua felicidade com Heriberto e com todos que ela ama. Mas ela já estava de novo se impondo, sendo impulsiva querendo tudo na mesma hora. Ela sabia que seria difícil mudar, com todo seu gênio forte que a fez fazer muitas besteiras até se encontrar aonde estava, sobre uma cama de hospital com um barrigão de 6 meses e frágil. E Fragilidade era um ponto que ela teria que trabalhar seu emocional onde até que ponto mostrar sua fragilidade​ a alguém a faria mal ou não. Porque, Fragilidade, era igual fraqueza, o que significava estar dependente de alguém e dos cuidados de outros. E era o que Victoria não gostava de estar, nem dependente de alguém muito menos fraca e o pior sendo atacada como tinha sido.

Com tudo isso, em outra ocasião Victoria se consideraria no fundo do poço.

Mas finalmente ela viu Heriberto que as observava da porta do quarto, e seu coração saltou do peito. Vendo ele mais uma vez, outra vez ela sabia que era preciso que ela mudasse em alguns aspectos e por ele ela tentaria controlar seu gênio, o ciúmes e tudo que causou brigas e mal entendido entre eles.

Rosário e o doutor Pedro que também notou a presença dele, olharam pra Heriberto. E assim, ele disse aliviado indo até seu amigo.

— Pedro : Graças a Deus Heriberto. Cuide de sua mulher. Essas crianças não podem nascer agora.

Ele bateu no ombro de Heriberto e saiu, Rosário suspirou cansada e então Heriberto tocou nela e disse.

— Heriberto : Vai descansar um pouco dona Rosário, já tomou seu remédio hoje ?

Ela o olhou com carinho e então respondeu.

— Rosário : Não Heriberto, eu até esqueci meu genro e agora me recordo que não estou com os meus remédios para tomar esta tarde.

— Heriberto : Hum, tem que se cuidar . Mariana ficou na sala de espera porque não vai com ela até nossa casa e toma seu remédio? Aproveite e descanse. Victoria vai ficar aqui mais uma noite, assim pode vim ficar com ela descansada.

E Victoria não gostando de saber que passaria mais uma noite no hospital, disse.

— Victoria : O que ? Mais uma noite Heriberto ? Não, eu não quero ficar mais uma noite aqui.

Heriberto sério disse a ela.

— Heriberto : Se acalme Victoria .

— Victoria : Não Heriberto, eu não vou me acalmar ainda mais com o que eu acabei de saber que Alessandra está morta !

Heriberto suspirou, queria Victoria tranquila e não agitada como estava. Rosário então, se retirando do quarto para que eles conversassem .

— Rosário : Bom eu vou deixar vocês, vou para casa e a noite eu volto.

Rosário beijou a cabeça de Victoria e ela fechou os olhos, recebendo aquele gesto de carinho . Heriberto olhava elas do lado da cama, de braços cruzados enquanto pensava. Uma mãe, uma mãe para momentos como aquele que Victoria tinha passado era que ela precisava ter . E agora ela tinha e ele não deixava de estar feliz por isso.

E assim ele sorriu, e quando estavam só . Victoria disse .

— Victoria : Onde estava Heriberto?

Heriberto a olhou e sorriu para depois responder.

— Heriberto: Não posso ficar algumas horas fora que quando volto a encontro mal de novo. Tem que ficar calma Victoria, desde quando te digo isso hum ? Acho que desde que descobrimos que está grávida.

Victoria passou a mão na cabeça tocando seu curativo nela. E então disse.

— Victoria : Por favor Heriberto, esse não é o momento para seus sermões. Eu estava preocupada com você, depois de tudo que eu disse não voltou mais ao meu quarto. Achei que estava com Bernada.

Heriberto foi até o sofá do quarto e sentou para conversar com ela. E então ele disse.

— Heriberto : E estava Victoria, fui falar com ela.

Victoria olhou Heriberto suspirar e levando a mão aos olhos enquanto encostava a cabeça na parede, aonde estava sentado. E assim ela disse, percebendo que ele estava cansado de tudo aquilo e não só fisicamente.

— Victoria : Eu sabia que estava com ela. Mas podia esperar um pouco, sei que não deve estar sendo fácil para você meu amor.

