Proibido amar?
Black...
Iriamos a um jantar de trabalho do meu pai, estariam lá pessoas muito importantes de Kanto, Johto, Hoen, Sinnoh, Unova e Kalos. Foi nesse jantar que o conheci… aqueles cabelos e olhos castanhos já naquela altura me fizeram suspirar… Mas não posso dizer que começamos da melhor maneira… Ele tinha mais dois anos do que eu, achava-se muito importante e nessa noite só brigámos e discutimos! Pensei que seria um rapaz para esquecer, mas estava enganada… Anos depois ele voltou a aparecer na minha vida e revelou-se ser o rapaz mais carinhoso que conheci até hoje (sim, mais que os meus irmãos Cheren e N).
Agora que sabem o que aconteceu, podemos voltar aos dias de hoje, em que eu já tenho dezasseis anos, pode ser? Então vamos lá!
Eu estava no meu quarto, a noite havia caído há algum tempo, penteava o meu cabelo com uma escova vermelha enquanto falava com a Bianca pelo Skype.
– Então eu entreguei a Pokédex para o Nate como a professora Junifer me pediu. – Bianca dissera, agora ela tinha vinte e dois anos e era assistente da cientista de Unova. – E você como vai com o colégio?
– Eu? Vai-se andando, sabe como é, eu queria era sair numa jornada. – Respondi um pouco desanimada.
– Entendo. Então porque não sai? – Ela perguntou, até parece que não conhece os nossos pais.
– Dahh, os pais querem que eu acabe a escola como todos vocês! Não querem que eu seja a única que não completou. – Respondi como se fosse óbvio.
– Ah, pois é… tinha-me esquecido… Tem recebido notícias de Cheren? – Perguntou animada, ele havia-se tornado num líder de ginásio, agora tinha dezanove anos.
– Cheren? Não tenho falado muito com ele. – É que o ginásio dele também é uma escola, então…
– White, você já não devia estar dormindo? – N perguntou abrindo a porta do meu quarto. – Oh, oi, Bianca.
– Oi! – Ela cumprimentara o irmão com um sorriso.
– Vá, N, ainda é cedo! Não quero ir deitar! – Rezinguei.
– Amanhã tem aula, desligue isso é vá-se deitar. – Ordenou, ele deve pensar que ainda tenho dez anos.
– Tá bom. Xau, Bianca. – Despedi-me completamente contrariada.
– Xau! – Ela despediu-se e eu apaguei o Pc.
N saiu do quarto e eu fui deitar-me, estava a ficar farta que N disse-se o que eu tinha de fazer. Por vezes gostava que ele não fosse meu irmão, gostava de não ter nascido no meio de uma família tão importante.
Quando estava quase a dormir, ouvi uns batuques na minha janela, fui abrir.
– Olá, linda. – Era Black, ele sorria para mim com um sorriso de orelha a orelha.
– Black… - Suspirei. – O que faz aqui?
– Tinha de te ver antes de amanhã. Não aguentava mais. – Respondeu fofamente.
– Seu baka, nos vimos ainda esta tarde! – Ri.
– Sim, mas eu tinha de a ver outra vez.
Eu e Black nos havíamos tornado namorados, bem, mais ou menos, talvez amigos coloridos, pois nunca houvera um pedido para oficializar.
– White, não quer descer? – Perguntou.
– Amor, sabe que eu não poço. E se N sabe? – Respondi preocupada.
– Não se importe com ele, se ele souber eu faço o meu Tepig usar lança-chamas nele. – Ele lançou a piada, eu ri.
– Bobo, você sabe que não é assim tão fácil, você nem devia ter vindo aqui. – Lembrei-o ainda a rir.
– Você não tem escolha, se você não desce eu subo. – Ele estava convicto do que dissera.
– Ai sim? E como pensa fazer isso? – Perguntei em tom de desafio.
– Já vai ver. – Respondeu agarrando-se a uma trepadeira e subindo pela parede da minha casa.
O meu quarto é no primeiro andar, então ele ainda tinha de trepar um pouco, acabou por chegar à minha janela e ficou cara a cara comigo.
– Oi! – Exclamou sorrindo.
– Oi! – Respondi fazendo o mesmo ato, corando um pouco.
Ele debruçou-se para a frente colando os seus lábios aos meus num selinho curto. Eu corei um pouquinho, eu gostava cada vez mais dele, mas ele parecia não querer oficializar o namoro e fazer as coisas seriamente.
– Poço entrar? – Perguntou ainda com um sorriso irresistível.
– Estás a arriscar-te muito. – Lembrei-o.
– Vá lá! – Fez biquinho, eu ri.
– Não dá. – Ri da sua carinha, parecia um pikachu tristinho.
– White, está ai mais alguém? – Ouvi a voz de N no corredor.
– N-não! – Fiquei nervosa, ele não podia saber que Black estava ali.
Virei-me com tanta força para a porta que Black desequilibrou-se e caiu para trás, ficando estatelado no chão.
– Oh, Kyuren, estás bem, Black? – Perguntei preocupada.
Ele não disse nada, só levantou o polegar ainda estatelado no chão, suspirei de alívio, depois N abriu a porta.
– Estavas a falar com quem?
– Estava a falar com… com… a Oshawott! – Apontei para a Pokémon em cima da cama.
– Mas tu agora falas Pokémonhês? – N riu.
– Bem, não… - Respondi.
– Não fiques maluca, maninha. Vai dormir, já é tarde. - Depois retirou-se.
Voltei para a janela, Black já não estava mais lá em baixo, deve ter tido medo que N o visse e fugiu. Fechei a janela e fui-me deitar, tinha de ir para a escola no dia seguinte. Passei o tempo a pensar nele, como era simpático, romântico… eu adorava quando aparecia ali à noite só para me ver, infelizmente, o nosso amor não é aceite pelos meus pais, ele é filho da família rival à nossa e dizem que eu devia casar com alguém importante, alguém como… o Hugh, até meteram a hipótese de cometer incesto e de casar com N, só mesmo para não ficar com o Black! Mas eu quero é o Black… não quero mais ninguém…
…………
– Então, White? Como estás? – Sapphire perguntou quando entrei na escola.
– Bem e tu? – Perguntei.
– Também. Já sabes da nova? O Nate partiu numa jornada! – Ela parecia entusiasmada.
– Sim, a minha irmã disse-me ontem à noite. – Respondi.
Fomos a falar até à porta da sala, onde fomos atropeladas pelas raparigas mais desastradas da escola… Leaf e Yellow…
– Ei, mais cuidadinho! – Pedi, mas elas discutiam tão alto que não me ouviram.
Entrei e sentei-me no meu lugar, tudo normal, ia ser mais um longo e vulgar dia na escola…
………….
Depois da escola fui para casa enquanto teclava com Black no celular, mal eu sabia o que me esperava….
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