Uma semana depois, Paul voltou à casa de Jane. Ele estava um pouco ancioso, talvez pelo que estivesse prestes a fazer. Ele tocou a campainha e Jane abriu a porta mais rápido que ele esperava.

— Oi — ele disse. — Hm, você está livre hoje?

— Paul! Que surpresa. Bem, sim. — ela respondeu, sorrindo. — Quer entrar e comer alguma coisa?

— Não, na verdade eu queria saber se você não queria ir ao parque comigo. O que acha?

— Claro, hm, mas antes tenho que me arrumar e...

— Eu acho que você está linda assim. — Paul sorriu. Jane sorriu, tímida, e voltou para pegar o casaco.

Jane estava surpreendentemente silenciosa naquele dia. Parecia preocupada com algo. Paul também não disse nada, não queria ser intrometido demais.

Quando chegaram no parque, tiveram a sorte de estar vazio. Ainda assim, a presença de Paul gerou um pequeno tumulto no lugar, que só parou quando os seguranças interviram.

Paul parou numa barraquinha de tiro ao alvo.

— Sabe atirar? — perguntou. Jane balançou a cabeça negativamente e ele percebeu, novamente, que ela não estava bem. Ele deixou isso de lado e passou o braço em volta da sua cintura. — É simples.

Paul moustrou-a como atirar. Por sorte, aquelas armas não eram de verdade, porque o disparo de Jane quase acertou o vendedor. Os dois riram e Jane tentou novamente.

Dessa vez — talvez com uma pequena ajuda de Paul — Jane acertou o alvo. Por ironia do destino, ela conseguiu um Paul McCartney de pelúcia muito bochechudo. Paul olhou o boneco, desaprovando-o.

— Eu não sou assim tão bochechudo, sou?

Jane riu.

— É, sim. E talvez até mais. Acho que vou enviar uma carta ao produtor disso para ele aumentar o tamanho dessas bochechas... Talvez um pouco de espuma ajude... — ela apertou as bochechas do Paul humano.

Depois de um tempo, começavaa escurecer. Logo, Paul teria que voltar para casa e explicar cada detalhe do porquê do sumiço durante toda a tarde. Mas, agora, isso não importava.

Os dois compraram cachorros-quentes e sentaram-se num dos bancos centrais do parque. Mesmo depois de toda a diversão que Paul tentara proporcionar a Jane, era visível que ela ainda estava cabisbaixa.

— Jane, você está bem? — ele perguntou, finalmente. Ela fez que não, mas Paul a olhou mostrando insatisfação.

— Tá, tudo bem, talvez eu não esteja tão bem — ela disse. — É que tudo anda tão estranho nessas últimas semanas.

— Não tem nada a ver comigo, tem?

— Na verdade, tem... — Jane olhou para o lado, esperando que ele não perguntasse nada.

— Jane, posso perguntar uma coisa? — Paul puxou o rosto dela para que os dois ficassem frente a frente.

— Claro. — ela tentou desviar o olhar, mas não conseguiu. Paul prendeu seus olhos nela enquanto tirava uma caixinha aveludada azul do bolso. Ele a abriu, exibindo um lindo anel de esmeralda. Os olhos da menina se arregalaram.

— Você aceita namorar comigo, Asher?