Heriberto a olhou e então respondeu.

— Heriberto : Eu tinha que falar com ela Victoria.

— Victoria : Eu sei minha vida. Eu só não queria que estivesse assim, como está .

— Heriberto : Eu estou bem Victoria.

— Victoria : Quem agora quer me esconder o que sente ? Sei que não está bem Heriberto, você amava Bernada como realmente fosse sua irmã, confiava nela. Eu sempre soube quando soubesse como ela é, sofreria. Porque você sim meu amor queria o bem dela.

Heriberto lembrando da conversa que teve com Bernada disse , com a voz carregada de raiva .

— Heriberto : Eu não quero vê - lá nunca mais em minha frente e nem perto de você Victoria. E eu disse isso a ela, nunca mais quero vê -lá.

Victoria ergueu o braço para chama - lo dizendo.

— Victoria : Vem mais perto de mim Heriberto.

Heriberto se levantou e foi até Victoria, e depois de pegar na mão que ela dava pra ele, ele abaixou a cabeça e beijou os cabelos dela.

Victoria ergueu a cabeça para olha - lo, e quando os olhos deles se encontraram eles se beijaram com carinho .

E depois do beijo que eles deram, ela disse.

— Victoria : Eu te entendo Heriberto, entendo que não queira mais vê - lá. Bernada, nos fez mal com essa mentira . E eu não sei quantas vezes será preciso te pedir perdão por tudo que eu disse a você e fiz achando que tinha me traído. Foram dias sofridos.

Heriberto fechou os olhos beijando com carinho a cabeça de Victória de novo. E como ele estava, ele podia sentir o cheiro de seus cabelos castanhos então por um momento ele se manteve quieto como estava, só sentindo o aroma deles.

E assim Victoria estranhou seu silêncio, e então voltou a dizer .

— Victoria : Heriberto, Heriberto está bem?

Heriberto sem responde - lá, apertou os olhos fechados sentindo que corriam lágrimas . Seu rosto todo se avermelhou, ele não conseguia ainda que quisesse conter as lágrimas nem o que estava sentindo no momento.

Victoria se mexeu no seu leito, para olha - lo. E então ela viu que ele chorava e assim ela tomou nas mãos dela o rosto dele. E disse com cuidado de quem ama.

— Victoria : Não Heriberto, não . Não chore por Bernada, não chore meu amor.

Heriberto calado, pegou nas mãos de Victoria e as beijou juntando uma na outra. Ela era seu amor, era sua vida. E então ele disse .

— Heriberto : Não choro por ela, choro pelo que ela fez Victoria, ela me enganou, nós enganou. Confiava nela, ela era minha irmã, ou eu achava que era e me fez esse mal. O pior é que ela quase fez com que você e nossos filhos sofressem a consequência da amargura dela, os colocando em risco . E tudo só porque nunca aceitou meu casamento com você.

Victoria beijou as mãos dele também, e depois ela lhe deu um selinho. E então disse.

— Victoria : Mas agora já sabe quem é ela Heriberto. Vamos deixar tudo que houve para trás, ela não conseguiu nos separar e nunca vai conseguir.

Victoria beijou Heriberto outra vez nos lábios. E assim eles, começaram trocar beijos entre palavras de amor .

Até que Heriberto se afastou do leito dela, depois de tantos beijos e então ela pediu outra vez .

— Victoria : Me dê alta Heriberto. Eu estou bem, quero dormir essa noite em nossa cama.

Heriberto negou com a cabeça o pedido dela, e logo respondeu.

— Heriberto : Vou deixa - lá só mais essa noite Victoria, só por observação.

Victoria não convencida insistiu.

— Victória : Eu estou bem Heriberto.

— Heriberto : Não foi isso que percebi ao chegar Victoria, sua pressão subiu de novo.

— Victoria : Em nossa casa vou estar em paz, ela não irá subir.

— Heriberto : Não sabemos Victoria, então por precaução é bom que fique mais essa noite.

— Victoria : Mas Heriberto.

Heriberto deu um beijo em Victoria para calar as queixas dela, e então disse a olhando.

— Heriberto : Victoria, ontem quase que fizeram uma cesariana em você com urgência. Não está aqui ainda por que se machucou . E sim porque apresentou um quadro grave de eclampsia . Sabe como isso é perigoso, sempre soube .

Victoria ficou calada por um momento . E então disse o maior motivo de não querer passar mais uma noite no hospital.

— Victoria : Sei que Alessandra morreu Heriberto, e que nesse exato momento ela pode ainda estar nesse hospital. E por isso não quero passar a noite aqui sabendo que ela está morta em algum lugar daqui e perto de mim.

Heriberto olhou fixamente pra Victoria tentando entende - lá e por fim disse o que achava.

— Heriberto : Está com medo é isso Victoria? Eu ia te dizer que ela havia falecido mas quis esperar pra não vê - lá nervosa com toda essa situação, e não com medo.

Victoria cruzou os braços virando o rosto e então disse .

—Victoria : Devia ter me dito antes Heriberto. E não estou com medo, só me sinto estranha em saber que ela está morta.

Heriberto desconfiado disse.

— Heriberto : Ainda que não tenha medo, Já é tarde talvez o corpo dela nem esteja mais no hospital e os familiares já tinha sido chamados Victoria. Além do mais você mais do que ninguém sabe que quem nos faz mal Victoria, é os vivos e não os mortos.

Horas do dia passou.

Na casa de Heriberto e Victoria.

Estava ele, Rosário e Mariana. E Victoria ainda estava no hospital, na companhia de Antonieta.

Heriberto estava no quarto deles, ele havia tirado 2 horas de sono, e depois de um banho se arrumava para voltar para o hospital com sua sogra. Eles haviam separado roupas pra levar pra Victoria e assim, enquanto ele se arrumava Rosário esperava ele.

Já no hospital.

Victoria estava entediada, ainda que estivesse com Antonieta fazendo companhia a ela.

Antonieta estava no sofá, lendo um jornal que falava do desfile que elas haviam realizado na noite anterior, nele destacava uma nota que a rainha da moda havia deixado o badalado evento de sua própria casa de moda em uma ambulância .

Victoria respirou fundo. Não sabia se aquela nota seria mais importante do que o sucesso de seu desfile ou não. Mas ela não podia se preocupar com aquilo no momento, porque em todo caso os frutos veriam depois, então só aí ela iria saber se tinha válido apena todos esforços dela e de sua equipe .

E enquanto elas seguiam conversando sobre o tema, Osvaldo apareceu .

Victoria sorriu pra ele e disse enquanto ele entrava no quarto.

— Victoria : Achei que tinha se esquecido de mim Osvaldo. Minha mãe quando esteve aqui essa manhã perguntou por você, é o queridinho dela.

Osvaldo sorriu pegou na mão dela, com Antonieta os olhando .

— Osvaldo : Queridinho acho que eu não sou mais, porque acho que o genro dela tomou meu lugar de filho querido .

Victoria sorriu e o respondeu.

— Victoria: Não fale bobagens Osvaldo. Minha mãe te ama como filho .

Antonieta se levantou do sofá com uma cara não muito boa ao olhar para Osvaldo. E deixando o jornal no acento do móvel que estava, ela disse.

— Antonieta : Eu vou tomar um ar fresco Victoria depois nos falamos.

E assim ela saiu do quarto e Osvaldo disse.

— Osvaldo: Acho que sua amiga não gosta muito de mim Victória.

Victoria : Antonieta nunca me disse que não gostava de você Osvaldo, é impressão sua.

— Osvaldo : Ontem eu pensei que ela ia me atacar, ela me olhou dessa mesma maneira .

—Victoria : Talvez seja pela briga de ontem com meu marido, mas Antonieta é uma boa amiga, ela é como uma irmã para mim Osvaldo. Um dia vamos almoçar nós três juntos e então a conhecerá.

— Osvaldo : É só avisar quando teremos esse almoço e verá que ela não gosta de mim. E por falar no seu marido, sinto muito pela briga de ontem. Eu e ele conversamos e ao contrário do que me dizia, ele morre de ciúmes de você Victoria.

Momentos depois, entre conversas, Osvaldo sentou na cama que Victoria estava, e então começaram a conversar como bons amigos que eram.

Heriberto chegava no hospital com Rosário, ele trazia uma bolsa de Victoria com roupas limpas e objetos pessoais. A noite tinha acabado de cair, e ele estava pronto pra passar ela no hospital.

Bernada depois que ele saiu dá casa dela, não deixou de ligar para ele. Heriberto decidido enterrar ela em vida para ele, não respondeu qualquer chamado dela, nem quando Eva ligou falando que ela estava mal. Ele como um ser humano de caráter, apenas passou o número de um bom médico que pudesse atende - lá. Porque ele nunca mais faria o que sempre fazia, quando ela precisava dele. Bernada o tinha perdido para sempre depois do que tinha feito.

E assim Heriberto deixou Rosário na sala de espera e foi até o quarto de Victoria.

E quando ele chegou, ele viu ela com Osvaldo conversando. Automaticamente Heriberto teve ciúmes. Já era tarde demais pra fingir que ele nunca sentiu, Heriberto já havia deixado claro tanto, pra Osvaldo quanto pra ela que tinha ciúmes sim. E ainda que todo engano que eles haviam passado, estava esclarecido o ciúmes ainda estava lá batendo no peito dele e acelerando seu fluxo sanguíneo . E esse sentimento que havia enlouquecido Heriberto, era apenas consequência de tudo que houve que com a ameaça de perder o que era dele, o deixou mais esperto como homem .

E assim, Heriberto disse ainda da porta, com uma expressão séria no rosto.

— Heriberto : Boa noite.

Osvaldo se moveu ficando em pé lembrando da conversa​ deles. E então ele foi até Heriberto, e lhe deu a mão para cumprimentar.

Heriberto pegou e apertou no cumprimento. E então Osvaldo disse tentando ganhar a simpatia do marido de sua amiga.

— Osvaldo : Boa noite Heriberto, parece que Victoria está bem melhor .

Heriberto sério respondeu.

— Heriberto : Sim ela está bem, só ficará ainda essa noite por precaução. Então, posso por favor ficar a sós com minha esposa?

Osvaldo então se despediu de Victoria e saiu. E assim Victoria disse quando estavam a sós.

— Victoria : Ainda está sendo grosso com Osvaldo ou é impressão minha Heriberto? Ele disse pra mim que conversaram, achava que estava tudo bem.

Heriberto foi até ela, deixando a bolsa dela no sofá. E então disse.

— Heriberto: Não é impressão sua Victoria, depois de tudo que passamos não consigo mais ficar tranquilo, sei que me ama como eu a você mas não consigo tirar esse sentimento que estava me enlouquecendo todos esses dias dentro de mim. Tenho ciúmes de você perto dele sim, acho que isso ficou muito claro mas temo que não seja só dele que me desperte esse sentimento e confesso que não gosto de senti -lo.

Victoria sorriu contente não podendo negar que tinha gostado de ouvir o que ouviu. E então ela deu a mão pra ele e disse para tranquiliza -lo.

— Victoria : Gosto que tenha ciúmes de mim, tinha raiva de ver que só era eu Heriberto que sentia. Mas sou sua, só sua e você é meu. Então vamos nos controlar apenas.

Heriberto beijou as mãos de Victoria com as palavras dela e depois arrumou um lado do cabelo dela. E então ele se sentou na ponta da cama, ao lado dela. E assim disse.

— Heriberto : Você é linda demais Victoria, parece que não percebe isso.

Heriberto a beijou nos lábios, e depois desceu seus beijos para o pescoço dela. Victoria, fechou os olhos e agarrou nos cabelos dele.

E assim ela pediu quase suplicando .

— Victoria : Me dê alta Heriberto já disse. Me leve pra casa agora mesmo e quando chegarmos lá, vamos fazer amor minha vida.

Heriberto tinha as mãos no rosto dela enquanto distribuía beijos nela . E entre seus cabelos caídos no seu pescoço ele disse movendo eles de um lado para ver o seu ferimento.

— Heriberto : Tentador Victoria, mas ainda assim, se fosse para nossa casa essa noite ficaria de repouso .

Victoria tocou o pescoço dela, o lado que estava com o curativo e então ela disse.

— Victoria: É por causa da minha cicatriz que não quer fazer amor comigo ?

Heriberto sorriu com o que ouviu dela, e então ele a respondeu.

— Heriberto : Não Victoria . Não é isso minha vida. Não vou fazer amor com seu pescoço, ou vou ?

Victoria deu um sorrisinho da besteira que tinha dito e então perguntou.

— Victoria : Será que vai ficar muito feia Heriberto essa cicatriz?

Heriberto sabia que tinha uma mulher vaidosa e então sem brincadeira a respondeu como médico.

— Heriberto : Tenho certeza que não Victória, o corte foi fundo mas pequeno. Mas se preferir, posso conversar com algum cirurgião plástico para você tira - lá.

— Victoria : Não, acho que não é preciso.

— Heriberto : Então não vamos mais falar nisso hum, só deixa eu te beijar Victoria para ter certeza que estamos bem porque está me custando acreditar que tudo passou.

Victoria sorriu com amor e abraçou Heriberto com os braços em volta do seu pescoço . E o beijou como ele queria.

Uma semana depois

Victoria estava em casa, ela estava afastada da casa de moda desde do incidente .

Era 15: 30 da tarde. Enquanto Mariana e Heriberto trabalhavam normalmente, ela estava aos cuidados de Rosário.

Tirando o fato que ela estava nos cuidados de todos o que ela não gostava e estava sem poder ir pra casa de moda por afastamento de seu obstetra . Ela não podia negar que no fundo estava gostando de ter ser tornado a filhinha da mamãe outra vez. Ser cuidada e ouvida por Rosário, estava sendo uma terapia que Victoria e ela haviam precisado desde que voltaram a estar juntas.

No quarto de Victoria ela estava na cama dela, Rosário estava sentada em um lado da cama com Victoria deitada com a cabeça nas pernas dela . Rosário passava os dedos nós cabelos castanhos dela.

Elas já tinham conversado muitas coisas naquela tarde, como estava sendo em todas as outras .

Eram amigas, eram mãe e filha outra vez . O passado parecia não ter existido mais, e parecia não ser tão importante como antes.

Tinha revistas na cama e um telefone fixo, Victoria não sossegava estava preocupada com sua casa de moda . Ainda estavam em alerta, ainda havia muito que fazer na empresa para que ela voltasse no auge que era antes do roubo de Guilhermo. E estar em casa sem poder estar na sua empresa estava deixando Victoria impaciente.

E assim em um pulo ela saiu da onde estava e ficou em pé ao lado da cama.

E então Rosário a repreendeu pelo modo que ela havia se levantado da cama, dizendo.

— Rosário : Filha por Deus , como se levanta assim da cama ? Olha sua barriga Victoria! Da onde que vem tanta energia? Quando eu estive grávida de você eu era uma preguiçosa tinha ânimo pra nada, e ainda me sentia exausta com tão pouco que eu fazia, enquanto você é a contrário.

Victoria tocou a barriga e a outra mão a testa e então respondeu .

— Victoria : Eu estou preocupada com minha casa de moda mamãe.

— Rosário : Sim você já disse. Mas tem que se cuidar , já está na hora de se afastar do trabalho filha. Me escute, porque vai chegar uma hora que não terá tanta disposição como está tendo.

— Victoria : Eu sei mamãe, mas ainda não posso deixar de trabalhar. Minha empresa sofreu um roubo nas finanças, ela foi roubada e todo trabalho vai ser pouco para repor tudo que Guillermo me tirou.

Victoria voltou para cama e deitou de novo nas pernas de sua mãe. Não tinha que fazer a não ser esperar. E assim, ela tocou a barriga. Seus meninos se mexiam.

E ela então pegou a mão de sua mãe e colocou na sua barriga e então disse.

— Victoria : Sinta como eles se mexem mamãe .

Victoria sorriu pra Rosário enquanto a senhora se emocionava. Tudo que ela estava desejando era essa aproximação com Victória e ela estava tendo. Parecia até que era um sonho, outra vez. Rosário Sandoval, tinha sua menina de volta mas dentro de uma grande mulher .

E assim ela disse.

— Rosário: Sou grata a Deus por estar me dando a oportunidade de estar com você outra vez Victoria e estar presenciando sua gravidez, minha maior felicidade vai ser ver meus netos nascerem, pelo menos eles dois irei ver.

Victoria ficou calada ainda segurando a mão de Rosário em sua barriga. A mãe dela estava ali de volta, e tinha que permanecer . Tinha que permanecer !

— Victoria : Irá ver Miguel e Mariano nascer e crescer também mamãe.

Rosário acariciando a barriga de Victoria a respondeu.

— Rosário : Rezo todos os dias para isso minha filha.

Victoria virou o rosto desejando o quanto antes um novo coração pra sua mãe. Não conseguindo falar mais nada, só sentir.

Na casa de moda Victoria.

Na sala de reunião .

Heriberto estava sentado na mesa, no lugar que Victoria ocupava sempre em suas reuniões de negócios. Ele estava de óculos, enquanto lia e assinava documentos.

Antonieta , Mariana, Oscar e Pepino e mais um representante de um banco estava com ele.

Heriberto nessa reunião liquidava em um empréstimo junto com uma parte de seu dinheiro as dividas que haviam aparecido com o rombo que a casa de moda tinha sofrido e cobria o que foi tirado por Guilhermo. Assim as dividas estavam sendo pagas e o dinheiro que estava fazendo falta estava sendo colocado de volta nas finanças da empresa .

Aquele dinheiro que ele investia, Heriberto tinha mais do que certeza que retornaria mais do que o dobro e por isso ele não quis esperar o sim de Victoria para aceitar sua ajuda. Quanto o mais rápido a casa de moda dela voltasse ser como sempre foi, mais rápido geraria lucros para todos.

E assim com o nascimento dos gêmeos se aproximando, já que uma gravidez gemelar dificilmente iria até 9 meses, Heriberto sabia que precisaria fazer com que Victoria ficasse em casa de repouso, para o quanto mais ela conseguir segurar os bebês em sua barriga, mais garantia eles teriam de um parto tranquilo sem riscos.

E assim horas passou, já era noite e Heriberto chegava em casa com Mariana. Ambos entravam sorrindo. Estavam bem, tudo seguiria bem.

Heriberto tinha em uma de suas mãos, um envelope amarelo com os documentos e cheques que demonstravam que a casa de moda de Victoria não corria mais risco algum de estar na falência. E na outra mão ele levava um lindo buquê de rosas bem vermelhas para entregar a ela junto com o envelope.

No quarto de Victoria

Ela estava saindo de um banho quente de banheira, coberta apenas com um robe lilás transparente com os cabelos caídos nos ombros.

E quando ao sair do banheiro Victoria, viu Heriberto ela sorriu olhando as flores que ele trazia nas mãos .

Ela apertou o laço do seu robe na cintura e foi até ele contente.

— Victoria : Eu amo quando me traz flores meu amor .

Heriberto recebeu o abraço que Victoria deu nele junto com um beijo apaixonado. E depois de separados, ela pegou as rosas e colocou na cama com cuidado.

E assim Heriberto mostrou a ela o envelope com os documento que ele trazia na mão, que ela não se importou em perguntar até o momento o que era.

E assim ele disse enquanto ela olhava para o envelope.

— Heriberto : Tudo que é meu é seu também Victoria. E quando quer me lembra que tenho ações em sua empresa, então ela é nossa e por ser um patrimônio nosso temos que juntos mante - lá em pé. Então eu liquidei algumas dividas que a casa de moda tinha, e com investimento meu, o que foi tirado se sua empresa já está posto no lugar. Então agora podemos dizer, que a casa de moda Victoria não está mais ao ponto da falência minha vida.

Victoria depois de ouvir Heriberto e sem piscar suas palavras. Ela olhando ainda o envelope que ele lhe mostrava, tocou os lábios com uma mão, enquanto seus olhos se enchia de lágrimas pela notícia que ele dava.

Emocionada, aliviada e apaixonada ainda mais pelo homem que tinha como marido era assim que Victória estava. Nunca em vinte anos de casamento Heriberto havia deixado ela só, desde que eles se conheceram ele já esteve sempre com ela. Desde então, nunca um problema dela foi só dela , porque Heriberto sempre esteve com ela.

E Victoria o amava com todas suas forças e com toda sua alma.